Estudo do Serviço Geológico do Brasil contribui para a segurança de turistas que visitam Torres (RS)

15/01/2025 às 17h24
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Pesquisadores realizaram avaliação geotécnica para identificar riscos geológicos no Parque da Guarita e no Caminho da Santinha (Calçadão Praia da Cal)

Divulgação/SGB

Brasília (DF) - Um estudo publicado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) contribuirá para garantir a segurança dos turistas que visitam o município de Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul. Parte do projeto “Avaliações Geotécnicas em Atrativos Geoturísticos”, o relatório avalia os riscos e perigos geológicos em áreas indicadas pela prefeitura e apresenta recomendações para prevenção de desastres.

Para o trabalho, o SGB analisou o Parque Estadual José Lutzenberger (conhecido como Parque da Guarita) e o Caminho da Santinha (Calçadão Praia da Cal). Toda a área do Parque da Guarita foi mapeada, mas foram detalhados sete locais específicos de maior relevância, sendo eles: Torre Sul, Torre da Guarita (Sentinela), Bico do Luiz, Furna do Diamante, Saltinho, Portão e a Trilha Verde.

“Os perigos geológicos encontrados em Torres são resultado de diversos fatores que, quando conjugados, acabam por exigir atenção”, explicou o pesquisador em geociências Anselmo Pedrazzi. Entre os processos que podem ocorrer na região, estão: tombamento de colunas rochosas, queda livre de blocos rochosos,  rolamento de blocos rochosos, desplacamento de lascas de rocha, deslizamento planar e rastejo.

Pedrazzi acrescentou que as áreas críticas foram qualificadas como tendo grau de perigo “alto” (P3), com exceção da Torre da Guarita e da Torre do Farol, que têm grau de perigo “muito alto” (P4). “É possível manter o acesso a essas áreas pelos turistas e frequentadores do parque, desde que as medidas necessárias sejam colocadas em prática, para que ocorra da forma mais segura possível”, disse o pesquisador.

Uma das principais recomendações do estudo, para reduzir os riscos, é remover um resquício de laje de concreto armado deteriorada na face leste da Torre da Guarita, que apresenta risco iminente de colapso. Pedrazzi também destaca que uma das medidas mais importantes é informar a população e os frequentadores dos locais avaliados sobre os perigos a que estão sujeitos. “As pessoas têm o direito de saber o grau de perigo a que estão expostos”, destacou.

Desde o desabamento das rochas nos Cânions de Capitólio (MG), em janeiro de 2022, os pesquisadores do SGB realizam estudos em atrativos turísticos para avaliar as áreas de risco. Foram feitas análises em atrativos de Alagoas (Cânions do Xingó), Amazonas (Presidente Figueiredo), Bahia (Cânions do Subaé e Cânions do Xingó), Ceará (Parque Nacional de Jericoacoara), Maranhão (Chapada das Mesas), Minas Gerais (Serra da Canastra e Morro do Cristo), Pernambuco (Fernando de Noronha), Piauí (Cânion do Poti e Serra da Capivara), Rio Grande do Norte (Morro do Careca e Seridó), Rondônia, Roraima (Serra do Tepequém) e em Sergipe (Cânions do Xingó).

Larissa Souza
Núcleo de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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