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Morro do Diabo, SP
Teodoro Sampaio - SP , Lat.: -22.512872696 Long.: -52.317325592
Última alteração: 14/03/2018 15:08:20
Status: Em análise
Geossitio de Relevância Nacional
Valor Científico: 280
Valor Educativo: 340 (Relevância Nacional)
Valor Turístico: 310 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação: 150 (Risco Baixo)


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Identificação

Designação

Nome do Sítio: Morro do Diabo, SP
Título Representativo:
Classificação temática principal: Geomorfologia
Classificação temática secundária:
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : Não
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: Não

Localização

Latitude: -22.512872696
Longitude: -52.317325592
Datum: WGS 84
Cota: 639 m m
Estado: SP
Município: Teodoro Sampaio
Distrito:
Local:
Ponto de apoio mais próximo: Teodoro Sampaio, SP
Ponto de referência rodoviária: SP 613
Acesso: A partir de São Paulo (capital): SP 270 (Castello Branco até o final) SP 280 (até Presidente Prudente); SP 423(até Pirapozinho); rod. Olimpio Ferreira da Silva até Mirante do Paranapanema; SP 613 até Teodoro Sampaio e SPV 28 km 11 (sede do parque estadual onde localiza-se o geossítio)/SP 613 km (entrada do parque local do geossítio).

Imagem de identificação

Resumo

Resumo
O Morro do Diabo localiza-se no município de Teodoro Sampaio, no extremo oeste do Planalto Ocidental Paulista, próximo da confluência dos rios Paraná e Paranapanema. Situa-se no interior do Parque Estadual do Morro do Diabo (PEMD), criado como reserva em 1941, elevado a parque em 1986. O morro constitui elevação anômala no relevo suave, formada por arenitos endurecidos (silicificados), com cerca de 200 metros acima do nível cimeiro regional. Além da notável beleza paisagística, é testemunho de processos geológicos singulares da evolução do relevo nos últimos 90 milhões de anos. Resulta da erosão diferencial de arenitos eólicos acumulados no antigo Deserto Caiuá, não silicificados. O topo do Morro do Diabo corresponde à cota mínima da superfície de aplainamento Sul-Americana, elaborada entre Cretáceo Superior e Paleógeno (90 a 23 Ma). O parque, área-núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica Brasileira, abriga uma das últimas reservas de florestas de planalto do país, com ecossistemas originais. Preserva árvores centenárias, diversas espécies de animais, pássaros e plantas, alguns deles extintos na região. O Morro do Diabo foi classificado como 7º Monumento geológico do estado de São Paulo em 13/11/2013.
Abstract
The Morro do Diabo (Diabo Hill) is located in Teodoro Sampaio city, in the far west of Planalto Ocidental Paulista, São Paulo State, near to the confluence of the Parana and Paranapanema rivers. It belongs to the Diabo Hill State Park, created as reserve in 1941, and changed into park in 1986. The hill is an anomalous ledge in the soft relief of the region, consisting of hardened sandstones (silicified), that reaches about 200 meters above the tops of regional top hills. Besides the remarkable scenic beauty, the site is a testimony to peculiar geological processes that conditioned the evolution of regional relief in the last 90 million years. It results from differential erosion of aeolian sandstones not silicified of the former Caiuá Desert. The top of Diabo Hill corresponds to the minimum quota of the South American Planning Surface, developed between the Upper Cretaceous and Paleogene (90 – 23 Ma). The park belongs to the Brazilian Atlantic Forest Biosphere Reserve, of last reserve remains of upland forests in the country, with unique ecosystems. It preserves trees, several species of animals, birds and plants, some extinct in the region. The Morro do Diabo was classified as 7th Geological Monument of the São Paulo State in 11.13.2013.
Autores e coautores
Luiz Alberto Fernandes, Universidade Federal do Paraná/Programa de pós-gradação em Geologia; Rosangela do Amaral/Instituto Geológico/Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo; Rogério Rodrigues Ribeiro/Instituto Geológico/Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo; Helder Henrique de Faria/Instituto Florestal/Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo

Contexto

Geológico

Enquadramento Geológico Geral:
    BACIAS SEDIMENTARES EMERSAS DO FANEROZÓICO - São Paulo
Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período):
Ambiente Dominante:
Tipo de Unidade:
Nome:
Outros:
Rocha Predominante:
Rocha Subordinada:
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. :

Paleontológico

Local de ocorrência
Ramos da Paleontologia:
Taxons conhecidos:

Caracterização Geológica

Rochas Sedimentares

Ambientes Sedimentares:
  • Continental
Ambientes: Antigos
Tipos de Ambientes:
  • Eólico
Descontinuidades Estratigráficas:
Não se aplica.

Rochas Ígneas

Categoria: Não se aplica - Não se aplica
Aspectos Texturais:
  • Outros:
Estruturas:

Rochas Metamórficas

Metamorfismo:
Facie Metamorfismo:
Texturas:
  • Outros:
Estruturas:

Deformação das Rochas

Tipo de Deformação: Rúptil
Regime Tectônico:
Estruturas Lineares:
Estruturas Planas:
  • Falha
  • Outros:

Feições de Relevo

FR6a - Superfícies de aplainamento
FR6b - Inselbergs
FR7c - Escarpas
FR10c - Mesas, mesetas e morros-testemunho
FR10d - Cornija
FR11b - Morro

Ilustração

Morro do Diabo, face sudoeste. Foto: Luiz A. Fernandes.
Morro do Diabo, face sudoeste. Foto: Luiz A. Fernandes.
Vista dos Três Morrinhos (Terra Rica, PR), para sudoeste, do topo do Morro do Diabo. Aquela elevação tem idêntico contexto geológico/geomorfológico que esta. O corpo d'água que as separa é o rio Paranapanema/reservatório da usina hidrelétrica de Rosana, d
Vista dos Três Morrinhos (Terra Rica, PR), para sudoeste, do topo do Morro do Diabo. Aquela elevação tem idêntico...

Interesse

Dados

Pelo Conteúdo
  • Estratigráfico
  • Geomorfológico
  • Petrológico
  • Sedimentológico
  • Outro: magmatismo/hidrotermalismo
Interesse associado
  • Expressão cênica
  • Ecológico
Pela sua possível utilização
  • Turística (Recreativa)
  • Científica
  • Educativa

Observações

Observações Gerais
Na parte sul da Bacia Bauru há várias ocorrências de arenitos silicificados, no prolongamento setentrional do Arco de Ponta Grossa (Fernandes et al., 1993). As de maior destaque, responsáveis pela sustentação de elevações com até cerca de 200 metros acima do nível cimeiro regional, alinham-se segundo a direção nordeste, a mesma de importantes lineamentos regionais onde se encaixam longos trechos do rio Paraná. Tal direção relaciona-se com estruturas tectônicas regionais como a Zona de Falhamento Loanda-Presidente Epitácio. A maior quantidade de ocorrências de locais com arenitos silicificados situa-se na área de cruzamento dos alinhamentos NE com as estruturas de direção NW do Arco de Ponta Grossa. As elevações mais notáveis são o Morro do Diabo, situado no extremo oeste de São Paulo, e o conjunto conhecido como Três Morrinhos, localizado no noroeste do Paraná.
O morro do Diabo é sustentado por arenitos eólicos intensamente silicificados, pertencentes à Formação Rio Paraná, do Grupo Cauiá (Fernandes & Coimbra, 2000a; Fernandes, 2004). Tais arenitos acumularam-se na parte sudoeste da Bacia Bauru, uma depressão intracratônica criada na parte centro-sul da placa Sul-Americana, após a separação megacontinente Gondwana. A bacia formou-se, sobretudo, devido à subsidência de acomodação isostática regional, causada pelo peso da sucessão de derrames basálticos acumulados no Cretáceo Inferior, por volta de 133 Ma. A sedimentação na bacia iniciou-se ao redor de 90 milhões de anos atrás, com acumulação de material trazido para as bordas inicialmente por leques aluviais e rios de contexto semiárido e depois retrabalhados bacia adentro pelo vento, constituídos principalmente por areia (Fernandes & Magalhães Ribeiro, 2015).
Os arenitos que hoje sustentam o Morro do Diabo pertencem à Formação Rio Paraná, do Grupo Caiuá. Apresentam granulação areia muito fina a média, de grãos bem selecionados, elevado grau de arredondamento e esfericidade, com predomínio de quartzo monocristalino. O contorno original dos grãos, anterior à silicificação, pode ser facilmente identificado em seções delgadas de rocha devido ao revestimento prévio peculiar dos grãos por película de óxidos/hidróxidos de ferro. O crescimento secundário de sílica reveste e preenche poros, modificando a constituição e, sobretudo, a resistência da rocha.
Nos arredores do morro, onde não foram silicificados, os arenitos que formam o substrato regional, são quartzoarenitos marrom-avermelhados a arroxeados, finos a muito finos (às vezes médios a grossos), supermaturos quanto à composição mineral e de boa maturidade textural. Exibem típica estratificação cruzada de médio a grande porte, com sets de até 10 metros de altura. Os conjuntos são limitados por superfícies de truncamento de 2ª ordem de baixa inclinação, e algumas vezes separados por estratos tabulares, de espessura submétrica, de lamitos arenosos maciços. Os arenitos apresentam outras características comuns de depósitos de dunas eólicas: são bem selecionados por lâmina ou estrato, sem matriz siltoargilosa, e os grãos exibem superfície fosca (encoberta por película ferruginosa). A Formação Rio Paraná corresponde a depósitos de construções eólicas de grande porte (draas), complexos de dunas barcanóides e de cristas sinuosas, de região central de sand sea. A região formada pelo Pontal do Paranapanema, noroeste do Paraná e parte do Mato Grosso do Sul, onde ocorrem estratificações cruzadas de maior porte, foi a área central do antigo Deserto Caiuá (Fernandes & Coimbra, 2000b).
Em exposições de superfície, em cortes, lajes ou paredões nas encostas dos morros, os arenitos silicificados, ou com cimento quatzoso, apresentam aspecto em geral maciço, cor marrom alaranjado a rosado. Algumas vezes ainda exibe estratificação cruzada original típica dos depósitos frontais de dunas eólicas, outras vezes mal definida, quando não são mascaradas pela cimentação generalizada, aspecto comum da rocha. O processo de percolação dos fluidos silicosos durante a cimentação remobilizou parte dos óxidos/hidróxidos de ferro que originalmente envolviam os grãos detríticos, causando característico o empalidecimento da cor típica da rocha - marrom-avermelhada a arroxeada quando não silicificada - que passa a cores rosadas a marrom alaranjado claro.
Boa parte dos limites atuais da Bacia Bauru coincide com altos tectônicos regionais, onde estão situados diversos centros do magmatismo alcalino neocretáceo. Segundo Almeida & Melo (1981), as manifestações alcalinas mesozóico-cenozóicas do centro e sul do Brasil ocorreram em duas fases distintas. A primeira, no intervalo Jurássico Superior - Cretáceo Inferior (Neocomiano) é contemporânea ao vulcanismo Serra Geral, ou seja, pré-sedimentação na Bacia Bauru. A segunda, do intervalo Aptiano - Eoceno, apresentou dois períodos de maior intensidade de eventos intrusivos: 87-80 Ma e 70-60 Ma, ambos ocorridos durante a deposição da Supersequência Bauru, neocretácea. O registro destas atividades são corpos intrusivos hoje situados ao redor da bacia, sobretudo na borda setentrional. Nos dois períodos, fluidos hidrotermais relacionados ao magmatismo alcalino, contemporâneo à sedimentação, percolaram e cimentaram localmente os depósitos de areias do deserto (Fernandes et al., 1993). Os autores justificam a origem hidrotermal da silicificação pelas: 1) características e distribuição restrita das ocorrências de rochas silicificadas, em faixas estreitas com notável continuidade vertical, associadas com feições tectônicas regionais; 2) ocorrência de palygorskita em basaltos sotopostos, na região de maior intensidade de silicificação; e 3) ocorrência de carbonato-fluorapatita em arenitos da base da Fm. Rio Paraná, próximo dos locais de silicificação mais intensa.
A ascensão de fluídos hidrotermais, direcionada por zonas fraturadas do embasamento basáltico da bacia, cimentou com sílica estreitas faixas dos depósitos arenosos, conferindo-lhes maior resistência à erosão posterior, em relação aos arenitos adjacentes. Tal diferença implicou maior rebaixamento por desgaste erosivo da paisagem regional nas áreas sem silicificação. Assim, os morros sustentados por arenitos silicificados foram se destacando gradativamente na paisagem até chegar a sua configuração atual.
Na evolução do relevo regional a erosão removeu principalmente os arenitos não silicificados. O topo do Morro do Diabo corresponde, portanto, a cota mínima da superfície de aplainamento Sul-Americana, que foi elaborada entre Cretáceo Superior e Paleógeno. A preservação de espessuras originais anômalas de arenitos eólicos neocretáceos, assim como a sustentação de cotas reliquiares da evolução do relevo no intervalo Ks-T(Pg) justificaram sua importância como geossítio de interesse estadual, decretado monumento geológico em 13/11/2013.
O geossítio Morro do Diabo localiza-se no interior do Parque Estadual do Morro do Diabo, administrado pela Fundação Florestal da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. O PEMD é uma unidade de conservação da categoria de Proteção Integral, conforme disposto no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Possui Plano de Manejo elaborado pelo Instituto Florestal (Faria & Pires, 2006), conselhos Consultivo e de Pesquisa. Possui excelentes qualidades de proteção ambiental, assim como estrutura instalada para pesquisa científica, educação ambiental, recreação ao ar livre e ecoturismo.
O zoneamento ambiental do parque aponta boas condições para a preservação e conservação do geossítio e de uma trilha, respectivamente zonas primitiva e de uso extensivo. O parque está inserido nos limites do Decreto 750, que define legalmente a existência e os limites do domínio da Mata Atlântica Brasileira, é zona core da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e se localiza em região considerada prioritária para a conservação por sua importância biológica.
A transformação do sítio em 7º Monumento geológico do estado de São Paulo, juntamente com outras demandas de cunho científico, alterações paisagísticas e gerenciais decorrentes, apontam necessária revisão do plano de manejo do PEMD com participação de geólogos e geomorfólogos, que pode implicar importantes alterações no zoneamento e normas de gestão.
O geossítio integra o Inventário do patrimônio geológico paulista (Garcia et al., 2017), na categoria Bacia Bauru.
Bibliografia
Almeida, F.F.M.; Melo, M.S. 1981. A Bacia do Paraná e o vulcanismo mesozóico. In: Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, Mapa Geológico do Estado de São Paulo, São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A, v. 1, p. 46-81. Escala 1:500.000. (Publicação IPT, 1184).
Faria, H.H.; Pires, A.S. (orgs.) 2006. Parque Estadual do Morro do Diabo : plano de manejo. Santa Cruz do Rio Pardo, SP: Editora Viena. 311p. Disponível em http://arquivos.ambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/2012/01/morrododiabo.pdf
Fernandes, L.A. 2004. Mapa litoestratigráfico da parte oriental da Bacia Bauru (PR, SP, MG), escala 1:1.000.000. In: Boletim Paranaense de Geociências, 55:53-66. (1 mapa anexo).
Fernandes, L.A.; Coimbra, A.M. 2000a. Revisão estratigráfica da parte oriental da Bacia Bauru (Neocretáceo). Revista Brasileira de Geociências, 30(4):723-734.
Fernandes, L.A.; Coimbra, A.M. 2000b. The Late Cretaceous Caiuá Desert (Bauru Basin, Brazil). In: INTERNATIONAL GEOLOGICAL CONGRESS, 31., Rio de Janeiro (Brasil). Abstracts, (cd-rom, General Symposia, 3.6).
Fernandes, L.A.; Magalhães-Ribeiro, C.M. 2015. Evolution and palaeoenvironment of the Bauru Basin (Upper Cretaceous, Brazil). Journal of South American Earth Sciences, 61:71-90. (DOI: 10.1016/j.jsames.2014.11.007).
Fernandes, L.A.; Amaral, R.; Ribeiro, R.R.; Faria, H. 2014. Morro do Diabo: 7º Monumento geológico paulista, arenitos silicificados de dunas do antigo deserto Caiuá. In: 47º Congresso Brasileiro de Geologia, 2014, Salvador, BA. Anais (CD ROM). Sociedade Brasileira de Geologia/Núcleo Bahia.
Fernandes, L.A.; Coimbra, A.M.; Brandt Neto, M. 1993. Silicificação hidrotermal neocretácea na porção meridional da Bacia Bauru. Revista do Instituto Geológico, 14(2):19-26.
Fernandes, L.A.; Couto, E.V.; Santos, L.J.C. 2012. Três Morrinhos, Terra Rica, PR Arenitos silicificados de dunas do Deserto Caiuá testemunham nível de superfície de aplainamento K-T. In: Winge,M.; Schobbenhaus, C.; Souza,C.R.G.; Fernandes, A.C.S.; Berbert-Born, M.; Sallun Filho, W.; Queiroz, E.T.; (Edit.) Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. Publicado na internet em 5/12/2012, em http://sigep.cprm.gov.br/sitio058/sitio058.pdf.
Garcia, M.G.M.; Brilha, J.; Lima, F.F.; Vargas, J.C.; Pérez-Aguilar, A.; Alves, A.; Campanha, G.A.C.; Duleba, W.; Faleiros, F.M.; Fernandes, L.A.; Fierz, M.S.M.; Garcia, M.J.; Janasi, V.A.; Martins, L.; Raposo, M.I.B.; Ricardi-Branco, F.; Ross, J.L.S.; Sallum Filho, W.; Souza, C.R.G.; Bernardes-de-Oliveira, M.E.C.; Neves, B.B.B.; Campos Neto, M.C.; Christofoletti, S.R.; Henrique-Pinto, R.; Lobo, H.A.S.; Machado, R.; Passarelli, C.R.;Perinotto, J.A.J.; Ribeiro, R.R.; Shimada, H. 2017. The Inventory of Geological Heritage of the State of São Paulo, Brazil: Methodological Basis, Results and Perspectives. Geoheritage.

Imagens Representativas e Dados Gráficos

Morro do Diabo, face oeste. Foto: Luiz A. Fernandes.
Morro do Diabo, face oeste. Foto: Luiz A. Fernandes.
Arenito silicificado, com estratificação cruzada formada em depósitos de partes frontais de dunas eólicas. Foto: Luiz A. Fernandes.
Arenito silicificado, com estratificação cruzada formada em depósitos de partes frontais de dunas eólicas. Foto:...
Portal do Parque Estadual do Morro do Diabo, rod. SP 613. Foto: Luiz A. Fernandes.
Portal do Parque Estadual do Morro do Diabo, rod. SP 613. Foto: Luiz A. Fernandes.
Vista do parque para sul, do topo do Morro do Diabo. Foto: Luiz A. Fernandes.
Vista do parque para sul, do topo do Morro do Diabo. Foto: Luiz A. Fernandes.
Grãos com sobrecrescimento de sílica sintaxial. Área azul: poro remanescente preenchido por resina. Fotomicrografia, com polarizadores cruzados.
Grãos com sobrecrescimento de sílica sintaxial. Área azul: poro remanescente preenchido por resina. Fotomicrografia,...
Quartzoarenito com cimento silicoso, de grãos bem selecionados, bem arredondados, típicos da origem eólica. Fotomicrografia com polarizadores descruzados.
Quartzoarenito com cimento silicoso, de grãos bem selecionados, bem arredondados, típicos da origem eólica....
Quartzoarenito com cimento silicoso, de grãos bem selecionados, bem arredondados, típicos da origem eólica. Fotomicrografia com polarizadores cruzados.
Quartzoarenito com cimento silicoso, de grãos bem selecionados, bem arredondados, típicos da origem eólica....
Alunos do curso de graduação em Geologia da UFPR, junho de 2009.
Alunos do curso de graduação em Geologia da UFPR, junho de 2009.
Painel da trilha interna do parque, com informações geológicas. Foto: Luiz A. Fernandes.
Painel da trilha interna do parque, com informações geológicas. Foto: Luiz A. Fernandes.
Espaço de laser e de atividades pedagógicas, vinculado à trilha que dá acesso ao topo do Morro do Diabo. Foto: Luiz A. Fernandes.
Espaço de laser e de atividades pedagógicas, vinculado à trilha que dá acesso ao topo do Morro do Diabo. Foto: Luiz...
Painel da trilha interna do parque, com informações geológicas. Foto: Luiz A. Fernandes.
Painel da trilha interna do parque, com informações geológicas. Foto: Luiz A. Fernandes.

Conservação

Unidade de Conservação

Nome da UC Tipo da UC Unidade de Conservação Situação da Uc
Parque Estadual do Morro do Diabo (Privado) UC de Proteção Integral Parque
  • Implantada (Plano de Manejo)
  • Conselho consultivo atuante
7º Monumento geológico do estado de São Paulo (Privado) UC de Proteção Integral Monumento Natural
  • Criada
  • Implantada (Plano de Manejo)

Proteção Indireta

APP (Área de Proteção Permanente):
Relatar:

Uso e Ocupação

Propriedade do Terreno
Público /
Area Rural
  • Florestal
Area Urbana
Fragilidade
Baixa
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo:

Quantificação


Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)

Ítem Peso Resposta Valor
A1 - Representatividade 30 O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) 4
A3 - Reconhecimento científico 5 Existem artigos sobre o local de interesse em revistas científicas nacionais, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável) 2
A4 - Integridade 15 Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados 4
A5 - Diversidade geológica 5 Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica 2
A6 - Raridade 15 O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) 4
A7 - Limitações ao uso 10 É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes 2
A2 - Local-tipo 20 Não se aplica. 0
Valor Científico 280

Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)

Ítem Peso Resposta Valor
B1 - Deterioração de elementos geológicos 35 Existem reduzidas possibilidades de deterioração dos elementos geológicos secundários 1
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação 20 Local de interesse situado a menos de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação 2
B3 - Proteção legal 20 Local de interesse situado numa área com proteção legal e com controle de acesso 1
B4 - Acessibilidade 15 Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada 3
B5 - Densidade populacional 10 Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 1
Risco de Degradação 150

Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)

Ítem P.E P.T Resposta Valor
C1 - Vulnerabilidade 10 10 Os elementos geológicos do local de interesse não apresentam possibilidade de deterioração por atividades antrópicas 4
C2 - Acesso rodoviário 10 10 Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos 4
C3 - Caracterização do acesso ao sítio 5 5 O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas só depois de ultrapassar certas limitações (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) 2
C4 - Segurança 10 10 Local de interesse com infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.), rede de comunicações móveis e situado a menos de 25 km de serviços de socorro 3
C5 - Logística 5 5 Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse 4
C6 - Densidade populacional 5 5 Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 1
C7 - Associação com outros valores 5 5 Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse 4
C8 - Beleza cênica 5 15 Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas locais, mostrando aspectos geológicos 2
C9 - Singularidade 5 10 Ocorrência de aspectos únicos e raros no estado 3
C10 - Condições de observação 10 5 A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições 4
C11 - Potencial didático 20 0 Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino 4
C12 - Diversidade geológica 10 0 Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade 3
C13 - Potencial para divulgação 0 10 Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público 4
C14 - Nível econômico 0 5 Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado 1
C15 - Proximidade a zonas recreativas 0 5 Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas 4
Valor Educativo 340
Valor Turístico 310

Classificação do sítio

Relevância: Geossítio de relevância Nacional
Valor Científico: 280
Valor Educativo: 340 (Relevância Nacional)
Valor Turístico: 310 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação: 150 (Risco Baixo)

Recomendação

Urgência à Proteção global: Necessário a médio prazo
Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: Necessário a médio prazo
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: Necessário a médio prazo
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: Necessário a médio prazo
Unidade de Conservação Recomendado: UC de Proteção Integral -
Justificativa:

Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido

Polígono não informado.

Responsável

Nome: Luiz Alberto Fernandes
Email: lufernandes@ufpr.br
Profissão: Geólogo, Professor Sênior
Instituição: Universidade Federal do Paraná - UFPR
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4959270301217109

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