Pesquisa identifica novas fontes de fosfato na Bacia do Paraná
Pesquisa identifica novas fontes de fosfato na Bacia do Paraná
Informe do Serviço Geológico do Brasil aprofunda o conhecimento geológico da região e busca atrair investimentos para o setor mineral
Brasília (DF) – O setor agrícola brasileiro tem alta demanda por insumos minerais e grande dependência de fertilizantes importados. Para enfrentar esse desafio, é essencial identificar novas fontes de matérias-primas. Com o intuito de ampliar as reservas nacionais, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) desenvolve o Projeto Fosfato Brasil, alinhado ao Plano Nacional de Mineração (PNM) 2030.
Como um dos resultados desse projeto, o SGB publicou o informe de recursos minerais Avaliação do Potencial Mineral de Fosfato do Brasil – Área: Sequência Devoniana na Bacia do Paraná (PR e MS). O estudo aprofunda o conhecimento geológico da região e busca atrair investimentos para o setor mineral, contribuindo para o desenvolvimento do país. Esse esforço apoia a mineração, a tomada de decisões de investimento e a formulação de políticas públicas. Acesse o informe aqui.
O trabalho investigou a sequência devoniana da Bacia do Paraná, avaliando o potencial de mineralização de fosfato e sua formação geológica. A pesquisa incluiu estratigrafia de sequências, petrografia, geofísica, geoquímica de sedimentos e litoquímica.
Principais resultados
Duas sub-bacias da Bacia do Paraná foram avaliadas: Alto Garças (MS) e Apucarana (PR). Os resultados indicam que Alto Garças possui o maior potencial de mineralização devido à presença frequente de camadas contínuas de fosforito intercaladas em folhelhos negros, ironstones e arenitos fosfáticos, sugerindo processos fosfogênicos importantes.
No entanto, a viabilidade econômica dessas camadas precisa ser melhor avaliada, pois sua espessura é limitada. Como alternativa sustentável, o estudo sugere ensaios agronômicos desse material, que poderia ser utilizado como remineralizador de solo a partir do rejeito da indústria cerâmica.
Importação
Segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), em 2023, o Brasil importou 86% dos fertilizantes necessários para a produção agrícola nacional. Essa alta dependência de importações se deve à carência desses nutrientes no solo brasileiro e à baixa produção de fertilizantes, que não consegue suprir a demanda.
Simone Goulart
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br
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