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Caverna Casa de Pedra
Iporanga -
SP , Lat.:
-24.482944489 Long.:
-48.590869904
Última alteração: 08/01/2020 13:15:57
Última alteração: 08/01/2020 13:15:57
Status: Em análise
Geossitio de Relevância Nacional
Valor Científico:
215
Valor Educativo:
245 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
230 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
65 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Caverna Casa de Pedra |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Espeleologia |
Classificação temática secundária: | |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº com o Nº: | 43 |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Alto Vale do Ribeira - PR/SP) |
Localização
Latitude: | -24.482944489 |
---|---|
Longitude: | -48.590869904 |
Datum: | WGS 84 |
Cota: | 261 m |
Estado: | SP |
Município: | Iporanga |
Distrito: | |
Local: | Núcleo Casa de Pedra |
Ponto de apoio mais próximo: | Iporanga |
Ponto de referência rodoviária: | Iporanga e Núcleo Santana |
Acesso: | O acesso à caverna pode ser feito a partir da cidade de Iporanga e também pelo Núcleo Caboclos. De Iporanga até a base de fiscalização/Núcleo Casa de Pedra são 6 Km de estrada de terra em boas condições de tráfego. A partir daí, o acesso é feito por caminhada por trilha de 4 Km e que se ramifica, com um trecho que leva à boca de ressurgência do rio Maximiano (entrada Santo Antonio) e outro ao pórtico principal. Do Núcleo Caboclos, o acesso também é feito por caminhada em trilha de aproximadamente 6 Km. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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Sem dúvida, a caverna Casa de Pedra é a mais importante e impressionante feição cárstica da região. Localizada na porção sul do PETAR, vale do rio Iporanga, a caverna foi divulgada pela primeira vez na literatura por Richard Krone, no início do Século XX. Sua importância é tão grande para a espeleologia brasileiras que, em 1964, o seu magnífico portal serviu de palco à realização do primeiro Congresso Nacional de Espeleologia do Brasil. Congresso que, em 1965, levou à criação da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE). A caverna tem 2.830 metros de desenvolvimento e desnível de 287 metros. O portal da Caverna Casa de Pedra está esculpido em um paredão que deve ter mais de 250 metros de altura, com sua arquitetura controlada por um plano de falha que interrompe o flanco de uma grande dobra apertada. Do alto do paredão, sustentado por camadas de metacalcário dobradas, pingos d´água caem e se desmancham no ar formando uma fina garoa, que deixa a mata permanentemente molhada, — um ambiente úmido, propício ao crescimento das mais exuberantes e exóticas espécies da Mata atlântica. Sem haver consenso sobre a real altura do portal, com interpretações que variam de 100 a 220 metros, é, sem dúvida, um dos maiores portais de caverna do mundo. Na base dessa impressionante cavidade, por entre amontoados de imensos matacões, desprendidos do paredão escarpado, escorre e adentra a escuridão da caverna o turbulento e barulhento rio Maximiano. Destacam como um dos pontos de maior admiração o final da visita, quando de dentro para fora se vê um belo cenário montado pela luz do dia adentrando o pórtico e projetando na escuridão uma imagem a lembrar um grande crânio de uma caveira. Sensação de magia é gerada também pelo nome deste portal, batizado de Santo Antonio. Segundo a lenda, nome dado porque aí existia uma estalagmite com formas que levaram a um grupo de caçadores a imaginar ser a figura desse santo. Conta a lenda que, impressionados e maravilhados com essa “imagem”, os caçadores resolveram retirar a estalagmite e levá-la para o bairro. No entanto, como era muito pesada, não conseguiram passá-la pelo rio Iporanga e acabaram abandonando-a no mato. Ocorreu que nessa noite uma chuva intensa teria caído e colocado em risco de inundação as plantações das várzeas do rio Iporanga. Fato entendido pelos moradores como castigo e que os levou a rogarem ao santo que se nada de ruim acontecesse com as plantações a imagem seria devolvida ao local de onde fora retirada — promessa comprida. Sobre a Caverna Casa de Pedra, Richard Krone (1898), o primeiro pesquisador a relatar sua existência, assim a descreveu: “Grandiosa é a primeira impressão, que se recebe ao aproximar-se deste maravilhoso brinco da natureza, porque numa súbita volta do ribeirão, pela qual se tem de seguir, chega-se repentinamente ao pé da Igreja ou casa de pedra, como se denomina também: Num penedo descalvado de mais de 200 m de altura abre-se um enorme pórtico de 150 m de altura, apresentando embaixo 100 m de largura e medindo no seu tecto collosal, que é formado por gigantesca e quase plana chapa de rocha calcárea, ainda 80 m de lado a lado...ao pé do qual se acha o actual escoradouro”. OBS. Quando foi realizado o trabalho em campo para a proposta do Geoparque, estava proibida a visitação ao interior da caverna. Só era possivel , a visita guiada ao portal. Portanto, é um local indicado como geossítio potencial, o qual, para ser efetivado como tal, necessita de estudos adicionais de viabilidade, de ações compatíveis com os pressupostos de um GeoparK da Unesco e de obediência às regras do PETAR. |
Abstract |
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Autores e coautores |
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Antonio Theodorovicz - CPRM/SGB - Sureg-SP |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | |
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Nome: | |
Outros: | |
Rocha Predominante: | |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Não se aplica. |
Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Outros (Xisto verde inferior, zona da clorita) |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil / Rúptil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR11b - Morro | |
FR12e - Caverna | |
FR12m - Abismo |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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Bibliografia |
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Imagens Representativas e Dados Gráficos
Foto na qual se pode ver que o portal da caverna é condicionado a um flanco de dobra falhado. Foto Yukie Kabashima,... |
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Parque Estadual Turístico Alto do Ribeira (Estadual) | UC de Proteção Integral | Parque |
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Proteção Indireta
Mosaico de UCs: | Contínuo Ecológico de Paranapiacaba. |
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Reserva de Biosfera: | Área da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica |
Relatar: | |
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Uma boa parte da área sugerida para o Geoparque Alto Vale do Ribeira envolve domínios do Parque Intervales, o qual, junto com os Parques estaduais Carlos Botelho, PETAR, Caverna do Diabo, a estação ecológica Xitué, as áreas de Proteção Ambiental da Serra do Mar e os Quilombos do Médio Ribeira, integra o Contínuo Ecológico de Paranapiacaba. É uma área de rica biodiversidade, onde vive uma diversidade de espécies de animais, alguns ameaçados de extinção. A importância desse ecossistema é tão grande que a UNESCO, em 1991, o declarou como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e, 1999, o reconheceu como Sítio do Patrimônio Mundial Natural. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / Estadual |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Baixa |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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O acesso ao geossítio é feito exclusivamente através de trilha em meio a mata e em relevo bastante acidentado. O Geossítio localiza-se em área de Parque restritivo PETAR, cujo aproveitamento é exclusivamente para fins turístico e científico. |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 4-5 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 1 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | A realização de amostragem ou de trabalho de campo é muito difícil de ser conseguida devido à existência de limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) | 1 |
A2 - Local-tipo | 20 | Não se aplica. | 0 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 215 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal e com controle de acesso | 1 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse sem acesso direto por estrada mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículos | 1 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Não se aplica. | 0 |
Risco de Degradação | 65 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração de elementos geológicos secundários por atividade antrópica | 3 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse sem acesso direto por estrada, mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículo | 1 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas só depois de ultrapassar certas limitações (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 2 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados nas escolas de ensino secundário | 2 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | O público necessita de algum conhecimento geológico para entender os elementos geológicos que ocorrem no sítio | 3 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 245 | |||
Valor Turístico | 230 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Nacional |
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Valor Científico: | 215 |
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Valor Educativo: | 245 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 230 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 65 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a longo prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a longo prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Antonio Theodorovicz |
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Email: | theodoroviczzz@hotmail.com |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/7281509593110179 |