MG: áreas de risco aumentaram em Astolfo Dutra e Palma

21/03/2025 às 17h18
 | Atualizado em: 21/03/2025 às 17h19
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Estudos do Serviço Geológico do Brasil indicam que o avanço da ocupação urbana e a falta de planejamento agravam a exposição a desastres 

Divulgação/SGB

Belo Horizonte (MG) - O Serviço Geológico do Brasil (SGB) concluiu recentemente a atualização das cartografias de risco geológico nos municípios mineiros de Astolfo Dutra e Palma. Esses levantamentos são essenciais para avaliar as condições de segurança das áreas urbanas e orientar medidas preventivas contra desastres.

Entre os dias 16 e 19 de julho de 2024, foi realizado o mapeamento de áreas de risco geológico em Astolfo Dutra. Durante os trabalhos de campo, identificou-se um total de 37 áreas de risco, das quais 36 foram classificadas como de risco alto e uma como de risco muito alto. Os processos associados incluem deslizamentos planares, quedas de blocos, tombamentos de solo, inundações, erosões de margem fluvial e ravinas.

Os dados comparativos com o mapeamento anterior, feito em 2012, revelam um aumento significativo no número de áreas de risco. Esse crescimento é atribuído ao avanço da ocupação urbana sobre encostas e planícies de inundação, além das características geomorfológicas da região.

Nos dias 22 a 24 de julho de 2024, o município de Palma passou por um mapeamento semelhante. Foram identificadas 19 áreas de risco alto, relacionadas principalmente a deslizamentos planares, quedas de blocos e solos, tombamentos, inundações e erosões de margem fluvial.

Os resultados indicam que os riscos são consequência das características naturais do relevo da região, combinadas com ocupações inadequadas. A urbanização desordenada e a ausência de planejamento territorial adequado contribuem para a vulnerabilidade da população local.
Importância da cartografia de risco

As cartografias de risco geológico são ferramentas fundamentais para a gestão pública, permitindo a elaboração de planos de contingência, alertas preventivos e estratégias de mitigação de desastres. A divulgação desses dados para a população é crucial para evitar tragédias e promover a conscientização sobre os riscos existentes.

O SGB reforça a necessidade de um acompanhamento técnico contínuo e de políticas públicas voltadas para a ocupação consciente do solo, reduzindo a exposição das populações vulneráveis a eventos geológicos adversos.

Rafael Costa 
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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