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Estudos que contribuem para a gestão das águas da Bacia do Rio Verde Grande são destaque durante evento em Montes Claros (MG)
Serviço Geológico do Brasil e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), em conjunto com usuários e órgãos gestores estaduais, se encontram para compartilhar visões sobre questões hídricas da região
Montes Claros (MG) - Estudos do Serviço Geológico do Brasil (SGB) que contribuem para a gestão das águas foram apresentados nesta terça-feira (23), em Montes Claros (MG), no evento “Gestão de Recursos Hídricos na Bacia do Rio Verde Grande: Construção Conjunta com os Usuários e Sociedade". O encontro é promovido em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), usuários e com órgãos gestores estaduais de recursos hídricos.
A programação, que segue até quarta-feira (24), faz parte das atividades realizadas no âmbito do projeto: "Estudos para a Implementação da Gestão Integrada de Águas Superficiais e Subterrâneas na Bacia Hidrográfica do São Francisco: Sub-Bacias dos Rios Verde Grande e Carinhanha". Essa iniciativa é desenvolvida pelo SGB em municípios do norte de Minas Gerais, em parceria com a ANA.
Durante a apresentação, a pesquisadora em geociências Maria Antonieta Mourão, coordenadora do projeto e assessora da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT), destacou que o principal objetivo desse evento é: "Ampliar a compreensão a respeito da dinâmica das águas na Bacia, desde a chuva, recarga dos aquíferos e escoamento na calha do rio, pavimentando o caminho para a construção coletiva da gestão integrada de recursos hídricos”.
Para o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Verde Grande, Flávio Gonçalves Oliveira, o evento é uma oportunidade para avançar na gestão sustentável da Bacia do Rio Verde Grande, que tem uma importância estratégica e emblemática, do ponto de vista hídrico. “As discussões e estudos apresentados são importantes para que os usuários – que são agentes diretamente relacionados ao tema – possam discutir e propor soluções que possam garantir a sustentabilidade dos nossos recursos”.
Na apresentação, o pesquisador em geociências Márcio Cândido alertou para o aumento da demanda por recursos hídricos, o que tem impactado a vazão da bacia. “A retirada de água chega a aproximadamente 8 m³/s, o que corresponde a quase a mesma vazão média do rio que passa por Montes Claros (10 m³/s). Isso já mostra que o consumo e a vazão estão muito próximos em um limite de utilização, o que chama atenção para a necessidade de ações estruturantes”.
O evento segue até quarta-feira (24) e contará com palestra do pesquisador do SGB Clyvihk Camacho, com o tema: “O que as novas tecnologias têm mostrado sobre as águas subterrâneas na Bacia do Rio Verde Grande”.
Com as atividades, pretende-se facilitar as trocas entre participantes, conhecer as diferentes visões e perspectivas sobre a dinâmica hídrica da bacia e construir caminhos sustentáveis para a gestão integrada dos recursos hídricos. Além da divulgação e discussão dos resultados obtidos no projeto, foram privilegiados os momentos de partilha de experiências e expectativas.
O pesquisador do SGB Roberto Kirchheim, que integra a equipe responsável pela gestão de recursos hídricos do projeto, destaca que esses momentos são importantes para a “troca com usuários e sociedade em geral, evitando assim o desenvolvimento de diretrizes dissonantes, do ponto de vista técnico, legal e/ou impossíveis de serem atendidas”.
Também participam das discussões representantes do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), Comitê da Bacia, indústria, setor agropecuário, universidade, entre outros.
O projeto “Estudos para a Implementação da Gestão Integrada de Águas Superficiais e Subterrâneas na Bacia Hidrográfica do São Francisco: Sub-Bacias dos Rios Verde Grande e Carinhanha” se baseia na Lei das Águas (Lei nº 9.433/97). Essa legislação prevê a colaboração entre a União e os estados para o gerenciamento dos recursos hídricos de interesse comum.
O SGB tem realizado estudos multidisciplinares similares a este desde 2018, em diferentes regiões do país, e, especificamente nessa bacia, pôde empregar uma série de ferramentas e técnicas modernas de diagnóstico e análise. Entre outros, cita-se o monitoramento de águas subterrâneas em 10 poços equipados com equipamentos telemétricos instalados nos municípios de Montes Claros, São João da Ponte, Jaíba e Capitão Enéas.
Além disso, foram utilizados robustos arsenais de imagens de satélite de última geração. Ao todo, já foram elaborados sete relatórios, e o último está previsto para ser entregue no segundo semestre de 2024. Os dados levantados e sistematizados permitem estimar a disponibilidade hídrica, o grau de comprometimento das reservas hídricas, assim como definir estratégias de uso e proteção dessas águas (superficiais e subterrâneas) dentro de uma ótica de sustentabilidade ecossistêmica, de uso por parte da sociedade e viabilidade dos arranjos produtivos.
O objetivo desses estudos é ampliar o conhecimento sobre a bacia para o desenvolvimento de um acordo técnico-político que propicie alcançar uma situação de uso racional e sustentável dos recursos hídricos na região do estudo.
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