Leilão de Ouro de Natividade pode atrair importantes investimentos para pesquisas na área

13/11/2024 às 11h44
 | Atualizado em: 13/11/2024 às 16h34
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Mineral é amplamente usado em indústrias como a de componentes eletrônicos e joias

Phawat/Shutterstock.com/Reprodução

Brasília (DF) – O Serviço Geológico do Brasil (SGB) realizará, no dia 27 de novembro de 2024, o leilão do ativo mineral “Ouro de Natividade”, localizado na região sul de Tocantins. Com estimativa de 725 mil toneladas de minério e teor médio de 1,02 g/t, o projeto poderá atrair grandes investimentos para o setor.

Integrante da carteira de ativos minerários pesquisados pelo SGB desde as décadas de 1970 e 1990, o Projeto Ouro de Natividade destaca-se pela versatilidade do ouro, que é amplamente usado em indústrias como as de componentes eletrônicos e joias. A produção de ouro tem potencial para impulsionar a economia local, gerando empregos, renda e promovendo o desenvolvimento e a infraestrutura regional.

Podem participar do leilão empresas  brasileiras ou estrangeiras, entidades de previdência complementar e fundos de investimento, isoladamente ou em consórcio. O certame será formalizado por meio de contrato de Promessa de Cessão de Direitos Minerários, a ser assinado após o leilão, pelos representantes da organização ou entidade vencedora.

De acordo com Ruben Sardou, chefe da Divisão de Economia Mineral e Geologia Exploratória, o vencedor do leilão deverá cumprir as normas ambientais e minerárias, obter as licenças nos órgãos ambientais competentes e, posteriormente, protocolar na Agência Nacional de Mineração (ANM) a documentação necessária para a eventual lavra, após a aprovação do relatório de pesquisa complementar. “As atividades de lavra deverão ser iniciadas em até dois anos após a formalização da transferência dos direitos minerários”, informou.

O leilão visa incentivar o desenvolvimento do setor mineral no Brasil, atraindo investimentos que beneficiem tanto o município quanto a região e o país. O certame será realizado a partir das 9h, na sala Plenária da ANM, em Brasília, contando com o apoio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República.

Para mais informações sobre o leilão de ativos minerários do SGB, clique aqui

Cronograma 

Evento Data
Publicação do edital 4/11/2024
Abertura da visitação aos dados físicos dos projetos (data room físico) e disponibilização dos dados digitalizados (data room digital) 5/11/2024
Data-limite de solicitação de esclarecimentos 19/11/2024
Data-limite de resposta aos esclarecimentos solicitados 26/11/2024
Data-limite de impugnação do edital 20/11/2024
Data-limite de resposta às impugnações do edital 22/11/2024
Sessão pública 27/11/2024


Áreas arrematadas no leilão anterior (junho 2024)

No leilão de ativos minerários ocorrido em junho deste ano, o projeto Agrominerais de Aveiro (gipsita e calcário) foi arrematado pela empresa Gesso Integral Ltda. A área está localizada no estado do Pará. O calcário e a gipsita podem ser aplicados para a correção do solo, sendo importantes para otimizar a produção agrícola.

Esse projeto corresponde a áreas com ocorrências de gipsita (no Rio Cupari) e calcário (em Aveiro) – substâncias utilizadas como importantes insumos para o setor agrícola. Os recursos totalizam cerca de 326 milhões de toneladas de gipsita e 588 milhões de toneladas de calcário. Os direitos minerários foram arrematados pela Gesso Integral Ltda. 

Já o Projeto Fosfato de Miriri, localizado em Pernambuco e na Paraíba, foi arrematado pela empresa Elephant Mineração. O potencial para extração é de até 114 milhões de toneladas de minério fosfático e são previstos investimentos de cerca de R$ 2 milhões em pesquisas. 

O fosfato desempenha um papel fundamental para a segurança alimentar, sendo uma substância essencial na produção de fertilizantes que impulsionam a agricultura em nível global. No Brasil, a mineração de fosfato tem ganhado crescente importância na economia, consolidando-se como um dos insumos mais estratégicos para a fabricação de fertilizantes. Esse recurso é decisivo para aumentar a produtividade agrícola, e sua exploração tem gerado alta lucratividade, beneficiando diretamente o setor agrícola e contribuindo para o desenvolvimento econômico do país.

Simone Goulart
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 


 

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