Léxico Estratigráfico do Brasil

  Nos 30 a 70 metros superiores da formação a côr vermelha é substituída pela roxa e predomina nos folhelhos, siltitos e alguns dos arenitos. Esta parte da formação tem sido referida incorretamente às "camadas Santa Maria" por vários geólogos. É aqui designada como o membro Pelado da Formação Rio do Rasto. (Pág. 12) 

  SCHNEIDER et alii (1974) redefinem o Membro Morro Pelado como constituído de argilitos e siltitos vermelhos com intercalações de corpos lenticulares de arenitos finos situados na parte superior da Formação Rio do Rasto. As estruturas sedimentares mais comuns são plano-paralelas, laminação cruzada e estratificação cruzada acanalada. O contato com o Membro Serrinha é gradacional e com as formações Rosário do Sul e Pirambóia, marcados por discordância erosiva. O termo Membro Pelado havia sido substituído pelo de Formação Poço Preto (MAACK, 1952) e, posteriormente, Membro Rio do Rasto Superior (PUTZER, 1955). 

  GORDON JR., M. Classificação das Formações Gondwânicas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Notas Prelim. Est. Div. Geol. Mineral. Dep. Nac. Prod. Min., Rio de Janeiro, n. 38, 1947. 20 p. SCHNEIDER, R. L. et alii. Revisão estratigráfica da bacia do Paraná. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 28, Porto Alegre, 1974. Anais do..., Porto Alegre, SBG, 1974. v. 1, p. 41-65. MAACK, R. O desenvolvimento das camadas gondwânicas do sul do Brasil e suas relações com a Formação Karru da África do Sul. Arq. Biol. Tecnol., Curitiba, 7: 201-53, 1952. PUTZER, H. Geologia da folha de Tubarão, estado de Santa Catarina. B. Div. Fom. Prod. Min. Dep. Nac. Prod. Min., Rio de Janeiro, n. 96, 1955. 94 p. 

  Hélio Canejo da Silva Cunha (CPRM)