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Cristais de Brazilianita da Mina do Telírio
Divino das Laranjeiras -
MG , Lat.:
-18.677707672 Long.:
-41.467842102
Última alteração: 20/12/2021 14:07:56
Última alteração: 20/12/2021 14:07:56
Status: Em análise
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
310
Valor Educativo:
300 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
235 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
300 (Risco Médio)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Cristais de Brazilianita da Mina do Telírio |
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Título Representativo: | O Mineral que é um Tributo ao Brazil |
Classificação temática principal: | Mineralogia |
Classificação temática secundária: | Gemologia |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -18.677707672 |
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Longitude: | -41.467842102 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | MG |
Município: | Divino das Laranjeiras |
Distrito: | |
Local: | Mina do Telício |
Ponto de apoio mais próximo: | |
Ponto de referência rodoviária: | Rodovia MG-417 |
Acesso: | A Mina do Telírio está localizada a 7 km ao norte de Linópolis no município de Divino das Laranjeiras, próximo ao limite com o município Mendes Pimentel, nas coordenadas Longitude -41,467843o W e latitude -18,677707o S. Encontra-se a cerca de 500 metros a oeste da estrada MG-417 que liga Linópolis a Mendes Pimentel. O acesso é mais fácil é através da entrada da área de mineração da Cooperativa dos Garimpeiros e da Cooperativa Extrativista do Vale do Rio Doce (COOPEG-CEVRD), através de uma estrada não pavimentada leva à Mina do Telírio. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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A Mina do Telírio tem sido a principal fonte de belíssimos exemplares de cristais de brazilianita no Brasil há mais de quatro décadas. O mineral é um hidroxifosfato de sódio e alumínio, monoclínico, de fórmula [NaAl3(PO4)2(OH)4] e seu nome é uma homenagem ao Brasil. A brazilianita da Mina do Telírio tende a ser brilhante e de cor amarelo esverdeada, familiar para a maioria dos colecionadores. Os melhores cristais são mais ou menos transparentes, mas a maioria é um pouco leitoso ou turvo. Em muitos casos, são bi-terminados, formam aglomerados que parecem esteticamente com esculturas, geralmente ocorrem sobre os cristais de microclima branca e, mais raramente sobre cristais de albita branca cintilante ou quartzo fumê pálido. A mina é composta pela Lavra do Duquinha (Pegmatito Córrego Frio), Lavra Joaquim Gabriel, Lavra do Elias (Pegmatito do Telírio) e Lavra do João Modesto. Os pegmatitos estão inseridos na Província Pegmatítica Oriental Brasileira, no município de Divino das Laranjeiras, porção leste de Minas Gerais, no contexto do Orógeno Araçuaí (630 - 480 Ma) onde se insere o Arco Magmático do Rio Doce. |
Abstract |
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The Telírio Mine has been the main source of beautiful specimens of brazilianite crystals in Brazil for more than four decades. The mineral is a sodium aluminum hydroxyphosphate, monoclinic, of formula [NaAl3(PO4)2(OH)4] and its name is a tribute to Brazil. Brazilianite from the Telirium Mine tends to be bright and greenish-yellow in color, familiar to most collectors. The best crystals are more or less transparent, but most are somewhat milky or cloudy. In many cases they are bi-terminated, form clusters that look aesthetically like sculptures, usually occur over the white microclay crystals, and more rarely over crystals of sparkling white albite or pale smoky quartz. The mine is composed of Duquinha's Lavra (Córrego Frio pegmatite), Joaquim Gabriel's Lavra, Elias' Lavra (Telírio pegmatite) and João Modesto's Lavra. The pegmatites are located in the Brazilian Oriental Pegmatite Province, in the Divino das Laranjeiras, municipality, eastern Minas Gerais, in the context of the Araçuaí Orogen (630 - 480 Ma) where the Rio Doce Magmatic Arc is inserted. |
Autores e coautores |
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Carlos Cornejo - Pesquisador Independente Andrea Bartorelli - Pesquisador Independente |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Neoproterozoico-Cambriano |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litodêmica |
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Nome: | Grupo Rio Doce, Suíte Galileia |
Outros: | granitoides |
Rocha Predominante: | Pegmatito |
Rocha Subordinada: | Xisto |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
MINA DO TELÍRIO O depósito de brazilianita foi descoberto por Telírio Gomes Pacheco, por volta de 1970 e desde então é conhecido como Pegmatito do Telírio. Provavelmente ele notou a presença de cristais de brazilianita entre os cristais de berilo de uso industrial que ele estava lavrando. A Mina do Telírio é composta por vários corpos de pegmatito, entre os quais está o pegmatito Córrego Frio. Desde 1970 tem produzido, intermitentemente, cristais de brazilianita e também cristais de montebrasita (de cor amarelo pálido a laranja), berilonita com qualidade de gema e vários outros fosfatos de interesse em pesquisas científicas (Bartorelli & Cornijo 2018). O pico de produção de brazilianita na Mina do Telírio foi nos anos de 1990, quando o Sr. Telírio tinha uma pequena área com dois ou três corpos de pegmatito, que nunca foram muito bons, produzindo brazilianita. A mina é subterrânea e se desenvolvia em busca de bolsões contendo alguns dos muitos fosfatos descritos na região. A montibrasita, por exemplo, ocorre de forma paralela junto com a brazilianita. A produção de brazilianita é muito esporádica e as flutuações de preços de mercado são afetadas em épocas de maior oferta. Os garimpeiros buscam esta joia somente quando o mercado é favorável e seu valor é alto. Quando um bolsão é encontrado, às vezes produzindo dezenas de quilos, seu preço diminui, o mercado fica saturado e as minas são novamente fechadas por longos períodos. Os estudos realizados por Silveira et al. (2014) concluíram que as cinco principais ocorrências de brazilianita (incluindo a Mina do Telírio) estão todas em corpos pegmatitos residuais derivados de intrusões graníticas pré a pós-colisionais relacionados com o Arco Magmático do Rio Doce, que se formou durante o ciclo Brasiliano Ciclo (585 - 490Ma) no Orogêno Araçuaí. A brazilianita é um produto típico de pegmatitos que possuem menos depois 7 metros de espessura, com pouca diferenciação, mas com zonação evidente. Após a descoberta da brazilianita no pegmatito Córrego Frio, nos anos de 1940 (Pough & Henderson, 1945), vários outros depósitos foram descobertos tornando essa região a principal área produtora no mundo. Existem basicamente dois tipos de pegmatitos na Província de Pegmatítica Oriental: o anatético que é o resultado da fusão parcial das rochas encaixantes e do fracionamento dos granitos; e o pegmatito residual que originou a partir das intrusões de granitos da suíte G2. Por sua vez, os pegmatitos residuais são divididos em “internos” dentro dos corpos de granito e “externos” encaixados nos xistos da Formação de São Tomé. Os pegmatitos internos possuem mineralogia mais simples e pode conter água-marinha e tantalita, enquanto os corpos externos contêm uma maior variedade de minerais. Os pegmatitos são corpos tabulares ou lenticulares (às vezes na forma de bolsões irregulares), penetram nas rochas hospedeiras em planos com orientação 30o mergulhando 60o SW (210/60), às vezes concordantes com a trama regional das rochas encaixantes. Sua espessura máxima é de cerca de 7 metros e algumas dezenas de metros de comprimento. Geralmente apresentam um zoneamento complexo e mineralogia diversificada que pode ser dividida em dois grupos, com base na mineralogia do fosfato primário. O primeiro grupo é definido pela presença de montebrasita e o segundo pela presença de trifilita. CRISTAIS DE BRAZILIANITA A brazilianita é um hidroxifosfato de sódio e alumínio (NaAl3(PO4)2(OH)4), de uso gemológico relativamente raro, de cor amarelo a amarelo-esverdeado. Foi primeiramente descrito por Pough & Henderson (1945) em amostras do Pegmatito Córrego Frio, que é a sua localidade-tipo (Cornejo & Bartorelli 2014). Em Minas Gerais há quatro depósitos de brazilianita em Mendes Pimentel (Córrego Frio, Telírio, Sebastião Cristino e Ari Machado) e um em Araçuaí (Agenor Silistrino). A brazilianita também foi descrita como um mineral acessório em pegmatitos da Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Namíbia, República Sul-Africana, República Tcheca e Ruanda (www.mindat.org). Mas a localidade original, localizada nos arredores de Divino das Laranjeiras permanece como a principal área produtora do Brasil e referência mundial para pesquisadores e colecionadores (Silveira et al. 2014). Os cristais de brazilianita da Mina do Telírio se destacam por sua qualidade e dimensões, tendem a ser brilhantes e de cor amarelo esverdeada, familiar para a maioria dos colecionadores. Os melhores cristais são mais ou menos transparentes, mas a maioria é um pouco leitoso ou turvo. As amostras encontradas na década de 1990 e mais tarde, possuem hábito prismático e cor mais pálida do que o amarelo esverdeado mais escuro das amostras originadas do pegmatito Córrego Frio. Em muitos casos, são bi-terminados, formam aglomerados que parecem esteticamente com esculturas, geralmente ocorrem sobre os cristais de microclima branca e, mais raramente sobre cristais de albita branca cintilante ou quartzo fumê pálido. Os cristais de brazilianita da mina do Telírio, em geral, medem menos de 2 cm. Um achado espetacular, ocorreu em dezembro de 2006, rendeu muitos cristais amarelo esverdeados com mais de 5 cm de comprimento, associados com albita branca, grandes cristais de quartzo fumê e alguns cristais de hidroxilherderita com 5cm de comprimento (Moore, 2007). Já foram encontrados na mina, cristais de brazilianita com mais de 10 centímetros de comprimento (comunicação oral de Álvaro Lúcio). O nome do mineral é uma homenagem ao Brasil. Amostras de brazilianita foram depositadas no Museu das Minas e do Metal em Belo Horizonte (Brasil) e no Museu Nacional de História Natural de Washington D.C. (USA), 105048. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Plutônica - Outras () |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Xisto verde |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: |
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Regime Tectônico: |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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A Terra pode ser considerada um planeta cristalino com muitos tipos de cristais, expressos na variedade de minerais que ocorrem em diversos ambientes geológicos. Alguns desses cristais (minerais) podem ser considerados geossítios por seu significado, composição, forma, zoneamento, reação, inclusões minerais, inclusões de fluidas, geminação, exsolução, ocorrência incomum ou raridade, sua forma (rosas do deserto, drusas) e pela sua dimensão (Brocx & Semeniuk 2010). O mineral brazilianita foi descoberto no pegmatito Córrego Frio, um dos corpos pegmatíticos da Mina do Telírio, localizada no Campo Galileia – Mendes Pimentel, da Província Pegmatítica Oriental, região leste de Minas Gerais. Na área da mina é composta pelas lavras do Duquinha (Pegmatito Córrego Frio), Lavra Joaquim Gabriel; Lavra do Elias (Pegmatito do Telírio); e Lavra do João Modesto (Bartorelli & Cornejo 2018). Nessa região, as cidades Governador Valadares e Teófilo Otoni representam um importante polo de produção e comercialização de gemas do Brasil. A região foi mapeada pelo Serviço Geológico Brasileiro, na escala 1:100.000, no Projeto Borda Leste, realizado através do Convênio CPRM-SEME-COMIG, como parte do Programa de Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil (Netto et al. 2000). A Província Pegmatítica Oriental Brasileira contem minerais industriais, ornamentais, preciosos, metálicos e radioativos. Os pegmatitos são a principal fonte dos recursos minerais economicamente explotados na região. Seus principais produtos são: berilo gema (água-marinha/heliodoro/morganita), turmalinas (monocromáticas e multicolores), kunzita, hiddenita, crisoberilo (alexandrita); os minerais de aproveitamento industrial como feldspato (albita/ microclina/ortoclásio), quartzo (róseo, hialino e biterminado), mica, caulim e minerais de nióbio, tântalo, estanho e lítio (espodumênio, lepidolita) (Netto et al. 2000). Além de polo produtor de gemas e pedras preciosas, as atividades econômicas da região também são voltadas para a lapidação e comercialização de pedras. Nas cidades de Governador Valadares e Teófilo Otoni, de acordo com um levantamento realizado pelo MCT/CT, existem cerca de 300 microempresas nas áreas de lapidação e comercialização, além de 2.700 de lapidações informais, 1.500 corretores e um número desconhecido de garimpeiros (Medina 2017). CONTEXTO GEOLÓGICO A Província Pegmatítica Oriental Brasileira foi delimitada por Paiva (1946), e posteriormente, foi redesenhada por Putzer (1976) ocupando uma faixa de 800 km de extensão por 100 km a 150 km de largura, na porção oriental do Estado de Minas Gerais, se estendendo desde o sul da Bahia até o norte do Rio de Janeiro (Paiva 1946, Putzer 1976; in Correia Neves et al. 1986). A província está inserida inteiramente no Orógeno Araçuaí e a Mina do Telírio localiza-se na porção central da província pegmatítica, onde afloram as rochas do Grupo Rio Doce (uma bacia sin-orogênica) e das suítes magmáticas relacionadas ao arco magmático continental que se instalou no orógeno. Nesse contexto Pedrosa-Soares et al. (2011) identificaram cinco supersuítes de rochas granitoides que compõem o arco magmático do Orógeno Araçuaí. Na Província foram reconhecidos dez distritos pegmatíticos e a Mina do Telírio está inserida no Campo Galileia – Mendes Pimentel (Netto et al. 2000, Pedrosa-Soares et al. 2011). De acordo com esses autores os pegmatitos desse campo estão encaixados em sua maioria nos xistos da Formação São Tomé, do Grupo Rio Doce e, em menor quantidade nos tonalitos da Suíte Galileia. Esses pegmatitos ficaram mundialmente conhecidos na década de 1940, por causa da sua larga produção de minerais industriais para suprir a indústria militar aliada durante a II Grande Guerra Mundial, o que levou também a descoberta de inúmeros depósitos contendo minerais gemológicos e de coleção (Silveira et al. 2014). O Grupo Rio Doce foi definido na região do Médio Rio Doce, próximo a Galileia, por Barbosa et al. (1966), que o subdividiu em duas formações: i) São Tomé, composta por quartzo-biotita xisto muscovítico e granatífero; e ii) Figueira, composta por gnaisses claros bandados. No mapa geológico da folha Conselheiro Pena, Oliveira (2014) identificou as formações São Tomé, Tumiritinga e João Pinto. Já, Vieira (2007) apresentou uma nova divisão para o grupo, dessa vez composto pelas formações, da base para o topo: João Pinto (quartzito), Palmital do Sul (micaxisto e gnaisse), São Tomé (metagrauvaca, micaxisto e metadacito) e Tumiritinga (micaxisto, gnaisse e rocha vulcanoclástica). No campo pegmatítico Galileia – Mendes Pimental afloram rochas pertencentes às formações São Tomé e Tumiritinga. Os estágios da evolução do arco magmático do Orógeno Araçuaí foram caracterizados através da definição das cinco supersuítes magmáticas (G1, G2, G3, G4 e G5) por Pedrosa-Soares et al. (2011). CAMPO PEGMATÍTICO GALILEIA – MENDES PIMENTEL No Projeto Borda Leste foram cadastrados nesse campo 84 pegmatitos localizados nos municípios Divino das Laranjeiras, Galileia e Mendes Pimentel. Os corpos de pegmatito estão encaixados principalmente nas rochas da Formação São Tomé do Grupo Rio Doce, mas também ocorrem nos Tonalitos Galileia. Os pegmatitos hospedados nos biotita xistos da Formação São Tomé são corpos concordantes com a foliação principal e, próximo aos contatos com as rochas hospedeiras, exibem alteração hidrotermal (turmalinização, feldspatização e muscovitização). Já nas rochas graníticas, os pegmatitos ocorrem preenchendo fraturas com espessuras decimétricas a poucos metros. Os principais minerais encontrados nesses pegmatitos são: espodumênio, (kunzita), berilo, (rubelita), morganita, turmalina, quartzo (cristal-de-rocha), columbita/tantalita e cassiterita (Netto et al. 2000). Na região de Linópolis ocorrem os fosfatos secundários como beraunita, brasilianita, childrenita, dufrenita, fluorapatita, frondelita, jahnsita, roscherita, sabugalita, scorzalita, souzalita, strunzita, tapiolita e wylleita (Cassedane 1983; in Netto et al. 2000). |
Bibliografia |
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Barbosa, A.L.M.; Grossi-Sad, J.H.; Torres, N.; Melo, M.T.V. 1966. Descrição do mapa geológico preliminar do Médio do Rio Doce. Geologia da Região do Médio do Rio Doce (Excursão No2, Pegmatitos de Governador Valadares). Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Geologia/Núcleo Rio de Janeiro, 02: 01-10. Bartorelli, A.; Cornejo, C. 2018. The Telírio Mine. The Mineralogical Record, 49: 1-19. Brocx, M., Semeniuk, V. 2010. The geoheritage significance of crystals. Geology Today, 26 (6): 216-225. Cassedane, J.P. 1983. Famous mineral localities: the Córrego Frio mine and vicinity, Minas Gerais, Brazil. Mineralogical Record, 14: 227-237. Cornejo, C.; Bartorelli, A. 2014. Minerals and Precious Stones of Brazil. Solaris Cultural Publications, São Paulo, 712p. Correia Neves, J.M.; Pedrosa-Soares, A.C.; Marciano, V.R.P.R.O. 1986. A Província Pegmatítica Oriental do Brasil a luz dos conhecimentos atuais. Revista Brasileira de Geociências, 16(1): 108-116. Feboli, W.L. 2014. Folha SE.24-Y-A-IV - Gorvenador Valadares. Escala 1:100.000. Projeto Borda Leste. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil, CPRM. Em Formato Digital. Feboli, W.L.; Paes, V.J.P. 2014. Folha SE.24-Y-A-V. Geológico da Folha Itanhomi. Escala 1:100.000. Projeto Borda Leste. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil, CPRM. Em Formato Digital. Medina, V.S. 2017. Pólos de Gemas e Joias do Estado de Minas Gerais. In: https://silo.tips/download/polos-de-gemas-e-joias-do-estado-de-minas-gerais, (consultado em set. 2020). Moore, T. P. 2007. What’s new in minerals: Tucson Show 2007. Mineralogical Record, 38 (3): 218. Netto, C.; Araujo, M.C.; Pinto, C.P.; Drumond, J.B.V. 2000. Pegmatitos. Projeto Leste, Cadastramento de Recursos Minerais, Província Pegmatítica Oriental, Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil (PLGB), CPRM. Volume 1. 207p. Oliveira, M.J.R. 2014. Folha Conselheiro Pena e São Gabriel da Palha. Escala 1:100.000. Projeto Borda Leste. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil, CPRM. Em Formato Digital. Paiva, G. 1946. Províncias pegmatíticas do Brasil. Boletim do DNPM-DFPM, 18: 13-21. Pedrosa-Soares, A.C.; Campos, C.P.; Noce, C.; Silva, L.C.; Novo, T.; Roncato, J.; Medeiros, S.; Castanheda, C.; Queiroga, G.; Dantas, E.; Dussin, I.; Alkmim, F.F. 2011. Late Neoproterozoic-Cambrian granitic magmatism in the Araçuaí orogen (Brazil), the Eastern Brazilian Pegmatite Province and related mineral resources. In: Sial et al. (Eds.), Granite-Related Ore Deposits. Geological Society, London, Special Publications, 350: 25-51. Pough, F.H.; Henderson, E.P. 1945. Brasilianita, um novo fosfato mineral. Mineração e Metalurgia, Rio de Janeiro, 8: 334. Putzer, H. 1976. Metalogenetische Provinzen in Suedameriko. Stuttgart. E. Schweizerbart’sche Verlagsbuchhandlung, 318p. Silveira, L.A.G.; Chaves, M.L.S.C.; Krambrock, K.; Menezes Filho, L.A.D.; Brandão, P.R.G.; Scholz, R.; Costa, M.A.F. 2014. Ocorrência, contexto mineralógico e química mineral da brazilianita e seus depósitos em Minas Gerais. Geociências UNESP, 33(3): 378-392. Vieira, V.S. 2007. Significado do Grupo Rio Doce no contexto do Orógeno Araçuaí. Tese de Doutorado. Instituto de Geociências da UFMG. 129p. Vieira, V.S. 2014. Mapa Geológico da Folha Itabirinha de Mantena. Escala 1:100.000. Projeto Borda Leste. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil, CPRM. Em Formato Digital. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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A Mina do Telírio está situada em uma área privada e encontra-se em atividade intermitente desde a sua criação na década de 1970. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Privado |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Razoável |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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A mina está em propriedade particular. |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido como holostratótipo ou unidade litodêmica nos léxicos estratigráficos do Brasil e da Amazônia Legal ou documentos similares, ou é a fonte de um holótipo, neótipo ou lectótipo registrado em publicações científicas, de acordo com o código (ICZN, ICBN ou ICN) vigente na época da descrição e cadastrado na Base de Dados Paleo da CPRM ou bases similares ou é um sítio de referência da IMA; | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | O local de interesse não está muito bem preservado, mas os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) ainda estão preservados | 2 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 2 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes | 2 |
Valor Científico | 310 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 100 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 4 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal, mas com controle de acesso | 3 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada | 3 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 300 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração de elementos geológicos secundários por atividade antrópica | 3 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada | 3 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas só depois de ultrapassar certas limitações (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 2 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse com infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.), rede de comunicações móveis e situado a menos de 10 km de serviços de socorro | 4 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 50 km do local de interesse | 3 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Não se aplica. | 0 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 300 | |||
Valor Turístico | 235 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
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Valor Científico: | 310 |
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Valor Educativo: | 300 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 235 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 300 (Risco Médio) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a curto prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a curto prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a curto prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -18.677231392305913 e Longitude: -41.46838366985321 |
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Ponto 2: | Latitude: -18.677227326777782 e Longitude: -41.46725420677251 |
Ponto 3: | Latitude: -18.678079053636093 e Longitude: -41.46725445985794 |
Ponto 4: | Latitude: -18.6780780372737 e Longitude: -41.468376155534074 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |