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Pico do Itobira
Rio de Contas -
BA , Lat.:
-13.370909691 Long.:
-41.884677887
Última alteração: 28/10/2020 13:56:17
Última alteração: 28/10/2020 13:56:17
Status: Consistido
Geossitio de Relevância Nacional
Valor Científico:
215
Valor Educativo:
200 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
200 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
205 (Risco Médio)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Pico do Itobira |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Geomorfologia |
Classificação temática secundária: | |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Alto Rio de Contas - BA) |
Localização
Latitude: | -13.370909691 |
---|---|
Longitude: | -41.884677887 |
Datum: | WGS 84 |
Cota: | 1970 m |
Estado: | BA |
Município: | Rio de Contas |
Distrito: | |
Local: | Próximo as localidades Fazendola e Caiambola |
Ponto de apoio mais próximo: | Rio de Contas |
Ponto de referência rodoviária: | Via localidade de Matogrosso |
Acesso: | Próximo as localidades Fazendola e Caiambola |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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O Pico do Itobira esta localizado a 25 km em linha reta, a noroeste da sede de Rio de Contas, no território da APA da Serra do Barbado. Reconhecido na paisagem dos arredores da cidade de Rio de Contas, seu formato é bastante peculiar, similar a um cone vulcânico, com uma altitude de 1970 metros. Insere-se no contexto geológico dos litotipos da Formação Ouricuri do Ouricuri do Ouro caracterizado pela predominância de rochas verticalizadas metareniticas, lentes de metaconglomerados e metas brechas recortados por veios quartzo, concordantes e discordantes as litologias, bastante representativos nessa área. Vale o destaque para a ocorrência de um laterita ferruginosa, amigdoidal, formando pequenos domos contínuos ao longo da trilha.(Foto) O trajeto a essa elevação se faz pelo povoado de Mato Grosso, via localidades reconhecidas como Fazendola e Caiambola, com poucas habitações até a base da montanha. Após a travessia de um riacho ocorrem registros de antigos garimpos aluvionares registrando nesse local a atividade garimpeira em busca do ouro. O início da trilha é relativamente suave, com uma vegetação rasteira apesar do aclive pedregoso, apresentar muitos fragmentos de quartzo e crostas lateríticas. A trilha torna-se mais árdua após a Cachoeira do Camburu, uma queda d’ agua de cerca de 6 metros que forma um poço de cerca de 2 metros de profundidade. Nesse trecho da cachoeira supracitada ocorrem cactáceas e flores, sempre vivas, além de uma fauna exótica com gafanhotos de grande porte sendo bastante aproveitado para descanso e banhos durante a trilha ao Pico do Itobira. Com o aumento da altitude, a vegetação vai tornando-se mais exuberante até um vale bastante extenso, com campos de blocos rolados, onde ocorre uma nascente que forma um pequeno riacho, sobre uma floresta de altitude isolada, com uma vegetação de grande porte reconhecida pelo guia como um capão. Nesse vale foram identificados remanescentes dos veios de quartzo, com acúmulo de fragmentos de diversas litologias, predominando os seixos de quartzo, remexidos, denotando uma área bastante explorada em antigos garimpos de ouro e afetada por soluções hidrotermais. Após 03 horas de caminhada, observa-se um paredão rochoso bastante íngrime verticalizado dando início a escalada até o cume da montanha, onde se tem um platô rodeado por uma mureta de pedras, formando um mirante com uma visão espetacular da represa do Rio Brumado, da sede de Rio de Contas, Pico das Almas e do Pico do Barbado. |
Abstract |
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The Pico do Itobira, or Itobira moutain, is located 25 km in a straight line, northwest of the headquarters of Rio de Contas, in the territory of the APA of Serra do Barbado. Recognized in the landscape around the city of Rio de Contas, its shape is quite peculiar, similar to a volcanic cone, with an altitude of 1970 meters. It is inserted in the geological context of the lithotypes of the Ouricuri do Ouro Formation, characterized by the predominance of verticalized metarenitic rocks, metaconglomerate lenses and gaps cut out by quartz veins, in agreement and discordant with the lithologies, very representative in this area. It is worth highlighting the occurrence of a ferruginous, amydoidal laterite, forming small continuous domes along the trail. (Photo) The route to this elevation is made through the village of Mato Grosso, via localities recognized as Fazendola and Caiambola, with few houses up to the base of the mountain. After crossing a stream there are records of old alluvial gold mines recording gold mining activity in that location. The beginning of the trail is relatively smooth, with low vegetation despite the rocky slope, presenting many fragments of quartz and lateritic crusts. The trail becomes more arduous after the Camburu waterfall, a waterfall of about 6 meters, which forms a well of about 2 meters deep. In this stretch of the aforementioned waterfall there are cactuses and flowers, always alive, in addition to an exotic fauna with large locusts being quite used for rest and bathing during the trail to Pico do Itobira. With the increase in altitude, the vegetation becomes more exuberant to a very extensive valley, with fields of rolled blocks, where there is a spring that forms a small stream, over an isolated high altitude forest, with large vegetation. recognized by the guide as a "capon". In this valley, remnants of quartz veins were identified, with accumulation of fragments of various lithologies, with a predominance of quartz pebbles, stirring, denoting an area affected by hydrothermal solutions and extensively explored by ancient gold mines. After a 3-hour hike, a very steep rocky wall is observed, starting the climb to the top of the mountain, where there is a plateau, surrounded by a stone wall, forming a lookout with a spectacular view of the Rio Brumado dam from the headquarters of Rio de Contas and the moutains of Pico das Almas and Pico do Barbado. |
Autores e coautores |
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Violeta de Souza Martins (CPRM-Serviço Geológico do Brasil)/Cadastro. Rogério Valença Ferreira (CPRM-Serviço Geológico do Brasil) Thiago Santos Gonçalves (UFBA - Universidade Federal da Bahia) Antonio Carlos Leone Espinheira (CBPM - Companhia Baiana de Pesquisa Mineral) Carlos Alberto Santos Costa (UFRB - Universidade Federal do Recôncavo) Fabiana Comerlato (UFRB - Universidade Federal do Recôncavo) |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | |
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Nome: | |
Outros: | |
Rocha Predominante: | |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Atuais/Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Discordância Angular – quando as camadas superiores foram depositadas em ângulo sobre as camadas inferiores |
Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Xisto verde |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Rúptil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR5e - Cachoeiras | |
FR8d - Vales estruturais | |
FR11c - Planalto | |
FR11g - Pico ou Cume | |
FR13a - Cangas e crostas lateríticas |
Ilustração
Vista do Pico de Itobira com uma aparência de vulcão, Rio de Contas, BA. Foto: Rogèrio Valença Ferreira. |
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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Bibliografia |
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MARTINS, V. S.; Ferreira, R.V ; GONCALVES, T. S.; Espinheira, A.R.L; Costa, C.A.S; Comerlato, F. PROPOSTA DO GEOPARQUE ALTO RIO DE CONTAS, CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA. SGB/CPRM. Relatório Técnico, Salvador, BA, 2017, 167p |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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APA da Serra do Barbado (Privado) | UC de Uso Sustentável | Área de Proteção Ambiental |
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Proteção Indireta
APP (Área de Proteção Permanente): |
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Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Privado |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Razoável |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Vale suspenso afetado por atividades garimpeiras para extração de ouro agricultura familiar na base da elevação. A APA Serra do Barbado é constituída por um conjunto de serras altas onde se encontra o Pico do Barbado, ponto mais alto do Nordeste do Brasil com 2.033,33 metros de altitude, além de outros como o Pico do Itobira com 1.930 metros.Com uma área de 63.652 ha, a APA Serra do Barbado localiza-se na porção sudeste da Chapada Diamantina, ocupando parte do território de seis municípios: Abaíra, Érico Cardoso, Jussiape, Piatã, Rio de Contas e Rio de Pires.http://www.inema.ba.gov.br/gestao-2/unidades-de-conservacao/conselhos-gestores-de-uc/apa-serra-do-barbado/ |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é um bom exemplo para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Existem resumos apresentados sobre o local de interesse em anais de eventos científicos, ou em relatórios inéditos, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável) | 1 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 5 ou mais tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 4 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 2 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | Não existem limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) para realizar amostragem ou trabalho de campo | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 215 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
---|---|---|---|
B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal, mas sem controle de acesso | 2 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 205 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
---|---|---|---|---|
C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração de todos os elementos geológicos por atividade antrópica | 1 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas só depois de ultrapassar certas limitações (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 2 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 50 km do local de interesse | 3 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 20 km do local de interesse | 3 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas locais, mostrando aspectos geológicos | 2 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no estado | 3 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | Existem obstáculos que tornam difícil a observação dos principais elementos geológicos | 2 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados no ensino superior | 1 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem mais de 5 tipos de elementos da geodiversidade (mineralógicos, paleontológicos, geomorfológicos, etc.) | 4 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Os elementos geológicos que ocorrem no sítio apenas são evidentes e perceptíveis para quem possui graduação em geociências | 1 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 4 |
Valor Educativo | 200 | |||
Valor Turístico | 200 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Nacional |
---|
Valor Científico: | 215 |
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Valor Educativo: | 200 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 200 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 205 (Risco Médio) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Violeta de Souza Martins |
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Email: | violeta.martins@sgb.gov.br |
Profissão: | Geóloga |
Instituição: | SGB-CPRM - Serviço Geológico do Brasil |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/1221383994283054 |