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Gruta da Lapinha
Lagoa Santa -
MG , Lat.:
-19.561983109 Long.:
-43.959403992
Última alteração: 26/11/2021 08:29:26
Última alteração: 26/11/2021 08:29:26
Status: Em análise
Geossitio de Relevância Nacional
Valor Científico:
260
Valor Educativo:
365 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
355 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
145 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Gruta da Lapinha |
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Título Representativo: | Uma das sete maravilhas da Estrada Real |
Classificação temática principal: | Espeleologia |
Classificação temática secundária: | Geomorfologia |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -19.561983109 |
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Longitude: | -43.959403992 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | MG |
Município: | Lagoa Santa |
Distrito: | Lapinha |
Local: | Parque Estadual do Sumidouro |
Ponto de apoio mais próximo: | entrada do Parque Estadual do Sumidouro |
Ponto de referência rodoviária: | Lagoa Santa |
Acesso: | A Gruta da Lapinha se localiza no município de Lagoa Santa, distante de Belo Horizonte de 50 km. Partindo de Lagoa Santa, tomar o sentido do povoado da Lapinha, por cerca de 5 km, até o trevo do Parque do Sumidouro onde se encontra a Gruta da Lapinha, totalizando 13 km do centro. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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A Gruta da Lapinha está inserida na área do Parque Estadual do Sumidouro e faz parte da “Rota das Grutas de Peter Lund”. A caverna se desenvolveu nos calcários da Formação Sete Lagoas, da bacia sedimentar do Bambuí, a partir de um sistema de fraturas e teve várias fases de evolução que podem ser vistas, de forma muito didática, ao longo de suas galerias e salões. As características mais marcantes da caverna são as feições do teto que indicam gênese paragenética, os escorrimentos que formam imensas cortinas que ornamentam os seus salões e condutos, e os níveis de entupimento recobertos por um piso estalagmítico (casca fina). A gruta é frequentada por estudantes de todos os níveis, pesquisadores e turistas de várias regiões do país e também por estrangeiros, desde sua abertura ao turismo em 1967. |
Abstract |
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Lapinha Cave is located in the Sumidouro State Park and is part of the "Peter Lund Caves Route". The cave developed in the limestone of the Sete Lagoas Formation, of the sedimentary Bambuí basin, from a system of fractures and had several phases of evolution which can be seen, in a very didactic way, along its galleries and halls. The most striking characteristics of the cave are the ceiling features that indicate paragenetic genesis, the oozings that form immense curtains that decorate its halls and conduits, and the clogging levels covered by a stalagmitic floor. The cave is frequented by students of all levels, researchers and tourists from various regions of the country and also by foreigners, since its opening to tourism in 1967. |
Autores e coautores |
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José Adilson dias Cavalcanti - Serviço Geológico do Brasil |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Ediacarano-Cambriano |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Formação Sete Lagoas |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Calcário |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
A Gruta da Lapinha foi descoberta por Peter Wilhem Lund em 1835, considerado o Pai da Paleontologia Brasileira e citado por Darwin (DARWIN, 2004) em seu livro “A Origem das Espécies” (Costa 2008). A caverna é uma das mais belas cavidades naturais abertas ao turismo do Brasil. A lapinha integra o circuito das grutas de Minas Gerais, atualmente denominado de “Rota de Peter Lund” que integra as grutas da Lapinha, Maquiné e Rei do Mato e o Museu de História Natural da PucMinas. A caverna também é a porta de entrada para o Parque Estadual do Sumidouro que possui inúmeros sítios espeleológicos, arqueológicos e paleontológicos. A gruta se formou nas rochas calcárias do Grupo Bambuí, a maior província espeleológica do Brasil. Do ponto de vista turístico, é uma das três cavernas abertas ao turismo em Minas Gerais e está situada dentro dos limites do Parque Estadual do Sumidouro, que faz parte da área APA Carste de Lagoa Santa. A extensão total da caverna é de 730 metros e a área de visitação turística possui 510m de extensão, um desnível de 40m (Costa 2008). A caverna possui ótima infraestrutura composta por escadas com corrimão para facilitar a locomoção das pessoas. A Gruta da Lapinha foi aberta ao turismo em 1968 e recebe em média 35.500 visitantes por ano, sendo que o maior fluxo de visitação ocorre no período das férias escolares (Marra 2001). O Maciço onde se encontra a caverna foi caracterizado como um carste em fase de exumação, localizado no compartimento geomorfológico do Planalto das Dolinas, cercado por vários maciços calcários onde foram levantadas 21 cavernas. A entrada está localizada em um paredão calcário com lapiás horizontais e uma espessa camada de solo coberta por formações vegetais em regeneração e na porção rochosa predomina a mata seca (Evangelista & Travassos 2011). Apresenta um padrão de desenvolvimento misto entre meandrante e anastomosado, com fraturas verticais a subverticais controlando as direções e formas dos condutos e salões. A evolução da caverna é marcada por uma fase inicial de abertura dos condutos em um ambiente freático, onde o fluxo subterrâneo é controlado pelas fraturas em um ambiente paragenético. Uma segunda fase de formação de grandes escorrimentos e travertinos, estalactites e raras estalagmites em um ambiente epigenético vadoso. A terceira fase é marcada pela formação de depósitos clásticos e microclásticos de entupimento que inclusive podem ser fossilíferos. Uma quarta fase vadosa, marcada pelo recobrimento dos depósitos clásticos, formando extensos pisos estalagmíticos e escorrimentos. Posteriormente, houve uma fase de erosão parcial dos níveis de entupimento que se encontram abaixo dos pisos estalagmíticos. E, por último, novo recobrimento através da formação de escorrimentos, cortinas, estalactites, estalagmites, microtravertinos e helictites, principalmente. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Xisto verde |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Rúptil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR8h - Captura de Drenagem | |
FR11a - Colina | |
FR11b - Morro | |
FR11c - Planalto |
Ilustração
Figura 1 – Mapa de localização da Gruta da Lapinha e das áreas de preservação na região (áreas de preservação... |
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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A Gruta da Lapinha está inserida na Área de Proteção Ambiental (APA) do Carste Lagoa Santa que foi criada pelo Decreto Federal n° 98.881 de 25 de janeiro de 1990. A área possui importância paisagística, histórica, arqueológica, paleontológica, espeleológica, geológica e hidrogeológica. A caverna faz parte do Parque Estadual do Sumidouro que também possui outros atrativos, como a casa de Fernão Dias que faz parte da “Estrada Real do Sumidouro”, ponto de convergência dos Caminhos da Bahia, do Caminho Novo (para o Rio de Janeiro) e o Caminho Velho (para São Paulo) (IEF 2021). A caverna está localizada na porção norte da região metropolitana de Belo Horizonte e foi aberta ao turismo ainda em 1967. Na área do parque existem outras cavernas que são visitadas por pesquisadores de diversas áreas e pela população em geral, mas sem acompanhamento ou controle adequados (Sarti & Travassos 2016). CONTEXTO GEOLÓGICO A Gruta da Lapinha está inserida na porção sul da Bacia Sedimentar do Bambuí (BSB) que recobre parcialmente o Cráton São Francisco. A BSB é uma sequência mista (carbonática-siliciclástica) formada por rochas com idades entre 550 Ma e 515 Ma (Paula-Santos et al. 2014, Babinsky et al. 2019). Segundo Zalán & Romeiro-Silva (2007) as características geométricas da BSB quando observadas nas seções sísmicas, são típicas de uma bacia intracratônica deformada pela tectônica compressional thin-skinned e thick-skinned após a sua deposição. Utilizando o conceito de estratigrafia de sequências, Reis et al. (2017) classificaram a BSB como uma sequência sedimentar de primeira depositada no início do Ediacarano, em uma bacia tipo Foreland, gerada por um evento convergente durante a formação do Supercontinente Gondwana, em resposta à uma sobrecarga litosférica, causada pelo soerguimento dos orógenos Brasília e Araçuaí. A estratigrafia do grupo Bambuí na região de Lagoa Santa foi definida por Schöll (1976) e revisada por Tuller et al. (1991) que individualizaram os membros Pedro Leopoldo e Lagoa Santa pertencentes a formação Sete Lagoas (Berbert Born 2002). Além do reconhecimento das variações faciológicas, identificaram também as tectonofacies que controlam o arcabouço geomorfológico da região. O Membro Pedro Leopoldo é composto por calcários impuros, predominando calcissiltitos e calcilutitos finamente laminados com frequentes intercalações argilosas delgadas, podendo atingir até 80 metros de espessura. A participação clástica é mais acentuada especialmente no contato com embasamento cristalino (Campos, 1994; Tuller et al., 1991). O Membro Pedro Leopoldo é formado por uma camada de calcarenitos homogêneos que pode atingir até 200 metros de espessura (Tuller et al., op.cit.). Esta é a unidade que possui mais cavernas. O contato entre os dois membros é muito irregular, podendo ter caráter transicional ou brusco (Campos, 1994). A sequência possui baixo grau metamórfico e as estruturas predominantes são: foliação sub-horizontal paralela ao acamamento e fraturas verticais a subverticais. Nos calcários basais predominam estruturas associadas à tectônica dúctil, como laminações plano-paralelas e onduladas. Já, nos calcários grosseiros sobrejacentes predomina a deformação rúptil que controla a configuração do relevo (Berbert-Born 1996). As principais famílias de fraturas tem direções E-W, N30-40E e N10-20W. As falhas normais são responsáveis pela individualização de grandes blocos estruturais e pelo alinhamento das escarpas e dos dolinamentos (Campos, 1994). CONTEXTO GEOTURÍSTICO O Parque Estadual do Sumidouro possui importância nacional e internacional por seu patrimônio geomorfológico, paleontológico, arqueológico, histórico, cultural e turístico, e também por abrigar inúmeras espécies animais e o próprio homem em tempos remotos (Pinto 2013). O parque foi criado em 1980, pelo Decreto Estadual nº 20.375. Possui uma área total de 2.004 hectares e está situado nos municípios de Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, ao norte da região metropolitana de Belo Horizonte, distando cerca de 50km da capital mineira e, atualmente, está inserido no programa turístico “Rota das Grutas Peter Lund” (IEF, 2021). Possui ótima infraestrutura com uma sede administrativa, o museu Peter Lund, um anexo administrativo ao lado da Casa Fernão Dias, uma casa de pesquisa e um alojamento para pesquisadores, além de trilhas sinalizadas e mirantes. O Museu Peter Lund tem caráter territorial e integra a Rota das Grutas Peter Lund, que tem como objetivo divulgar as descobertas e a trajetória do importante naturalista dinamarquês que dá nome ao espaço. Foi inaugurado no dia 21 de setembro de 2012, com 1.850 metros quadrados e três andares. O prédio possui uma sala expositora com 82 fósseis descobertos por Lund, vindos do Museu Natural de Copenhague, e 15 fósseis doados pelo Museu de História Natural da PUC Minas; um espaço destinado à conscientização da importância histórica e cultural do carste de Lagoa Santa; uma sala multiuso para exposição de filmes; e dois espaços com explicações sobre os Planos de Manejo do Parque e Espeleológico (IEF, 2021). Na Trilha da Travessia, o visitante tem a oportunidade conhecer o Mirante do Cruzeiro, ponto mais alto do percurso, onde é possível avistar a comunidade da Lapinha, a Serra do Espinhaço e o maciço da Lapinha. A caminhada segue até as imediações da Lagoa do Sumidouro passando em frente à Gruta do Sumidouro, um dos locais mais importantes nas pesquisas realizadas por Peter Lund na região. A partir daí, segue até o Mirante do Sumidouro (IEF, 2021). A Trilha do Sumidouro é um verdadeiro “mergulho” na História e na Pré-História brasileiras. Ela começa na Casa Fernão Dias, passando pelo marco histórico “Cruz do Pai Mané”. Em seguida, segue-se um percurso que conduz a um mirante, onde é possível visualizar toda a extensão da lagoa do Sumidouro e região de entorno (IEF, 2021). A Casa Fernão Dias está localizada no município de Pedro Leopoldo, na Quinta do Sumidouro, que é considerada região do Anhanhonhacanhuva, terminologia indígena que quer dizer “água parada que some no buraco da terra”. Alagoa do Sumidouro desaparece em um paredão calcário, adornado por pinturas rupestres, e atinge o sistema de águas subterrâneas. A Quinta do Sumidouro foi fundada no século XVII, nos anos de 1674 e 1675, sendo o seu nome original São João do Sumidouro (IEF, 2021). Pinto (2013) em seu levantamento sobre os locais de interesse geoturístico no Parque Estadual do Sumidouro identificou dez (10) locais de interesse geomorfológico que estão inseridos em seis (6) geossítios, entre eles a Gruta da Lapinha, Mirante da Lapinha, Lapa do Sumidouro, Mirante do Sumidouro, Poljé do Sumidouro, Maciço do Baú, Maciço da Fazenda Girasol e Mirante do Cruzeiro. |
Bibliografia |
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Babinski, M.; Pedreira, A.J.; Brito Neves, B.B.; Van Schmus, W.R. 1999. Contribuição à geocronologia da Chapada Diamantina. In: Pedreira, A.J. (Ed.), VII Simpósio Nacional de Estudos Tectônicos. Sociedade Brasileira de Geologia, 118-120. Berbert-Born, M.L.C. 2002. Carste de Lagoa Santa, MG: Berço da Paleontologia e da Espeleologia Brasileira. SIGEP 88. In: Schobbenhaus et al. (Eds.) 2002, Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil, Volume 1. SIGEP-DNPM-CPRM, p. 415-430. Berbert-Born, M.L.C.; Horta, L.S.; Basílio, M.S. 1998. Mapa da Gruta da Lapinha, Lagoa Santa. In: APA Carste de Lagoa Santa – Patrimônio Espeleológico, Histórico e Cultural. In: Série APA Carste de Lagoa Santa, volume 3, Belo Horizonte, CPRM/IBAMA. Campos, A.B. 1994. Relações entre as características faciológicas e estruturais das unidades do Grupo Bambuí e a morfologia cárstica na região de Lagoa Santa - Pedro Leopoldo (Minas Gerais). Belo Horizonte, UFMG/FAPEMIG, 21p. Dutra, G.M.; Horta, L.S.; Berbert-Born, M.L.C.1998. Levantamento Espeleológico. In: APA Carste de Lagoa Santa – Patrimônio Espeleológico, Histórico e Cultural. Volume 3, Belo Horizonte, CPRM/IBAMA, p.1-71. Evangelista, V.K.P.; Travassos, L.E.P. 2011. Identificação de Locais de Interesse Geomorfológico no Parque Estadual do Sumidouro, Minas Gerais: Subsídios para futura gestão. In: I Simpósio Mmineiro do Carste, 11, 2011, Belo Horizonte – MG. Anais... Belo Horizonte: UFMG. IEF, 2021. Parque Estadual do Sumidouro. Disponível em: www.ief.mg.gov.br. Marra, R.J.C. 2001. Espeleoturismo: Planejamento e manejo de cavernas. Brasília: Editora WD ambiental. 224p. Paula-Santos, G.M.; Babinski, M.; Kuchenbecker, M.; Caetano Filho, S.; Trindade, R.I.; Pedrosa-Soares, A.C. 2015. New evidence of an Ediacaran age for the Bambuí Group in southern São Francisco craton (eastern Brazil) from zircon U–Pb data and isotope chemostratigraphy. Gondwana Research, 28:702-720. Pinto, C.P.; Silva, M.A. 2014. Mapa Geológico do Estado de Minas Gerais. Programa Geologia do Brasil, Serviço Geológico do Brasil / CODEMIG. Disponível em: https://www.portalgeologia.com.br/index.php/mapa. Pinto, V.K.E. 2013. Identificação de locais de interesse geomorfológico no Parque Estadual do Sumidouro, Minas Gerais: possibilidades para o geoturismo. Dissertação de Mestrado, PucMinas, Belo Horizonte, 226p. Reis, H.L.S.; Alkmim F.F.; Fonseca R.C.S.; Nascimento T.C.; Suss J.F.; Preveatti L.D. 2017. The São Francisco Basin. In: Heilbron M., Cordani U., Alkmim F.F. (eds.), São Francisco Craton, Eastern Brazil. Regional Geology Reviews, 117-143. Sarti, G.S.V.; Travassos, L.E.P. 2016. Aplicação de indicadores de acessibilidade em cavernas turísticas de Minas Gerais. Revista Interface, 11: 63-68. Tuller, M.P.; Ribeiro, J.H.; Danderfer Filho, A. 1991. Geologia da região cárstica de Sete Lagoas-Lagoa Santa (MG). Projeto Vida - Programa Gestão e Administração Territorial. Belo Horizonte, CPRM. Xavier, F.V.; Ribas, R.D.; Bras, A.M. 2017. Avaliação de impactos socioambientais na Gruta da Lapinha, Lagoa Santa/MG e seu entorno pela atividade turística. Geografia (Londrina), 26 (1): 19-33. Zalán, P.V.; Romeiro-Silva, P.C. 2007. Bacia do São Francisco. Boletim de Geociências da PETROBRAS, 15(2), 561-571. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Parque Estadual do sumidouro (Estadual) | UC de Proteção Integral | Parque |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / Estadual |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Baixa |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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A gruta da Lapinha possui ótima infraestrutura para receber os visitantes, além da sede administrativa, também tem o Museu Peter Lund anexo. |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 2 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes | 2 |
A2 - Local-tipo | 20 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 260 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Existem reduzidas possibilidades de deterioração dos elementos geológicos secundários | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal e com controle de acesso | 1 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com 250-1000 habitantes por km2 | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Não se aplica. | 0 |
Risco de Degradação | 145 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
---|---|---|---|---|
C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração de elementos geológicos secundários por atividade antrópica | 3 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas | 4 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse com infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.), rede de comunicações móveis e situado a menos de 10 km de serviços de socorro | 4 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com 250-1000 habitantes por km2 | 3 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas do país, mostrando aspectos geológicos | 4 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros na região | 2 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH superior ao que se verifica no estado | 3 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 10 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 3 |
Valor Educativo | 365 | |||
Valor Turístico | 355 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Nacional |
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Valor Científico: | 260 |
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Valor Educativo: | 365 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 355 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 145 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a longo prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a longo prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |