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Toca da Onça
Jacobina - BA , Lat.: -10.927986145 Long.: -40.824756622
Última alteração: 25/12/2022 23:49:04
Status: Em análise
Geossitio de Relevância Nacional
Valor Científico: 260
Valor Educativo: 220 (Relevância Nacional)
Valor Turístico: 200 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação: 125 (Risco Baixo)


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Identificação

Designação

Nome do Sítio: Toca da Onça
Título Representativo: Local de grande achado de registros fósseis da megafauna no município de Jacobina
Classificação temática principal: Paleontologia
Classificação temática secundária: Espeleologia
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : Não
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: Não

Localização

Latitude: -10.927986145
Longitude: -40.824756622
Datum: WGS 84
Cota: 602 m
Estado: BA
Município: Jacobina
Distrito: Caatinga do Moura
Local: Toca da Onça
Ponto de apoio mais próximo: Jacobina
Ponto de referência rodoviária: Aeroporto 2 de Julho
Acesso: Ainda na BR 324, a partir do Aeroporto Municipal 2 de Julho, localizado na sede municipal de Jacobina, inicia-se o trajeto em direção à Caatinga do Moura, distrito do referido município. Inicialmente, é feito um trajeto por estrada asfaltada, primeiro pela BA-368 até um entroncamento localizado no distrito de Lages do Batata, localizado a 29km do ponto inicial, depois seguindo por mais 10km seguindo pela BA-144 até o distrito de Caatinga do Moura. Posteriormente, é feito um trajeto de aproximadamente 6km em estrada vicinal não asfaltada até uma propriedade particular, cuja entrada é sinalizada com a placa para o sítio Toca da Onça. É possível estacionar carros dentro da propriedade. Para chegar até o sítio é necessário fazer uma caminhada de aproximadamente 2km onde se encontra os acessos para a Toca da Onça. A sinalização para executar a caminhada é insuficiente, sendo necessária a presença de um condutor que conheça a localização.

Imagem de identificação

Resumo

Resumo
O geossítio Toca da Onça, consiste em um ponto, localizado no distrito de Caatinga do Moura, que é caracterizado pela presença de uma cavidade natural subterrânea, com duas galerias não conectadas e desenvolvidas pelo processo de carstificação em rochas carbonáticas da formação Salitre (Araújo et al., 2018; Santana et al., 2021). A litologia dessa caverna está representada por laminitos algais, dispostos em camadas tabulares plano-paralelas, indicativas de deposição em um paleoambiente de supramaré-intermaré superior e submaré (Reis et al., 2019). A rochas metavulcânicas ácidas, contidas na formação Salitre, foram datadas por Santana et al., (2021) em 669±14 Ma em afloramento situado na Bacia de Irecê. Essa idade sugere que no criogeniano ocorreu a presença de um mar raso na região cuja sedimentação esteve acompanhada por fluxos de rochas vulcânicas.
Na toca da Onça já foram coletados aproximadamente 4000 elementos esqueletais de animais da megafauna (Cartelle & De Iuliis, 1995), além de restos de esqueletos humanos datados em 9 mil anos (Neves et al., 1993) que colabora com o estudo sobre a história do povoamento do Homem na América do Sul. Tais fatos acabam por conferir destaque ao geossítio, conferindo-lhe valor científico e relevância nacional, para além de educativo, já que é alvo de visitas por escolas do município.
Abstract
The geosite Toca da Onça consists of a point, located in the district of Caatinga do Moura, which is characterized by the presence of a natural underground cavity, with two unconnected galleries developed by the karstification process in carbonate rocks of the Salitre formation (Araújo et al., 2018; Santana et al., 2021). The lithology of this cave is represented by algal laminites, arranged in planar-parallel tabular layers, indicative of deposition in an upper supratidal-intertidal and submarine paleoenvironment (Reis et al., 2019). Acidic metavulcanic rocks, contained in the Salitre Formation, were dated by Santana et al., (2021) at 669±14 Ma in an outcrop located in the Irecê Basin. This age suggests that in the cryogenian there was a shallow sea in the region whose sedimentation was accompanied by volcanic rock flows.
At the toca da Onça approximately 4000 skeletal elements of megafauna animals have been collected (Cartelle & De Iuliis, 1995) as well as remains of human skeletons dated at 9000 years old (Neves et al., 1993) which contributes to the study on the history of human settlement in South America. Such facts end up giving prominence to the geosite, giving it scientific value and national relevance, in addition to educational, since it is the target of visits by schools in the municipality.
Autores e coautores
Ivison Iurian Ferreira de Sousa - UFBA
Ricardo Galeno Fraga de Araújo Pereira - UFBA
Simone Cerqueira Pereira Cruz - UFBA

Contexto

Geológico

Enquadramento Geológico Geral:
    PROVÍNCIAS ESTRUTURAIS DO BRASIL - São Francisco
Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período):
Neoproterozóico
Ambiente Dominante:
  • Sedimentar
Tipo de Unidade: Unidade Litoestratigráfica
Nome: Formação Salitre
Outros:
Rocha Predominante: Laminito algal
Rocha Subordinada: Calcarenito
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : Segundo Araújo et.al. (2018 p.2) a Toca da Onça é formada por duas cavidades naturais não conectadas. A cavidade possui uma entrada de 16m², localizada em um desnível vertical de 4,5m de altura em uma dolina de colapso. A caverna possui um desenvolvimento linear de 23m representando um único salão de 60m³ de volume.


Paleontológico

Local de ocorrência
    Outro (Caverna)
Ramos da Paleontologia:
  • Paleovertebrados
Taxons conhecidos:
    Pampatherium paulacoitoi, Smilodon populator, Eremotherium laurillardi e restos de esqueletos humanos de datação aproximada de 9 mil anos. (Registros Arqueológicos)

Caracterização Geológica

Rochas Sedimentares

Ambientes Sedimentares:
  • Marinho
Ambientes: Antigos
Tipos de Ambientes:
  • Mares rasos
  • Planícies de marés
Descontinuidades Estratigráficas:
Não se aplica.

Rochas Ígneas

Categoria: Não se aplica - Não se aplica
Aspectos Texturais:
  • Outros:
Estruturas:

Rochas Metamórficas

Metamorfismo:
Facie Metamorfismo:
Texturas:
  • Outros:
Estruturas:

Deformação das Rochas

Tipo de Deformação:
Regime Tectônico:
Estruturas Lineares:
Estruturas Planas:
  • Outros:

Feições de Relevo

FR10b - Chapadas
FR11c - Planalto
FR12a - Dolina
FR12e - Caverna

Ilustração

Interesse

Dados

Pelo Conteúdo
  • Espeleológico
  • Paleontológico
Interesse associado
  • Arqueológico
  • Histórico / Cultural
Pela sua possível utilização
  • Turística (Recreativa)
  • Científica
  • Educativa

Observações

Observações Gerais
Bibliografia
Araújo A.V., Nogueira E.E., Cajado E.M. Caracterização do Geossítio Toca das Onças no município de Jacobina, Bahia, Brasil, Scientia Plena, 2018.

Cartelle, C. & De Iuliis, G. 1995. Eremotherium Laurillardi: The panamerican late pleistocene megatheriid sloth. Journal of Vertebrate Paleontology, v. 15, n. 4, p. 830–841.

Neves, W.A., Meyer D., Pucciarelli H.M. 1993. The Contribution of the Morphology of Early South and North American Skeletal Remains to the Understanding of the Peopling of the Americas. American Journal Physical Anthropology. 16(Suppl):150-51.

Reis, C.; Menezes, R.C.L.; Miranda, D.A.; Dos Santos, F.P.; Santos, R.S.V.; Meneses, A.R. 2021. Áreas de Relevante Interesse Mineral - Projeto Integração Geológica e Avaliação do Potencial Metalogenético da Serra de Jacobina e do Greenstone Belt Mundo Novo. Salvador, SGB/CPRM, 156p.

Santana, A.V.A., Chemale, F., Scherer, C., Guadagnin, F., Pereira, C., Santos, J.O.S. 2021. Paleogeographic constraints on source area and depositional systems in the Neoproterozoic Irecê Basin, São Francisco Craton. Journal Of South American Earth Sciences, v. 109, p. 103330.



Imagens Representativas e Dados Gráficos

Figura 1: Planta baixa e cortes da Toca das Onças. Fonte: Sociedade Espeleológica Azimute-SEA.
Figura 1: Planta baixa e cortes da Toca das Onças. Fonte: Sociedade Espeleológica Azimute-SEA.
Figura 2: Entrada da Toca da Onça. Foto: Ricardo Fraga.
Figura 2: Entrada da Toca da Onça. Foto: Ricardo Fraga.
Figura 3: Sinalização para Toca da Onça. Foto: Ricardo Fraga.
Figura 3: Sinalização para Toca da Onça. Foto: Ricardo Fraga.

Conservação

Unidade de Conservação

Nome da UC Tipo da UC Unidade de Conservação Situação da Uc

Proteção Indireta

Relatar:

Uso e Ocupação

Propriedade do Terreno
Privado
Area Rural
  • Pecuária
Area Urbana
Fragilidade
Baixa
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo:
A dificuldade se encontra na falta de sinalização para acesso ao local. A vegetação natural foi devastada e o solo é inutilizado em grande parte.

Quantificação


Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)

Ítem Peso Resposta Valor
A1 - Representatividade 30 O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) 4
A3 - Reconhecimento científico 5 É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... 4
A4 - Integridade 15 O local de interesse não está muito bem preservado, mas os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) ainda estão preservados 2
A5 - Diversidade geológica 5 Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica 2
A6 - Raridade 15 O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) 4
A7 - Limitações ao uso 10 É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes 2
A2 - Local-tipo 20 Não se aplica. 0
Valor Científico 260

Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)

Ítem Peso Resposta Valor
B1 - Deterioração de elementos geológicos 35 Existem reduzidas possibilidades de deterioração dos elementos geológicos secundários 1
B3 - Proteção legal 20 Local de interesse situado numa área sem proteção legal nem controle de acesso 4
B5 - Densidade populacional 10 Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 1
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação 20 Não se aplica. 0
B4 - Acessibilidade 15 Não se aplica. 0
Risco de Degradação 125

Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)

Ítem P.E P.T Resposta Valor
C1 - Vulnerabilidade 10 10 Possibilidade de deterioração de elementos geológicos secundários por atividade antrópica 3
C3 - Caracterização do acesso ao sítio 5 5 O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas 4
C4 - Segurança 10 10 Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) nem rede de comunicações móveis e situado a mais de 50 km de serviços de socorro 1
C5 - Logística 5 5 Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 50 km do local de interesse 3
C6 - Densidade populacional 5 5 Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 1
C7 - Associação com outros valores 5 5 Existe um valor ecológico e um cultural a menos de 20 km do local de interesse 2
C8 - Beleza cênica 5 15 Local de interesse ocasionalmente usado em campanhas turísticas locais, mostrando aspectos geológicos 1
C9 - Singularidade 5 10 Ocorrência de aspectos únicos e raros no estado 3
C11 - Potencial didático 20 0 Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino 4
C12 - Diversidade geológica 10 0 Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade 3
C13 - Potencial para divulgação 0 10 Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público 4
C14 - Nível econômico 0 5 Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado 1
C15 - Proximidade a zonas recreativas 0 5 Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas 4
C2 - Acesso rodoviário 10 10 Não se aplica. 0
C10 - Condições de observação 10 5 Não se aplica. 0
Valor Educativo 220
Valor Turístico 200

Classificação do sítio

Relevância: Geossítio de relevância Nacional
Valor Científico: 260
Valor Educativo: 220 (Relevância Nacional)
Valor Turístico: 200 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação: 125 (Risco Baixo)

Recomendação

Urgência à Proteção global: Necessário a médio prazo
Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: Necessário a médio prazo
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: Necessário a médio prazo
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: Necessário a médio prazo
Unidade de Conservação Recomendado: Não se aplica -
Justificativa:

Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido

Polígono não informado.

Responsável

Nome: Ivison Iurian Ferreira de Sousa
Email: ivsoniurian@gmail.com
Profissão: Geólogo
Instituição: UFBA - Universidade Federal da Bahia, Departamento de Geologia
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1307586216385072

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