Municípios do Rio Grande do Sul recebem ação emergencial para mapeamento de áreas de risco
Municípios do Rio Grande do Sul recebem ação emergencial para mapeamento de áreas de risco
Estudo do Serviço Geológico do Brasil para prevenção de desastres atenderá 93 cidades até 2025 e beneficiará mais de 3,8 milhões de pessoas
Porto Alegre (RS) – O Serviço Geológico do Brasil (SGB) iniciou, neste mês, ação emergencial para mapeamento de áreas de risco em 93 municípios do Rio Grande do Sul. Essas cidades estão entre as mais afetadas pelas enchentes em maio de 2024, e 91 delas estão em estado de calamidade pública. Mais de 3,8 milhões de pessoas serão beneficiadas pelos estudos que apoiarão os municípios em medidas de prevenção a desastres para proteger a população em caso de um novo evento climático extremo.
Nesta primeira campanha, pesquisadores do SGB já atuaram nos municípios de Agudo, Barra do Rio Azul, Canela, Cruzeiro do Sul, Esteio, Feliz, Gramado, Marques de Souza, Nova Petrópolis, Ponte Preta, Severiano de Almeida e Silveira Martins. “A partir deste trabalho, vamos identificar e caracterizar – ou seja, fazer uma descrição – das áreas que têm risco alto e muito alto associados aos movimentos de massa (como deslizamentos) e inundações e podem sofrer danos nos casos de eventos adversos, como as chuvas intensas que afetaram o estado neste ano”, explica o chefe do Departamento de Gestão Territorial do SGB, Diogo Rodrigues.
Com as informações técnicas, gestores públicos terão conhecimento sobre onde estão moradias ou outros tipos de estabelecimentos com risco de sofrer danos em caso de desastres e as áreas que necessitem de intervenções. Dessa forma, podem direcionar recursos para realização de obras e ações estruturais visando garantir a segurança da população, além de terem suporte para políticas públicas habitacionais e de saneamento. Os mapeamentos também embasam ações dos órgãos de fiscalização voltadas a inibir a expansão das áreas de risco, sendo importantes instrumentos para reduzir vulnerabilidades sociais.
Confira aqui a lista dos municípios que serão atendidos ao longo do trabalho.
Elaboração do mapeamento
O trabalho de campo é uma das etapas do mapeamento. “A identificação de áreas de risco relacionadas aos movimentos de massa é feita em campo, com base nas características naturais do terreno, bem como nos indícios de instabilidade eventualmente presentes em uma determinada região, como árvores inclinadas, trincas no solo, muros embarrigados, entre outros. Já as áreas de risco associadas aos processos hidrológicos fluviais são cartografadas com base nas características morfológicas dos cursos d’água, frequência dos eventos hidrológicos e distância da ocupação em relação às drenagens fluviais”, detalha Rodrigues.
Em seguida, são elaborados os mapas das áreas de risco geológico, relatório técnico e os arquivos vetoriais que contêm os principais atributos das áreas mapeadas. Esses documentos, além de serem disponibilizados aos municípios e ao estado, também alimentarão um banco de dados compartilhado com órgãos governamentais responsáveis pelo monitoramento e alertas de desastres.
Larissa Souza
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
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