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Mina de Morro Velho
Nova Lima -
MG , Lat.:
-19.978322983 Long.:
-43.849689484
Última alteração: 30/09/2024 11:04:51
Última alteração: 30/09/2024 11:04:51
Status: Em análise
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
330
Valor Educativo:
350 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
315 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
185 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Mina de Morro Velho |
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Título Representativo: | A mais longeva mina de ouro do Brasil |
Classificação temática principal: | História da mineração |
Classificação temática secundária: | Metalogenia |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Quadrilátero Ferrífero - MG) |
Localização
Latitude: | -19.978322983 |
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Longitude: | -43.849689484 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | MG |
Município: | Nova Lima |
Distrito: | |
Local: | |
Ponto de apoio mais próximo: | Centro de Memória da MIna Morro Velho |
Ponto de referência rodoviária: | Centro da cidade de Nova Lima |
Acesso: | A Mina de Morro Velho está localizada na área urbana de Nova Lima, setor noroeste do Quadrilátero Ferrífero, a cerca de 25km de distância de Belo Horizonte. O acesso a partir de Belo Horizonte é realizado pela rodovia MG-030 até a sede do município. Além da entrada da mina com uma galeria pode poderá ser visitada no futuro, há o Centro de Memória da Mina Morro Velho localizado no cruzamento da Rua Enfermeiro José Caldeira Brant com a Rua Dr. João Pena; o Bicame localizado no encontro da Rua Miguel Couto com a Rua Dr. Cássio Magnani; o Parque Ecológico Municipal Rego dos Carrapatos localizado na Rua Joaquim Eloy de Azevedo; e o Centro de Educação Ambiental da AngloGold Ashanti, localizado na rua Prof. Aldo Zanini. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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A Mina de Morro Velho é considerada a mais longeva mina de ouro do Brasil. Nos seus últimos 100 anos de operação produziram mais de 450 toneladas de ouro, sendo considerado um depósito de classe mundial. O depósito de ouro orogênico de Morro Velho ocorre nas rochas do Greenstone Belt Rio das Velhas de idade arqueana, ou simplesmente, Supergrupo Rio das Velhas que é formado pelos grupos Quebra Osso, Nova Lima e Maquiné. Na área da mina predominam as associações máfica-ultramáfica e vulcano-química-sedimentar, da base do Grupo Nova Lima. A rocha hospedeira da mineralização é conhecida pelo nome de “Lapa Seca” e os copos de minério são compostos, por pirrotita, arsenopirita, pirita, calcopirita e outros minerais traços, tais como, galena, cubanita, esfalerita, bornita, ullmannita e estibnita. A Mina de Morro Velho atualmente é propriedade da mineradora Anglo Gold Ashanti. A mineradora está com um projeto de recuperação da área industrial da mina onde eram desenvolvidas todas as atividades desde o beneficiamento até o processo final de fundição das barras de ouro. |
Abstract |
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The Morro Velho Mine is considered to be the longest-running gold mine in Brazil. In its last 100 years of operation, it has produced more than 450 tons of gold and is considered a world-class deposit. The Morro Velho orogenic gold deposit occurs in the Archaean-aged Rio das Velhas Greenstone Belt, or simply the Rio das Velhas Supergroup, which is comprised up of the Quebra Osso, Nova Lima and Maquiné groups. In the mine area, the mafic-ultramafic and volcanic-chemical-sedimentary associations at the base of the Nova Lima Group predominate. The host rock of mineralization is known as “Lapa Seca” and the ore bodies are composed of pyrrhotite, arsenopyrite, pyrite, chalcopyrite and other trace minerals, such as, galena, cubanite, sphalerite, bornite, ullmannite and stibnite. The Morro Velho mine is currently owned by mining company Anglo Gold Ashanti. The mining company is currently working on a project to recover the mine's industrial area, where all the activities were carried out, from processing to the final process of smelting the gold bars. |
Autores e coautores |
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José Adilson dias Cavalcanti - Serviço Geológico do Brasil, Superintendência Regional de Belo Horizonte Frederico Moreira Freitas - Serviço Geológico do Brasil, Superintendência Regional de Belo Horizonte Marilda Santana da Silva - Departamento de História, UFMG - UFC |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Arqueano |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Grupo Nova Lima, Supergrupo Rio das Velhas |
Outros: | filito carbonáceo e lapa seca |
Rocha Predominante: | Rocha metavulcânica máfica |
Rocha Subordinada: | Rocha metavulcânica ultramáfica |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
A Mina de Morro Velho atualmente é propriedade da mineradora Anglo Gold Ashanti. A mineradora está com um projeto de recuperação da área industrial da mina onde eram desenvolvidas todas as atividades desde o recebimento do minério, beneficiamento e a produção das barras de ouro. Possivelmente, no futuro próximo será possível realizar visitas na área e também na galeria que dá acesso ao shaft principal de onde o minério saia em vagonetas da mina para a área de tratamento do minério. A área de operação na superfície se encontra atualmente em ruinas e deve ser recuperada parcialmente. De acordo com os empreendedores é prevista a revitalização de mais de 19,6 mil metros quadrados de estruturas históricas. O empreendimento conjuga a valorização do patrimônio, preservação ambiental e a inovação, com construções criadas para respeitar a história local, e com inspiração no conceito de Museu de Território (Jornal Estado de Minas, 2022). A rocha aflorante ao longo da galeria é o filito carbonáceo cinza escuro com foliação principal (Sn = 125/46) e lineação mineral (Lm = 112/42) e veios de quartzo. No município de Nova Lima, além da Mina de Morro Velho, existem outros locais de interesse para a história geológica e da mineração do Brasil, tais como, o afloramento de Lapa Seca, o Morro do Pires, o Bicame, o Centro de Memória da Mina de Morro Velho, o Centro de Educação Ambiental da AngloGold Ashanti e o Parque Municipal Córrego dos Carrapatos. O Centro de memória da Mina Morro Velho está localizado na casa onde residia o Superintendente da Mina. O centro conta o acervo documental da mina (relatórios internos, mapas, croquis, etc.), equipamentos utilizados, coleção de minerais, rocha e minérios, além da arquitetura da construção em estilo inglês da época. GEOLOGIA A Mina de Morro Velho está encaixada nas rochas do Greenstone Belt Rio das Velhas de idade arqueana, ou simplesmente, Supergrupo Rio das Velhas que é formado pelos grupos Quebra Osso, Nova Lima e Maquiné. O termo Série Rio das Velhas foi proposto por Dorr et al. (1957) que a considerou uma sequência metavulcano-sedimentar composta por xistos, filitos e metavulcânicas com formação ferrífera, grauvaca, quartzitos xistosos e rochas quartzo-carbonáticas, conglomerados, que ocorrem em torno dos terrenos gnáissicos-migmatíticos do Quadrilátero Ferrífero. Foi Schorcher (1976) que utilizou a designação de Greenstone Belt Rio das Velhas para essa sucessão que hospeda os maiores depósitos de ouro do Quadrilátero Ferrífero. Já, o Grupo Nova Lima é formado por rochas vulcânicas ultramáficas, máficas e intermediárias com quantidades subordinadas de rochas vulcânicas félsicas, vulcanoclásticas e sedimentares químicas e clásticas (Lobato et al. 2001). Na área que envolve a Mina de Morro Velho afloram as rochas do Grupo Nova Lima. Ladeira (1985, 1988) subdividiu o Grupo Nova Lima em três unidades informais. A Unidade Inferior composta principalmente por rochas ultramáficas e máficas representadas por serpentinitos, peridotitos kamtiíticos serpentinizados, esteatitos, talco xistos, anfibolitos, com intercalações delgadas de metatufos, filitos grafitosos e formações ferríferas tipo algoma. Uma Unidade Média metassedimentar química composta pela Formação Lapa Seca e pela Formação Ferrífera Raposos, sobrepostas por xistos verdes intercalados com rochas vulcanoclásticas máficas a intermediárias metamorfisadas e filitos grafitosos. E a Unidade Clástica Superior composta por metaconglomerados, quartzo xistos, quartzitos impuros e filitos grafitosos. Baltazar & Zucchetti (2007) definiram sete associações de litofácies para o greenstone belt Rio das Velhas: (1) vulcânica máfica-ultramáfica; (2) vulcano-química-sedimentar; (3) sedimentar clástica-química; (4) vulcanoclástica; (5) vulcanoclástica ressedimentada; (6) costeira; (7) continental (não-marinha). Com base na descrição desses autores, na região de Nova Lima predominam as associações máfica-ultramáfica e vulcano-química-sedimentar. Na associação máfica-ultramáfica predominam rochas máficas e ultramáficas com raras intrusões de gabro, anortosito e peridotito e também ocorrem intercalações de formação ferrífera bandada, cherte ferruginoso, pelito carbonáceo, turbidito e mais raramente rochas vulcanoclásticas félsicas. Já, na associação vulcano-química-sedimentar predominam basaltos toleíticos intercalados com formações ferríferas bandadas, cherte ferruginoso, turbiditos e pelito carbonáceo, e pelito intercalado com rochas sedimentares químicas. As idades U-Pb obtidas por Noce et al. (2005) definiram pelo menos três episódios de vulcanismo félsico que teriam ocorrido juntamente com a deposição do Grupo Nova Lima (2792 ± 11Ma; 2772 ± 7Ma; 2751 ± 9Ma), sugerindo um intervalo de vulcanismo de 40Ma. METALOGENIA O depósito de ouro da Mina Morro Velho ocorre em um pacote de filitos carbonáceos contendo intercalações de rochas vulcanoclásticas félsicas a intermediárias e dolomitos (Vial et al. 2007). De acordo com esses autores, a rocha hospedeira da mineralização é conhecida pelo nome de “Lapa Seca” e os copos de minério são compostos, em média, por pirrotita (74%), arsenopirita (17%), pirita (8%), calcopirita (1%) e outros minerais traços, tais como, galena, cubanita, esfalerita, bornita, ullmannita e estibnita. A idade modelo para a mineralização de ouro é de 2,82 Ga. A lapa seca foi interpretada por esses autores como sendo resultado de um processo de alteração hidrotermal pré-mineralização de ouro, a partir de rochas vulcânicas e /ou vulcanoclásticas de composição variando de dacíticas a andesíticas. Os corpos de minério maciços high grade, ocorrem na base da lapa seca carbonática cinza e, a mineralização disseminada nos veios de quartzo na lapa seca micácea. Vial et al. (2007) interpretaram o depósito aurífero de Morro Velho como um depósito orogênico, com base nos critérios estabelecidos por Groves et al. (1998), isto é, (i) possui associação temporal e espacial com a orogenia Rio das Velhas; (ii) as rochas hospedeiras da mineralização foram metamorfisadas na fácies xisto verde; (iii) a mineralização é tardi-tectônica com pico pós-metamórfico; (iv) intensa alteração hidrotermal; (v) associação Au-Ag-As; (f) alteração hidrotermal proximal com mica-carbonato-sulfeto de ferro. MINERAÇÃO Segundo Camargos (1957), o acesso principal a mina era através de uma galeria horizontal e a descida era feita em poços verticais e galerias horizontais escalonadas, que tinha como objetivo seguir o corpo de minério principal que mergulha com ângulo de 45º. O transporte no interior da mina era realizado por elevadores. Em cada poço havia dois elevadores que suportavam uma carga de até 2 toneladas. Estes elevadores eram acionados por motores elétricos que ficam dentro da mina. Nas galerias horizontais as vagonetas eram impulsionadas por pequenas locomotivas elétricas. Ao ser retirado da mina, o minério passava por uma fase de britagem e moagem. A moagem era realizada com pilões californianos ou em moinhos de bola. Depois da moagem, o minério passava por mesas vibratórias onde, cerca de 25%, eram aproveitados e concentrados por cianetação. A partir daqui o ouro passa pela fundição, onde são produzidas barras de ouro de 1 e 1/2 kg, com pureza superior a 99% (Camargos, 1957). Segundo o autor, nesse período a produção diária era de 10kg de ouro. Além do ouro, a Morro Velho também produzia prata e arsênio. As estatísticas desse período mostraram que a planta tratava 250.000 toneladas de minério com teor médio de 10,5 g/ton, do qual se extraia 2800 kg de ouro. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Vulcânica - Outras (rochas vulcanocláticas) |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Xisto verde |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR8d - Vales estruturais | |
FR11a - Colina | |
FR11b - Morro |
Ilustração
Fotos da área da Mina de Morro Velho. a) entrada da Mina Grande; b) galeria principal de acesso ao shaft; c) detalhe... |
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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A jazida de Morro Velho foi descoberta no período colonial, aproximadamente no ano de 1725, por mineradores portugueses, quando se exploraram depósitos aluvionares situados ao longo dos rios e riachos da região e filões primários. A história da mineração do ouro em Morro Velho pode ser dividida em duas fases: (i) a primeira quando eram explorados os aluviões e veios por mineradores portugueses e brasileiros, sem a formação de uma empresa; (ii) a segunda fase começa com a fundação da “St. John del Rey Company”, em 1830, quando a empresa adquire a Mina de Morro Velho e também as minas Bicalho, Raposos, Faria e Cuiabá (Camargos 1957). Porém a operação da mina só teve início em 1824. Em 1867, houve um grande incêndio que provocou o colapso na mina, que só voltou a operar novamente sete anos depois com a construção de dois shafts. Novamente em 1886, a queda de um grande bloco levou a mina a um colapso gradual. Somente em 1890 teve inicio a construção de mais dois novos shafts, que levou a mina a atingir a profundidade de 2435 metros. Em virtude dos acidentes ocorridos, a mina ficou dividida em duas, a Mina Velha (entre 0 e 550 m) e a Mina Grande (entre 550 e 2435 m) (Vieira et al. 1991). Em 1960 a área foi adquirida por brasileiros que criaram a Mineração Morro Velho S.A. Em 1975, a Anglo American adquiriu 49% da participação e em 1999 a Anglo Gold adquiriu uma participação controladora de Morro Velho. A Mina Grande foi fechada em 1995 e a Mina Velha em 2003 (Barbosa 2021). Os principais estudos publicados sobre a Mina de Morro Velho são de Derby (1903), Graton & Bjorge (1929), Oliveira (1933), Camargo (1957), Ladeira (1980, 1985, 1988), Vieira (1991), Vieira & Simões (1992), Vieira et al. (1991), Lobato et al. (2001a, 2001b) e Vial et al. (2007). |
Bibliografia |
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Baltazar, O.F.; Zucchetti, M. 2007. Lithofacies associations and structural evolution of the Archean Rio das Velhas greenstone belt, Quadrilátero Ferrífero, Brazil: A review of the setting of gold deposits. Ore Geology Reviews, 32: 471-499. Barbosa, D.H. 2021. A História da Mina de Morro Velho. Nova Lima, Minas Gerais, 267p. Camargo, W.G.R.O. 1957. A jazida de ouro de Morro Velho, Minas Gerais (contribuição ao conhecimento da gênese). Tese de livre docência, Universidade de São Paulo, Instituto de Geociências, Brasil. 122p. Derby, O. 1903. Einige Notizen uber brasilianische golderze. Z. f. prat. Geology, vol ii, pag. 113. Dorr, J.V.N.; Gair, J.E.; Pomerene, J.B.; Rynearson, G.A. 1957. Revisão da estratigrafia pré-cambriana do Quadrilátero Ferrífero, Brasil. Rio de Janeiro, DNPM/DFPM, 31p. Graton, L.C.; Bjorge, G.N. 1929. Report on St. John del Rey Mining Co. properties. Edição Datilografada. Jornal Estado de Minas, 2022. Projeto em Nova Lima valoriza áreas da antiga Mina de Morro Velho. Reportagem. Disponível em: https://www.em.com.br, consulta em setembro de 2024. Ladeira, E.A. 1980. Metallogenesis of gold at the Morro Velho mine and in the Nova Lima District, Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brazil. Ph.D. thesis, University of Western Ontario, London, Ontario, Canada, 272p. Ladeira, E.A. 1985. Metalogênese do ouro na Mina de Morro Velho e no Distrito de Nova Lima, Minas Gerais, Brasil. Contribuições à Geologia e a Petrologia. Núcleo Minas Gerais, Sociedade Brasileira de Geologia, Belo Horizonte, p. 95-151. Ladeira, E.A. 1988. Metalogenia dos depósitos de ouro do quadrilátero Ferrífero, Minas Gerias. In: Principais Depósitos Minerais do Brasil. Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, Brasília-DF. P. 301-351. Lobato, L.M.; Ribeiro-Rodrigues, L.C.; Vieira, F.W.R. 2001b. Brazil´s premier gold province. Part II: geology and genesis of gold deposits in the Archean Rio das Velhas greenstone belt, Quadrilátero Ferrífero. Mineralium Deposita, 36: 249-277. Lobato, L.M.; Ribeiro-Rodrigues, L.C.; Zucchetti, M.; Noce, C.M.; Baltazar, O.F.; Silva, L.C.; Pinto, C.P. 2001a. Brazil´s premier gold province. Part 1: The tectonic, magmatic, and structural setting of the Archean Rio das Velhas greenstone belt, Quadrilátero Ferrífero. Mineralium Deposita, 36: 228-248. Machado, N.; Noce, C.M.; Ladeira, E.A.; Belo de Oliveira, O.A. 1992. U-Pb geochronology of Archean magmatism and Proterozoic metamorphism in the Quadrilátero Ferrífero, southern São Francisco Craton, Brazil. Geological Society of America Bulletin, 104:1221-1227. Oliveira, E. 1933. Jazida de Ouro de Morro Velho, Minas Gerais, Brasil. anais da Academia Brasileira de Ciências, vol. 5, p.22. Schorscher, H.D. 1978. Komatiítos na estrutura “greenstone belt” Série Rio das Velhas, Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasil. In: 30º Congresso Brasileiro de Geologia. Sociedade Brasileira de Geologia, Recife, Brazil, p. 292-293. Vial, D.S. 1982. Geologia do nível 25 da mina Grande (Mina de Morro Velho). Relatório não publicado, Mineração Morro Velho S.A., Nova Lima, Minas Gerais, Brasil, 27p. Vial, D.S.; DeWitt, E.; Lobato, L.M.; Thorman, C.H. 2007. The geology of the Morro Velho gold deposit in the Archean Rio das Velhas greenstone belt, Quadrilátero Ferrífero, Brazil. Ore Geology Reviews, 32: 511-542. Vieira F.W.R.; Biasi, E.E.; Lisboa, L.H.A. 1991. Geology of and excursion to the Morro Velho and Cuiaba' mines. In: Fleischer, R.; Grossi-Sad, J.H.; Fuzikawa, K.; Ladeira, E.A. (Eds.) Field and mine trip to the Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brazil. Field guidebook of Brazil Gold'91. The economics, geology, geochemistry and genesis of gold deposits. Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, p. 87-99. Vieira, F.W.R.; Simões, E.J.M. 1992. Geology of the Nova Lima area and excursion to the Raposos Mine. In: Gold Deposit Modeling Course. International Union of Geology Science / UNESCO, p. 1-24. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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A área da Mina pertence a empresa Anglo Gold Ashanti. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Privado |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Razoável |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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A mina está inserida em uma área fechada pertencente a empresa Anglo Gold Ashanti. Portanto, possui acesso restrito. O acesso é somente com autorização da empresa. |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido como holostratótipo ou unidade litodêmica nos léxicos estratigráficos do Brasil e da Amazônia Legal ou documentos similares, ou é a fonte de um holótipo, neótipo ou lectótipo registrado em publicações científicas, de acordo com o código (ICZN, ICBN ou ICN) vigente na época da descrição e cadastrado na Base de Dados Paleo da CPRM ou bases similares ou é um sítio de referência da IMA; | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 2 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | A realização de amostragem ou de trabalho de campo é muito difícil de ser conseguida devido à existência de limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) | 1 |
Valor Científico | 330 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Existem reduzidas possibilidades de deterioração dos elementos geológicos secundários | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal, mas com controle de acesso | 3 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com 250-1000 habitantes por km2 | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Não se aplica. | 0 |
Risco de Degradação | 185 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Os elementos geológicos do local de interesse não apresentam possibilidade de deterioração por atividades antrópicas | 4 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O acesso por estudantes e turistas é muito difícil devido a limitações existentes (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 1 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse com infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.), rede de comunicações móveis e situado a menos de 10 km de serviços de socorro | 4 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com 250-1000 habitantes por km2 | 3 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH superior ao que se verifica no estado | 3 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 350 | |||
Valor Turístico | 315 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
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Valor Científico: | 330 |
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Valor Educativo: | 350 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 315 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 185 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -19.98025382564168 e Longitude: -43.847096394607355 |
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Ponto 2: | Latitude: -19.977938734603928 e Longitude: -43.84720798172451 |
Ponto 3: | Latitude: -19.977942768138135 e Longitude: -43.849435279559316 |
Ponto 4: | Latitude: -19.97593417795212 e Longitude: -43.84955993226036 |
Ponto 5: | Latitude: -19.97596644463314 e Longitude: -43.85164546113437 |
Ponto 6: | Latitude: -19.980346589385444 e Longitude: -43.85146954169314 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |