Elevação do Rio Grande é debatida em workshop em São Paulo

17/04/2025 às 14h56
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Serviço Geológico do Brasil apresenta estudos que reforçam seu papel na geração de conhecimento e na compreensão da geologia marinha brasileira

Divulgação/SGB

São Paulo (SP) – O pesquisador do Serviço Geológico do Brasil (SGB) Eugênio Pires Frazão palestrou sobre "Elevação do Rio Grande: o Microcontinente do Atlântico Sul", durante o Workshop Anual da Elevação do Rio Grande, realizado nos dias 14 e 15 de abril, na Universidade de São Paulo (USP). O trabalho abordou a possível origem continental da Elevação do Rio Grande e a presença de megapockmarks e escapes de gases na região — atualmente, os maiores do mundo conhecidos nesse tipo de ambiente.

Segundo Frazão, ampliar a presença do SGB em fóruns científicos como esse é fundamental para consolidar o papel estratégico da instituição nos cenários nacional e internacional, além de valorizar o trabalho técnico desenvolvido por seus pesquisadores.

As megapockmarks são depressões circulares ou elípticas no fundo do mar, formadas pela liberação súbita ou contínua de fluidos — como gases (especialmente metano) ou líquidos — a partir do subsolo marinho. Esses escapes ocorrem por meio de fraturas ou falhas geológicas e deixam marcas visíveis no leito oceânico. Na ERG, essas crateras podem alcançar até 11 km de diâmetro e profundidades de até 150 metros.

Os dados apresentados são fruto de pesquisas de alto nível desenvolvidas pelo SGB ao longo dos últimos 15 anos, destacando seu papel na produção de conhecimento estratégico, na formação de recursos humanos e na ampliação da compreensão sobre o Atlântico Sul e Equatorial. Além disso, diversos trabalhos apresentados ao longo do evento utilizaram informações e amostras fornecidas pelo SGB, o que reforça a relevância e o valor científico dos dados produzidos pela instituição.

Também representaram o SGB no evento os pesquisadores Victor Lopes e Edgar Iza, reforçando o papel da instituição na produção de conhecimento geocientífico sobre a Amazônia Azul.

Promovido pelo Instituto Oceanográfico da USP, o encontro reuniu cerca de 100 participantes. Além do SGB, o evento contou com a presença de especialistas e representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Ministério das Relações Exteriores (MRE); Marinha do Brasil; Petrobras; Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM); Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (LEPLAC); Centro de Excelência para o Mar Brasileiro (CEMBRA); universidades e centros de pesquisa internacionais, como o Instituto Geológico e Mineiro da Espanha (IGME), a Universidade do Algarve, em Portugal, e o National Maritime Research Institute (NMRI), do Japão.

Simone Goulart
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 

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