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Nesta sexta-feira (20), o Serviço Geológico do Brasil inicia o envio de boletins com dados sobre os rios da bacia, atendendo os municípios de Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri e Rio Branco
Rio Branco (AC) – Devido ao período chuvoso no Acre, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) iniciou a operação do Sistema de Alerta da Bacia do Rio Acre (SAH Acre). O objetivo é intensificar o monitoramento dos rios para informar sobre os níveis e alertar para possíveis inundações nos pontos monitorados, nos municípios de Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri e Rio Branco. Desse modo, o SGB apoia as ações para prevenir desastres ou reduzir os impactos das cheias.
As informações serão disponibilizadas em boletins divulgados semanalmente, com resumos sobre os níveis dos rios e acumulados de chuva. O primeiro já está disponível aqui. Além disso, é possível acompanhar os dados em tempo real, por meio da plataforma SACE. A operação segue até abril.
“Esse trabalho é de suma importância. Com a operação e emissão dos boletins de alerta, ajudamos as defesas civis e gestores a tomarem decisões, além de informarmos a população sobre a condição das cotas nas diversas estações e a tendência de variação”, afirma o engenheiro hidrólogo e pesquisador do SGB Guilherme Jordão.
Segundo o pesquisador, uma das características do Rio Acre é o aumento expressivo nas vazões diárias ao longo do ano. “Esse comportamento impactou diversas vezes a população que vive nas margens, chegando a ter o risco de cheia dentro do período de dezembro a abril. Por isso, a operação do Sistema de Alerta Hidrológico do Acre é realizada nessa janela, para que estejamos preparados para as situações extremas que possam ocorrer”.
As previsões climatológicas indicam chuvas abaixo da média na região para os próximos meses. Apesar disso, Jordão explica que é preciso ter atenção durante esse período: “O Rio Acre, quando enche, tem a velocidade de escoamento mais lenta, criando uma cheia prolongada. Por isso, é possível que um evento concentrado, a depender de onde ocorra, possa ocasionar uma enchente”.
Em março de 2024, o Acre enfrentou uma cheia de grandes proporções após fortes chuvas concentradas em um curto período. Na capital do estado, Rio Branco, o rio chegou à cota de 17,89 m – a segunda maior, atrás do recorde de 18,53 m, registrado em 2015. No município de Brasiléia (AC), foi registrada a máxima histórica de 15,58 m. Em Xapuri (AC), foi registrado o pico de 17,08 m – segunda máxima histórica, atrás do recorde de 18,24 m, em 2015.
Parceria
O monitoramento dos rios é feito a partir de estações telemétricas e convencionais, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% das estações, gerando informações que apoiam os sistemas de prevenção de desastres, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas. As informações estão disponíveis na plataforma SACE.
Larissa Souza
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