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Gruta do Lapão
Lençóis -
BA , Lat.:
-12.540209770 Long.:
-41.402591705
Última alteração: 14/03/2023 22:21:56
Última alteração: 14/03/2023 22:21:56
Status: Em análise
Geossitio de Relevância Nacional
Valor Científico:
220
Valor Educativo:
250 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
260 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
250 (Risco Médio)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Gruta do Lapão |
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Título Representativo: | Uma das principais cavernas em rochas siliciclásticas da América do Sul |
Classificação temática principal: | Espeleologia |
Classificação temática secundária: | História da mineração |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Serra do Sincorá - BA) |
Localização
Latitude: | -12.540209770 |
---|---|
Longitude: | -41.402591705 |
Datum: | WGS 84 |
Cota: | 593 m |
Estado: | BA |
Município: | Lençóis |
Distrito: | |
Local: | Parque Nacional da Chapada Diamantina |
Ponto de apoio mais próximo: | Lençóis - BA |
Ponto de referência rodoviária: | Terminal Rodoviário de Lençóis |
Acesso: | A partir do Terminal Rodoviário de Lençóis, o acesso à Gruta do Lapão pode ser feito de carro, através da estrada vicinal do Barro Branco. Estaciona-se o veículo na altura da Torre de Comunicação e se segue por trilha, a pé, por cerca de 30 a 40 minutos, até a entrada principal da gruta. Também é possível acessar a gruta apenas caminhando, através de trilha que inicia ao lado do Cemitério de Lençóis, com cerca 1h de duração. Toda a área está inserida no território do Parque Nacional da Chapada Diamantina, e pode ser acessada com acompanhamento de guia local. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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A Gruta do Lapão, localizada no município de Lençóis, na Chapada Diamantina (BA), é uma das mais importantes ocorrências de cavernas em rochas siliciclásticas no Brasil e na América do Sul. Sua importância está atrelada, sobretudo, às suas dimensões (como extensão e tamanho do pórtico de entrada), à ocorrência de feições geológicas singulares, bem como ao seu valor histórico-cultural. Encontra-se registrada no Cadastro Nacional de Cavernas (CNC) com o número BA-41 e no Cadastro Nacional Informações Espeleológicas (CANIE) sob o registro 015648.00668.29.19306. Inserida na vertente leste da Serra do Sincorá, a gruta se desenvolve no contato entre conglomerados e arenitos, datados do Mesoproterozoico, da Formação Tombador, Grupo Chapada Diamantina, Supergrupo Espinhaço. Possui aproximadamente 1,6 km de projeção horizontal e 80 m de desnível, que se desenvolvem em padrões morfológicos que variam entre linear/ retificado a anastomosado/ ramiforme. Apresenta uma série de feições cársticas, tais como sumidouros, ressurgências e espeleotemas. Para além da diversidade geológica, o sítio também apresenta um interesse histórico-cultural, uma vez que foi alvo, assim como a região do seu entorno, de intensa atividade garimpeira de diamante entre os séc. XIX e XX. Devido a sua proximidade com o município de Lençóis, importante centro turístico na Chapada Diamantina, a gruta apresenta um importante potencial para atividades relacionadas ao geoturismo e ao espeleoturismo. Portanto, destaca-se como um importante geossítio dentro do território do Geoparque Serra do Sincorá e do Parque Nacional da Chapada Diamantina. |
Abstract |
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The Gruta do Lapão, located in the municipality of Lençóis, in Chapada Diamantina (BA), is one of the most important occurrences of caves in siliciclastic rocks in Brazil and South America. Its importance is linked, above all, to its dimensions (such as the length and size of the entrance portico), the occurrence of unique geological features, as well as its historical-cultural value. It is registered in the National Register of Caves (CNC) under number BA-41 and in the National Register of Speleological Information (CANIE) under registration 015648.00668.29.19306. Inserted in the east slope of Serra do Sincorá, the cave develops in the contact between conglomerates and sandstones, dating from the Mesoproterozoic, from the Tombador Formation, Chapada Diamantina Group, Espinhaço Supergroup. It has approximately 1.6 km of horizontal projection and 80 m of unevenness, which develop in morphological patterns that vary from linear/rectified to anastomosed/ramiform. It presents a series of karst features, such as sinkholes, upwellings and speleothems. In addition to the geological diversity, the site is also of historical and cultural interest, since it was the target, as well as the surrounding region, of intense diamond mining activity between the 19th and 20th centuries. Due to its proximity to the municipality of Lençóis, an important tourist center in Chapada Diamantina, the cave has an important potential for activities related to geotourism and speleotourism. Therefore, it stands out as an important geosite within the territory of the Serra do Sincorá Geopark and the Chapada Diamantina National Park. |
Autores e coautores |
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Raphael Parra¹ Ricardo Galeno Fraga de Araújo Pereira¹² Nuno Manoel Martinho Vieira¹ Rodrigo Valle Cezar² 1 - Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia - UFBA 2 - Associação Geoparque Serra do Sincorá - AGS |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Mesoproterozoico |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Formação Tombador, Grupo Chapada Diamantina, Supergrupo Espinhaço |
Outros: | Tufo vulcânico |
Rocha Predominante: | Arenito |
Rocha Subordinada: | Conglomerado polimítico |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
A Gruta do Lapão figura entre as maiores do Brasil em rochas siliciclásticas, com cerca de 1,6 km de desenvolvimento horizontal e 80 m de desnível. Pelo seu interior, percorre o Rio Lapão, cujo sumidouro está a uma altitude de 634 m e sua ressurgência a 495 m. A entrada principal da gruta está situada a uma altitude de 578 m. A área de abrangência da gruta é caracterizada por relevos ruiniformes, com superfícies erosivas exibindo forte controle estrutural na direção NW-SE e N-S. Estão presentes feições geomorfológicas que remetem à evolução do sistema cárstico local, tal como vales encaixados e profundos, dolinas de abatimento e vales cegos. A entrada principal da Gruta do Lapão possui cerca de 60m de altura e apresenta uma seção geológica de estratigrafia singular. Na base, cerca de 30 m de arenitos quartzosos rosados a branco-acinzentado, com granulação média a grossa e estratificações plano-paralelas e cruzadas de médio a grande porte. Este pacote se apresenta profundamente afetado por fraturas verticais a subverticais. Quase no topo deste pacote, ocorre uma lente de rocha cinza, de textura fina, estratificada, em formato de cunha com espessura máxima de 5 m, concordante ao pacote arenítico. Essa rocha foi interpretada como vulcanoclástica. Acima, com contato erosivo com o pacote arenítico, ocorrem conglomerados polimíticos, com cerca de 20 m de espessura, ora matriz suportados, ora clasto suportados, majoritariamente maciços e pontualmente com estratificações plano-paralelas. Exibe coloração predominante roxa-escura. Este contato abrupto entre os arenitos e conglomerados aparenta condicionar o desplacamento de blocos, marcando o nível de teto na entrada e por grande parte da gruta. Com desenvolvimento preferencial na direção NW-SE, a cavidade apresenta padrões morfológicos variáveis. Onde a caverna se desenvolve nos arenitos, aproximadamente na sua metade à jusante, tende a um padrão mais linear, com condutos mais aprofundados, delgados e retificados. Já quando seu desenvolvimento alcança o pacote de conglomerados, sobretudo na metade à montante, apresenta um padrão que tende a anastomosado/ramiforme, com salões de teto baixos e mais largos. Justifica-se esta constatação pelo contraste na reologia das fácies sedimentares. Os conglomerados são predominantemente maciços, pouco afetados pelos planos de fraturas, então se tornam mais resistentes ao intemperismo e à erosão. Por outro lado, os arenitos são extremamente estratificados e fraturados, com planos de fraqueza e de percolação de água verticais e horizontais, o que os torna muito mais susceptíveis aos processos geomorfológicos. Ao longo da caverna, constata-se uma expressiva diversidade de depósitos químicos secundários, pouco comum para cavernas desenvolvidas em rochas siliciclásticas. Ocorrem estalactites, helictites e coralóides de dimensões centimétricas; estalagmites de proporções métricas; microtravertinos; crostas e concreções; bem como espeleotemas excêntricos que crescem de modo ascendente sobre blocos abatidos. Todas estas feições corroboram com a hipótese de dissolução e precipitação de minerais, típica de sistemas cársticos. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Atuais/Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Disconformidade – intervalo de erosão ou não deposição entre camadas sedimentares, com ou sem ravinamento |
Rochas Ígneas
Categoria: | Vulcânica - Outras (Vulcanoclástica) |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Outros (Prehnita-Pumpelita) |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Rúptil / Dúctil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR1b - Terraços Fluviais | |
FR1c - Rampas de colúvio | |
FR1e - Rampas de Tálus (cones de dejeção) | |
FR5c - Vales encaixados | |
FR7a - Rebordos erosivos | |
FR7b - Degraus estruturais | |
FR8d - Vales estruturais | |
FR8h - Captura de Drenagem | |
FR11b - Morro | |
FR11d - Serra | |
FR12a - Dolina | |
FR12e - Caverna | |
FR12f - Surgência e ressurgência | |
FR12g - Vales cegos | |
FR12j - Torres, humes e verrugas | |
FR11j - Depressão | |
FR12b - Sumidouro |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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A Gruta do Lapão constitui um exemplo singular de cavernas em rochas areníticas. Sua posição litoestratigráfica, sua relação com o arcabouço estrutural da região e os aspectos da hidrogeologia local, a colocam como um objeto de estudo extremamente relevante para a compreensão de sistemas cársticos em terrenos siliciclásticos. No entanto, seu potencial geocientífico, até o momento, foi pouco ou nada explorado, havendo uma lacuna de publicações de trabalhos específicos de caracterização geológica da gruta. O local é citado apenas brevemente em trabalhos acadêmicos, tais como a tese de doutorado sobre estratigrafias de sequências na Formação Tombador, de Castro (2003). Por sua vez, do ponto de vista do turismo, a Gruta também se revela um importante e potencial sítio de visitação. Relatos apontam que o sítio já possui uma forte visitação, ao final do século XX, mas hoje, por falta de incentivo e iniciativas, está quase em esquecimento. Situado próximo à sede municipal de Lençóis, o acesso à caverna, feito por trilha, não apresenta maiores dificuldades. Destaca-se que a trilha utilizada aproveita das antigas rotas de garimpeiro, o que faz dela um roteiro rico também do ponto de vista do patrimônio mineiro e histórico. No percurso, podem ser avistadas uma série de estruturas, registros da época da extração do diamante. A atração mais relevante é, de fato, a entrada principal, que impressiona pelo seu pórtico. Todavia, uma opção de visitação mais técnica e especializada também pode ser oferecida aos visitantes, através da travessia completa da Gruta. Atualmente, o plano de manejo espeleológico se encontra em desenvolvimento. Nesse sentido, Casagrande et al. (2016) incluem a Gruta do Lapão em possíveis georroteiros na Chapada Diamantina. |
Bibliografia |
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CASAGRANDE, P. B.; ROCHA, N.; LISBOA, P.; MOURÃO, A. C. Crowdmap applied to Geoturism: case Study of Chapada Diamantina BA - Brazil. CASTRO, M. R. Estratigrafia de Sequências na Formação Tombador, Grupo Chapada Diamantina, Bahia. Tese (Doutorado em Geologia Sedimentar), Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo. 2003. 122p. CECAV - Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas. Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (CANIE). Gruta do Lapão (015648.00668.29.19306). Disponível em https://www.gov.br/icmbio/pt-br/assuntos/centros-de-pesquisa/cecav/cadastro-nacional-de-informacoes-espeleologicas/canie. 2022. MAGALHÃES, A. J. C.; RAJA GABAGLIA, G. P.; SCHERER, C. M. S.; BALLICO, M. B.; GUADAGNIN, F.; BENTO FREIRE, E.; SILVA BORN; CATUNEANU, O. Sequence hierarchy in a Mesoproterozoic interior sag basin: from basin fill to reservoir scale, the Tombador Formation, Chapada Diamantina Basin, Brazil. Basin Research, v, 28, p. 393 - 432, 2016. SBE - Sociedade Brasileira de Espeleologia. Cadastro Nacional de Cavernas (CNC). Gruta do Lapão (BA-41). Disponível em: https://sbecnc.org.br/Default.aspx. 2022. SOUZA, A. B. Estudo petrográfico e petrológico da Formação Tombador, Mesoproterozoico da Chapada Diamantina, Bahia. Dissertação (Mestrado) - Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 86p, 2017. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Parque Nacional da Chapada Diamantina ( Federal) | UC de Proteção Integral | Parque |
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Proteção Indireta
APP (Área de Proteção Permanente): | Faixas Marginais de Curso D'água, Encosta, Topo de Morro |
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Relatar: | |
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A Gruta do Lapão está situada no curso do Rio Lapão, em local de alta declividade na Serra do Lapão, caracterizado por morros e encostas. De acordo com o Novo Código Florestal (Lei Federal 12.651, de 2012), Art. 4º, são consideradas como Áreas de Preservação Permanente (APP): I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura; V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45º , equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive; IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25º. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / Federal |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Elevada |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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O acesso até os arredores da entrada principal da Gruta do Lapão não apresenta maiores dificuldades. É feito através de trilha, ora em meio à mata, ora sobre terreno rochoso exposto. Para acessar do mirante sobre a Gruta até a sua entrada, é preciso descer um desnível consideravelmente íngreme, com risco de escorregamento e rolamento de blocos soltos. Já na boca da Gruta - e por praticamente todo seu percurso - o terreno é muito acidentado, por onde se percorre sempre sobre blocos que abateram do teto e paredes da cavidade. Portanto, o risco de escorregamento, torções ou mesmo avalanche de blocos está presente em alguns pontos. Além disso, outro fator de risco presente é o de enchentes, em pontos específicos da caverna, por onde o Rio Lapão percorre em momentos de cheia. Como o escoamento de água é rápido, em momentos de chuva intensa, o nível d'água pode subir alguns metros em questões de minutos. Devido a todos estes riscos, a Gruta está, atualmente, fechada para a visitação turística. Está sendo elaborado o Plano de Manejo Espeleológico, para a identificação destes fatores e determinação de locais de acesso permitido ou restringido. Quando ser der a abertura, será obrigatória a presença de guia para todo o percurso, importante também para garantir a integridade da Gruta, que possui elevada fragilidade. A fragilidade elevada da cavidade é justificada pela presença de feições extremamente delicadas e, inclusive, relativamente raras para cavernas em rochas siliciclásticas. A diversidade de espeleotemas que se encontra na Gruta do Lapão (estalactites, estalgmites, helictites, microtravertinos, coralóides, entre outros) é algo singular e deve ser considerada. Parte dessas feições, infelizmente, já foi danificada, seja na época do garimpo ou em momentos de visitação mais recentes. Outro aspecto significativo é o estabelecimento de um bairro rural, o Barro Branco, na zona de cabeceira e de captação da Bacia Hidrográfica do Rio Lapão. Residências rurais não costumam ter tratamento de efluentes adequado, o que pode significar uma ameaça à integridade hidrológica que, por sua vez, pode impactar profundamente na biodiversidade subterrânea da Gruta. |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A4 - Integridade | 15 | O local de interesse não está muito bem preservado, mas os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) ainda estão preservados | 2 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 5 ou mais tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 4 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 2 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes | 2 |
A2 - Local-tipo | 20 | Não se aplica. | 0 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 220 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
---|---|---|---|
B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 100 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 4 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal, mas sem controle de acesso | 2 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse sem acesso direto por estrada mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículos | 1 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 250 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos por atividade antrópica | 2 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse sem acesso direto por estrada, mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículo | 1 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas apenas ocasionalmente | 3 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas locais, mostrando aspectos geológicos | 2 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | Existem obstáculos que tornam difícil a observação de alguns elementos geológicos | 3 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados nas escolas de ensino secundário | 2 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem mais de 5 tipos de elementos da geodiversidade (mineralógicos, paleontológicos, geomorfológicos, etc.) | 4 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 4 |
Valor Educativo | 250 | |||
Valor Turístico | 260 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Nacional |
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Valor Científico: | 220 |
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Valor Educativo: | 250 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 260 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 250 (Risco Médio) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | Não se aplica - |
Justificativa: | A Gruta do Lapão possui raros exemplares de espeleotemas em rochas siliciclásticas. Essas feições, que são bastante delicadas, já foram parcialmente degradadas, seja pela atividade garimpeira do passado, ou pela visitação turística recente. A atividade turística, quando desregulamentada e sem o devido planejamento, pode representar uma grave ameaça ao patrimônio espeleológico. Dessa forma, a visitação turística foi considerada como uma atividade com potencial para causar degradação ao sítio, no momento da quantificação. Sendo assim, é necessário que se estabeleça, dentro do Plano de Manejo Espeleológico, estratégias para mitigar este impacto, tais como o controle de acesso a gruta, a capacidade de carga, o zoneamento da cavidade, para identificação das áreas de maior/menor fragilidade e condições de acesso, etc. Além disso, há uma preocupação com os recursos hídricos da gruta, uma vez que o bairro rural (Barro Branco) que está se instalando à montante da gruta e na área de captação da bacia do Rio Lapão, não possui saneamento básico. Assim, é necessário que, também dentro do PME, seja aplicado um monitoramento hídrico, para identificar possíveis impactos. |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -12.540404584622326 e Longitude: -41.4037457710199 |
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Ponto 2: | Latitude: -12.540857012753325 e Longitude: -41.403679206951225 |
Ponto 3: | Latitude: -12.541265454018085 e Longitude: -41.403348804085695 |
Ponto 4: | Latitude: -12.541667610874326 e Longitude: -41.40288543846994 |
Ponto 5: | Latitude: -12.54191476956722 e Longitude: -41.402464905504864 |
Ponto 6: | Latitude: -12.54202159209932 e Longitude: -41.401790869457294 |
Ponto 7: | Latitude: -12.541801663233262 e Longitude: -41.40111288610083 |
Ponto 8: | Latitude: -12.541558693501042 e Longitude: -41.40080172852719 |
Ponto 9: | Latitude: -12.541177482172019 e Longitude: -41.40046053513269 |
Ponto 10: | Latitude: -12.540890526034984 e Longitude: -41.40020099705596 |
Ponto 11: | Latitude: -12.540287288215795 e Longitude: -41.40009459765122 |
Ponto 12: | Latitude: -12.540014993237014 e Longitude: -41.40010431349107 |
Ponto 13: | Latitude: -12.5398097244997 e Longitude: -41.40023737960823 |
Ponto 14: | Latitude: -12.539591887816238 e Longitude: -41.40063428452227 |
Ponto 15: | Latitude: -12.539336348604051 e Longitude: -41.40116417351442 |
Ponto 16: | Latitude: -12.539133173880266 e Longitude: -41.40175411478394 |
Ponto 17: | Latitude: -12.53902844462556 e Longitude: -41.40232104787694 |
Ponto 18: | Latitude: -12.539093376786074 e Longitude: -41.40270935331431 |
Ponto 19: | Latitude: -12.539367767451255 e Longitude: -41.40316409845275 |
Ponto 20: | Latitude: -12.539677765733861 e Longitude: -41.40342152882527 |
Ponto 21: | Latitude: -12.540004520341327 e Longitude: -41.403681584391336 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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Responsável
Nome: | Raphael Parra |
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Email: | raphaelparra95@gmail.com |
Profissão: | Geólogo, Mestrando |
Instituição: | UFBA - Universidade Federal da Bahia |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/0298654398865333 |