Modelagem 3D de sistemas mineralizantes de ouro e cobre em Arcos Magmáticos Neoproterozoicos 

Duração do Projeto: 01/2024 - 12/2026

Resumo do Projeto

A taxa de descoberta de depósitos minerais diminuiu na última década, ao passo que o custo por descoberta cresceu. Tem se criado um consenso entre os pesquisadores que a abordagem na escala litosférica é a solução para esta questão. Há uma tendência secular de alta demanda por minerais estratégicos, que são essenciais para alguns setores como: i) energia limpa, onde se destacam as turbinas eólicas (Elementos Terras Raras), reatores nucleares (urânio, tório, zircônio) ii) carros elétricos (cobre, lítio, níquel, cobalto, manganês e grafita), iii) dessalinização de água (elementos do grupo platinoides, cromo e titânio). Portanto, investimentos na descoberta dessas commodities, e consequente aumento na oferta, são fundamentais para baratear o custo de fontes de energia descarbonizadas, de modo a auxiliar na transição energética.

O método MT é uma técnica eletromagnética passiva capaz de determinar a resistividade elétrica da Terra da superfície até o manto inferior, que envolve medições das variações dos campos magnético e elétrico no tempo. O método é aplicado para estudos geodinâmicos com o objetivo de identificar zonas de sutura, processos de serpentinização, rifts e plumas. 

No Brasil, os trabalhos de MT ainda estão concentrados em perfis elaborados de acordo com o conhecimento geológico de superfície subsidiado por interpretações de dados magnetométricos e gravimétricos, que possuem problemas de ambiguidade em relação à composição da base da crosta e do manto superior. O mapeamento de um arcabouço litosférico em 3 dimensões aumentaria o grau de certeza para o planejamento de trabalhos de detalhe. Esse aumento de eficiência tem um impacto de redução de custos para toda cadeia de valor do setor mineral, e consequente aumento de probabilidade de novas descobertas.

 

Os principais objetivos do projeto incluem:

  • Mapear o arcabouço 3D da litosfera identificando footprints associados aos depósitos de cobre e ouro do Arco Magmático de Goiás.
  • A metodologia proposta será útil para identificar possíveis zonas de sutura e a extensão do arco magmático abaixo da Bacia do Paraná.

 

Atuais Parceiros: Universidade de Brasília (UnB), Observatório Nacional.

 

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Contato: Raphael Teixeira Correa (raphael.correa@sgb.gov.br)