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Os primeiros voos da terceira geração do programa já iniciaram e irão impulsionar o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor mineral
Palmas (TO) – Após uma década, o Brasil começa uma nova geração de levantamentos aerogeofísicos, com técnicas mais modernas e equipamentos tecnológicos de última geração. O Serviço Geológico do Brasil (SGB) iniciou, nesta semana, o Projeto Aerogeofísico Sudeste do Tocantins.
Os primeiros voos irão cobrir 20 municípios do estado, com investimento de cerca de R$ 10 milhões. Essa iniciativa está alinhada às diretrizes do governo federal, conforme as prioridades definidas no Plano Decenal de Mapeamento Geológico Básico (PlanGeo). O projeto é custeado com investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
“Esse é um marco para o Brasil. Nosso papel enquanto instituição referência na geração de conhecimento geocientífico, é apoiar o país com ciência de qualidade. Com esse projeto, vamos impulsionar o desenvolvimento regional sustentável e movimentar toda a cadeia produtiva do setor mineral, gerando impactos diretamente na vida das pessoas”, ressalta a diretora-presidente interina do SGB, Sabrina Góis.
“Os levantamentos iniciam em um momento oportuno, em que o potencial geológico brasileiro coloca o país em papel de destaque no cenário internacional devido a alta demanda por minerais críticos para a transição energética, a segurança alimentar e a indústria de alta tecnologia. O SGB tem trabalhado arduamente para a retomada dos aerolevantamentos por entender que essa ferramenta irá trazer informações relevantes para o setor mineral, em especial em áreas de elevado potencial mineral”, destacou o diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB, Valdir Silveira.
Estímulo ao desenvolvimento sustentável
Os levantamentos aerogeofísicos são uma ferramenta de excelente custo-benefício, permitindo mapear o subsolo de forma sistemática, detalhada, rápida, eficiente e não invasiva. A aquisição de dados aerogeofísicos de altíssima resolução vai ampliar de forma significativa o conhecimento geológico do Tocantins e contribuir para o desenvolvimento sustentável do estado.
“A geofísica é a ciência que permite investigar o subsolo sem a necessidade de perfuração. Por meio de diferentes métodos, é possível obter informações desde os primeiros centímetros até centenas de quilômetros de profundidade, revelando o potencial de uma região para a ocorrência de recursos minerais, energéticos ou hídricos”, explica o chefe da Divisão de Sensoriamento Remoto e Geofísica (DISEGE), Iago Costa.
Os dados obtidos nos levantamentos começarão a ser entregues no 1º semestre de 2026. Com a divulgação dos dados, espera-se atrair investimentos, estimular novas pesquisas e impulsionar a geração de empregos e renda, promovendo também o crescimento do setor de serviços. Como resultado, os municípios da região poderão registrar um aumento na arrecadação e maior dinamismo econômico, fortalecendo toda a cadeia produtiva ligada ao setor mineral.
Entenda como é realizado o levantamento aerogeofísico
O levantamento aerogeofísico é como uma “fotografia especial” do solo e do subsolo, feita a partir de equipamentos modernos instalados em uma aeronave de pequeno porte. Esses equipamentos captam sinais do campo magnético, da radiação natural e de outras características das rochas. Assim, é possível descobrir o que existe embaixo da superfície, mesmo sem precisar cavar.
Para este levantamento, serão utilizados métodos de magnetometria (que estuda o campo magnético), gamaespectrometria (que mede a radiação natural das rochas) e gravimetria strapdown (que mede mede o campo gravitacional). Com uso de dados aerogeofísicos anteriores, o novo levantamento terá uma resolução efetiva de 250 metros entre as linhas de voo, o que permitirá uma caracterização geofísica mais detalhada da região e trará um novo panorama sobre o potencial para recursos minerais.
Terceira geração dos levantamentos aerogeofísicos
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) já conduziu três fases de levantamentos aerogeofísicos:
1ª geração (1971 - 2001) – Levantamentos regionais com os primeiros equipamentos aerogeofísicos disponíveis, ainda em baixa resolução, mas que trouxeram grande entendimento do subsolo brasileiro para a época.
2ª geração (2004 - 2015) - Cobertura de aproximadamente 3,7 milhões de km² (51% do território nacional e 86% do embasamento cristalino), com metodologias aerogeofísicas mais modernas, principalmente magnetometria e gamaespectrometria. Esta geração teve um investimento de cerca de US$183 milhões.
3ª geração (2025) - Aquisição de métodos geofísicos de última geração, com levantamentos de ultra-resolução, colocando o Brasil no nível dos grandes países de tradição mineral do mundo, como Canadá e Austrália. Os levantamentos podem revelar o potencial do país para diversos recursos naturais, principalmente aos minerais críticos voltados à transição energética.
Larissa Souza
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