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Imagem: Gustavo Figuerôa/SOS Pantanal
Alerta foi apresentado na 10ª Reunião da Sala de Crise da Bacia do Alto Paraguai, e segue tendência de 2024
Brasília (DF) – A escassez de chuvas na Bacia do Rio Paraguai, no Pantanal, preocupa pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e foi o tema central da 10ª Reunião da Sala de Crise da Bacia do Alto Paraguai, realizada nesta quinta-feira (21).
O pesquisador e engenheiro hidrólogo do SGB Marcus Suassuna destacou que, embora os rios apresentem alguns sinais de recuperação, ela tem ocorrido aquém do esperado e o prognóstico de chuvas para o próximo trimestre não é favorável.
“Em Ladário, não se espera que o rio alcance a cota de 4,0 metros, valor característico de uma cheia no Pantanal. Além disso, pode novamente alcançar cotas negativas no segundo semestre. O Rio Miranda, no Mato Grosso do Sul, registra um dos menores volumes para fevereiro em décadas. Já o Rio Cuiabá se mantém próximo da normalidade, reflexo da influência do reservatório da UHE Manso, que regulariza os seus níveis. Em Cáceres e Barra do Bugres, houve elevação dos níveis em janeiro, chegando à cota de alerta em Barra do Bugres, mas a descida foi rápida e, em fevereiro, os volumes já estão com tendência de descida, ainda que dentro da faixa de normalidade”, analisa Suassuna.
Neste mês, o volume acumulado de chuvas na bacia foi de aproximadamente 560 mm, abaixo dos 716 mm esperados para o período. Para reverter a situação, seria necessário um aumento expressivo das precipitações, mas as projeções para o próximo trimestre não são favoráveis. A estiagem do ano passado, somada ao prognóstico desfavorável de chuvas, indica que os desafios hídricos da bacia devem persistir no ano de 2025, com potenciais impactos ambientais e socioeconômicos significativos.
Anos anteriores
O impacto ambiental também preocupa. “A diminuição do fluxo de água pode intensificar a degradação dos habitats aquáticos e aumentar a concentração de nutrientes, elevando o risco de ocorrência da Decoada — fenômeno que provoca alta mortandade de peixes nos rios do Pantanal”, alerta Suassuna.
O evento teve a participação de representantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que reforçaram a preocupação com cenário hidrológico da região.
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Rafael Costa
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