Rede Integrada de Monitoramento de Águas Subterrâneas é destaque em congresso mundial sobre o tema

13/09/2024 às 15h32
 | Atualizado em: 13/09/2024 às 21h50
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Nesta sexta-feira (13), pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) apresentaram a Rimas e dados consolidados sobre aquíferos do Nordeste 

Foto: SGB/Divulgação

Suíça – A Rede Integrada de Monitoramento das Águas Subterrâneas (Rimas), planejada e operada pelo Serviço Geológico do Brasil desde 2009, foi um dos destaques, nesta sexta-feira (13), no Congresso Mundial de Águas Subterrâneas 2024 (World Groundwater Congress, ou WGC, na sigla em inglês). Os pesquisadores Daniele Genaro e Idembergue Moura apresentaram trabalhos envolvendo dados gerados a partir da Rimas, na seção: Monitoramento e Relatórios de Águas Subterrâneas: Enfrentando Desafios e Promovendo Ações Coletivas.

Como palestrante convidada, Daniele Genaro apresentou o trabalho Estado da Arte da Rede Integrada de Monitoramento de Águas Subterrâneas no Brasil. “A Rimas tem como propósito acompanhar a variação da quantidade e da qualidade dos recursos hídricos subterrâneos nos principais aquíferos sedimentares brasileiros. Somente o conhecimento – idôneo, equitativo e transparente, provido por uma instituição pública reconhecida como o SGB – permite uma gestão sustentável das águas”, destacou Daniele Genaro.

Foto: SGB/Divulgação

A pesquisadora ressaltou a importância do trabalho para a sociedade: “O uso racional e a gestão sustentável são as únicas formas de garantir a disponibilidade deste importante recurso para as gerações futuras, uma vez que o aumento da demanda hídrica e as mudanças climáticas intensificaram as buscas e usos das águas em todas as suas formas e condições”.

Com a participação no IAH, Daniele Genaro busca “levar ao conhecimento de mais países o trabalho que vêm sendo produzido no Brasil, buscar soluções para dificuldades e problemas existentes (e inerentes a um trabalho nessas proporções) em nossas atividades, estreitar/ampliar contatos e parcerias que possam beneficiar o SGB, além de conhecer o que de mais atual vêm sendo desenvolvido no assunto águas subterrâneas”.

A Rimas conta com cerca de 450 poços sendo monitorados de forma permanente e totalmente automática, em 22 estados do Brasil. Há mais 50 poços em fase de contratação. Além disso, a rede conta com mais de 100 estações pluviométricas complementares, que medem quantidade e intensidade de chuvas. 


Águas subterrâneas no semiárido brasileiro

No congresso, o pesquisador Idembergue Moura apresentou o trabalho Análise e Comparação do Comportamento dos Níveis de Água de 3 Sistemas Aquíferos no Semiárido Brasileiro, no Período de 2011 a 2023. “As informações sobre os níveis freáticos, abordadas neste trabalho, ajudam na ampliação do conhecimento hidrogeológico do semiárido brasileiro. Esse conhecimento respalda os órgãos gestores a tomarem decisões sobre o aproveitamento racional dos recursos hídricos subterrâneos e apoia a formulação de leis e regulamentos específicos para a proteção e uso sustentável das águas subterrâneas, em escala de planos locais”, explicou.

Foto: SGB/Divulgação

Moura reforçou a importância de participar do congresso para conhecer novas metodologias aplicadas na hidrogeologia mundial e compartilhar as experiências do SGB: “Queremos mostrar para o mundo que estamos trabalhando muito para, cada vez mais, fornecermos informações consistentes sobre nossos aquíferos, ajudando na gestão dos recursos hídricos”.

Maior evento internacional sobre águas subterrâneas

Esse congresso – organizado pela Associação Internacional de Hidrogeólogos (IAH, na sigla em inglês) –  é o principal evento do mundo sobre águas subterrâneas. Participam a comunidade científica, membros da indústria (empresas do setor), administração pública, bem como organizações internacionais e agências de desenvolvimento. 

A comitiva do SGB é formada pelos(as) pesquisadores(as): Daniele Tokunaga Genaro, Eliel Martins Senhorinho, Isadora Aumond Kuhn, Idembergue Barroso Macedo de Moura e Marcos Alexandre de Freitas, da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT).

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