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Resultados foram comparados com ilmenitas de outras partes do mundo, oferecendo uma visão mais ampla do potencial desse recurso brasileiro
São José do Norte (RS) – Um artigo publicado no Journal of South American Earth Sciences analisou a composição e o estado de alteração da ilmenita — mineral importante utilizado na produção de titânio — encontrado no depósito de São José do Norte, na Planície Costeira do Rio Grande do Sul. O estudo Mineralogical evaluation of a new global ilmenite resource from the coast of southern Brazil utilizou técnicas como microsonda eletrônica e análise de suscetibilidade magnética para compreender melhor as características desse mineral. Acesse aqui.
O objetivo da pesquisa foi entender como o intemperismo — processo natural de alteração das rochas — modifica a composição e o comportamento da ilmenita. Essas mudanças interferem diretamente no processamento metalúrgico e, consequentemente, na viabilidade econômica do aproveitamento do depósito.
De acordo com Lucy Takehara, pesquisadora do Serviço Geológico do Brasil (SGB), o grande diferencial do trabalho está na análise detalhada dos diferentes graus de alteração da ilmenita e em como isso afeta suas propriedades físicas e químicas. “Os resultados foram comparados com ilmenitas de outras partes do mundo, oferecendo uma visão mais ampla do potencial desse recurso brasileiro”, informou.
Resultados
Entre os principais achados, os pesquisadores destacam que, quanto maior o grau de alteração da ilmenita, menor é sua suscetibilidade magnética. Isso pode dificultar processos de separação magnética, amplamente utilizados na mineração. Por outro lado, os grãos mais alterados apresentaram maior concentração de TiO₂ (óxido de titânio), o que pode exigir mudanças na rota de tratamento do minério.
Compreender essas variações permite ajustar o planejamento dos processos de beneficiamento mineral, otimizando a recuperação de titânio e evitando perdas durante o processamento.
A pesquisa foi realizada em parceria entre especialistas da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e do Serviço Geológico do Brasil (SGB).
Simone Goulart
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