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Mirante da Bela Vista
Uberaba -
MG , Lat.:
-19.685455322 Long.:
-47.675884247
Última alteração: 10/10/2022 14:05:48
Última alteração: 10/10/2022 14:05:48
Status: Em análise
Sítio da Geodiversidade de Relevância Nacional.
Valor Científico:
175
Valor Educativo:
320 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
275 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
150 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Mirante da Bela Vista |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Geomorfologia |
Classificação temática secundária: | Paleoambiental |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Uberaba, Terra dos Dinossauros - MG) |
Localização
Latitude: | -19.685455322 |
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Longitude: | -47.675884247 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | 1031m m |
Estado: | MG |
Município: | Uberaba |
Distrito: | |
Local: | entre as vilas de Peirópolis e Ponte Alta |
Ponto de apoio mais próximo: | Peirópolis |
Ponto de referência rodoviária: | Uberaba |
Acesso: | O Mirante da Bela Vista está localizado a 33 km a leste de Uberaba, seguindo pela BR-262, passa pelo trevo de Peirópolis e segue até o posto de mesmo nome. Do lado esquerdo do posto é onde se tem a melhor vista. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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O Geossítio Mirante da Bela Vista se posiciona sobre a superfície de aplainamento Sul Americana e proporciona uma vista panorâmica da geomorfologia local onde se observa a quebra do relevo, marcada pela presença de cuestas, o relevo de colinas arredondadas que marcam a superfície Velhas. No topo da chapada ocorrem coberturas sedimentares detrito-lateríticas de idade cenozoica, a meia encosta afloram as rochas da Formação Marília do Mastritiano (72Ma – 66Ma) e ao fundo os basaltos da Formação Serra Geral (145Ma – 130Ma). O local possui uma vista privilegiada da vila de Ponte Alta e do relevo da região e proporciona uma discussão sobre os processos envolvidos na formação do mesmo. |
Abstract |
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The Mirante da Bela Vista geosite is positioned on the South American surface and provides a panoramic view of the local geomorphology where one can observe the relief break, marked by the presence of cuestas, the relief of rounded hills that mark the Velhas surface. At the top of the plateau occur detrital-lateritic sedimentary coverings of Cenozoic age, at the half slope the rocks of the Marília Formation of the Mastritian (72Ma - 66Ma) and at the bottom the basalts of the Serra Geral Formation (145Ma - 130Ma). The site has a privileged view of the village of Ponte Alta and the relief of the region and provides a discussion about the processes involved in its formation. |
Autores e coautores |
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Marcelo Eduardo Dantas - Serviço Geológico do Brasil - ERJ - Rio de Janeiro José Adilson Dias Cavalcanti - Serviço Geológico do Brasil - SUREG-BH Marcos Cristovão Batista - Serviço Geológico do Brasil - SUREG-BH |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Cenozoico |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | |
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Nome: | Coberturas detrito-lateríticas |
Outros: | |
Rocha Predominante: | |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : | O geossítio Mirante da Bela Vista fica do lado esquerdo do posto de mesmo nome. Está localizado no contexto da chapada Uberaba-Uberlândia, de onde se pode observar uma imensa área de morros e colinas onde predominam as rochas da Formação Uberaba, as escarpas onde afloram as rochas da Formação Marília (72Ma – 66Ma) e, ao fundo nas porções mais baixas da região afloram os basaltos da Formação Serra Geral (145Ma – 130Ma). O local possui uma vista privilegiada da vila de Ponte Alta e do relevo da região, o que proporciona uma boa discussão sobre os processos envolvidos na formação do mesmo. É um local ótimo para construir uma torre de observação, que proporcionará uma vista ampla do relevo da região. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Atuais |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: |
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Regime Tectônico: |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR6a - Superfícies de aplainamento | |
FR7c - Escarpas | |
FR11a - Colina | |
FR11b - Morro | |
FR13a - Cangas e crostas lateríticas |
Ilustração
Fig. 1 - a) Imagem de satélite com a localização dos geossítios da região e o limite da chapada Uberaba-Uberlândia.... |
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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O Triângulo Mineiro está inserido no Domínio Morfoclimático dos Chapadões revestidos de cerrado sob o clima tropical semiúmido (Ab’Saber, 2003). A Geomorfologia do Território do Geoparque Uberaba é caracterizada por duas superfícies regionais de aplainamento: a Superfície Sul-Americana, de idade Paleógena; e a Superfície Velhas, de idade Neógena, adotando a nomenclatura de King (1956). Ambas as superfícies são individualizadas por um extenso degrau escarpado de borda de planalto, com relevo dissecado, de cerca de 80 a 100 metros de desnivelamento. Os perfis geológico-geomorfológicos didaticamente, as distintas unidades geomorfológicas. A Superfície Sul-Americana estende-se por vastas áreas no Triângulo Mineiro, sob forma de extensos planaltos com relevo plano e densidade de drenagem baixa. Consiste na superfície cimeira regional no contexto de todo o Triângulo Mineiro (Baccaro, 1991; Moreira & Perez Filho, 2022). A chapada Uberaba-Uberlândia pode ser considerada um importante remanescente desta superfície de aplainamento, tendo sido elaborada desde o início do Cenozoico (66 Ma), após o término da deposição da Formação Marília (Carvalho et al., 2017). A Superfície Sul-Americana atestou uma fase de aplainamento muito bem elaborada durante o Paleógeno, por processos de pediplanação, arrasando a um mesmo nível de base todas as litologias pretéritas, sem deixar qualquer vestígio de relevo residual. A gênese da chapada, por sua vez, está relacionada com o soerguimento posterior ao aplainamento, que ocorreu durante o Mioceno (23,03 - 5,33 Ma) associado à reativação de falhas relacionadas com estruturas do tipo graben e horst, geradas durante o relaxamento crustal causado pelo fim do soerguimento do Alto Paranaíba. No Território do Geoparque Uberaba, a chapada Uberaba-Uberlândia ocupa a porção norte e nordeste e encontra-se alçada em cotas que variam entre 950 e 1.100 metros de altitude e se encontra delimitada, a oeste, pelos vales dos rios Uberaba e Tijuco; a sul, por tributários do rio Grande; e, a leste, pelo vale do rio Araguari. O topo da chapada é drenado pelo rio Claro, afluente do rio Araguari. Ressalta-se o desenvolvimento de extensas áreas abaciadas no topo da chapada com geração de nascentes, cabeceiras de drenagem e lagoas temporárias. Tais inusitadas feições que se desenvolvem em relevo plano não decorrem de processos de erosão mecânica ou de aprofundamento de uma moderna rede de canais, mas sim, de processos muito lentos e cumulativos de erosão geoquímica via rebaixamento da superfície planáltica por meio de lixiviação, remoção de solutos e sedimentos finos por água subterrânea sob um espesso perfil regolítico gerado ao longo de dezenas de milhões de anos sobre a Superfície Sul-Americana (Fig.23b). Em contraposição aos processos de pediplanação que elaboraram esta superfície no Paleógeno (King, 1956), a evolução geomorfológica atual da chapada obedece aos processos de etchplanação, conforme preconizado por Büdel (1982) e Thomas (1994). |
Bibliografia |
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Ab'Sáber, A.N. 2003. Os Domínios de Natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo, Ateliê Editorial, 160p. Baccaro, C.A.D. 1991. Unidades Geomorfológicas do Triângulo Mineiro. Revista Sociedade & Natureza. Uberlândia, 3(5): 37-42. Büdel, J. 1982. Climatic Geomorphology. Princeton University Press, Princeton, 443p. Carvalho, D.T.L; Bueno, G.T.; Jesus, G.N.; Rosolen. V.S. 2017. Compartimentação e evolução do relevo da chapada Uberaba-Uberlândia-MG. 17º Simpósio Brasileiro de Geografia Física aplicada / 1º congresso Nacional de Geografia Física, Anais..., p. 5967-5978. King, L.C. (1956). A geomorfologia do Brasil Oriental. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro-RJ, 18 (2), 147-265. Moreira, V.B.; Perez Filho, A. 2022. From planation surface to Holocene climate pulses: the landscape evolution in plateau reliefs. Sociedade & Natureza, 32: 164-182. Seer, H.J.; Moraes, L.C. 2017. Geologia Regional do Triângulo Mineiro. Projeto Triângulo Mineiro. Programa Mapeamento Geológico do Estado de MinasGerais. CODEMIG, Belo Horizonte, 123p. Thomas, M.F. 1994. Geomorphology in the tropics: a study of weathering and denudation in low latitudes. John Wiley & Sons. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Baixa |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é um bom exemplo para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Existem resumos apresentados sobre o local de interesse em anais de eventos científicos, ou em relatórios inéditos, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável) | 1 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | Não existem limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) para realizar amostragem ou trabalho de campo | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | Não se aplica. | 0 |
A6 - Raridade | 15 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 175 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal nem controle de acesso | 4 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Não se aplica. | 0 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Não se aplica. | 0 |
Risco de Degradação | 150 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Os elementos geológicos do local de interesse não apresentam possibilidade de deterioração por atividades antrópicas | 4 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas | 4 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 50 km do local de interesse | 3 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse ocasionalmente usado em campanhas turísticas locais, mostrando aspectos geológicos | 1 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos comum nas várias regiões do país | 1 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH superior ao que se verifica no estado | 3 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 10 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 3 |
Valor Educativo | 320 | |||
Valor Turístico | 275 |
Classificação do sítio
Relevância: | Sítio da Geodiversidade Relevância Nacional |
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Valor Científico: | 175 |
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Valor Educativo: | 320 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 275 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 150 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a longo prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a longo prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -19.68477838541512 e Longitude: -47.67396211602319 |
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Ponto 2: | Latitude: -19.68509154226045 e Longitude: -47.67488479592431 |
Ponto 3: | Latitude: -19.68571785411409 e Longitude: -47.674949168940664 |
Ponto 4: | Latitude: -19.686222942534474 e Longitude: -47.6743054387771 |
Ponto 5: | Latitude: -19.686384570492557 e Longitude: -47.67401576020348 |
Ponto 6: | Latitude: -19.686041110886645 e Longitude: -47.6740908620559 |
Ponto 7: | Latitude: -19.685687548758214 e Longitude: -47.673929929515005 |
Ponto 8: | Latitude: -19.68549561470445 e Longitude: -47.67329692818749 |
Ponto 9: | Latitude: -19.6852127641007 e Longitude: -47.67301797844994 |
Ponto 10: | Latitude: -19.684636959542313 e Longitude: -47.67325401284326 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |