Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº :
Não
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque:
Não
Localização
Latitude:
6.000000000
Longitude:
41.000000000
Datum:
SIRGAS2000
Cota:
m
Estado:
PI
Município:
São João da Canabrava
Distrito:
Local:
Serra do Violeta
Ponto de apoio mais próximo:
Centro de São João da Canabrava
Ponto de referência rodoviária:
A partir de Picos. Até o Centro de São João da Canabrava e do Centro de São João da Canabrava até a Furna
Acesso:
O trajeto pode ser realizado, partindo de Picos e seguindo a PI 238. Segue-se em estrada asfaltada até o centro da cidade, de onde segue-se em estrada vicinal por 25,3 Km até a localidade Bananeira. A depender do tipo de transporte utilizado (veículos de tração e que possam ter a pintura arranhada pela vegetação) e das condições do acesso (a depender de alguma melhoria na trilha, que venha a ser realizada), em alguns casos é possível seguir por mais 2 km de carro, sendo os últimos 1,8 km realizados a pé, por meio de trilha. Está localizada em propriedade privada acessada por diferentes estradas vicinais que levam até o povoado bananeira e de lá até a Serra do Violeta, no povoado Conceição, onde está a caverna, no entanto, o trecho apresentado anteriormente é o mais fácil para chegar até o local.
Imagem de identificação
Mosaico com ilustração e imagens da caverna em diferentes ângulos
Resumo
Resumo
Geossítio localizado na borda leste da Bacia do Parnaíba, mais especificamente na borda leste do Planalto de Inhuma. Geologicamente, encontra-se sobre os arenitos devonianos da Formação Cabeças, pertencente ao Grupo Canindé. Em relação à geomorfologia, está localizado na Unidade de Relevo Degraus Estruturais e Rebordos Erosivos. No aspecto climático, está presente em uma área de transição, predominando o clima As (quente e úmido). O local onde o geossítio está é caracterizado pela ausência de rios, riachos e córregos próximos, mesmo que intermitentes. Na área do geossítio predomina vegetação rasteira, caatinga arbustiva e arbórea e áreas de solo exposto, devido a remoção da vegetação natural para o cultivo agrícola. Observa-se também espécies vegetais típicas do cerrado, uma vez que esta é uma área de transição. Os solos da região são resultantes da alteração geológica ocorrida nos arenitos, siltitos e folhelhos, englobando solos de textura média, pouco desenvolvidos, com alta presença de pedregosidade e baixa fertilidade natural, ocorrendo na área Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos, Neossolos Litólocos Distróficos e Neossolos Quartzarênicos Órticos. O geossítio é a única caverna em arenito na região com as dimensões apresentadas. Além disso, trata-se do único exemplo conhecido na área, de uma caverna formada a partir do colapso da rocha que cobria a cavidade, resultando na criação de uma dolina que dá acesso ao interior da do geossítio. Ressalta-se ainda, no geossítio, a presença de diversas feições cársticas e importante fauna cavernícola.
BACIAS SEDIMENTARES EMERSAS DO FANEROZÓICO - Parnaíba
Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período):
Era Paleozoica - Período Devoniano
Ambiente Dominante:
Sedimentar
Tipo de Unidade:
Unidade Litoestratigráfica
Nome:
Formação Cabeças
Outros:
Rocha Predominante:
Arenito
Rocha Subordinada:
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio.
:
Fundamentando-se nas tipologias de Fuertes-Gutiérrez e Fernández-Martinez (2010), o geossítio pode ser classificado de duas formas. Se for considerada apenas a área da dolina que colapsou e deu origem à entrada da caverna, ou seja, sua área externa, a classificação como ponto seria mais adequada. No entanto, ao considerar todo o desenvolvimento linear do geossítio, com medições realizadas de 330 metros e projeção horizontal de 200 metros a tipologia seção é a mais apropriada, pois todo o perímetro da caverna é maior que 1 hectare, apresentando características distribuídas lineramente. Ressalta-se que a extensão linear de 330 m é parcial, uma vez que foi realizada apenas até um ponto de mais fácil acesso e considerado seguro pelos pesquisadores que realizaram essa medição, podendo, o desenvolvimento da caverna, se estender por mais de 600 m. O geossítio é a única caverna em arenito na região com as dimensões apresentadas. Além disso, trata-se do único exemplo conhecido na área, de uma caverna formada a partir do colapso da rocha que cobria a cavidade, resultando na criação de uma dolina que dá acesso ao interior da do geossítio. Ressalta-se ainda, no geossítio, a presença de diversas feições cársticas e importante fauna cavernícola.
Local: Vale encaixado do rio São Bartolomeu, cercanias de Brasília (DF)
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR7a - Rebordos erosivos:
Sinônimo de quebra de relevo. Consiste em pequeno e curto escarpamento, com desnivelamentos sempre inferiores a 100 metros, separando duas superfícies. Frequentemente, cornijas de carapaças ferruginosas (crostas lateríticas) podem produzir rebordos erosivos e sustentar topos planos de platôs lateríticos.
FR7b - Degraus estruturais
Local: Flanco oeste do Planalto do Morro do Chapéu. (BA).
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR7b - Degraus estruturais:
Consiste também num pequeno escarpamento, com desnivelamentos que não ultrapassam 200 metros, separando duas superfícies. Todavia esta ruptura de declive está condicionada por controles litológicos (rochas com resistências diferenciais ao intemperismo e erosão) ou estruturais (associadas a eventos neotectônicos ou pela disposição ou acamadamento das formações geológicas)
FR12a - Dolina
FR12a - Dolina:
Termo genérico para depressões fechadas de formato circular ou elíptico, com vertentes que podem ser suaves (dolinas cônicas) a totalmente verticais (dolinas cilíndricas), fundo cônico ou plano. Quando o solo é pouco espesso formam-se dolinas de dissolução, depressões de perfil mais suave que evoluem pela infiltração gradativa dos materiais residuais no sistema subterrâneo que está sendo progressivamente ampliado pela dissolução. Havendo espesso manto sobrejacente a rochas carstificadas (em processo de dissolução), são chamadas de dolinas de subsidência, podendo haver injeção súbita de materiais da cobertura (instantânea, horas ou dias), com expressões imediatas na superfície do terreno. No caso de Dolinas aluviais, a injeção de sedimentos está relacionada à dinâmica de uma drenagem que tem vertimento pontual para o subterrâneo, formando uma bacia coletora que se amplia com relativa rapidez. Dolinas de colapso são formadas pelo desabamento do pacote rochoso acima de uma cavidade subterrânea, caracterizando depressões abruptas, com perímetro escarpado. Quando rochas não carbonáticas sobrejacentes à cavidade são envolvidas no desmoronamento são chamadas dolinas de colapso subjacente. Não raramente, as dolinas surgem em consequência de ações humanas, em especial quando tais ações implicam alterações na dinâmica hidrológica subterrânea, como rebaixamento do nível freático ou aumento da saturação hídrica na interface rocha-solo
FR12e - Caverna
FR12e - Caverna:
Todo espaço natural subterrâneo acessível ao homem. Na definição formal (jurídica) é chamada de "cavidade natural subterrânea" "todo e qualquer espaço subterrâneo acessível pelo ser humano, com ou sem abertura identificada, popularmente conhecido como caverna, gruta, lapa, toca, abismo, furna ou buraco, incluindo seu ambiente, conteúdo mineral e hídrico, a fauna e a flora ali encontrados e o corpo rochoso onde os mesmos se inserem, desde que tenham sido formados por processos naturais, independentemente de suas dimensões ou tipo de rocha encaixante".
Ilustração
Imagem da área da Dolina que dá acesso à entrada da Caverna.
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem
Peso
Resposta
Valor
A1 - Representatividade
30
O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável)
4
A3 - Reconhecimento científico
5
Existem artigos sobre o local de interesse em revistas científicas nacionais, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável)
2
A4 - Integridade
15
O local de interesse não está muito bem preservado, mas os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) ainda estão preservados
2
A5 - Diversidade geológica
5
Local de interesse com 1 ou 2 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica
1
A6 - Raridade
15
O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável)
4
A7 - Limitações ao uso
10
É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes
2
A2 - Local-tipo
20
Não se aplica.
0
Valor Científico
245
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem
Peso
Resposta
Valor
B1 - Deterioração de elementos geológicos
35
Possibilidade de deterioração dos elementos geológicos secundários
2
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação
20
Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação
1
B3 - Proteção legal
20
Local de interesse situado numa área sem proteção legal nem controle de acesso
4
B4 - Acessibilidade
15
Local de interesse sem acesso direto por estrada mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículos
1
B5 - Densidade populacional
10
Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2
1
Risco de Degradação
195
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem
P.E
P.T
Resposta
Valor
Valor Educativo
0
Valor Turístico
0
Classificação do sítio
Relevância:
Geossítio de relevância Nacional
Valor Científico:
245
Valor Educativo:
0 (Relevância Regional/Local)
Valor Turístico:
0 (Relevância Regional/Local)
Risco de Degradação:
195 (Risco Baixo)
Recomendação
Urgência à Proteção global:
Necessário a longo prazo
Urgência à Proteção devido a atividades didáticas:
Necessário a longo prazo
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas:
Necessário a longo prazo
Urgência à Proteção devido a atividades científicas:
Necessário a longo prazo
Unidade de Conservação Recomendado:
UC de Proteção Integral - Monumento Natural
Justificativa:
o local de interesse não está muito bem preservado. As quedas de blocos e desplacamentos aumentam a fragilidade do local, podendo causar danos aos processos ali atuantes e até mesmo obstruir o acesso à caverna. Além disso, é preciso considerar a vulnerabilidade de pequenas feições e processos presentes no geossítio, os quais são elementos pouco numerosos, que podem ser afetados por atividades humanas inadequadas no local como as pichações, prejudicando a integridade do geossítio e comprometendo o seu patrimônio espeleológico. O geossítio é a única caverna em arenito na região com as dimensões apresentadas. Além disso, trata-se do único exemplo conhecido na área, de uma caverna formada a partir do colapso da rocha que cobria a cavidade, resultando na criação de uma dolina que dá acesso ao interior da do geossítio. Ressalta-se ainda, no geossítio, a presença de diversas feições cársticas e importante fauna cavernícola.
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido