Léxico Estratigráfico do Brasil

  PLUMMER reavivou o têrmo Pimenteira de SMALL, porém ampliando-o. Apesar de ter feito uso do nome do lugar Pimenteira para designar a formação, definiu-a na região de Picos. Discerniu dois membros apenas caracterizando-os litològicamente de modo provisório: um superior, mais arenoso (Picos) e um inferior, mais argiloso (Oitís). Temos de explicar mais tarde, que a fauna, por nós colhida no lugar típico do membro Oitís, quer dizer, no centro do povoado dêste nome, é mais moderna do que o membro Picos, pertencendo ao membro Passagem da Formação Cabeças. Pois, o têrmo Oitís deve ser abandonado. Entretanto, também a caracterização litológica de PLUMMER não está de acôrdo com as nossas observações. Justamente o contrário se dá: o membro superior (Picos) é de composição mais argilosa do que o inferior, que chamamos "Itaim", segundo o rio dêste nome, ao sul de Picos. Esta discrepância aconteceu, porque PLUMMER não tinha ocasião de observar e definir limite inferior da formação. (Pág. 19). 

  KEGEL, op. cit., dividiu a Formação Pimenteiras em dois membros: Itaim (seção inferior) e Picos (seção superior). BLANKENNAGEL (1954) posicionou o Membro Itaim no topo da Formação Serra Grande. 

  KEGEL, W. Contribuição para o estudo do Devoniano da bacia do Parnaíba. B. Div. Geol. Mineral. Dep. Nac. Prod. Min., Rio de Janeiro, n. 141, 1953. 48 p. BLANKENNAGEL, R.K. Bacia do Maranhão (Geologia). In: BRASIL. Conselho Nacional do Petróleo. Relatório de 1952. Rio de Janeiro, 1954. p. 196-98. 

  Ronaldo Ramalho (CPRM), Milton Brand Baptista (CPRM)