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Nascente do Rio Uberaba
Uberaba -
MG , Lat.:
-19.683111191 Long.:
-47.668083191
Última alteração: 10/10/2022 14:06:33
Última alteração: 10/10/2022 14:06:33
Status: Em análise
Sítio da Geodiversidade de Relevância Nacional.
Valor Científico:
150
Valor Educativo:
270 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
215 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
190 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Nascente do Rio Uberaba |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Geomorfologia |
Classificação temática secundária: | Pedologia |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Uberaba, Terra dos Dinossauros - MG) |
Localização
Latitude: | -19.683111191 |
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Longitude: | -47.668083191 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | 1010m m |
Estado: | MG |
Município: | Uberaba |
Distrito: | |
Local: | |
Ponto de apoio mais próximo: | Peirópolis |
Ponto de referência rodoviária: | BR-262, Posto de gasolina Bela Vista |
Acesso: | A partir de Uberaba, segue em direção a Peirópolis pela BR-262 por 34km, até o trevo da entrada da vila de Ponte Alta. A nascente está situada do lado esquerdo da pista com vista para o norte. O outro lado pode ser utilizado como um mirante, pois se localiza próximo a escarpa da chapada Uberaba-Uberlândia, possibilitando uma visão ampla do arcabouço local do relevo. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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O rio Uberaba nasce na região leste do município, próximo ao trevo que dá acesso a vila Ponte Alta, na rodovia BR-262, Km 756, na altitude de 1012 m, em um covoal que ocorre na chapada, percorre todo o município na direção E-W, ultrapassando seus limites até desaguar no Rio Grande. A nascente possui característica de campos hidromórficos que se caracterizam por apresentar lagoas temporárias, brejos e campos de murunduns, regionalmente conhecidos como “Covoais”, situados próximos as cabeceiras de drenagem, que são locais muito úmidos. |
Abstract |
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The spring of the Uberaba river is located in the eastern region of the county, near the cloverleaf that gives access to the Ponte Alta village, on the BR-262 highway, Km 756, at an altitude of 1012 m, in a covoal that occurs in the plateau, running through the entire county in the E-W direction, crossing its limits until it flows into the Rio Grande. The spring has the characteristics of hydromorphic fields which are characterized by temporary lagoons, marshes and murundum fields, regionally known as "Covoais", located near the drainage headwaters, which are very humid places. |
Autores e coautores |
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José Adilson Dias Cavalcanti - Serviço Geológico do Brasil - SUREG-BH Marcelo Eduardo Dantas - Serviço Geológico do Brasil - ERJ - Rio de Janeiro Marcos Cristovão Baptista - Serviço Geológico do Brasil - SUREG-BH |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Cenozoico |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Coberturas detrito-lateríticas |
Outros: | Solos hidromórficos |
Rocha Predominante: | |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
O rio Uberaba nasce na região leste do município, próximo ao trevo que dá acesso a vila Ponte Alta, na rodovia BR-262, quilômetro 756, na altitude de 1012 m, num covoal em região de chapadas e deságua no rio Grande, fora dos limites do município de Uberaba (Oliveira 2005). De acordo com essa autora, muitas nascentes do rio Uberaba ocorrem nesses covoais que funcionam como esponjas que absorvem as águas das chuvas e a liberam lentamente durante o ano, funcionando como um grande reservatório. A nascente principal se localiza na Serra do Buracão, que é parte da Chapada de Uberaba-Uberlândia e possui característica de campos hidromórficos que se caracterizam por apresentar lagoas temporárias, brejos e campos de murunduns, regionalmente conhecidos como “Covoais”, situados próximos as cabeceiras de drenagem, que são locais muito úmidos (Macedo 2004). Mas a vegetação nativa praticamente foi dizimada. Restam poucos exemples da vegetação. Essa região faz parte da Superfície Sul Americana e possibilita uma visão ampla do chapadão de Uberaba-Uberlândia e também do relevo dissecado em direção ao embasamento da Bacia Bauru. O seu canal principal foi escavado nas rochas da Formação Uberaba, até atingir o nível dos basaltos da Formação Serra Geral, que onde o curso do rio se encontra atualmente. Raramente são vistos depósitos aluvionares ao longo do seu curso. Mas as diaclases deram origem a várias cachoeiras que podem ser usadas para fins recreativos, educacionais e turísticos. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Atuais |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: |
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Regime Tectônico: |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR1a - Planícies Aluviais (planícies de inundação) | |
FR6a - Superfícies de aplainamento | |
FR11a - Colina | |
FR13a - Cangas e crostas lateríticas |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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O rio Uberaba é o principal rio e manancial do município, nasce numa região de planalto em uma altitude de 1.012m, próximo ao trevo de Ponte Alta, na BR-262, corta a área urbana da sede municipal, percorrendo 140km até sua foz no rio Grande (SEMAM 2002). O rio Uberaba cortou todo o pacote de arenitos da formação Uberaba e hoje tem o seu leito sobre os basaltos da Formação Serra Geral, sendo controlado por sistemas de fraturas e por isso possui muitas cachoeiras ao longo do seu percurso e também antigas usinas hidrelétricas abandonadas em ruinas. A bacia do rio Uberaba ocupa uma área de 2.374,5km2 e na porção a montante do ponto de captação de água para cidade de Uberaba foi criada, em 1999, uma APA Estadual com área de 53.000ha e a APA Municipal em 2006, sobrepondo os limites da APA Estadual. Os estudos realizados na bacia apontam para uma situação frágil, devido aos desmatamentos em encostas íngremes, a retirada de mata ciliar, o crescimento da malha urbana e o uso de grandes áreas para agricultura e pastagens (Cruz 2003, Bogniotti et al. 1999, Cândido 2008). Com isso, suas águas que são a principal fonte de abastecimento da cidade de Uberaba, acabam por não atender a demanda nos períodos secos. Outro ponto é que alguns geossítios que ocorrem ao longo do rio poderiam se tornar importantes fontes de renda e áreas de laser para a população local. Afinal a cidade se desenvolveu ocupando as margens do rio e utiliza suas águas para o abastecimento, poderia também utiliza-lo como área de laser e contemplação das belezas naturais. Com o crescimento populacional foi necessário o aumento da oferta de águas e, com isso, a Prefeitura Municipal de Uberaba passou a utilizar poços profundos para obtenção de águas do aquífero Guarani. A partir de 2002, o município passou a usar água subterrânea para o abastecimento publico, com a construção de 3 poços profundos (R6, R10 e R11). O poço R6, por exemplo, possui profundidade de 602m, atravessa a Formação Uberaba (71m de espessura) e a Formação Serra Geral (por 463m), passa pelo Arenito Botucatú (62m) e atinge o embasamento cristalino (em 596m). As águas são coletadas do aquífero Guarani e do aquífero fraturado da Formação Serra Geral (Rodrigues 2007). |
Bibliografia |
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Bogniotti, L.D.; Nogueira, M.A.S.; Silva, R.P. 1999. Estudo de erodibilidade na bacia do rio Uberaba (MG), com emprego de SIG In: Congresso Brasileiro DE Engenharia Agrícola, 28. Pelotas-RS. Anais..., 1CD-Rom. Cruz, L. B. S. Diagnóstico ambiental da bacia hidrográfica do rio Uberaba-MG. 2003. Tese de Doutorado em Engenharia Agrícola, Faculdade de Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 182p. Oliveira, M.S.M. 2005. Rio Uberaba: quando os desgastes ambientais refletem os desgastes sociais. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Uberlândia, 176p. Macedo, D. 2004. Turismo Eco-Rural em Compartimentos de Paisagem na Bacia do Rio Claro-MG. Dissertação de Mestrado. Instituto de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia, 208p. SEMAM, 2002. Plano de manejo da APA do rio Uberaba. Prefeitura Municipal de Uberaba, Secretaria do Meio Ambiente, 112p. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Fig 5 - Mapa com os principais cursos d´água que ocorrem na região do Triângulo Mineiro. Destaque para o município... |
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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APA do Rio Uberaba (Estadual) | UC de Uso Sustentável | Área de Proteção Ambiental |
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APA Municipal do Rio Uberaba (Municipal) | UC de Uso Sustentável | Área de Proteção Ambiental |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Elevada |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse ilustra razoavelmente elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 1 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Existem artigos sobre o local de interesse em revistas científicas nacionais, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | Não existem limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) para realizar amostragem ou trabalho de campo | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | Não se aplica. | 0 |
A6 - Raridade | 15 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 150 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 100 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 4 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal, mas sem controle de acesso | 2 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Não se aplica. | 0 |
Risco de Degradação | 190 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas | 4 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) nem rede de comunicações móveis e situado a mais de 50 km de serviços de socorro | 1 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos comum nas várias regiões do país | 1 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH superior ao que se verifica no estado | 3 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 10 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 3 |
C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Não se aplica. | 0 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 270 | |||
Valor Turístico | 215 |
Classificação do sítio
Relevância: | Sítio da Geodiversidade Relevância Nacional |
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Valor Científico: | 150 |
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Valor Educativo: | 270 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 215 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 190 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a longo prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a longo prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -19.68434737695215 e Longitude: -47.67299651750364 |
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Ponto 2: | Latitude: -19.671578103376223 e Longitude: -47.67848968156614 |
Ponto 3: | Latitude: -19.66317245660759 e Longitude: -47.68381118425169 |
Ponto 4: | Latitude: -19.657029589900766 e Longitude: -47.69393920549192 |
Ponto 5: | Latitude: -19.660586015093998 e Longitude: -47.703895565355204 |
Ponto 6: | Latitude: -19.65282644028088 e Longitude: -47.70853042253294 |
Ponto 7: | Latitude: -19.647976515426734 e Longitude: -47.698402401292704 |
Ponto 8: | Latitude: -19.645713166998096 e Longitude: -47.68896102556028 |
Ponto 9: | Latitude: -19.6489465121246 e Longitude: -47.68209457048215 |
Ponto 10: | Latitude: -19.653796407659932 e Longitude: -47.67694472917356 |
Ponto 11: | Latitude: -19.65541300692603 e Longitude: -47.67162322648801 |
Ponto 12: | Latitude: -19.655736324824332 e Longitude: -47.666645046556376 |
Ponto 13: | Latitude: -19.65799953186528 e Longitude: -47.663383480394266 |
Ponto 14: | Latitude: -19.659831627638972 e Longitude: -47.657947533298284 |
Ponto 15: | Latitude: -19.663819058000886 e Longitude: -47.65497207292356 |
Ponto 16: | Latitude: -19.67012330897165 e Longitude: -47.65531539567747 |
Ponto 17: | Latitude: -19.674810924604557 e Longitude: -47.659263607347384 |
Ponto 18: | Latitude: -19.681761274687652 e Longitude: -47.6625251735095 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |