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Pegmatito Ponte do Piauí da Província Pegmatítica Ocidental Brasileira, Minas Gerais
Araçuaí -
MG , Lat.:
-16.730236053 Long.:
-41.903934479
Última alteração: 17/12/2021 11:51:22
Última alteração: 17/12/2021 11:51:22
Status: Consistido
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
335
Valor Educativo:
265 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
225 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
275 (Risco Médio)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Pegmatito Ponte do Piauí da Província Pegmatítica Ocidental Brasileira, Minas Gerais |
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Título Representativo: | Local tipo dos minerais Guimarãesita e Wilancookita |
Classificação temática principal: | Mineralogia |
Classificação temática secundária: | |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -16.730236053 |
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Longitude: | -41.903934479 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | MG |
Município: | Araçuaí |
Distrito: | |
Local: | Pegmatito Ponte do Piauí |
Ponto de apoio mais próximo: | Araçuaí |
Ponto de referência rodoviária: | Belo Horizonte |
Acesso: | Partindo de Belo Horizonte em direção a Araçuaí, são aproximadamente 600 km de distância. A partir de Araçuaí segue-se por cerca de 20 km em direção a Itinga. O pegmatito fica próximo à ponte que corta do rio Piauí, na divisa entre os municípios Araçuaí e Itinga, no rio Piauí, nas coordenadas: -41,903935º; -16,730335º . |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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A Guimarãesita [Ca2(Zn,Mg,Fe)5Be4(PO4)6(OH)4·6H2O] e a Wilancookita [(Ba,K,Na)8(Ba,Li,□)6Be24P24O96·32H2O] foram descobertos no pegmatito Ponte do Piauí, na região norte de Minas Gerais. O nome Guimarãesita foi dado em homenagem ao mineralogista brasileiro Djalma Guimarães (1894-1973) e seu holótipo foi depositado no Museu de Geociências da Universidade de São Paulo com registro DR591. A Wilancookita foi descoberta por Luiz Menezes em 2009 e o nome do mineral foi em homenagem ao mineralogista e cristalógrafo William R. Cook Jr. (1927-2006) e sua esposa Anne e, seus holótipos estão depositados na coleção do Laboratório de Mineralogia da Universidade de Liège, com registro 20394; e na coleção do Museu de História Natural de Luxemburgo, com registro 2011-33. O pegmatito Ponte do Piauí é da classe “metais raros” ricos em fósforo com paragênese tardia da granitogênese cambriana (530 - 500 Ma) do tipo S, relacionada com a fase de relaxamento crustal do orógeno Araçuaí que ocorreu com o fim do ciclo Brasiliano. O corpo de pegmatito está encaixado nas rochas da formação Salinas que é uma sequência plataformal a turbidítica sin-orogênica do tipo flysch do Ediacarano (599 - 568 Ma) relacionada com o arco magmático do Rio Doce. |
Abstract |
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Guimarãesite [Ca2(Zn,Mg,Fe)5Be4(PO4)6(OH)4-6H2O] and Wilancookite [(Ba,K,Na)8(Ba,Li,□)6Be24P24O96-32H2O] were discovered in the Ponte do Piauí pegmatite, in the northern region of Minas Gerais. Guimarãesite is named to honour the Brazilian Mineralogist Djalma Guimarães (1894-1973) and its holotype was deposited at the Museum of Geosciences at the University of São Paulo with registration DR591. Wilancookite was discovered by Luiz Menezes in 2009 and the mineral is named to honour the Mineralogist and Crystallographer William R. Cook Jr. (1927-2006) and his wife Anne, and its holotypes are deposited in the collection of the Laboratory of Mineralogy of the University of Liège, record 20394; and in the collection of the Luxembourg Museum of Natural History, record 2011-33. The Ponte do Piauí pegmatite is of the phosphorus-rich "rare metal" class with late Cambrian (530 - 500 Ma) paragenesis of the S-type granitogenesis, related to the crustal relaxation phase of the Araçuaí orogen that occurred with the end of the Brasiliano cycle. The pegmatite body is embedded in the rocks of the Salinas Formation, which is a syn-orogenic Platformal to turbiditic flysch sequence of the Ediacaran (599 - 568 Ma) related to the Rio Doce magmatic arc. |
Autores e coautores |
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José Adilson Dias Cavalcanti Serviço Geológico do Brasil - CPRM Daniel Atencio Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo – USP |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Cambriano |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litodêmica |
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Nome: | Suite G4 |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Pegmatito |
Rocha Subordinada: | Xisto |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
O pegmatito Ponte do Piauí possui reconhecimento internacional por ser o local onde foram descobertos os minerais “Guimarãesita” e “Wilancookita”, registrados na IMA (International Mineralogy Association) com códigos “IMA 2006-028” e “IMA 2015-034”, respectivamente; com fórmulas químicas aprovadas pela CNMCN (Commission of New Minerals, Classification and Nomenclature). O pegmatito possui a seguinte paragênese: albita, microclina, quartzo, elbaita, lepidolita, schorlita, eosphorita, moraesita, saleéita, zanazziita, um mineral do grupo Fe-dominante roscherita, e opala (Atencio 2020). Guimarãesita A Guimarãesita (Ca2(Zn,Mg,Fe)5Be4(PO4)6(OH)4·6H2O) é um berilo-fosfato hidratado monoclínico que foi identificado no pegmatito Ponte do Piauí, perto do rio Piauí, em Itinga, Minas Gerais. De acordo com Chukanov et al. (2008), o mineral ocorre preenchendo fraturas tardias em zonas periféricas (até 0,1 mm de espessura) em torno de cristais dos minerais do grupo roscherita, sua cor é marrom com bordas branca e o brilho é vítreo. Ao microscópio é incolor, biaxial, o eixo óptico X coincide com a direção de elongação e as zonas internas são ricas em Mg ou Fe. O nome foi dado em homenagem ao mineralogista brasileiro Djalma Guimarães em reconhecimento as suas notáveis contribuições à mineralogia e geologia do Brasil. O material holótipo foi depositado no Museu de Geociências, Universidade de São Paulo, com o registro DR591 (Chukanov et al. 2008). Há amostras também nas coleções do Museu das Minas e do Metal, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Wilancookita A Wilancookita [(Ba,K,Na)8(Ba,Li,□)6Be24P24O96·32H2O, é um berilo-fosfato hidratado cúbico, que também foi identificado no pegmatito Ponte do Piauí, em Itinga, Minas Gerais. Ocorre como minúsculos cristais dodecaédricos {1 1 0}, sobre os cristais fibrosos de moraesita e a paragênese mineral primária associada é albita, monobrasita, micas ricas em Li, cassiterita, elbaita e quartzo, enquanto o fosfato secundário possui associação com fluorapatita, childita, eosphorita, zanazziíta, greifenstenita, guimarãesita, ushkovita, saléeita e moraesita (Hatert et al. 2017). A Wilancookita é um mineral secundário que ocorre nos nódulos de fosfato adjacentes ao núcleo de quartzo do pegmatito. De acordo com Hatert et al. (2017) os fosfatos secundários ricos em berílio são formados nas etapas finais, por reação entre o montebrasita e berilo. E nesse processo produziu várias espécies minerais, tais como, berilonita, greifenstenita, guimarãesita, moraesita e zanazziíta. A wilancookita se cristaliza em condições muito tardias, uma vez que os cristais foram depositados sobre as fibras de moraesita. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Plutônica - |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Xisto verde |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil / Rúptil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
Não foram selecionadas feições de relevo. |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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A Província Pegmatítica Oriental Brasileira contem minerais industriais, ornamentais, preciosos, metálicos e radioativos. Os pegmatitos são a principal fonte dos recursos minerais economicamente explotados na região. Seus principais produtos são: berilo gema (água-marinha/heliodoro/morganita), turmalinas (monocromáticas e multicolores), kunzita, hiddenita, crisoberilo (alexandrita); os minerais de aproveitamento industrial como feldspato (albita/ microclina/ortoclásio), quartzo (róseo, hialino e biterminado), mica, caulim e minerais de nióbio, tântalo, estanho e lítio (espodumênio, lepidolita) (Netto et al. 2000). O distrito pegmatítico de Araçuaí forma uma faixa que vai da cidade de Araçuaí até Itinga abrangendo os vales dos rios Piauí ao sul, e Genipapo ao norte. Uma característica da região é a presença de inselbergs de granito. As lavras nessa região ocorreram desde o início do século XIX e seguiram até o século XX e a cidade de Araçuaí era um centro comercial relacionado com as atividades de mineração de diamantes e servia como ponto de abastecimento e comércio. O distrito é uma importante fonte de minerais de lítio (espodumêmio, petalita, lepidolita e ambligonita), bem como, turmalina de uso gemológico (Proctor 1985). Nessa província é onde estão localizadas as cidades Governador Valadares e Teófilo Otoni que representam um importante polo de produção e comercialização de gemas e minerais de coleção do Brasil. Toda a região foi mapeada na escala 1:100.000 através do Projeto Espinhaço através do convênio CODEMIG-UFMG e pelo Projeto Borda Leste realizado no Convênio CPRM-SEME-COMIG, como parte do Programa de Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. CONTEXTO GEOLÓGICO A Província Pegmatítica Oriental Brasileira ocupa uma faixa de 800 km de extensão por 100 km a 150 km de largura, na porção oriental do Estado de Minas Gerais, se estendendo desde o sul da Bahia até o norte do Rio de Janeiro (Paiva 1946, Putzer 1976; in Correia Neves et al. 1986). Na Província foram reconhecidos dez distritos pegmatíticos e o pegmatito Ponte do Piauí está inserido no Campo de Itinga, que pertence ao Distrito Pegmatítico Araçuaí (Paes et al. 2016, Pedrosa-Soares et al. 2011). Os pegmatitos do distrito estão encaixados nas rochas metassedimentares da Formação Salinas e nos granitos parentais tipo S (Granito Itaporé) da suíte G4 (Correia Neves et al. 1986; Lobato & Pedrosa-Soares 1993, Pedrosa-Soares et al. 2011). Formação Salinas As rochas da formação Salinas são as principais hospedeiras dos corpos pegmatíticos do distrito pegmatítico de Araçuaí (Paes et al. 2016). A formação é composta por metarenitos, metapelitos e metaconglomerados, com paragêneses metamórfica da fácies xisto verde e, próximo aos corpos graníticos intrusivos, exibem a paragênese estaurolita-silimanita na região de Taiobeiras e Coronel Murta (Santos et al. 2009). O ambiente de sedimentação foi interpretado como uma associação de fácies de plataforma continental, talude e bacia, que caracterizam uma sedimentação plataformal a turbidítica sin-orogênica do tipo flysch depositada em uma bacia marinha profunda ou uma antefossa desenvolvida entre margem passiva e a frente de empurrões, tendo recebido contribuições de ambos os lados do orógeno (Lima et al. 2002, Santos et al. 2009). Plutonismo A evolução do arco magmático foi descrita por Pedrosa-Soares et al. (2011) através da definição e caracterização das supersuítes G1, G2, G3, G4 e G5 (Fig. 5). A supersuíte G1 é formada por stocks e batólitos de composição tonalítica a granodiorítica, regionalmente deformados pela orogenia Brasiliana, mas com feições magmáticas preservadas localmente. São rochas cálcio-alcalinas de médio a alto-K, metaluminosas, pré-colisionais, interpretadas como rochas de um arco magmático em um ambiente de margem continental ativa entre 630 Ma - 585 Ma (Pedrosa-Soares et al. 2011). Os principais corpos representativos dessa suíte são: Brasilândia, Galileia, Divino, Manhuaçú e Valentim. A supersuíte G2 é composta por corpos de granitos tipo “S” formados durante o estágio sin-colisional entre 585 e 560 Ma. Nesse contexto também foram descritos melts do tipo “I”, gerados pela migmatização das rochas do embasamento, durante esse estágio. Os principais corpos de granitos representantes dessa supersuíte são: Ataleia, Carlos Chagas, Montanha, Nanuque, Pescador, Urucum e Wolf. Na supersuíte G3 predominam leucogranitos tipo “S”, formados a partir da refusão dos granitos da supersuíte G2, durante os estágios tardi- a pós-colisional do arco magmático entre 545 Ma e 525 Ma. São granitos subalcalinos ricos em k-feldspatos, peraluminosos, tardi-orogênicos, do tipo “S”. É a supersuíte menos volumosa e encontra-se quase sempre relacionada com os granitos da supersuíte G2. As rochas típicas dessa supersuíte são leucogranitos com granada, silimanita e cordierita. Os principais representantes são: Água Branca, Água Boa, Almenara, Barro Branco, Itaobim e Poranga. A supersuíte G4 é composta por plutons de biotita granito que gradam para leucogranitos a duas micas e muscovita-granada, com cúpulas de pegmatito e comumente exibem xenólitos e roof-pendant das rochas encaixantes. São granitos peraluminosos, mas as fácies ricas em biotita podem ser metaluminosas, pós-colisionais relacionados com o colapso gravitacional do orógeno Araçuaí, entre 530 Ma e 500 Ma. Os principais plutons e batólitos dessa supersuíte são: Campestre, Caraí, Córrego do Fogo, Itaporé, Laje Velha, Mangabeiras, Piauí, Quati, Santa Rosa e Teixeirinha. A supersuíte G5 inclui suítes, batólitos, plutons complexos zonados, sills e diques. As composições dos corpos variam de gabro-norito a granito, e muitos contêm fácies de enderbito e charnokito, indicando cristalização sobre alta pressão de fluidos ricos em CO2. Essas fusões pós-colisionais originaram das porções inferiores da crosta continental com importante contribuição do manto. As rochas dessa supersuíte são metaluminosas a levemente peraluminosas, cálcio-alcalinas a alcalinas, são granitos pós-colisionais tipo “A” e tipo “I”, formados entre 520 Ma e 480 Ma. Os principais representantes dessa supersuíte são: Aimorés, Caladão, Cotaxé, Guaratinga, Lagoa Preta, Lajinha, Medina, Padre Paraíso, Pedra Azul, Pedra do Elefante, Rubim, Santa Angélica, Salomão, Santo Antônio do Jacinto e Várzea Alegre. Distrito Pegmatítico de Araçuaí A maioria dos pegmatitos do Distrito de Araçuaí são corpos residuais formados a partir de corpos graníticos intrusivos da Suíte G4, com espessuras que variam de poucos metros até mais de 50 m. Os pegmatitos mais importantes são corpos externos e os pegmatitos menores hospedados em biotita granitos podem ser ricos em berilo água-marinha de alta qualidade (Dias 2015). Esses pegmatitos são corpos residuais derivados dos plutons da Suíte Itaporé e Piauí e, em termos econômicos, os mais importantes são aqueles que possuem zoneamento simples ou não são zonados e ricos em espodumênio; pegmatitos com zoneamento complexo ricos em Li, B, Na, Cs, Ta e/ou Cs, e mineralizados em espodumênio, petalita, lepidolita, ambligonitamontebrasita, albita, cleavelandita, elbaíta, cassiterita, tantalita e polucita; e pegmatitos com zoneamento simples a não zonados que são utilizados como rochas ornamentais (Correia Neves et al. 1986, Pedrosa-Soares et al. 2009). O campo pegmatítico de Itinga está inserido no distrito pegmatítico Araçuaí que foi definido por Correia-Neves et al. (1986) como parte da Província Pegmatítica Oriental do Brasil (Fig. 6). Os pegmatitos desse distrito estão hospedados nas rochas metassedimentares da Formação Salinas e nos granitos parentais da suíte G4, do tipo S que foram descritos como corpos residuais dos próprios granitos (Pedrosa-Soares et al. 2011). |
Bibliografia |
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Atencio, D. 2020. Type Mineralogy of Brazil: a book in progress. Instituto de Geociências da USP, São Paulo, 663p. Chukanov, N.V.; Atencio, D.; Zadov, A.E.; Menezes Filho, L.A.D.; Coutinho, J.M.V. 2008. Guimarãesite, a new Zn-dominant monoclinic roscherite group mineral from Itinga, Minas Gerais, Brazil. New Data on Mineral, 42, 11-15. Correia Neves, J.M.; Pedrosa-Soares, A.C.; Marciano, V.R.P.R.O. 1986. A Província Pegmatítica Oriental do Brasil a luz dos conhecimentos atuais. Revista Brasileira de Geociências, 16(1): 108-116. Dias, C.H. 2015. Mineralogia, tipologia e causas de cor de espodumênios da Província Pegmatítica Oriental do Brasil e química mineral de Nb-tantalatos da mina da Cachoeira (Minas Gerais). Dissertação de Mestrado, Instituto de Geociências da UFMG, 129p. Hatert, F.; Philippo, S.; Ottolini, L.; Dal Bo, F.; Scholz, R.; Chaves, M.L.S.C.; Yang, H.; robert t. Downs, R.T.; Menezes Filho, L.A.D. 2017. Wilancookite, (Ba,K,Na)8(Ba,Li,□)6Be24P24O96·32H2O, a new beryllophosphate with a zeolite framework. European Journal of Mineralogy, 29, 923-930. Lima, S.A.A.; Martins-Neto, M.A.; Pedrosa-Soares, A.C.; Cordani, U.G.; Nutman, A. A 2002. Formação Salinas na área-tipo, NE de Minas Gerais: Uma proposta de revisão estratigráfica da Faixa Araçuaí com base em evidências sedimentares, metamórficas e idades U-Pb SHRIMP. Revista Brasileira de Geociências, 32, 491-500. Marciano, V.R.P.R.O. 2007. Um Mestre que Amava a Terra. Revista Diversa. Universidade Federal de Minas Gerais, 5, 11. Netto, C.; Araujo, M.C.; Pinto, C.P.; Drumond, J.B.V. 2000. Pegmatitos. Projeto Leste, Cadastramento de Recursos Minerais, Província Pegmatítica Oriental, Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil (PLGB), CPRM. Volume 1. 207p. Paes, V.J.C.; Santos, L.D.; Tedeschi, M.F.; Betiollo, L.M. 2016. Avaliação do Potencial do Lítio no Brasil: Área do Médio Rio Jequitinhonha, Nordeste de Minas Gerais. Informe de Recursos Minerais. Série Minerais Estratégicos, nº 03. Serviço Geológico do Brasil. Programa Geologia do Brasil. 276p. Paiva, G. 1946. Províncias pegmatíticas do Brasil. Boletim do DNPM-DFPM, 18: 13-21. Pedrosa-Soares, A.C.; Campos, C.P.; Noce, C.; Silva, L.C.; Novo, T.; Roncato, J.; Medeiros, S.; Castanheda, C.; Queiroga, G.; Dantas, E.; Dussin, I.; Alkmim, F.F. 2011. Late Neoproterozoic-Cambrian granitic magmatism in the Araçuaí orogen (Brazil), the Eastern Brazilian Pegmatite Province and related mineral resources. In: Sial et al. (Eds.), Granite-Related Ore Deposits. Geological Society, London, Special Publications, 350: 25-51. Pedrosa-Soares, A.C.; Chaves, M.L.S.C.; Scholz, R. 2009. Field Trip Guide. In: International Symposium on Granitic Pegmatites, 4, Recife. 28p. Pinto, C.P.; Silva, M.A. 2014. Mapa Geológico do Estado de Minas Gerais. Programa Geologia do Brasil, Serviço Geológico do Brasil / CODEMIG. Disponível em: https://www.portalgeologia.com.br/index.php/mapa. Proctor, k. 1985. Gem Pegmatites of Minas Gerais. Gems & Gemology, p.3-19. Putzer, H. 1976. Metalogenetische Provinzen in Suedameriko. Stuttgart. E. Schweizerbart’sche Verlagsbuchhandlung, 318p. Santos, R.F.; Alkmim, F.F.; Pedrosa-Soares, A.C. 2009. Formação Salinas, Orógeno Araçuaí, MG: História deformacional e significado tectônico. Revista Brasileira de Geociências, 39, 81-100. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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(Privado) | Não se aplica |
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Proteção Indireta
Reserva de Biosfera: | Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço |
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Relatar: | |
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Não há proteção na área onde se encontra o pegmatito. em relação ao patrimônio ex-situ, as amostras dos minerais depositadas nos museus estão em segurança. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Privado |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Elevada |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Por não estar inserida em área de proteção, o local onde se encontra o pegmatito por estar em constante risco. |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido como holostratótipo ou unidade litodêmica nos léxicos estratigráficos do Brasil e da Amazônia Legal ou documentos similares, ou é a fonte de um holótipo, neótipo ou lectótipo registrado em publicações científicas, de acordo com o código (ICZN, ICBN ou ICN) vigente na época da descrição e cadastrado na Base de Dados Paleo da CPRM ou bases similares ou é um sítio de referência da IMA; | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | O local de interesse não está muito bem preservado, mas os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) ainda estão preservados | 2 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 1 ou 2 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 1 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes | 2 |
Valor Científico | 335 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 2 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal, mas com controle de acesso | 3 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 275 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
---|---|---|---|---|
C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos por atividade antrópica | 2 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada | 3 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas só depois de ultrapassar certas limitações (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 2 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | Existem obstáculos que tornam difícil a observação de alguns elementos geológicos | 3 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorre apenas 1 tipo de elemento da geodiversidade | 1 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 265 | |||
Valor Turístico | 225 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
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Valor Científico: | 335 |
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Valor Educativo: | 265 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 225 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 275 (Risco Médio) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a curto prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -16.71841219868165 e Longitude: -41.923837469373304 |
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Ponto 2: | Latitude: -16.71808338786244 e Longitude: -41.87982753708528 |
Ponto 3: | Latitude: -16.7429070100233 e Longitude: -41.87999911576866 |
Ponto 4: | Latitude: -16.74274262581083 e Longitude: -41.92392325871499 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |