Geossit - Visualizar Geossítio

Identificação

Designação

Nome do Sítio:	Cachoeira do Ferro Doido
Título Representativo:	Contato entre as Formações Caboclo e Morro do Chapéu
Classificação temática principal:	Estratigrafia
Classificação temática secundária:	Sedimentologia
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº :	Não
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque:	Sim (Morro do Chapéu - BA)

Localização

Latitude:	-11.625000000
Longitude:	-41.001667023
Datum:	WGS 84
Cota:	880 m
Estado:	BA
Município:	Morro do Chapéu
Distrito:
Local:	Cachoeira do Ferro Doido
Ponto de apoio mais próximo:	Cidade de Morro do Chapéu
Ponto de referência rodoviária:	Contorno rodoviário de Morro do Chapéu
Acesso:	18 km a leste pela BA 052 até a ponte sobre o rio Ferro Doido.. Em seguida seguir caminhando por mais 500m, para norte, até a cachoeira

Imagem de identificação

Resumo

Resumo
A cachoeira está situada á 18km a leste da sede municipal de Morro do Chapéu, cerca de 500m a norte da BA-052, na área da unidade de conservação Monumento Natural da Cachoeira do Ferro Doido, criada pelo governo estadual. No perfil geológico da cachoeira, com cerca de 80m, é visível três intervalos estratigráficos: a) na base, intercalações de argilito calcífero e calcarenito peloidal muito impuro, com 3m de espessura aflorante, com estratificação plano-paralela e ondulada, com manchas amareladas e de óxido de ferro, que efervesce no HCl a frio. Estas rochas constituem o topo da Formação Caboclo, b) na parte intermediaria, conglomerado da base da formação Morro do Chapéu. Apesar de não ser possível o acesso a este nível a sua presença é constatada pela existência de vários blocos de conglomerado suportado pela matriz na área na base da cachoeira, e c) no topo, arenitos de cor rosa, com sigmoides e estratificações cruzadas acanaladas, que mostram paleocorrente para NW., com intersecções que constituem excelentes indicadores de direção de paleocorrente. O nível aflorante dos arenitos rosa da cachoeira do Ferro Doido, ocorre como um grande lajedo, pertencente a associação de litofacies de Arenito Sigmoidal, a terceira dentre as cinco unidades caracterizadas na formação Morro Chapéu. A cachoeira constitui um dos principais atrativos geoturísticos do Município de Morro do Chapéu. Existe uma trilha, com algum grau de dificuldade, que permite a descida até a base da cachoeira. Este afloramento constitui um geossítio por permitir a visualização das relações estratigráficas entre as formações Caboclo e Morro do Chapéu. O nível de conglomerado da base da Formação Morro do Chapéu, é fonte dos diamantes que foram objeto de antigos garimpos na região entre 1840 e 1932.

A cachoeira está situada á 18km a leste da sede municipal de Morro do Chapéu, cerca de 500m a norte da BA-052, na área da unidade de conservação Monumento Natural da Cachoeira do Ferro Doido, criada pelo governo estadual.
No perfil geológico da cachoeira, com cerca de 80m, é visível três intervalos estratigráficos:
a) na base, intercalações de argilito calcífero e calcarenito peloidal muito impuro, com 3m de espessura aflorante, com estratificação plano-paralela e ondulada, com manchas amareladas e de óxido de ferro, que efervesce no HCl a frio. Estas rochas constituem o topo da Formação Caboclo,
b) na parte intermediaria, conglomerado da base da formação Morro do Chapéu. Apesar de não ser possível o acesso a este nível a sua presença é constatada pela existência de vários blocos de conglomerado suportado pela matriz na área na base da cachoeira, e
c) no topo, arenitos de cor rosa, com sigmoides e estratificações cruzadas acanaladas, que mostram paleocorrente para NW., com intersecções que constituem excelentes indicadores de direção de paleocorrente.
O nível aflorante dos arenitos rosa da cachoeira do Ferro Doido, ocorre como um grande lajedo, pertencente a associação de litofacies de Arenito Sigmoidal, a terceira dentre as cinco unidades caracterizadas na formação Morro Chapéu.
A cachoeira constitui um dos principais atrativos geoturísticos do Município de Morro do Chapéu. Existe uma trilha, com algum grau de dificuldade, que permite a descida até a base da cachoeira. Este afloramento constitui um geossítio por permitir a visualização das relações estratigráficas entre as formações Caboclo e Morro do Chapéu.
O nível de conglomerado da base da Formação Morro do Chapéu, é fonte dos diamantes que foram objeto de antigos garimpos na região entre 1840 e 1932.

Abstract
The waterfall is located 18km east of the municipal headquarters of Morro do Chapéu, about 500m north of BA-052, in the area of the Monumento Natural do Cachoeira do Ferro Doido conservation unit, created by the state government. In the profile of the waterfall, with about 80m, three stratigraphic intervals are visible: a) at the base, intercalations of very impure calcareous clay and calcarenite, with 3m of outcrop thickness, with plane-parallel and wavy stratification, with yellowish spots and iron oxide, which boils in cold HCl. These rocks constitute the top of the Caboclo Formation, b) in the intermediate part, conglomerate of the base of the Morro do Chapéu formation. Although it is not possible to access this level, its presence is evidenced by the existence of several blocks of conglomerate supported by the matrix in the area at the base of the waterfall, and c) at the top, pink sandstones, with sigmoids and grooved cross stratifications, which show paleocurrent for NW., with intersections that are excellent indicators of paleocurrent direction. The outcrop of the pink sandstones of the Ferro Doido waterfall, occurs as a large slab, belongs to the lithofacies association of Sigmoidal Sandstone, the third among the five units characterized in the Morro do Chapéu formation. The waterfall is one of the main geotouristic attractions in the municipality of Morro do Chapéu. There is a trail, with some degree of difficulty, that allows the descent to the base of the waterfall. This outcrop constitutes a geosite for allowing the visualization of stratigraphic relationships between the Caboclo and Morro do Chapéu formations. The level of conglomerate at the base of the Morro do Chapéu Formation is the source of the diamonds that were the object of ancient mining in the region between 1940 and 1932.

Abstract

The waterfall is located 18km east of the municipal headquarters of Morro do Chapéu, about 500m north of BA-052, in the area of the Monumento Natural do Cachoeira do Ferro Doido conservation unit, created by the state government.
In the profile of the waterfall, with about 80m, three stratigraphic intervals are visible:
a) at the base, intercalations of very impure calcareous clay and calcarenite, with 3m of outcrop thickness, with plane-parallel and wavy stratification, with yellowish spots and iron oxide, which boils in cold HCl. These rocks constitute the top of the Caboclo Formation,
b) in the intermediate part, conglomerate of the base of the Morro do Chapéu formation. Although it is not possible to access this level, its presence is evidenced by the existence of several blocks of conglomerate supported by the matrix in the area at the base of the waterfall, and
c) at the top, pink sandstones, with sigmoids and grooved cross stratifications, which show paleocurrent for NW., with intersections that are excellent indicators of paleocurrent direction.
The outcrop of the pink sandstones of the Ferro Doido waterfall, occurs as a large slab, belongs to the lithofacies association of Sigmoidal Sandstone, the third among the five units characterized in the Morro do Chapéu formation.
The waterfall is one of the main geotouristic attractions in the municipality of Morro do Chapéu. There is a trail, with some degree of difficulty, that allows the descent to the base of the waterfall.
This outcrop constitutes a geosite for allowing the visualization of stratigraphic relationships between the Caboclo and Morro do Chapéu formations.
The level of conglomerate at the base of the Morro do Chapéu Formation is the source of the diamonds that were the object of ancient mining in the region between 1940 and 1932.

Autores e coautores
Antonio Jose Dourado Rocha (CPRM) Jose Amaral (CPRM) Violeta de Souza Martins (CPRM) (Cadastro)

Contexto

Geológico

Enquadramento Geológico Geral:
PROVÍNCIAS ESTRUTURAIS DO BRASIL - São Francisco

Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período):
Mesoproterozoico

Ambiente Dominante:
Sedimentar

Tipo de Unidade:
Nome:	Formação Morro do Chapeu
Outros:	Argilito calcifero
Rocha Predominante:	Arenito
Rocha Subordinada:	Conglomerado
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. :	A cachoeira está situada a 18km a leste da sede municipal de Morro do Chapéu, cerca de 500m a norte da ponte sobre o rio homonimo, na BA-052. A cachoeira esta localizada na área da unidade de conservação Monumento Natural da Cachoeira do Ferro Doido, criado pelo governo estadual. O desnível da cachoeira é da ordem de 80m. Existe uma trilha de médio grau de dificuldade, pela qual é possivel descer até a base da cachoeira.

Paleontológico

Local de ocorrência

Ramos da Paleontologia:

Taxons conhecidos:

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Caracterização Geológica

Rochas Sedimentares

Ambientes Sedimentares:
Transicional

Ambientes:	Antigos

Tipos de Ambientes:
Estuarino Fluvial entrelaçado Mares rasos

Descontinuidades Estratigráficas:
Disconformidade – intervalo de erosão ou não deposição entre camadas sedimentares, com ou sem ravinamento

Rochas Ígneas

Categoria:	Não se aplica - Não se aplica

Aspectos Texturais:
Outros:

Estruturas:

Rochas Metamórficas

Metamorfismo:

Facie Metamorfismo:

Texturas:
Outros:

Estruturas:

Deformação das Rochas

Tipo de Deformação:	Dúctil / Rúptil

Regime Tectônico:	Compressional

Estruturas Lineares:

Estruturas Planas:
Acamadamento Falha Fratura Outros:

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Feições de Relevo

FR5c - Vales encaixados
FR5e - Cachoeiras

Ilustração

Afloramento em planta de arenitos bem selecionados de cor vermelha, com estratificação cruzada que se interceptam...

Estratificação cruzada acanalada em corte frontal.Fonte: Antônio J. Dourado Rocha, 1996

Interseção de estratificação cruzada acanalada. Fonte: Antônio J. Dourado Rocha, 1996

Visão geral dos afloramentos dos arenitos na trilha da Cachoeira do Ferro Doido.Fonte: Antônio J. Dourado Rocha, 1996.

Presença de marcas onduladas na trilha para a cachoeira.Fonte: Antônio J. Dourado Rocha, 1996

Blocos do conglomerado diamantífero da base da Formação Morro do Chapéu.Fonte: Antônio J. Dourado Rocha, 1996.

Perfil esquemático do contato litológico entre a Formação Morro do Chapéu e a Formação Caboclo na Cachoeira do Ferro...

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Interesse

Dados

Pelo Conteúdo
Estratigráfico Geomorfológico Sedimentológico Marinho Paleoambiental

Interesse associado
Expressão cênica Histórico / Cultural Valor estético

Pela sua possível utilização
Turística (Recreativa) Científica Educativa

Observações

Observações Gerais
a) Litoestratigrafia Em 1910, J.C. Branner descreveu, a oeste de Jacobina, as formações Tombador e Caboclo, sugerindo que os conglomerados diamantíferos que afloram nos arredores de Morro do Chapéu e em Ventura fossem correlacionáveis com o Grupo Lavras, já descrito por Derby em 1905. Em 1919, Branner apresentou a seguinte coluna estratigráfica: Complexo Cristalino, Arenito Tombador, Folhelho Caboclo, Quartzitos e Arenitos (diamantíferos) e Calcáreos Salitre, com folhelhos intercalados. Neves (1967) sugeriu a permanência da estratigrafia definida por Banner (1910). Os arenitos que afloram na região de Morro do Chapéu, e que Branner supôs tratar-se do Grupo Lavras de Derby, foram descritos por Neves (1967) com o nome de Formação Morro do Chapéu, em substituição aos termos Arenito Superior ou Formação Lajes utilizados por Barbosa (1965). Neves e Leal, em 1968, introduziram o termo Grupo Chapada Diamantina, em substituição ao Grupo Tombador de Barbosa (1965), composto da base para o topo pelas formações Tombador, Caboclo e Morro do Chapéu. Schobbenhaus e Kaul (1971) consideraram o Grupo Chapada Diamantina como um pacote de rochas metassedimentares, com 10.000m de espessura, subdividido em seis formações. Essas formações, sobrejacentes discordantes ao complexo granítico-migmatitico e subjacentes ao Grupo Bambui, englobavam tanto o Grupo Chapada Diamantina originalmente descrito por Neves e Leal (1968), como o Grupo Paraguaçu, e o Complexo Rio dos Remédios, sotopostos. Pedreira e Mascarenhas (1974), mostraram que a Formação Tombador, que aflora a oeste de Jacobina, é a mesma que aflora na Serra do Sincorá, de modo que a correlação feita por Branner (1910) entre a formação diamantífera do Morro do Chapéu, e das Lavras Diamantinas estudadas por Derby (1905) não era válida, existindo entre as duas uma sequência pelítica (Formação Caboclo de Banner). Assim, foi restabelecida a nomenclatura estratigráfica para a Chapada Diamantina, baseada em nomes consagrados. O nome Formação Lençóis (Mascarenhas 1969) foi eliminado e foi incluído o Complexo Rio dos Remédios na base da sequência, termo proposto originalmente por Schobbenhaus e Kaul (1971). A partir daí esta estratigrafia tem sido adotada pelos autores subsequentes, embora ocasionalmente ocorram algumas variações. b) Ambientes de Sedimentação Guimarães e Pedreira (1990), Bomfim e Pedreira (1990) e Pedreira e Margalho (1990), durante o mapeamento geológico na escala 1.100.000 realizado pelo PLGB nas folhas Utinga, Lençóis e Mucugê desenvolveram atividades voltadas para a definição dos ambientes de sedimentação. Duas entidades cronolitoestratigráficas distintas foram individualizadas: a primeira representada pelos sedimentos terrígenos dos grupos Paraguaçu/Chapada Diamantina, do Proterozóico Médio, e a segunda constituída de sedimentos terrígenos/carbonáticos, pertencentes ao Grupo Una, do Proterozóico Superior. O Grupo Chapada Diamantina foi caracterizado como depositado em ambiente continental/transicional e marinho, e a Formação Tombador como um complexo aluvial de leques e rios entrelaçados, associado a areias eólicas, transgredidas e retrabalhadas pela sequência marinha de planícies de marés e plataformal da Formação Caboclo. O preenchimento final da Sinéclise da Chapada Diamantina segundo os citados autores, está representado pelos sedimentos arenosos continentais/litorâneos pertencentes à formação Morro do Chapéu, que progradaram sobre a sequência marinha anterior, através de sistemas fluviais de rios entrelaçados. Rocha et al. (1990) caracterizaram os ambientes de deposição das associações de litofácies carbonáticas integrantes da Formação Caboclo, na região do Morro do Chapéu. c) Geocronologia Neves et al. (1980) realizaram a datação dos pelitos da Formação Caboclo, na região da cidade de Morro do Chapéu, pelo método Rb-Sr, encontrando idade isocrômica de 1.290 +/- 52Ma, que representaria a época de regeneração isotópica ligada a um evento tectono-termal, posterior a deposição dos sedimentos. Babinski et al. (1993) realizaram datação pelo método Pb/Pb, dos calcários que ocorrem no topo da formação Caboclo. Amostras coletadas na fazenda Tanque, situada 12Km a oeste da cidade de Morro do Chapéu, forneceram idade isocrômica de 1.140 +/- 140Ma.

Observações Gerais

a) Litoestratigrafia
Em 1910, J.C. Branner descreveu, a oeste de Jacobina, as formações Tombador e Caboclo, sugerindo que os conglomerados diamantíferos que afloram nos arredores de Morro do Chapéu e em Ventura fossem correlacionáveis com o Grupo Lavras, já descrito por Derby em 1905.
Em 1919, Branner apresentou a seguinte coluna estratigráfica: Complexo Cristalino, Arenito Tombador, Folhelho Caboclo, Quartzitos e Arenitos (diamantíferos) e Calcáreos Salitre, com folhelhos intercalados.
Neves (1967) sugeriu a permanência da estratigrafia definida por Banner (1910). Os arenitos que afloram na região de Morro do Chapéu, e que Branner supôs tratar-se do Grupo Lavras de Derby, foram descritos por Neves (1967) com o nome de Formação Morro do Chapéu, em substituição aos termos Arenito Superior ou Formação Lajes utilizados por Barbosa (1965).
Neves e Leal, em 1968, introduziram o termo Grupo Chapada Diamantina, em substituição ao Grupo Tombador de Barbosa (1965), composto da base para o topo pelas formações Tombador, Caboclo e Morro do Chapéu.
Schobbenhaus e Kaul (1971) consideraram o Grupo Chapada Diamantina como um pacote de rochas metassedimentares, com 10.000m de espessura, subdividido em seis formações. Essas formações, sobrejacentes discordantes ao complexo granítico-migmatitico e subjacentes ao Grupo Bambui, englobavam tanto o Grupo Chapada Diamantina originalmente descrito por Neves e Leal (1968), como o Grupo Paraguaçu, e o Complexo Rio dos Remédios, sotopostos.
Pedreira e Mascarenhas (1974), mostraram que a Formação Tombador, que aflora a oeste de Jacobina, é a mesma que aflora na Serra do Sincorá, de modo que a correlação feita por Branner (1910) entre a formação diamantífera do Morro do Chapéu, e das Lavras Diamantinas estudadas por Derby (1905) não era válida, existindo entre as duas uma sequência pelítica (Formação Caboclo de Banner). Assim, foi restabelecida a nomenclatura estratigráfica para a Chapada Diamantina, baseada em nomes consagrados. O nome Formação Lençóis (Mascarenhas 1969) foi eliminado e foi incluído o Complexo Rio dos Remédios na base da sequência, termo proposto originalmente por Schobbenhaus e Kaul (1971). A partir daí esta estratigrafia tem sido adotada pelos autores subsequentes, embora ocasionalmente ocorram algumas variações.

b) Ambientes de Sedimentação
Guimarães e Pedreira (1990), Bomfim e Pedreira (1990) e Pedreira e Margalho (1990), durante o mapeamento geológico na escala 1.100.000 realizado pelo PLGB nas folhas Utinga, Lençóis e Mucugê desenvolveram atividades voltadas para a definição dos ambientes de sedimentação. Duas entidades cronolitoestratigráficas distintas foram individualizadas: a primeira representada pelos sedimentos terrígenos dos grupos Paraguaçu/Chapada Diamantina, do Proterozóico Médio, e a segunda constituída de sedimentos terrígenos/carbonáticos, pertencentes ao Grupo Una, do Proterozóico Superior. O Grupo Chapada Diamantina foi caracterizado como depositado em ambiente continental/transicional e marinho, e a Formação Tombador como um complexo aluvial de leques e rios entrelaçados, associado a areias eólicas, transgredidas e retrabalhadas pela sequência marinha de planícies de marés e plataformal da Formação Caboclo. O preenchimento final da Sinéclise da Chapada Diamantina segundo os citados autores, está representado pelos sedimentos arenosos continentais/litorâneos pertencentes à formação Morro do Chapéu, que progradaram sobre a sequência marinha anterior, através de sistemas fluviais de rios entrelaçados.
Rocha et al. (1990) caracterizaram os ambientes de deposição das associações de litofácies carbonáticas integrantes da Formação Caboclo, na região do Morro do Chapéu.

c) Geocronologia
Neves et al. (1980) realizaram a datação dos pelitos da Formação Caboclo, na região da cidade de Morro do Chapéu, pelo método Rb-Sr, encontrando idade isocrômica de 1.290 +/- 52Ma, que representaria a época de regeneração isotópica ligada a um evento tectono-termal, posterior a deposição dos sedimentos.
Babinski et al. (1993) realizaram datação pelo método Pb/Pb, dos calcários que ocorrem no topo da formação Caboclo. Amostras coletadas na fazenda Tanque, situada 12Km a oeste da cidade de Morro do Chapéu, forneceram idade isocrômica de 1.140 +/- 140Ma.

Bibliografia
Bibliografia; BRANNER, J.C. The Diamond bearing highlands of the interior of the state of Bahia, Brazil. Eng. Min. J., New York, 87 (1): 981-7; (2): 1031-33, 1909. BRANNER, J.C. The Tombador escarpment in the State of Bahia, Brazil. Am. J. Sci., Ser. 4, New Haven, 30 (179): 335-43, 1910c. GUIDICE, D.S; PEREIRA, R.G.F.A E SILVA, A.J.P, 2015, Geossítios: cenários da geodiversidade da Bahia, Série Publicações Especiais, 17/ CBPM BRITO NEVES, B.B. de. Geologia das folhas Upamirim e Morro do Chapéu - BA. Recife, SUDENE/CONESP, 1967. Inédito., Salvador, 1991, 92p. il. KEGEL, W. Estudos geológicos na zona central da Bahia. B. Div. Geol. Mineral. Dep. Nac. Prod. Min., Rio de Janeiro, n. 198. 1959. 35 p OLIVEIRA, A.I. & LEONARDOS, O.H. Geologia do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro, Serv. Inf. Agric., 1943. 813 p. (Série Didática, 2). PEREIRA, R.G. F. A, Geoparks: Pathways to Internalize Sustainble Development in State of Bahia, Brazil, Revista Geoheritage, 2022. ROCHA, A.J. D & Pedreira, A. J, Proposta Geoparque Morro do Chapéu (BA), Capítulo do livro, Geoparques do Brasil: propostas, Vol.1, CPRM-SGB, 2012 SAMPAIO, A. R. (org.) 1998. Jacobina Folha SC.24-Y-C: Estado da Bahia. Brasilia, CPRM, 77 pp. Programa Levantamentos Geologicos Basicos do Brasil-PLGB.

Bibliografia

Bibliografia;

BRANNER, J.C. The Diamond bearing highlands of the interior of the state of Bahia, Brazil. Eng. Min. J., New York, 87 (1): 981-7; (2): 1031-33, 1909.

BRANNER, J.C. The Tombador escarpment in the State of Bahia, Brazil. Am. J. Sci., Ser. 4, New Haven, 30 (179): 335-43, 1910c.

GUIDICE, D.S; PEREIRA, R.G.F.A E SILVA, A.J.P, 2015, Geossítios: cenários da geodiversidade da Bahia, Série Publicações Especiais, 17/ CBPM

BRITO NEVES, B.B. de. Geologia das folhas Upamirim e Morro do Chapéu - BA. Recife, SUDENE/CONESP, 1967. Inédito., Salvador, 1991, 92p. il.

KEGEL, W. Estudos geológicos na zona central da Bahia. B. Div. Geol. Mineral. Dep. Nac. Prod. Min., Rio de Janeiro, n. 198. 1959. 35 p

OLIVEIRA, A.I. & LEONARDOS, O.H. Geologia do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro, Serv. Inf. Agric., 1943. 813 p. (Série Didática, 2).

PEREIRA, R.G. F. A, Geoparks: Pathways to Internalize Sustainble Development in State of Bahia, Brazil, Revista Geoheritage, 2022.

ROCHA, A.J. D & Pedreira, A. J, Proposta Geoparque Morro do Chapéu (BA), Capítulo do livro, Geoparques do Brasil: propostas, Vol.1, CPRM-SGB, 2012

SAMPAIO, A. R. (org.) 1998. Jacobina Folha SC.24-Y-C: Estado da Bahia. Brasilia, CPRM, 77 pp. Programa Levantamentos Geologicos Basicos do Brasil-PLGB.

Imagens Representativas e Dados Gráficos

Perfil dos arenitos bem selecionados com estratificações cruzadas acanaladas da Formação Morro do Chapéu até o...

Vista da cachoeira na época de chuvas. Fonte: Antônio J. Dourado Rocha, 1996.

Vista frontal da cachoeira na época de chuvas. Fonte: Antônio J. Dourado Rocha, 1996

Afloramento da cachoeira com três niveis: a) na base argilito calcifero do topo da formação Caboclo;b) na parte...

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Conservação

Unidade de Conservação

Nome da UC	Tipo da UC	Unidade de Conservação	Situação da Uc
Monumento Natural da Cachoeira do Ferro Doido (Estadual)	UC de Proteção Integral	Monumento Natural	Criada Regulamentação fundiária

Proteção Indireta

Relatar:

Uso e Ocupação

Propriedade do Terreno
Público / Estadual

Area Rural

Area Urbana

Fragilidade

Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo:

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Quantificação

Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)

Ítem	Peso	Resposta	Valor
A1 - Representatividade	30	O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável)	4
A2 - Local-tipo	20	O local ou elemento de interesse é reconhecido, na área de trabalho, como local-tipo secundário, sendo a fonte de um parastratótipo, unidade litodêmica ou de um parátipo	2
A3 - Reconhecimento científico	5	Existem artigos sobre o local de interesse em revistas científicas nacionais, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável)	2
A4 - Integridade	15	Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados	4
A5 - Diversidade geológica	5	Local de interesse com 5 ou mais tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica	4
A6 - Raridade	15	Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável)	2
A7 - Limitações ao uso	10	Não existem limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) para realizar amostragem ou trabalho de campo	4
		Valor Científico	320

Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)

Ítem	Peso	Resposta	Valor
B1 - Deterioração de elementos geológicos	35	Existem reduzidas possibilidades de deterioração dos elementos geológicos secundários	1
B3 - Proteção legal	20	Local de interesse situado numa área com proteção legal, mas sem controle de acesso	2
B4 - Acessibilidade	15	Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos	4
B5 - Densidade populacional	10	Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2	1
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação	20	Não se aplica.	0
		Risco de Degradação	145

Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)

Ítem	P.E	P.T	Resposta	Valor
C1 - Vulnerabilidade	10	10	Os elementos geológicos do local de interesse não apresentam possibilidade de deterioração por atividades antrópicas	4
C2 - Acesso rodoviário	10	10	Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos	4
C3 - Caracterização do acesso ao sítio	5	5	O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas	4
C4 - Segurança	10	10	Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro	2
C5 - Logística	5	5	Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse	4
C6 - Densidade populacional	5	5	Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2	1
C7 - Associação com outros valores	5	5	Existe um valor ecológico e um cultural a menos de 20 km do local de interesse	2
C9 - Singularidade	5	10	Ocorrência de aspectos comum nas várias regiões do país	1
C10 - Condições de observação	10	5	Existem obstáculos que tornam difícil a observação dos principais elementos geológicos	2
C11 - Potencial didático	20	0	Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados no ensino superior	1
C12 - Diversidade geológica	10	0	Ocorrem mais de 5 tipos de elementos da geodiversidade (mineralógicos, paleontológicos, geomorfológicos, etc.)	4
C13 - Potencial para divulgação	0	10	O público necessita de algum conhecimento geológico para entender os elementos geológicos que ocorrem no sítio	3
C14 - Nível econômico	0	5	Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado	1
C8 - Beleza cênica	5	15	Não se aplica.	0
			Valor Educativo	240
			Valor Turístico	210

Classificação do sítio

Relevância:	Geossítio de relevância Internacional

Valor Científico:	320
Valor Educativo:	240 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:	210 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:	145 (Risco Baixo)

Recomendação

Urgência à Proteção global:	Necessário a médio prazo
Urgência à Proteção devido a atividades didáticas:	Necessário a médio prazo
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas:	Necessário a médio prazo
Urgência à Proteção devido a atividades científicas:	Necessário a médio prazo
Unidade de Conservação Recomendado:	Não se aplica -
Justificativa:	O geossitio está situado em uma unidade de proteção integral não implementada.

Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido

Polígono não informado.

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Responsável

Nome:	Antonio José Dourado Rocha
Email:	ajdouradorocha@gmail.com
Profissão:	Geólogo
Instituição:	SGB-CPRM - Serviço Geológico do Brasil
Currículo Lattes:	http://lattes.cnpq.br/4479629289318718

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Revisor

Nome do Revisor:	Supervisor de consistência
Avaliação:	Reprovado
Data:	19/03/2021 15:37:32

Nome do Revisor:	Supervisor (Mylène)
Avaliação:	Reprovado
Data:	19/03/2021 14:37:33

Nome do Revisor:	Ligia Ribeiro revisão
Avaliação:	Reprovado
Data:	16/12/2021 13:42:46

Nome do Revisor:	Supervisor de consistência
Avaliação:	Reprovado
Data:	14/12/2021 16:26:06

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Resumo

Geológico

Paleontológico

Rochas Sedimentares

Rochas Ígneas

Rochas Metamórficas

Deformação das Rochas

Ilustração

Dados

Observações

Imagens Representativas e Dados Gráficos

Unidade de Conservação

Proteção Indireta

Uso e Ocupação

Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)

Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)

Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)

Classificação do sítio

Recomendação

Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido

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