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Afloramento Quitéria
Pântano Grande -
RS , Lat.:
-30.338026047 Long.:
-52.170627594
Última alteração: 14/12/2023 14:37:22
Última alteração: 14/12/2023 14:37:22
Status: Em análise
Sítio da Geodiversidade de Relevância Regional/Local.
Valor Científico:
190
Valor Educativo:
190 (Relevância Regional/Local)
Valor Turístico:
170 (Relevância Regional/Local)
Risco de Degradação:
330 (Risco Alto)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Afloramento Quitéria |
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Título Representativo: | Sedimentos lagunares com singular associação fitofossilífera da Formação Rio Bonito |
Classificação temática principal: | Paleontologia |
Classificação temática secundária: | Paleoambiental |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº com o Nº: | 008 |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -30.338026047 |
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Longitude: | -52.170627594 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | 232 m |
Estado: | RS |
Município: | Pântano Grande |
Distrito: | Francisquinho |
Local: | |
Ponto de apoio mais próximo: | Paradouro Raabelândia - percorre 20 km pela BR 290 sentido oeste do ponto de entrada a estrada rural. |
Ponto de referência rodoviária: | O ponto de acesso a estrada rural é na proximidades do km 197 da BR-290 sentido a Porto Alegre. |
Acesso: | BR-290 km 198 acesso a esquerda estrada rural percorre aproximadamente 23 quilômetros sentido sul a Britagem Bitencourt. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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O AFLORAMENTO QUITÉRIA (município de Encruzilhada do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil) é um importante sítio paleontológico do Paleozóico Superior da porção sul da Bacia do Paraná, com registros fitofossilíferos únicos e de grande importância para a compreensão dos processos paleoecológicos ocorridos nos ambientes formadores de turfeiras do Gondwana. O afloramento é dividido em dois níveis bastante distintos, um inferior com grande acúmulo de matéria orgânica, e outro superior, clástico e com rico registro de megaflora fóssil. Observa-se a ocorrência de um nível de roof-shale, com preservação de licófitas arborescentes in situ, que dominavam a permitindo inferir uma estratificação no sistema preservado. Além disso, nesse afloramento estão preservados os primeiros registros de charcoal do Paleozóico Superior da Bacia do Paraná, fato que em outras localidades, uma certa freqüência na ocorrência de incêndios vegetacionais durante este período em ambientes vinculados à formação dos níveis de carvão da bacia. Fonte: Jasper et. al. (2008) |
Abstract |
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The Quiteria Outcrop (Encluzilhada do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil) is an important paleontological site of the Upper Paleozoic from the South portion of the Paraná Basin, presenting singular fitofossiliferous registers with a great importance to understand the palaeoecological processes occurred in the mire systems of the Gondwana. The outcrop is divided in two levels, one inferior with a lot of organic mater and the other superior, clastic and rich in fossil plants. It can be observed the occurrence of a roof-shale level with the preservation of in situ arborescent lycophits, which dominated the association, bound with canopy forms, allowing infer stratification for the preserved system. Also, the area had preserved the first registers of charcoal for the Upper Paleozoic of the Parana Basin and it will confirm, if compared with other studied areas, a frequency in the occurrence of palaeo-wildfires during this period in landscapes associated to the coal formation in the basin. Source: Jasper et. al. (2008) |
Autores e coautores |
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André Jasper; Margot Guerra-Sommer; Rualdo Menegat; Miriam Cazzulo-Klepzig; Fresia Soledad Ricardi Torres Branco; Juliana Salvi. UFRGS IGEO, UNICAMP- IGEO e UNIVATES (SBP/MCN). |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Paleozoico Superior |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Formação Rio Bonito |
Outros: | Arenito fino |
Rocha Predominante: | Siltito |
Rocha Subordinada: | Siltito arenoso |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
O Afloramento Quitéria tem uma seção exposta pouco espessa (6,40 m) e não exibe contato com o intervalo superposto, erodido, e nem com o soto-posto, que se encontra encoberto. Podem ser identificados dois intervalos deposicionais no afloramento. O intervalo basal, com aproximadamente 3,50 m de espessura, de cor cinza-claro a cinza-escuro, com expressivos teores de matéria orgânica, é composto por uma sucessão de camadas de folhelhos carbonosos, conglomerados ricos em matéria orgânica e finas lâminas de carvão. Esse nível inferior limita-se, abruptamente, com o intervalo de topo, com cerca de 2,90 m de espessura, de cor amarelo-escuro a amarelo-pálido, caracterizado pelo predomínio de níveis areníticos e sílticos. A característica mais marcante deste intervalo corresponde a uma densa associação de bases caulinares in situ, atribuídas a licófitas arborescentes. Fonte: Jasper et. al. (2008) |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Não se aplica. |
Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: |
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Regime Tectônico: |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR11a - Colina |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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O Afloramento Quitéria tem uma seção exposta pouco espessa (6,40 m) e não exibe contato com o intervalo superposto, erodido, e nem com o soto-posto, que se encontra encoberto. Podem ser identificados dois intervalos deposicionais no afloramento . O intervalo basal, com aproximadamente 3,50 m de espessura, de cor cinza-claro a cinza-escuro, com expressivos teores de matéria orgânica, é composto por uma sucessão de camadas de folhelhos carbonosos, conglomerados ricos em matéria orgânica e finas lâminas de carvão. Esse nível inferior limita-se, abruptamente, com o intervalo de topo, com cerca de 2,90 m de espessura, de cor amarelo-escuro a amarelo-pálido, caracterizado pelo predomínio de níveis areníticos e sílticos. A característica mais marcante deste intervalo corresponde a uma densa associação de bases caulinares in situ, atribuídas a licófitas arborescentes. A análise faciológica da seção aflorante realizada por Jasper et al. (2006) possibilitou identificar 16 fácies, cujos parâmetros diagnósticos incluem critérios geométricos, texturais, estruturais e paleoflorísticos. O intervalo basal, representado pela Sucessão de Fácies (SF) I a V, registra um modelo deposicional de pântano, associado a uma laguna restrita protegida por ilha de barreira em costa de micromaré, intercalado por depósitos distais de leques aluviais. O intervalo de topo, correspondente à SF VI a IX, registra leques de washover (Fácies VI), que representam o retrabalhamento da barreira devido à transgressão marinha e depósitos de lagunas mais abertas, sem depósito de matéria orgânica (Fácies VII a IX). Essa laguna também estava associada a ilhas de barreiras em costas de mesomaré, com maior incidência de depósitos de washover. O padrão de sucessão de fácies revela que a deposição ocorreu em condições de grande suprimento de sedimentos provenientes de leques aluviais distais, com o aumento continuado de espaços de acomodação, em condições regressivas. . Essas sucessões representam sete ciclos de variação relativa da lâmina d água da laguna. O intervalo basal corresponde ao rebaixamento da lâmina d’água e, o intervalo de topo, à elevação do nível d’água. Histórico dos Trabalhos e Estudos Anteriores: As primeiras referências ao Afloramento Quitéria são feitas por Silva & Menegat (1988) e Piccoli et al. (1991), quando da realização de mapeamento geológico na região. Estes autores destacam a presença, na Área de Quitéria (Folha de Quitéria), de uma seção aflorante de características singulares, com ocorrência de lito e biofácies bastante distintas daquelas encontradas no restante da área de estudo. A seção aflorante típica, identificada como litofácies VII por Piccoli et al. (1991), é denominada, a partir do estudo de Jasper & Guerra-Sommer (1998), como Afloramento Quitéria. Jasper & Guerra-Sommer (1998; 1999) descre- vem a ocorrência de bases caulinares de licófitas cormofíticas arborescentes procedentes de um nível de roof-shale do afloramento. Considerando as con- dições paleoambientais em que este grupo de plantas se desenvolvia e ainda os modelos propostos para o intervalo gerador de turfa no Permiano da Bacia do Paraná (Alves & Ade, 1996; Holz, 1998) é inferida para o afloramento a vigência de um sistema deposicional do tipo laguna/barreira, com incidência periódica de eventos de washover. Guerra-Sommer et al. (2001), ao estabelecerem relações entre as características paleoecológicas de diferentes tafofloras do Permiano Inferior da Bacia do Paraná e a evolução climática nesse intervalo de tempo, vinculam a paleoflora procedente do Afloramento Quitéria ao segundo estágio evolutivo da flora vigente durante o intervalo gerador de carvões. Nesse estágio, a composição paleoflorística se caracteriza pela introdução de novos taxons, e não apenas à reorganização de diferentes elementos, como ocorrido no primeiro estágio, o qual reflete floras desenvolvidas em regimes climáticos periglaciais (Gru- po Itararé). A caracterização de diferentes taxa preservados na associação megaflorística do Afloramento Quitéria efetuadas por Jasper et al. (2003; 2005; 2006; 2007a) e Salvi et al. (2008) foram importantes para a corre- lação dessa paleoflora com associações similares do Gondwana. A identificação de Botrychiopsis valida como elemento para-autóctone nessa flora (Jasper et al., 2003; 2007a), permitiu definir uma hierarquia estratigráfica entre as diferentes espécies do gênero no Gondwama. Com base nesta distribui- ção, um esquema fitoestratigráfico foi proposto para o Sul da Bacia do Paraná. Estes estudos per- mitiram confirmar também que as distribuições tem- poral, geográfica e paleoambiental das diferentes espécies atribuídas ao gênero estiveram estreita- mente relacionadas a diferentes fases de estágio icehouse no Paleozóico. Dessa forma, as formas relacionadas a Botrychiopsis weissiana desenvolveram-se em climas frios associados à sedimentação periglacial (Westfaliano); já Botrychiopsis plantiana ocorria em floras interglaciais de climas temperados ( cool-temperate ) (Estefaniano/ Asseliano); e, finalmente, Botrychiopsis valida foi registrada em comunidades procedentes de seqüências associadas a carvões em condições de clima temperado-ameno (caso do Afloramento Quitéria), na fase final de deglaciação (Sakmariano). Fonte: Jasper et. al. (2008) |
Bibliografia |
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Alves, R.G.; Ade, M.V.B. 1996. Sequence stratigraphy and coal petrography applied to the Candiota coalfield, Rio Grande do Sul, Brazil: a depositional model. International Journal of Coal Geology, 30: 231–248. Guerra-Sommer, M.; Cazzulo-Klepzig, M.; Menegat, R. 2001. Roof-shale floras in Early Permian southern Brazilian Gondwana: evidences of the icehouse waning. In: Weiss, R. H. (Ed.), Contributions to Geology and Palaeontology of Gondwana in honour of Helmut Wopfner. 231–251. Guerra-Sommer,M.; Cazzulo-Klepzig, M.; Jasper,A.; Kalkreuth, W.; Menegat, R.; Barboza, E.G. 2008. Paleoecological patterns at the coal-roof shale transition in an outcrop of the Permian Brazilian Gondwana. Revis- ta Brasileira de Paleontologia, 11(1): 11-26. Holz, M. 1998. The Eopermian coalseams of the Paraná basin in southernmost Brazil: an analysis of the de- positional conditions using sequence stratigraphy concepts. International Journal of Coal Geology, 36: 141-164. Holz, M.; Kalkreuth, W.; Banerjee, I. 2002. Sequence Stra- tigraphy of paralic coal-bearning strata: an overview. International Journal of Coal Geology, 48: 147-179. Jasper, A.; Guerra-Sommer, M. 1998. Licófitas cormofíticas arborescentes do Afloramento Quitéria, Formação Rio Bonito (Bacia do Paraná), RS. Pesquisas, 25: 43-60. Jasper, A.; Guerra-Sommer, M. 1999. Licófitas arborescentes in situ como elementos importantes na definição de modelos deposicionais (Formação Rio Bo- nito - Bacia do Paraná - Brasil). Pesquisas, 26: 49-58. Jasper, A.; Guerra-Sommer, M.; Cazzulo-Klepzig, M.; Menegat, R. 2003. The Botrychiopsis genus and its chronostratigraphic implication in Southern Paraná Basin. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 75: 513-535. Jasper, A.; Ricardi-Branco, F.; Guerra-Sommer, M. 2005. Coricladus quiteriensis gen. et sp. nov., a new conifer in Southern-Brazil Gondwana (Lower Permian, Paraná Basin). Anais da Academia Brasileira de Ciências, 77: 157-168. Jasper, A.; Menegat, R.; Guerra-Sommer, M.; Cazzulo- Klepzig, M.; Souza, P.A. 2006. Depositional cyclicity and paleoecological variability in Quitéria Outcrop - Rio Bonito Formation, Paraná Basin, Brazil. Journal of South American Earth Sciences, 21: 276-293. Jasper, A.; Guerra-Sommer, M.; Cazzulo-Klepzig, M.; Ian-nuzzi, R. 2007a. Biostratigraphic and paleoclimatic sig- nificance of Botrychiopsis fronds in the Gondwana realm. In: Wong, T. (Org.), Proceedings of the XVth International Congress on Carboniferous and Permi- an Stratigraphy. Utrecht, 10-16 August 2003. Ams- terdam: Royal Netherlands Academy of Arts and Sciences, v.1, 379-388. Jasper, A.; Guerra-Sommer, M.; Uhl, D.; Salvi, J.; Kauff-mann, M.; Osterkamp, I.C.; Gonçalves, C.V. 2007b. A ocorrência de incêndios vegetacionais durante o Pale- ozóico Superior da Bacia do Paraná. In: Carvalho, I. de S. et al. (Ed.), Paleontologia: cenários de vida. Rio de Janeiro: Editora Interciência, v.1: 13-24. Jasper, A.; Uhl, D.; Guerra-Sommer, M.; Mossbruger, V. 2008. Palaeobotanical evidence of wildfires in the Late Palaeozoic of South America – Early Permian, Rio Bonito Formation, Paraná Basin, Rio Grande do Sul State, Brazil. Journal of South American Earth Sciences. 26:435-444. Jones,T.P.; Chaloner,W.G. 1991. Fossil charcoal, its recognition and palaeoatmospheric significance. Paleo 3, 91: 39-50. Kalkreuth,W.; Holz, M.; Machado, G.; Mexias, A.; Silva, M.B.; Willett, J.; Finkelman, R.; Burger, H. 2006. Petrology and chemistry of Permian coals from the Paraná Basin: 1. Santa Terezinha, Leão-Butiá and Candiota Coalfields, Rio Grande do Sul, Brazil. International Journal of Coal Geology, 68: 79-116. Piccoli, A.E.M.; Menegat, R.; Guerra-Sommer, M.; Marques-Toigo, M.; Porcher, C.C. 1991. Faciologia da seqüência sedimentar nas folhas de Quitéria e Várzea do Capivarita, Rio Grande do Sul. Pesqui- sas, 18: 31–43. Salvi, J.; Jasper, A.; Ricardi-Branco, F.; Guerra-Sommer, M.; Bernardes-de-Oliveira, M.E. 2008. The Lycopodi- tes genus in the Lower Permian of the Paraná Basin, Brazil. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 80(3): 1-11. Scott, A.C.; Glasspool, I. 2007. Observations and experiments on the origin and formation of inertinite group macerals. International Journal of Coal Geology, 70: 53-66. Silva, M.B.; Kalkreuth, W. 2005 Petrological and geochemical characterization of Candiota coal seams, Brazil – Implication for coal facies interpretations and coal rank. International Journal of Coal Geology, 64: 217-238. Silva, O.; Menegat, R. 1988. Geologia da Faixa IV. Pro- jeto Quitéria-Várzea do Capivarita. Porto Alegre: Ins- tituto de Geociências da UFRGS. Trabalho de Graduação. v.1: 198 pp.; v.2: 68 pp. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Privado |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Elevada |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é um bom exemplo para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido, na área de trabalho, como um dos locais-tipo secundário, sendo a fonte de um ou mais parastratótipo, unidades litodêmicas, parátipo ou sintipo | 1 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Existem artigos sobre o local de interesse em revistas científicas nacionais, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A4 - Integridade | 15 | O local de interesse tem problemas de preservação e os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão alterados ou modificados | 1 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 1 ou 2 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 1 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes | 2 |
Valor Científico | 190 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração de todos os elementos geológicos | 4 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 500 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 3 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal, mas com controle de acesso | 3 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 330 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração de todos os elementos geológicos por atividade antrópica | 1 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada | 3 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas apenas ocasionalmente | 3 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse com infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.), rede de comunicações móveis e situado a menos de 25 km de serviços de socorro | 3 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 50 km do local de interesse | 3 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no estado | 3 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | Existem obstáculos que tornam difícil a observação de alguns elementos geológicos | 3 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados no ensino superior | 1 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 2 tipos de elementos da geodiversidade | 2 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Os elementos geológicos que ocorrem no sítio apenas são evidentes e perceptíveis para quem possui graduação em geociências | 1 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 20 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Não se aplica. | 0 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 190 | |||
Valor Turístico | 170 |
Classificação do sítio
Relevância: | Sítio da Geodiversidade Relevância Regional/Local |
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Valor Científico: | 190 |
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Valor Educativo: | 190 (Relevância Regional/Local) |
Valor Turístico: | 170 (Relevância Regional/Local) |
Risco de Degradação: | 330 (Risco Alto) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | Não se aplica - |
Justificativa: | MEDIDAS DE PROTEÇÃO Medidas Existentes: Atualmente o Afloramento Quitéria se encontra sob responsabilidade do proprietário da fazenda em que se localiza, não havendo medidas de proteção ou de restrição de exploração implantadas oficialmente. A ação do ambiente sobre a frente de lavra tem prejudicado as condições de visualização da mesma. As coletas sem orientação e, por vezes destrutivas, continuam acontecendo. Além disso, devido à distribuição do material proveniente do local em diferentes coleções, não há clareza do total de espécimes ali encontrados. Medidas Encaminhadas: Destaca-se que o proprietário da área é sempre solícito em relação às atividades de campo realizadas no local, de forma que ele, de forma informal, controla o acesso ao Afloramento. Todavia, como se depende, única e exclusivamente, da iniciativa do Sr. Fransisco Goulart, muitas vezes ações inadequadas de coleta acabam por prejudicar a visualização do material aflorante. Por outro lado, a suspensão, não para fins de conservação, mas devido à inviabilidade econômica, da extração de caulim, tem sido uma forma indireta de preservação dos níveis fitofossilíferos. Problemas na Implementação das Medidas: Por se tratar de um afloramento isolado e localizado em propriedade particular, a operacionalização de atividades de proteção são bastante prejudicadas. Porém, como já referido, a boa vontade do proprietário parece ser uma meio que facilitaria a sua implementação. Por fim, a reduzida quantidade de recursos públicos destinados à conservação do patrimônio fossilífero brasileiro inviabilizam, por hora, ações efetivas de controle e conservação de tão importante sítio da Bacia do Paraná. Sugestões dos Autores: Medidas que parecem adequadas e de fácil implantação são: tombamento do Afloramento (em contato com o proprietário, esta ação foi aventada, sendo muito bem recebida pelo mesmo); proteção e cercamento da área, principalmente da frente de lavra; abertura de novas frentes para fins de estudos científicos e didáticos; regulação dos processos de coleta por meio de visitas orientadas e acompanhadas por especialistas; integração dos dados das coleções que possuem espécimes provenientes do Afloramento Quitéria e organização de um cadastro único de material, para fins de viabilização de estudos posteriores. Fonte: Jasper et al., 2008. O polígono traçado abrange o entorno do afloramento este local tem uma cerca de proteção colocada pelo proprietário e na entrada da fazendo tem uma placa indicativa descrevendo o geossítio. São duas medidas importantes para a localização e proteção da área de exposição das camadas sedimentares. |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -30.339124532150212 e Longitude: -52.17159304211563 |
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Ponto 2: | Latitude: -30.338106321509805 e Longitude: -52.17248238611678 |
Ponto 3: | Latitude: -30.33709461636668 e Longitude: -52.170521690901055 |
Ponto 4: | Latitude: -30.338121754099994 e Longitude: -52.16970630001566 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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Responsável
Nome: | Carlos Augusto Brasil Peixoto |
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Email: | carlos.peixoto@sgb.gov.br |
Profissão: | Geológo |
Instituição: | SGB - DGM - GEREMI - SUREG/Porto Alegre |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/1701406366742735 |