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Komatiítos do Grupo Quebra Osso
Catas Altas -
MG , Lat.:
-20.042402267 Long.:
-43.443870544
Última alteração: 17/09/2024 10:47:14
Última alteração: 17/09/2024 10:47:14
Status: Em análise
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
360
Valor Educativo:
295 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
250 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
320 (Risco Alto)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Komatiítos do Grupo Quebra Osso |
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Título Representativo: | O vulcanismo Arqueano mais preservado do Quadrilátero Ferrífero |
Classificação temática principal: | Vulcanismo |
Classificação temática secundária: | Petrologia |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Quadrilátero Ferrífero - MG) |
Localização
Latitude: | -20.042402267 |
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Longitude: | -43.443870544 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | MG |
Município: | Catas Altas |
Distrito: | |
Local: | Pedreira Um Valemix |
Ponto de apoio mais próximo: | Sede do município de Catas Altas |
Ponto de referência rodoviária: | |
Acesso: | O geossítio está localizado a aproximadamente 7 km ao norte de Catas Altas e 15 km ao sul de Santa Bárbara, na região leste do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. A partir de Belo Horizonte, as principais estradas de acesso são a BR-381 até a MG-436, ou a BR-040 e a BR-356, seguidas pela MG-129 até a sede da Pedreira Um Valemix. A partir de Catas Altas, segue por rodovia pavimentada por 3 km em direção a Santa Bárbara, depois pela esquerda por uma estrada não pavimentada por mais 5 km até o geossítio. Estradas de terra ligam a entrada da Pedreira Um Valemix as pedreiras Joaspe, Francisco III e Francisco IV, que contêm os melhores afloramentos. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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O Grupo Quebra Osso representa um fluxo de derrames komatiíticos do Arqueano mais preservado do Quadrilátero Ferrífero. Tradicionalmente associado à base do Greenstone Belt Rio das Velhas, exposta ao longo do vale do rio homônimo, próximo da cidade de Catas Altas(MG), principalmente em pedreiras abandonadas de serpentinito. Apesar da alteração generalizada dos minerais primários devido ao metamorfismo, as rochas exibem diversas texturas e estruturas vulcânicas que são reconhecíveis devido à morfologia reliquiar da olivina e do piroxênio, preservadas apesar da pseudomorfose para minerais hidratados, tais como, serpentina e clorita. As características primárias incluem texturas spinifex e cumulatos que fornecem pistas sobre as condições em que ocorreram os derrames e a cristalização dos líquidos ultrabásicos. A predominância de pacotes espessos de fluxos maciços sugerem fluxos de lavas canalizados, com camadas marginais finas subordinadas com textura spinifex, fluxos de lavas em almofadas, brechadas e piroclásticas. A associação de brechas vulcânicas, pillow lavas e rochas sedimentares químicas indicam que estas rochas se originaram a partir de erupções subaquáticas. Os múltiplos produtos vulcânicos caracterizam um campo de derrames komatiíticos único e sua notável preservação distingue o Grupo Quebra Osso das outras associações ultramáficas que ocorrem no Cráton do São Francisco. |
Abstract |
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The Quebra Osso Group represents one of the best preserved Archean komatiite flows in the Iron Quadrangle. It is traditionally associated with the base of the Rio das Velhas greenstone belt, exposed along the valley of the river of the same name, near the town of Catas Altas (MG), mainly in abandoned serpentinite quarries. Despite widespread alteration of the primary minerals by metamorphism, the rocks exhibit various volcanic textures and structures, recognizable by the reliquary morphology of olivine and pyroxene, preserved despite pseudomorphosis into hydrated minerals such as serpentine and chlorite. Primary features include spinifex and cumulate textures that provide clues to the conditions under which the spills occurred and the crystallization of the ultrabasic fluids. The predominance of thick packages of massive flows suggests channelized lavas, with subordinate thin marginal layers of spinifex texture, pillow lavas, breccias, and pyroclastic flows. The association of volcanic breccias, pillow lavas and chemical sedimentary rocks indicates that these rocks were derived from submarine eruptions. The multiple volcanic products characterize a unique field of komatiitic flows and their remarkable preservation distinguishes the Quebra Osso Group from the other ultramafic associations that occur in the São Francisco Craton. |
Autores e coautores |
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Raianny Carolini Ramos Ferreira - Serviço Geológico do Brasil, Sureg-BH Marco Aurélio Piacentini Pinheiro - Serviço Geológico do Brasil, ERJ Joana Reis Magalhães - Serviço Geológico do Brasil, Sureg-BH Tiago Amâncio Novo - Instituto de Geociências da UFMG |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Arqueano |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Grupo Quebra Osso |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Serpentinito |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
O Grupo Quebra Osso ocorre na base do Supergrupo Rio das Velhas de idade neoarqueana, exclusivamente na porção leste do Quadrilátero Ferrífero (Schorscher 1978, 1979, 1992; Schobbenhaus et al. 1981; Inda et al. 1984, Ferreira 2020, Ferreira et al. 2020). É composto por komatiítos metamorfisados desde a fácies xisto verde até anfibolito baixo, com intercalações de formações ferríferas tipo algoma, metachertes e tufos. Os metakomatiítos ocorrem na forma de lavas almofadadas, sills e rochas piroclásticas derivadas de magmas ricos em voláteis. A espessura dos fluxos magmáticos não excede 1,5m. De acordo com Schorscher (1992), a evolução do Supergrupo Rio das Velhas começou, possivelmente, com um rifte em uma crosta siálica tipo TTG (tonalito-trondhjemito-granodiorito), que desencadeou o vulcanismo komatiítico. Schorscher et al. (1990) descreveram as rochas do Grupo Quebra na escala 1:10.000, e as subdividiu em derrames ultramáficos individuais e múltiplos, separados por níveis de piroclásticas ultramáficas finas, metachertes ferruginosos e formações ferríferas. Os tipos principais de derrames incluem os maciços, com níveis peridotíticos (com teores de MgO > 40% em peso), derrames de lavas almofadadas e lavas brechadas. Em termos mineralógicos e geoquímicos são classificados como metakomatiitos peridotíticos e piroxeníticos, localmente com alterações hidrotermais, tais como, cloritização, magnetitização, turmalinização e piritização. Os metachertes e as formações ferríferas intercaladas aos derrames apresentam anomalias geoquímicas e mineralizações de ouro. No perfil geológico, acima do Grupo Quebra Osso ocorre a sequência vulcano-sedimentar do Grupo Nova Lima e a sequência clástica do Grupo Maquiné, com contatos normais. A sequência supracrustal arqueana encontra-se inteiramente em posição invertida com caimento para E-NE. O Grupo Quebra Osso é considerado o principal segmento do magmatismo ultrabásico do Quadrilátero Ferrífero (Schorscher 1978, 1979, 1992; Schobbenhaus et al. 1981; Inda et al. 1984, Ferreira 2020, Ferreira et al. 2020). O levantamento estratigráfico e os estudos petrográficos realizados por Ferreira (2020) permitiram a autora subdividir os derrames komatiíticos em fácies vulcânicas coerentes (maciças, acamadadas e almofadadas) e autoclásticas (autobrechas e hialoclastitos), formadas por derrames efusivos; e fácies piroclásticas (metatufos e metalápili-tufos), associadas a derrames explosivos. As texturas vulcânicas estão preservadas, apesar da obliteração dos minerais primários (olivina e piroxênio), os quais foram pseudomorfizados para serpentina e/ou clorita. De acordo com Acken et al. (2016), a partir do reconhecimento de que lavas ultramáficas são geradas por altos graus de fusão de manto, os komatiítos têm sido extensivamente estudados para compreender a dinâmica do manto Arqueano e seu estado térmico (Herzberg et al. 2010). Isso porque eles são formados em graus de fusão parcial de 30% e também registram as assinaturas geoquímicas da fonte mantélica permitindo realizar estimativas da composição precoce do manto terrestre (Viljoen & Viljoen 1969, Arndt et al. 1977, Sun & Nesbitt 1977, Herzberg 1992). A origem dos komatiítos pode estar relacionada com plumas mantélicas semelhantes ao vulcanismo moderno intraplaca (Campbell et al. 1989, Herzberg 1995), ou por fusão em plumas de manto hidratado (Inoue et al. 2000), ou ainda pela cristalização fracionária relacionada com a fusão parcial de alto grau de rochas ultramáficas parentais (Shimizu et al. 2005). |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Outros (Xisto verde a anfibolito baixo) |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR7a - Rebordos erosivos | |
FR7b - Degraus estruturais | |
FR7c1 - Escarpas erosivas |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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Os Komatiítos são rochas ultramáficas vulcânicas com alto-MgO (> 18 wt%), que estão relacionadas principalmente a greenstone belts arqueanos, mas também com ocorrências subordinadas no Paleoproterozoico e também em um único exemplo no Cretáceo em Gorgona Island (Echeverría 1980). Essas rochas se cristalizaram a partir de magmas ultrabásicos produzidos por altas taxas de fusão do manto primitivo, que são caracterizados por temperatura elevada (1400 - 1650o C), baixa viscosidade (0.1-10.0 Pa.s) e alta densidade (2800 kg/m3) (Huppert & Sparks 1984; Nisbet et al. 1993; Arndt & Lesher 2008). As primeiras descrições dessa tipologia de rocha ocorreram no greenstone belt Barberton (África do Sul), no cráton Yilgarn (Austrália) e no greenstone belt Abitibi (no Canadá). No Brasil, rochas komatiíticas foram descritas em vários greenstone belts, por exemplo, no Rio das Velhas, Fortaleza de Minas, Piumhi, Pitangui, Rio Manso, Crixás e outros. O Grupo Quebra Osso possui dimensões de 0,5-1,5 km de espessura com orientação NNE-SSW e se estende por aproximadamente 15 km. As rochas metaultramáficas estão expostas ao longo do rio Quebra Osso (sua localidade tipo), e nas pedreiras de serpentinito inativas da Empresa Pedreira Um Valemix, localizadas próximas à cidade de Catas Altas (Ferreira et al. 2020). Essas rochas têm sido interpretadas como um corpo ultramáfico intrusivo (Simmons 1968; Maxwel 1972) ou como komatiitos peridotíticos (Schorscher 1978, 1979, 1992; Baltazar & Zucchetti 2007; Acken et al. 2016; Verma et al. 2017; Ferreira et al. 2020). A presença da textura spinifex e dos valores elevados de MgO (>18 wt%) são considerados critérios fundamentais para definir os komatiítos (Arndt et al. 2008), e justificam esta última interpretação (Ferreira et al. 2020). A posição estratigráfica do Grupo Quebra Osso foi objeto de duas interpretações divergentes: (1) considerado uma unidade independente (Schorscher 1979; Ferreira et al. 2020); ou (2) relacionado com a base do Grupo Nova Lima (Dorr II 1969; Baltazar & Raposo 1993; Zucchetti et al. 2000). |
Bibliografia |
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Acken, van D.; Hoffmann, J.E.; Schorscher, J.H.D.; Schulz, T.; Heuser, A.; Luguet, A. 2016. Formation of high-Al komatiites from the Mesoarchean Quebra Osso Group, Minas Gerais, Brazil: Trace elements, HSE systematics and Os isotopic signatures. Chemical Geology, 422: 108-121. Arndt, N.T. 1977. Ultrabasic magmas and high-degree melting ofmantle. Contrib. Mineral. Petrol. 64 (2): 205–221. Arndt, N.T.; Lesher, C.M.; Barnes, S.J. 2008. Komatiite. Cambridge University Press, New York. Baltazar O.F.; Raposo F.O. 1993. Folha Mariana. Texto explicativo e mapas (geológico e metalogenético) escala 1:100.000, Folha SF.23-X-B-I, Minas Gerais. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil (PLGB). Serviço Geológico do Brasil, Belo Horizonte. Baltazar, O.F.; Zucchetti, M. 2007. Lithofacies associations and structural evolution of the Archean Rio das Velhas greenstone belt, Quadrilátero Ferrífero, Brazil: a review of thesetting of gold deposits. Ore Geology Reviews 32: 471-499. Campbell, I.H.; Griffiths, R.W.; Hill, R.I. 1989.Melting in an Archaeanmantle plume: heads it's basalts, tails it's komatiites. Nature 339: 697-699. Dorr II, J.V.N. 1969. Physiographic, Stratigraphic and Structural Development of the Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brazil. United States Geological Survey Professional Paper, v. 641-A. Echeverría, L.M. 1980. Tertiary or Mesozoic komatiites from Gorgona Island, Colombia; field relations and geochemistry. Contributions to Mineralogy and Petrology, 73:253-266. Ferreira, R.C.R. 2020. Caracterização químico-faciológica dos derrames komatiíticos do Grupo Quebra Osso, greenstone belt Rio das Velhas, no setor leste do Quadrilátero Ferrífero/MG. Dissertação de Mestrado. Instituto de Geociências da UFMG. Belo horizonte, 189p. Ferreira, R.C.R.; Pinheiro, M.A.P.; Magalhães, J.R.; Novo, T.A. 2022. Komatiite lavas from the Quebra Osso Group (Rio das Velhas greenstone belt, southeast Brazil): a field guide to an Archean flow field. Estudos Geológicos, 32(2): 3-20. Ferreira, R.C.R.; Pinheiro, M.A.P.; Magalhães, J.R.; Novo, T.A.; Schorscher, J.H.D.; Queiroga, G. 2020. Physical volcanology and petrogenesis of the Archean Quebra Osso komatiite flow field, Rio das Velhas greenstone belt, Quadrilátero Ferrífero (Brazil). Lithos, 370-371, 105626. doi.org/10.1016/j.lithos.2020.105626. Herzberg, C. 1992. Depth and degree of melting of komatiites. J. Geophys. Res. Solid Earth 97 (B4): 4521-4540. Herzberg, C. 1995. Generation of plume magmas through time - an experimental perspective. Chem. Geol. 126 (1): 1-16. Herzberg, C.; Condie, K.; Korenaga, J. 2010. Thermal history of the earth and its petrological expression. Earth Planet. Sci. Lett. 292 (1–2): 79–88. Huppert H.E, Sparks R.S.J., Turner J.S., Arndt N.T. 1984. Emplacement and cooling of komatiite lavas. Nature, 309:19-22. Huppert, H.E.; Sparks R.S.J. 1985. Komatiites I: eruption and flow. Journal of Petrology, 26: 694-725. Inda, H.A.V.; Schorscher, J.H.D.; Dardenne, M.A.; Schobbenhaus, C.; Haralyi, N.L.E.; Branco, P.C.A.; Ramalho R. 1984. O Cráton do São Francisco e a faixa de dobramentos Araçuaí. In: Schobbenhaus, C., Campos, D.A. (Eds.), Geologia do Brasil – Texto Explicativo do Mapa Geológico do Brasil e da Área Oceânica Adjacente incluindo Depósitos Minerais, pp. 193–248, DNPM, MME, Brasília, 1984. Inoue, T.; Rapp, R.P.; Zhang, J.; Gasparik, T.; Weidner, D.J.; Irifune, T. 2000. Garnet fractionation in a hydrous magma ocean and the origin of Al-depleted komatiites: melting experiments of hydrous pyrolite with REEs at high pressure. Earth Planet. Sci. Lett. 177 (1-2): 81-87. Maxwell, C.H. 1972. Geology and Ore Deposits of the Alegria District, Minas Gerais, Brazil. United States Geological Survey Professional Paper, v. 341-J. Menezes Leal, A.B.; Santos A.L.D.; Leal L.R.B.; Cunha J.C. 2015. Geochemistry of contaminated komatiites from the Umburanas greenstone belt, Bahia State, Brazil. 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Arcabouço Petrográfico e Evolução Crustal de Terrenos Precambrianos do Sudeste de Minas Gerais, Quadrilátero Ferrífero, Espinhaço Meridional e Domínios Granito-Gnáissicos Adjacentes (Tese de Livre Docência) USP, São Paulo, 394p. Schorscher, J.H.D.; Luchesi, I.; Abreu, G.C.; Tamura, R.M. 1990. Evolução precambriana da região do Quebra Osso, Quadrilátero Ferrífero-MG. 34º Congresso Brasileiro de Geologia, Boletim de Resumos, p.331-332. Schrank, A.; Souza Filho, C.R.; Roig, H.L, 1990. Novas observações sobre as rochas ultramáficas do Grupo Quebra Osso e Formação Córrego dos Boiadeiros, “Greenstone belt” Rio das Velhas (MG). Cadernos IG/UNICAMP, 1: 6-29. Shimizu, K.; Nakamura, E.; Maruyama, S. 2005. The geochemistry of ultramafic tomafic volcanics from the Belingwe Greenstone Belt, Zimbabwe: magmatism in an Archean continental large igneous province. J. Petrol. 46 (11): 2367-2394. Siepierski L.; Ferreira Filho C. F. 2016. Spinifex-textured komatiites in the south border of the Carajas Ridge, Selva Greenstone Belt, Carajás Province, Brazil. Journal of South American Earth Sciences, 66: 41-55. Simmons, G.C. 1968. Geology and mineral resourses of the Barão de Cocais area, Minas Gerais, Brazil. United States Geological Survey Professional Paper, v. 341-H. Sun, S.-S.; Nesbitt, R.W. 1977. Chemical heterogeneity of the Archaean mantle, composition of the earth and mantle evolution. Earth Planet. Sci. Lett. 35 (3): 429-448. Verma, S.K.; Oliveira, E.P.; Silva, P.M.; Moreno, J.A.; Amaral, W.S. 2017. Geochemistry of komatiites and basalts from the Rio das Velhas and Pitangui greenstone belts, São Francisco Craton, Brazil: Implications for the origin, evolution, and tectonic setting. Lithos, 284-285: 560-577. Viljoen, M.J.; Viljoen, R.P. 1969. Evidence for the existence of amobile extrusive peridotite magma from the Komati Formation of the Onverwacht Group. Spec. Publ. Geol Soc. S. Afr. 2: 87-112. Zucchetti, M.; Baltazar, O.F.; Raposo, F.O. 2000. Estratigrafia. In: Zucchetti, M., Baltazar, O.F., (Eds.). Projeto Rio das Velhas - Texto explicativo do mapa geológico integrado, escala 1:100.000, Departamento Nacional de Produção Mineral/CPRM - Serviço Geológico do Brasil, Belo Horizonte, pp. 13–42. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Ainda não existem medidas de proteção na área que envolve o geossítio. A área precisa urgentemente ser demarcada e tombada. Por estar localizado em uma área remota e próximo a um lago, pode estar sujeito a depredações e perder seus elementos principais. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Privado |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Extrema |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Local com fácil acesso e sujeito a depredação. |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido como holostratótipo ou unidade litodêmica nos léxicos estratigráficos do Brasil e da Amazônia Legal ou documentos similares, ou é a fonte de um holótipo, neótipo ou lectótipo registrado em publicações científicas, de acordo com o código (ICZN, ICBN ou ICN) vigente na época da descrição e cadastrado na Base de Dados Paleo da CPRM ou bases similares ou é um sítio de referência da IMA; | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 2 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | Não existem limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) para realizar amostragem ou trabalho de campo | 4 |
Valor Científico | 360 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
---|---|---|---|
B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração de todos os elementos geológicos | 4 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 500 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 3 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal nem controle de acesso | 4 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 320 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos por atividade antrópica | 2 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas | 4 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas locais, mostrando aspectos geológicos | 2 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros na região | 2 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 15 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 2 |
Valor Educativo | 295 | |||
Valor Turístico | 250 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
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Valor Científico: | 360 |
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Valor Educativo: | 295 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 250 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 320 (Risco Alto) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a curto prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a curto prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a curto prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a curto prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -20.040252353576122 e Longitude: -43.44925381247048 |
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Ponto 2: | Latitude: -20.036450841460546 e Longitude: -43.45035956950573 |
Ponto 3: | Latitude: -20.035886285507814 e Longitude: -43.444267177326424 |
Ponto 4: | Latitude: -20.03846709615927 e Longitude: -43.44298005221813 |
Ponto 5: | Latitude: -20.040483324979714 e Longitude: -43.44092065204484 |
Ponto 6: | Latitude: -20.042136613300606 e Longitude: -43.440791939534016 |
Ponto 7: | Latitude: -20.042459204114607 e Longitude: -43.44117807706651 |
Ponto 8: | Latitude: -20.04310438375477 e Longitude: -43.442551010515366 |
Ponto 9: | Latitude: -20.04370923726028 e Longitude: -43.44332328558034 |
Ponto 10: | Latitude: -20.044314088436238 e Longitude: -43.444267177326424 |
Ponto 11: | Latitude: -20.044757644484694 e Longitude: -43.44503945239142 |
Ponto 12: | Latitude: -20.045322168552595 e Longitude: -43.44589753579696 |
Ponto 13: | Latitude: -20.044918937282613 e Longitude: -43.44641238584027 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |