Estudos indicam riscos geológicos remanescentes nos municípios gaúchos de Teutônia, Roca Sales e Rolante

01/07/2024

Serviço Geológico do Brasil publicou relatórios das avaliações geotécnicas realizadas nessas cidades após as chuvas intensas
 

Foto: SGB/Divulgação


Porto Alegre (RS) – Os municípios gaúchos de Teutônia, Roca Sales e Rolante apresentam riscos geológicos remanescentes, em decorrência das chuvas intensas que começaram em maio. É o que indica o Serviço Geológico do Brasil (SGB) em relatórios de avaliações geotécnicas pós-desastres. Nos documentos, o SGB recomenda a evacuação das áreas de risco, nos casos de chuvas intensas.

A divulgação dos estudos dá continuidade ao trabalho de apoio às cidades do Rio Grande do Sul afetadas por inundações e outros processos geológicos, como deslizamentos de terra. Ao todo, neste mês, o SGB divulgou as avaliações de 10 municípios. 

“Por meio desse estudo em áreas afetadas, analisamos os processos geológicos que ocorreram – como deslizamentos de terra e queda de blocos – e indicamos quais riscos geológicos ainda existem, além de sugerirmos ações de resposta e prevenção a desastres”, explica o chefe do Departamento de Gestão Territorial, Diogo Rodrigues.

O pesquisador complementa que “a avaliação é uma ferramenta técnica importante para a adoção de medidas que garantam a segurança das comunidades”. 


Chuvas desencadearam processos geológicos

 

As áreas analisadas pelo SGB foram indicadas pelas defesas civis municipais durante os trabalhos de campo que ocorreram entre 5 e 10 de junho. Em Teutônia, foram visitados três pontos críticos, que passaram por processo de rastejo de solo e deslizamento de terra em encostas íngremes, na área rural. 

No município de Roca Sales, foram analisados quatro pontos críticos, que sofreram rastejos, deslizamentos de terra e corridas de lama/detritos. Já em Rolante, o trabalho ocorreu em sete pontos críticos, que sofreram deslizamentos, queda de bloco, rastejo, erosão de margem fluvial e inundação. 

Nos relatórios, o SGB alerta para a dificuldade em prever a evolução dos processos e sugere, além da evacuação das áreas de risco, o monitoramento diário das encostas e o desenvolvimento de sistemas de alerta de chuvas intensas. Outra sugestão é a criação de políticas públicas para reduzir as ocupações das áreas vistoriadas, com o intuito de evitar a geração de novas áreas de risco.

Os trabalhos foram realizados pelos pesquisadores em geociências do SGB: Lenilson José Souza de Queiroz e Marlon Hoelzel.

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