Marco bioestratigráfico triássico na evolução paleoflorística do Gondwana na Bacia do Paraná
Classificação temática principal:
Estratigrafia
Classificação temática secundária:
Paleoambiental
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº com o Nº:
084
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque:
Não
Localização
Latitude:
-29.751377106
Longitude:
-53.790435791
Datum:
SIRGAS2000
Cota:
130 m
Estado:
RS
Município:
Santa Maria
Distrito:
Local:
Passo das Tropas
Ponto de apoio mais próximo:
Distante 9,5 km sul do acesso principal a Santa Maria
Ponto de referência rodoviária:
Acesso a 200 metros a norte da ponte sobre o arroio Passo das Tropas
Acesso:
BR-287 acesso a esquerda na BR-392 até 200 metros da ponte do arroio Passo das Tropas.
Imagem de identificação
Resumo
Resumo
0 Sítio Passo das Tropas, localizado na região central do Rio Grande do Sul, contém uma associação fitoflorística identificada como Flora Dicroidium, representando um marco bioestratigráfico na sucessão paleoflorística da Bacia do Paraná, correlacionável a outras floras gondwânicas do Triássico. A tafoflora é composta por impressões de frondes, folhas, estruturas reprodutivas e sementes com predominância de diferentes espécies do gênero Dicroidium, ocorrendo as demais taxas como formas complementares (Neocalamites sp, Cladophlebis sp, Tetraptilon aff. heteromerum, Ginkgoites antarctica, Sphenobaiera sp, Podozamites sp, Taeniopteris sp, Nilssonia sp, Williamsonia sp, Pteruchus sp and Car-polithus sp). Com base na istribuição estratigráfica das diferentes espécies do gênero Dicroidium foi definido um intervalo estratigráfico designado como "Flora Dicroidium odontopteroides", correspondente a porção intermediária do Triássico (Anisiano Superior - Ladiniano Superior). A composição da paleoflora correlaciona-se a uma floresta desenvolvida em ambiente higrófilo e mesoxerófilo, vinculados a um extenso sistema flúvio-lacustrino. Levando-se em consideração a distribuição biogeográfica da vegetação global durante o Mesotriássico, a Flora Dicroidium procedente do Sitio Passo das Tropas no sul da Bacia do Paraná situava-se, paleobiogeograficamente, no limite entre os biomas tropical e temperado cálido. Estudos recentes confirmam que o gênero Dicroidium não corresponde a uma forma estritamente gondwânicas, tendo se originado no Neopermiano, nos paleotrópicos. Fonte: Da Rosa et. al.(2009)
Abstract
The Passo das Tropas Site is located at the Central Region of the State of Rio Grande do Sul, southern Brazil, containing a taphoflora which represents an important biostratigraphic stage in the palaeofloristic succession of the Parana Basin, allowing also for correlations with different regions of the Gondwana Realm at the Triassic. The assemblage is composed of impressions of leaves, fronds, reproductive structures and seeds, showing a predominance of several species of the Dicroidium genus, with minor representation of other taxa (Neocalamites sp, Cladophlebis sp, Tetraptilon aff. heteromerum, Ginkgoites antarctica, Sphenobaiera sp, Podozamites sp, Taeniopteris sp, Nilssonia sp, Williamsonia sp. Pteruchus sp and Carpolithus sp). The stratigraphic distribution of different species of the Dicroidium genus allowed to the definition of an informal floristic interval: "Dicroidium odontopteroides Flora" (Late Anisian - Late Ladinian). The general composition of the flora corresponds to a forest association developed in hygrophylous and mesoxerophylous paleoenvironments from an extensive fluvial-lacustrine system. Taking into account the biogeographical distribution of global vegetation during the Mesotriassic, the Dicroidium Flora of Southern Brazilian Parana Basin, mainly represented in the Passo das Tropas Site, can be included in the boundary between the tropical and the warm temperate biomes. Recent studies have confirmed that Dicroidium was apparently originated during the Late Permian in the paleotropics, and was a plant not affected by the biotic crisis of the Permian-Triassic transition. Source: Da Rosa et. al.(2009)
Autores e coautores
Átila Augusto Stock Da Rosa, Margot Guerra-Sommer, Miriam Cazzulo-Klepzig. (2009) UFSM e UFRGS
FR1a - Planícies Aluviais (planícies de inundação)
Local: Planície aluvial do rio Guaporé. Mun. de Costa Marques (RO).
Foto: Amilcar Adany.
FR1a - Planícies Aluviais (planícies de inundação):
Superfícies sub-horizontais constituídas de depósitos arenosos ou areno-argilosos, bem selecionados, situados nos fundos de vales, episodicamente inundáveis.
FR1b - Terraços Fluviais
Local: Vale anticlinal do rio da Conceição. Mun. de Santa Bárbara - Quadrilátero Ferrífero (MG).
Foto: Ivete de Souza Almeida.
FR1b - Terraços Fluviais:
Superfícies sub-horizontais de depósitos arenosos ou areno-argilosos, bem selecionados e posicionados em cotas mais elevadas que as planícies de inundação. Representam paleo-planícies de inundação, hidrologicamente inativas. O rebaixamento do nível de base local transformou estas antigas formas deposicionais em feições submetidas à erosão e acima da cota máxima das cheias sazonais. Consistem de depósitos aluviais que se encontram nas encostas de um fundo de vale.
FR1d - Leques Aluviais
Local: Bacia do rio Araranguá. Mun. de São Bento do Sul (SC).
Foto: Marcelo Eduardo Dantas.
FR1d - Leques Aluviais :
Superfícies sub-horizontais resultantes de processos de movimentos de massa generalizados e retrabalhamento por fluxos de enxurrada. São constituídas de depósitos de alta energia, muito mal selecionados, areno-conglomeráticos a argilo-arenosos.
FR11a - Colina
Local: Cercanias de Anápolis (GO).
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR11a - Colina:
Feição topográfica que consiste numa ampla e suave elevação do terreno, de topos convexos e vertentes, cuja declividade varia entre 3 e 10 graus; amplitudes de relevo variando entre 20 e 50m de altura.
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem
Peso
Resposta
Valor
A1 - Representatividade
30
O local ou elemento de interesse é um bom exemplo para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável)
2
A2 - Local-tipo
20
O local ou elemento de interesse é reconhecido, na área de trabalho, como local-tipo secundário, sendo a fonte de um parastratótipo, unidade litodêmica ou de um parátipo
2
A3 - Reconhecimento científico
5
É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais...
4
A4 - Integridade
15
O local de interesse tem problemas de preservação e os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão alterados ou modificados
1
A5 - Diversidade geológica
5
Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica
2
A6 - Raridade
15
Existem, na área de estudo, 4-5 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável)
1
A7 - Limitações ao uso
10
É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes
2
Valor Científico
180
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem
Peso
Resposta
Valor
B1 - Deterioração de elementos geológicos
35
Possibilidade de deterioração de todos os elementos geológicos
4
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação
20
Local de interesse situado a menos de 100 m de área/atividade com potencial para causar degradação
4
B3 - Proteção legal
20
Local de interesse situado numa área sem proteção legal, mas com controle de acesso
3
B4 - Acessibilidade
15
Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos
4
B5 - Densidade populacional
10
Local de interesse localizado num município com 250-1000 habitantes por km2
3
Risco de Degradação
370
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem
P.E
P.T
Resposta
Valor
C1 - Vulnerabilidade
10
10
Possibilidade de deterioração de todos os elementos geológicos por atividade antrópica
1
C2 - Acesso rodoviário
10
10
Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos
4
C3 - Caracterização do acesso ao sítio
5
5
O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas
4
C4 - Segurança
10
10
Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro
2
C5 - Logística
5
5
Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse
4
C6 - Densidade populacional
5
5
Local de interesse localizado num município com 250-1000 habitantes por km2
3
C7 - Associação com outros valores
5
5
Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse
4
C9 - Singularidade
5
10
Ocorrência de aspectos únicos e raros no estado
3
C10 - Condições de observação
10
5
Existem obstáculos que tornam difícil a observação de alguns elementos geológicos
3
C11 - Potencial didático
20
0
Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados nas escolas de ensino secundário
2
C12 - Diversidade geológica
10
0
Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade
3
C13 - Potencial para divulgação
0
10
O público necessita de bons conhecimentos geológicos para entender os elementos geológicos que ocorrem no sítio
2
C14 - Nível econômico
0
5
Local de interesse localizado num município com IDH idêntico ao se verifica no estado
2
C15 - Proximidade a zonas recreativas
0
5
Local de interesse localizado a menos de 20 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas
1
C8 - Beleza cênica
5
15
Não se aplica.
0
Valor Educativo
260
Valor Turístico
225
Classificação do sítio
Relevância:
Sítio da Geodiversidade Relevância Nacional
Valor Científico:
180
Valor Educativo:
260 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
225 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
370 (Risco Alto)
Recomendação
Urgência à Proteção global:
Necessário a curto prazo
Urgência à Proteção devido a atividades didáticas:
Necessário a curto prazo
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas:
Necessário a curto prazo
Urgência à Proteção devido a atividades científicas:
Necessário a médio prazo
Unidade de Conservação Recomendado:
Não se aplica -
Justificativa:
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1:
Latitude: -29.743711855556334 e Longitude: -53.793392181254475
Ponto 2:
Latitude: -29.744221093286182 e Longitude: -53.79478931427793
Ponto 3:
Latitude: -29.74611311632597 e Longitude: -53.79396915414489
Ponto 4:
Latitude: -29.748152072685627 e Longitude: -53.79328250866863
Ponto 5:
Latitude: -29.75278459338494 e Longitude: -53.791561127008805
Ponto 6:
Latitude: -29.752558975106155 e Longitude: -53.79066705689534
Ponto 7:
Latitude: -29.752310587268983 e Longitude: -53.78981113492222
Ponto 8:
Latitude: -29.750238596049986 e Longitude: -53.789920806868984
Ponto 9:
Latitude: -29.745568697278767 e Longitude: -53.79148721690212
Ponto 10:
Latitude: -29.743326820564523 e Longitude: -53.79209041610449
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: