Excursão integra a 12ª International Kimberlite Conference, que tem como objetivo compartilhar conhecimentos e estimular o debate científico

Canadá (CA) - O pesquisador e doutorando em exploração de diamantes Izaac Cabral, do Serviço Geológico do Brasil, participa da 12ª International Kimberlite Conference, que será realizada entre 8 e 12 de julho, em Yellowknife, no Canadá. O objetivo é reunir geocientistas das comunidades acadêmica e de exploração e mineração para compartilhar seus conhecimentos, estimular o debate científico e promover a compreensão da geologia de kimberlitos, diamantes e assuntos relacionados.

Nesta quarta-feira (3), em uma excursão pré-vento, o pesquisador esteve em uma atividade de campo na mina de diamantes DIAVIK, da empresa Rio Tinto, nos Territórios do Noroeste. “Essa é uma oportunidade de conhecer algumas das principais minas de diamantes do mundo, além de trocar ideias e experiências com alguns dos principais pesquisadores e profissionais, que são referências em pesquisa no tema kimberlitos, diamantes e manto terrestre”, destacou Cabral.

Ele complementou que, durante a conferência, apresentará dois trabalhos: um em forma de painel; outro uma apresentação oral.

A 12ª Conferência Internacional de Kimberlito visa comemorar os 30 anos de diamantes no Canadá, bem como os 50 anos de Conferências Internacionais de Kimberlitos.

International Kimberlite Conferences (IKC)

As International Kimberlite Conferences (IKC) são eventos especiais, que ocorrem a cada 4 ou 5 anos. A primeira IKC foi realizada na Cidade do Cabo, em 1973, e foi anunciada como um grande avanço na cooperação simbiótica entre a indústria e a academia. Após a primeira conferência, as IKCs foram realizadas em: Santa Fé, Novo México, EUA; Clermont-Ferrand, França; Perth, Austrália Ocidental; Araxá, Brasil; Novosibirsk, Rússia; Cidade do Cabo, África do Sul; Victoria, Canadá; Frankfurt, Alemanha; Bangalore, Índia; e Gaborone, Botsuana. 

As IKCs são uma combinação de apresentações técnicas formais e excursões de campo aos principais depósitos de diamantes. Visitas a estes últimos normalmente fornecem material para pesquisa a ser apresentada em conferências subsequentes.  

Os avanços feitos na compreensão das origens dos diamantes, a formação de depósitos de diamantes, a petrologia de kimberlitos e lamproítos e a natureza do manto superior não poderiam ter sido feitos sem o formato das IKCs e a ampla colaboração com a indústria. O apoio corporativo e patrocínio tem sido a chave para o sucesso das IKCs, incluindo o apoio financeiro que resultou na participação de um grande número de jovens cientistas. 

Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br