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Serra do Rola Moça
Nova Lima -
MG , Lat.:
-20.060295105 Long.:
-44.033279419
Última alteração: 26/11/2022 13:44:44
Última alteração: 26/11/2022 13:44:44
Status: Consistido
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
330
Valor Educativo:
330 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
325 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
325 (Risco Alto)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Serra do Rola Moça |
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Título Representativo: | Platô de Canga da Serra do Rola Moça |
Classificação temática principal: | Geomorfologia |
Classificação temática secundária: | Paleoambiental |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Quadrilátero Ferrífero - MG) |
Localização
Latitude: | -20.060295105 |
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Longitude: | -44.033279419 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | 1400m m |
Estado: | MG |
Município: | Nova Lima |
Distrito: | Casa Branca |
Local: | Mirante da Serra do Rola Moça |
Ponto de apoio mais próximo: | Posto Chefão |
Ponto de referência rodoviária: | Bairro Jardim Canadá, Nova Lima |
Acesso: | O Parque Estadual da Serra do Rola Moça abrange os municípios de Belo Horizonte (33%), Brumadinho (27%), Nova Lima (15%), Ibirité (25%) e possui uma área de 39,26 km2 (Reis & Machado 2019). O acesso a partir de Belo Horizonte é feito pela BR-040 no sentido do Rio de Janeiro, por cerca de 20 km. Chegando ao Bairro Jardim Canadá, toma-se a estrada vicinal e, em seguida a segunda rua a direita (Avenida Montreal) e segue por mais 3km até a portaria principal do parque. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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A Serra do Rola Moça é moldada por uma cobertura ferruginosa cenozoica conhecida pelo nome de “Canga”, que resultou do intemperismo das formações ferríferas bandadas do Paleoproterozoico, em condições paleoambientais muito diferentes dos tempos atuais. Os platôs de canga representam testemunhos esparsos de uma antiga superfície de erosão que remonta ao intervalo Cretáceo Superior/Paleógeno. A Serra está situada em uma zona de transição entre o Cerrado e a Mata Atlântica, com predominância de campos ferruginosos de altitude com topografia acidentada, onde se destaca a beleza cênica das serras moldando os horizontes para contemplação da natureza. A importância da sua preservação está relacionada com a sua biodiversidade e geodiversidade, como também, por se tratar de uma área de mananciais que é responsável pelo abastecimento de água de parte da região metropolitana de Belo Horizonte. |
Abstract |
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The Serra do Rola Moça is shaped by a Cenozoic ferruginous cover known as "Canga", which resulted from the weathering of the Paleoproterozoic banded iron formations, in paleoenvironmental conditions very different from the present times. The canga plateaus represent sparse testimonies of an ancient erosion surface dating back to the Upper Cretaceous/Paleogene interval. The mountain is located in a transition zone between the Cerrado and the Atlantic Forest, with predominance of high altitude ferruginous fields with uneven topography, where the scenic beauty of the mountains molding horizons for nature contemplation stands out. The importance of its preservation is related to its biodiversity and geodiversity, as well as to the fact that it is a springs area that is responsible for the water supply of part of the metropolitan region of Belo Horizonte. |
Autores e coautores |
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José Adilson Dias Cavalcanti - Serviço Geológico do Brasil, Sureg-BH. |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Paleógeno |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Cobertura Laterítica, Formação Cauê |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Laterita |
Rocha Subordinada: | Itabirito |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
1. Geologia Na Serra do Rola Moça afloram itabiritos da Formação Cauê e a cobertura cenozoica de canga que recobre os itabiritos (Fig. 3). O termo “Canga” foi utilizado inicialmente por Eschwege (1833), para um conglomerado de pedras de ferro composto de fragmentos angulosos, raramente arredondados, de especularita xisto e hematita magnética com cimento ferruginoso de limonita vermelha ou amarela e marrom. A canga pode se formar in situ ou ser transportada e depositada. A canga in situ ocorre sobre os itabiritos intemperizados e podem alcançar até 30m de espessura, mas mais comumente, a espessura está entre 1 e 5m. A canga transportada é formada a partir da cimentação por óxidos e oxi-hidróxidos de Fe do material erodido das serras, podendo formar extensas coberturas. Em termos mineralógicos as cangas possuem mineralogia complexa essencialmente formada por óxidos e oxi-hidróxidos de Fe. As fases minerais identificadas foram goethita, magnetita, martita, hematita hidrotermal (especularita) e hematita supergênica, quartzo reliquiar e supergênico e gibbsita (mais raramente). O cimento de goethita envolve e parcialmente substitui os fragmentos de itabirito lixiviado e massas de hematita pura (Monteiro 2011). As datações realizadas pelo método (U-Th)/He por Monteiro (2011) indicaram idades entre 43,75 ± 8,75 Ma e 0,37 ± 0,07 Ma. Esses resultados mostraram que as cangas são mais jovens do que os saprolitos e são oriundas de repetidas fases de dissolução e re-precipitação dos oxi-hidróxidos de Fe que são responsáveis pelo seu rejuvenescimento próximo à superfície. Os resultados obtidos por Monteiro (2011) para as cangas in situ cobrindo os itabiritos revelaram idades entre 43,75 ± 8,75Ma e 10,84 ± 2,17Ma para as cangas posicionadas acima das cotas de 1650m e idades entre 22,14 ± 4,43Ma e 0,37 ± 0,07Ma para aquelas posicionadas entre as cotas de 1340 e 1560m. Isso demonstra que além do controle estrutural, o tempo de exposição também foi responsável pela formação das cangas. 2. Geomorfologia A evolução do relevo da Serra do Rola Moça foi descrito por Pedreira & Costa em três fases (Fig. 6): a) Entre 70-65 milhões de anos (Cretáceo – Cenozoico), os minerais presentes no itabirito sofreram transformações determinadas pelas chuvas e pelas mudanças do nível freático (N.A.). Nesse processo a sílica foi sendo retirada da rocha, o que proporcionou um aumento na concentração de óxidos de ferro formando a canga. b) No Cenozoico (60 milhões de anos)ocorreu um soerguimento na região do Quadrilátero Ferrífero que provocou a ação dos processos erosivos removendo o solo acima da camada de canga. c) Atualmente, a paisagem é caracterizada pelo relevo de serras, cristas, platôs e maciços rochosos. O topo da Serra do Rola Moça é mantido pela canga que, por causa da sua resistência, retarda o processo erosivo. 3. Espeleologia O grande número de cavernas descobertas em formações ferríferas no QF está associado ao novo regramento jurídico para a espeleologia no Brasil, que direcionou grandes esforços da indústria mineral para a prospecção espeleológica e estudos de relevância, visando atender a legislação em vigor e diminuir os riscos e impactos econômicos das suas atividades (Oliveira 2011). A canga que é a rocha hospedeira das cavernas compõe a cobertura cenozoica que está intimamente relacionada com os processos tectônicos que culminaram com a ruptura do Gondwana Ocidental e com a abertura do Oceano Atlântico Sul, durante o Cretáceo Superior. A sua distribuição espacial permite a observação do relevo originado durante o Terciário e também as estruturas que propiciaram a sua sedimentação (Oliveira 2011). As cavernas que ocorrem na Serra do Rola Moça estão localizadas nas bordas dos platôs de canga, principalmente no contato entre a canga e o itabirito. O processo de formação das mesmas está relacionado com o recuo das vertentes graças a erosão diferencial que ocorre nos litotipos mais frágeis (Pereira et al. 2012). As cavernas desenvolvidas em sistemas ferruginosos tem como característica marcante o seu pequeno desenvolvimento se comparado com as cavernas que se desenvolvem em rochas carbonáticas. A sua morfologia varia entre linear a salões interconectados por passagens estreitas originando uma tipologia “esponjosa”. Outras características são: a maioria das cavernas possui menos de 30 m de desenvolvimento horizontal; possui perfil ascendente acompanhando a topografia; ausência de fluso de água; paredes rugosas; desmoronamento e/ou desplacamento formando salões; todas praticamente possui blocos de abatimento no piso (Dutra 2015). De acordo com a autora, os principais mecanismos responsáveis pela formação das cavernas em formações ferríferas são: erosão (em cabeceiras de drenagens, por cachoeira, nas margens de drenagens e nas bordas de lagoas); depósitos de talus, lixiviação e dissolução (hidrotermalismo e biogênese) 4. Aspectos Turísticos O nome foi inspirado em um poema de Mário de Andrade, que conta a história de um casal que logo após a cerimônia de casamento subiu a serra de volta para casa. No caminho, o cavalo da moça teria deslizado no cascalho e a moça caiu em um grota. O marido desesperado desceu a ribanceira abaixo e “a Serra do Rola-Moça, Rola-Moça se chamou” (Câmara 2012). O parque possui uma boa infraestrutura: três portarias, com porteiros 24 horas; sede administrativa; plataforma de observação astronômica Professor Francisco Prado; centro de visitantes; centro integrado de operações; três auditórios, sendo que o auditório do Centro de Visitantes tem capacidade para 70 pessoas, o auditório Vellozia (Sede Administrativa) tem capacidade para 60 pessoas e o auditório Augastes (Centro Integrado) tem capacidade para 40 pessoas; seis alojamentos com capacidade para aproximadamente 28 pessoas; vestiários masculino e feminino; placas indicativas, informativas e regulamentadoras dentro da Unidade; biblioteca Mário de Andrade; e três residências funcionais (IEF). As principais atividades e atrativos do parque são: observação da natureza (geomorfologia, geologia, fauna e flora); turismo fotográfico; trilhas; e circuito ciclístico. O parque possui plano de manejo , regimento interno e conselho permanente. O plano de manejo está disponível na biblioteca SophiA do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema). Reis (2018) realizou uma modelagem do potencial geoturístico do parque e identificou vários sítios da geodiversidade: o mirante Casa Branca, Mirante Estrada Velha, Mirante Jatobá, Caverna RM-03, Caverna RM-23, Cachoeira das Pitangueiras, Mirante do Morro dos Viados, Mirante Planeta e Mirante Três Pedras. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Atuais/Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Xisto verde |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR6a - Superfícies de aplainamento | |
FR7a - Rebordos erosivos | |
FR7c - Escarpas | |
FR11d - Serra | |
FR13a - Cangas e crostas lateríticas |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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A Serra do Rola Moça está situada na área em que ocorre a junção do Sinclinal Moeda com o Homoclinal da Serra do Curral, onde afloram, principalmente, as rochas do Supergrupo Minas (Fig. 7 e Fig. 8). Essas duas estruturas estão envolvidas pelas rochas do Grupo Nova Lima (greenstone belt Rio das Velhas) e do embasamento cristalino (Complexo Belo Horizonte e Gnaisses Souza Noschese). As rochas do Supergrupo Minas foram interpretadas como uma sequência metassedimentar de uma bacia do tipo rifte, que posteriormente evoluiu para uma bacia de margem passiva (Dopico et al. 2017). Seus litotipos englobam espessas camadas de quartzitos, xistos, filitos, dolomitos, formações ferríferas, grauvacas e de rochas metavulcânicas. Na base desta sucessão está o Grupo Caraça, que é composto por metaconglomerados e metarenitos aluviais e metapelitos marinhos, que estão agrupados nas formações Moeda e Batatal, respectivamente. Estudos isotópicos nos metaconglomerados e quartzitos auríferos da Formação Moeda (U-Pb em zircão e xenotima) indicaram uma idade máxima de deposição de 2,62Ga (Koglin et al. 2014). O Grupo Itabira é uma sequência sedimentar composta por formações ferríferas do tipo Lago Superior, com xistos carbonáticos, mármores ferruginosos e com raras intercalações de rochas vulcânicas intermediárias a básicas (Formação Cauê) e há também uma sequência essencialmente carbonática (Formação Gandarela) de idade 2,42Ga (Babinsky et al. 1995). O Grupo Piracicaba é composto por metaconglomerados e quartzitos ferruginosos, que gradam para metapelitos e xistos carbonosos. As idades 3353 e 2275Ma obtidas de zircões detríticos extraídos das rochas do Grupo Piracicaba indicaram padrões semelhantes dos zircões do Grupo Caraça (Machado et al. 1996). O Grupo Sabará é composto por filitos, quartzitos, metagrauvacas e rochas metavulcânicas. Essas rochas foram interpretadas como parte de uma sequência de turbiditos, tufos, rochas vulcanoclásticas, conglomerados e diamictitos sin-orogênenicos (tipo flysch), com idade máxima de sedimentação em torno de 2125 ± 4Ma (U-Pb em zircão, Machado et al. 1992). A Formação Cauê, do Grupo Itabira, é composta quase que inteiramente por uma rocha conhecida pelo nome “Itabirito”, de onde se extrai o minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero. O itabirito é uma rocha da fácies óxido, laminada e metamorfisada, que originalmente era composta por bandas de jaspelito e cherte que foram recristalizadas, onde o elemento Fe (ferro) está presente na forma dos minerais hematita e magnetita. A magnetita também ocorre pseudomorfisada por hematita (Dorr & Barbosa, 1963). Sobre as rochas da Formação Cauê ocorre a cobertura laterítica ferruginosa conhecida pelo nome de canga. |
Bibliografia |
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Alkmim, F.F., Amorim, L.Q., Souza, K., Cavalcanti, J.A.D., Lanfranchi, R.A., Santos, J.H., Freitas, Oliveira, F.M., Barbosa, V.C., 1996. A junção entre o Sinclinal da Moeda e o Homoclinal da Serra do Curral, Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais. In: Anais 39o Cong. Bras. Geol., Salvador. Soc. Bras. Geol., Vol. 1, pp. 337–340. Alkmim, F.F.; Marshak, S. 1998. The Transamazonian orogeny in the Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brazil: Paleoproterozoic collision and collapse in the Souhtern São Francisco Craton region. Precambrian research, 90: 29-58. Babinsky, M; Chemale, F.; Van Schumus, W.R. 1995. The Pb/Pb age of the Minas Supergroup carbonate rocks, Quadrilátero Ferrífero, Brazil. Precambrian Research 72, 235–245. Barbosa, G.V. 1967. Características Geomorfológicas. In: Barbosa, G.V.; Rodrigues, D.M. 1967. Quadrilátero Ferrífero. Belo Horizonte/MG, Instituto de Geociências/UFMG, p. 46-60. Bigarella, J.J.; Becker, R.D.; Santos, G.F. 1996. Estrutura e origem das paisagens tropicais e subtropicais. Editora da UFSC, Florianópolis. Câmara, T. 2012. Pelos Vãos da Serra. Revista Sagarana. Disponível em: http://revistasagarana.com.br/pelos-vaos-da-serra/. Dopico, C.I.M.; Lana, C.; Moreira, H.S.; Cassino, L.F.; Alkmim, F.F. 2017. U-Pb ages anf Hf-isotope data of detrital zircons from the late Neoarchean-Paleoproterozoic Minas Basin, SE Brazil.Precambrian Research, 291: 143-161. Dorr, J. Van N. 1969. Geologic map and sections of Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brazil. Profissional Paper 641-A, Plate 1. Geological Survey, United States Department of the Interior, Ministério de Minas e Energia - Departamento Nacional de Produção Mineral. Formato Digital. Dorr, J. Van N.; Barbosa, A.L.M. 1963. Geology and Ore Deposits of the Itabira District, Minas Gerais, Brazil. Geological Survey Professional Paper, 341-C. 108p. Dutra, G. 2015. Gênese e desenvolvimento de cavernas naturais subterrâneas em formações ferríferas. In: Ruchkys et al. 2015, Patrimônio Espeleológico em Rochas Ferruginosas, Sociedade Brasileira de Espeleologia, p. 160-173. Eschwege, W.L. Von - 1833 - Pluto Brasiliensis. Ed. Itatiaia / Ed. Da Universidade de São Paulo, 2v. Publicado em 1979. Tradução de Domício de Figueiredo Murta. Hader, E.C.; Chamberlin, R.T. 1915. The geology of Central Minas Gerais. J. Geol., 23:341-424. Koglin, N.; Zeh, A.; Cabral, A.R.; Gomes, A.A.S.; Neto, A.V.C.; Brunetto, W.J.; Galbiatti, H. 2014. Depositional age and sediment source of the auriferous Moeda Formation, Quadrilátero Ferrífero of Minas Gerais, Brazil: new constraints from U-Pb-Hf isotopes in zircon and xenotime. Precambrian Res. 255, 96-108. Machado, N.; Noce, C.M.; Ladeira, E.A.; Belo de Oliveira, O. 1992. U–Pb geochronology of Archean magmatism and Proterozoic metamorphism in the Quadrilátero Ferrífero, southern São Francisco Craton, Brazil. Geological Society American Bulletin, 104: 1221–1227. Machado, N.; Schrank, A.; Noce, C.M.; Gauthier, G. 1996. Ages of detrital zircon from Archean–Paleoproterozoic sequences: implications for greenstone belt setting and evolution of a Transamazonian foreland basin in Quadrilátero Ferrífero, southeast Brazil. Earth and Planetary Science Letters, 141: 259–276. Monteiro, H.S. 2011. Geocronologia de intemperismo por (U-Th)/He em goethitas e hematitas supergênicas das cangas do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasil. Dissertação de Mestrado, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 238p. Oliveira, O.A.B. 2011. Aspectos geológicos relacionados às cavernas no Quadrilátero Ferrífero – MG. 31º congresso Brasileiro de Espeleologia, Ponta Grossa –PR. Sociedade Brasileira de Espeleologia, p. 103-109. Pereira, M.C.; Stávale, Y.O.; Salgado, A.A.R. 2012. Estudo da Gênese das Cavidades e Depressões em Minério de Ferro – quadrilátero Ferrífero/MG: Serras do Rola Moça e Gandarela. Revista Brasileira de Geomorfologia, 13(3): 245-253. Pinto C.P., Silva M.A. 2014. Mapa geológico do Estado de Minas Gerais. Programa Geologia do Brasil. Serviço Geológico do Brasil / CODEMIG. Disponível em https://www.portalgeologia.com.br/index.php/mapa. Acesso em janeiro de 2022. Reis, D.L.R.; Machado, M.M.M. 2019. Modelagem do Potencial Geoturístico do Parque Estadual do Rola Moça-MG. Revista Rá e Ga – O Espaço Geográfico em Análise. 46 (2): 171-184. Reis, D.L.R. 2018. Modelagem do Potencial Geoturístico do Parque Estadual do Rola Moça-MG. Dissertação de Mestrado. Instituto de Geociências da UFMG, Belo Horizonte, 101p. Ruchkys, U.A. 2007. Patrimônio Geológico e Geoconservação no Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais: potencial para criação de um geoparque da UNESCO. Tese de Doutorado. Instituto de Geociências da UFMG, Belo Horizonte, 233p. Ruchkys, U.A.; Machado, M.M.M.; Paulo de Tarso Amorim Castro, P.T.A.; Renger, F.E.; Trevisol, A.; Beato, A.C. 2007. Geoparque Quadrilátero Ferrífero – Proposta. In: Schobbenhaus & Silva, 2012. Geoparques do Brasil – Propostas. Volume 1, CPRM, p.183-220. Varajão, C.A.C.; Salgado, A.A.R.; Varajão, A.F.D.C.; Braucher, R.; Colin, F.; Naline Jr., H.A. 2009. Estudo da Evolução da paisagem do quadrilátero Ferrífero (Minnas Gerais, Brasil) por meio da mensuração das taxas de erosão (10Be) e da pedogênese. Revista Brasileira Ciências do Solo, 33:1409-1425. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Parque Estadual da Serra do Rola Moça (Estadual) | UC de Proteção Integral | Parque |
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Proteção Indireta
Reserva de Biosfera: | Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço |
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Relatar: | |
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O Parque Estadual do Rola Moça foi criado em 1994 pelos decretos estaduais no 36.071 e no 36.073, com o objetivo de proteger os ecossistemas locais e seis mananciais de água (Bálsamo, Barreiro, Catarina, Mutuca, Rola Moça e Taboões) que abastecem parte da população de Belo Horizonte, Brumadinho e Ibirité. Posteriormente, a Serra do Rola Moça foi incorporada a proposta de Geoparque do Quadrilátero Ferrífero como um sítio geomorfológico de importância regional. Embora o sítio esteja bem conservado, usualmente tem sido alvo de terríveis queimadas, o que compromete em muito a sua biodiversidade. As escarpas são muito altas e perigosas, não há nenhuma proteção, o que poderia evitar acidentes com os visitantes. Na área há placas explicativas sobre os processos formadores da canga e da evolução geológica do Quadrilátero Ferrífero. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / Estadual |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Elevada |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido, na área de trabalho, como local-tipo secundário, sendo a fonte de um parastratótipo, unidade litodêmica ou de um parátipo | 2 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 5 ou mais tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 4 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 2 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | Não existem limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) para realizar amostragem ou trabalho de campo | 4 |
Valor Científico | 330 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 100 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 4 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal, mas sem controle de acesso | 2 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com mais de 1000 habitantes por km2 | 4 |
Risco de Degradação | 325 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
---|---|---|---|---|
C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos por atividade antrópica | 2 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas | 4 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas do país, mostrando aspectos geológicos | 4 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no estado | 3 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH superior ao que se verifica no estado | 3 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 10 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 3 |
Valor Educativo | 330 | |||
Valor Turístico | 325 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
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Valor Científico: | 330 |
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Valor Educativo: | 330 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 325 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 325 (Risco Alto) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a longo prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a longo prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: | A Serra do Rola Moça é protegida dentro da área do parque, mas suas áreas de influências sofrem pressões das atividades de mineração de ferro da região. É uma área importante de mananciais da região Metropolitana de Belo Horizonte. |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |