Mapa de Avaliação do Potencial de Urânio no país pode estimular a indústria mineral
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Mapa de Avaliação do Potencial de Urânio no país pode estimular a indústria mineral
01/09/2023 às 00h00
| Atualizado em: 01/03/2024
Levantamento auxilia a tomada de decisão sobre a priorização de áreas para exploração
Atualmente, o Brasil ocupa a oitava posição na exploração de urânio do mundo, com cerca de 245 mil toneladas. No entanto, o país tem potencial para estar entre as maiores reservas mundiais do minério. A partir desse contexto, o Serviço Geológico do Brasil (SGB), por meio da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM), apresenta o Mapa de Avaliação do Potencial de Urânio do Brasil.
Os mapas de Favorabilidade, assim como outros produtos de modelagem de dados espaciais, são ferramentas para auxiliar a tomada de decisão sobre a priorização de áreas para exploração mineral.
Além disso, utiliza a análise dirigida pelo conhecimento manual ou cognitivo. Nele, os 15 tipos de depósitos de urânio são agrupados em seis conjuntos de sistemas minerais:
• Ígneo;
• Metamórfico/Metassomático;
• Inconformidade proterozoica;
• Paleoconglomerado;
• Sedimentar;
• Superficial.
No mapeamento, os depósitos de urânio no país, em escala continental, são divididos por regiões geológicas, denominadas geocompartimentos. Em cada um dos geocompartimentos, e para cada grupo de sistemas, foram elencados os principais elementos associados aos processos mineralizantes, em termos de fonte, transporte e deposição do urânio.
Para o pesquisador em Geociências do SGB Hugo Polo, com esse estudo é possível apresentar uma síntese do conhecimento atual, para subsidiar as tomadas de decisão do poder público e estimular a indústria mineral, no intuito de ampliar os recursos nacionais, alinhado com a Política Nuclear Brasileira, que destaca, entre seus objetivos, fomentar a pesquisa e prospecção e incentivar a produção nacional de minérios nucleares.
No documento, destacam-se áreas com favorabilidade “alta” e “muito alta”, onde ocorrem dois ou mais sistemas minerais de urânio, em geral com suas respectivas avaliações também elevadas.
“Essas áreas com alta favorabilidade também indicam que pode ocorrer a sobreposição de diferentes sistemas minerais de urânio que em geral são observados em depósitos relevantes de urânio, como o depósito de Itataia, em Santa Quitéria, no Ceará. Além disso, devido ao fator de qualidade – multiplicador aplicado em cada sistema – as áreas com maiores pontuações também podem indicar potencialidade para depósitos com melhor teor-tonelagem”, explicou o pesquisador.
O relatório do Mapa está previsto para ser disponibilizado no fim deste ano. O projeto ainda está em andamento, numa segunda etapa, que contará com atividade de campo em áreas onde se verificou uma favorabilidade maior para a ocorrência de depósitos de urânio.
Veja aqui o Mapa de Avaliação do Potencial de Urânio do Brasil.
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br
Atualmente, o Brasil ocupa a oitava posição na exploração de urânio do mundo, com cerca de 245 mil toneladas. No entanto, o país tem potencial para estar entre as maiores reservas mundiais do minério. A partir desse contexto, o Serviço Geológico do Brasil (SGB), por meio da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM), apresenta o Mapa de Avaliação do Potencial de Urânio do Brasil.
Os mapas de Favorabilidade, assim como outros produtos de modelagem de dados espaciais, são ferramentas para auxiliar a tomada de decisão sobre a priorização de áreas para exploração mineral.
Além disso, utiliza a análise dirigida pelo conhecimento manual ou cognitivo. Nele, os 15 tipos de depósitos de urânio são agrupados em seis conjuntos de sistemas minerais:
• Ígneo;
• Metamórfico/Metassomático;
• Inconformidade proterozoica;
• Paleoconglomerado;
• Sedimentar;
• Superficial.
No mapeamento, os depósitos de urânio no país, em escala continental, são divididos por regiões geológicas, denominadas geocompartimentos. Em cada um dos geocompartimentos, e para cada grupo de sistemas, foram elencados os principais elementos associados aos processos mineralizantes, em termos de fonte, transporte e deposição do urânio.
Para o pesquisador em Geociências do SGB Hugo Polo, com esse estudo é possível apresentar uma síntese do conhecimento atual, para subsidiar as tomadas de decisão do poder público e estimular a indústria mineral, no intuito de ampliar os recursos nacionais, alinhado com a Política Nuclear Brasileira, que destaca, entre seus objetivos, fomentar a pesquisa e prospecção e incentivar a produção nacional de minérios nucleares.
No documento, destacam-se áreas com favorabilidade “alta” e “muito alta”, onde ocorrem dois ou mais sistemas minerais de urânio, em geral com suas respectivas avaliações também elevadas.
“Essas áreas com alta favorabilidade também indicam que pode ocorrer a sobreposição de diferentes sistemas minerais de urânio que em geral são observados em depósitos relevantes de urânio, como o depósito de Itataia, em Santa Quitéria, no Ceará. Além disso, devido ao fator de qualidade – multiplicador aplicado em cada sistema – as áreas com maiores pontuações também podem indicar potencialidade para depósitos com melhor teor-tonelagem”, explicou o pesquisador.
O relatório do Mapa está previsto para ser disponibilizado no fim deste ano. O projeto ainda está em andamento, numa segunda etapa, que contará com atividade de campo em áreas onde se verificou uma favorabilidade maior para a ocorrência de depósitos de urânio.
Veja aqui o Mapa de Avaliação do Potencial de Urânio do Brasil.
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil Ministério de Minas e Energia Governo Federal imprensa@sgb.gov.br