Cheias no Amazonas: rio Solimões pode chegar a 19,67 metros

Cheias no Amazonas: rio Solimões pode chegar a 19,67 metros

30/05/2025 às 18h13
 | Atualizado em: 30/05/2025 às 19h00
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O 3º Alerta de Cheias do Amazonas indica que há 35% de chance de o rio Negro atingir a cota de inundação severa

Divulgação/SGB

Manaus (AM) - O Serviço Geológico do Brasil (SGB) divulgou nesta sexta-feira (30) o 3º Alerta de Cheias do Amazonas de 2025. O boletim traz as previsões dos níveis dos rios Negro, Solimões e Amazonas em Manaus e em outros três municípios do estado, com antecedência de 15 dias para o pico da cheia.

Divulgação/SGB

Durante apresentação, a superintendente do SGB em Manaus, Jussara Cury, destacou o monitoramento hidrológico e apresentou as previsões para os rios Negro, Solimões e Amazonas que em 2025 tendem a registrar níveis próximos da cota de inundação severa como é o caso de Manaus, e acima do nível de severidade a exemplo de Itacoatiara, configurando que a cheia de 2025 represente um evento significativo em algumas localidades da região.

Para o chefe da Divisão de Hidrologia Aplicada, Emanuel Duarte, no cenário atual, embora a cheia deste ano não seja a maior da história, ela tem gerado impactos significativos, especialmente por ocorrer logo após uma vazante recorde. “Essa alternância extrema ressalta a necessidade de seguirmos investindo em pesquisa, monitoramento e inovação na região. É um desafio contínuo, que exige adaptação e comprometimento diário”, informou.

Divulgação/SGB

De acordo com o alerta, a previsão é que o rio Negro atinja 28,84 metros em Manaus, com uma margem de variação entre 28,56 m e 29,16 m. A probabilidade de alcançar a cota de inundação severa, que é de 29 metros, é de 35%. Já a chance de superar o recorde histórico de 30,02 metros, registrado em 2021, é inferior a 1%.

Divulgação/SGB

Em Manacapuru, a situação demanda mais atenção. O rio Solimões pode chegar a 19,67 metros, com variação entre 19,41 m e 19,94 m. Segundo o SGB, há 65% de chance de o nível do rio atingir a cota de inundação severa, que é de 19,60 m. No entanto, a possibilidade de superar o recorde histórico de 20,86 metros também é inferior a 1%.

Divulgação/SGB

Para Itacoatiara, no rio Amazonas, a previsão é de que o nível chegue a 14,45 metros, podendo variar entre 14,36 m e 14,59 m. A cota de inundação severa, que é de 14,20 m, já foi ultrapassada, mas a chance de bater o recorde de 15,20 metros, registrado em 2021, permanece abaixo de 1%.

Divulgação/SGB

Em Parintins, a expectativa é de que o rio Amazonas atinja 8,58 metros, dentro de um intervalo entre 8,53 m e 8,67 m. A probabilidade de ocorrer uma inundação severa, que exige um nível de 9,30 metros, é inferior a 1%, assim como a chance de superar o recorde de 9,47 metros.

Monitoramento de cheias no Amazonas

O monitoramento faz parte do Sistema de Alerta Hidrológico do Amazonas, desenvolvido pelo SGB desde 1989. O objetivo é acompanhar o comportamento das cheias e vazantes na região, contribuindo para que autoridades e a população possam se preparar para possíveis impactos. 

Além disso, trabalha em parceria com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), responsáveis pelas previsões climáticas. Paralelamente, as defesas civis estadual e municipais formulam estratégias preventivas.

O evento de divulgação das previsões foi realizado presencialmente e transmitido pelo canal do SGB no YouTube, reunindo representantes de órgãos públicos, imprensa e sociedade civil.

O monitoramento faz parte da missão institucional do SGB de gerar e disseminar conhecimento geocientífico para apoiar o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida no Brasil.

Sistemas de Alerta Hidrológico

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) atualmente é responsável por 17 Sistemas de Alerta Hidrológico (SAHs), atuantes em diversas bacias do país, nas regiões mais fortemente afetadas por processos de inundações, beneficiando mais de 7 milhões de habitantes.

O objetivo dos SAHs consiste no monitoramento e previsão de níveis dos rios, gerando e disseminando informações hidrológicas para subsidiar a tomada de decisões por parte dos mais diversos órgãos que atuam no gerenciamento dos impactos provenientes de eventos hidrológicos extremos.

Simone Goulart
Núcleo de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil
Ministério de Minas e Energia
Governo Federal
imprensa@sgb.gov.br 


 

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