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Euclásio de Rodrigo Silva, distrito de Ouro Preto
Ouro Preto -
MG , Lat.:
-20.433168411 Long.:
-43.642139435
Última alteração: 17/12/2021 11:50:20
Última alteração: 17/12/2021 11:50:20
Status: Consistido
Geossitio de Relevância Nacional
Valor Científico:
300
Valor Educativo:
180 (Relevância Regional/Local)
Valor Turístico:
185 (Relevância Regional/Local)
Risco de Degradação:
285 (Risco Médio)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Euclásio de Rodrigo Silva, distrito de Ouro Preto |
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Título Representativo: | localidade tipo do mineral |
Classificação temática principal: | Mineralogia |
Classificação temática secundária: | Gemologia |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Quadrilátero Ferrífero - MG) |
Localização
Latitude: | -20.433168411 |
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Longitude: | -43.642139435 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | MG |
Município: | Ouro Preto |
Distrito: | Rodrigo Silva |
Local: | Mina Capão |
Ponto de apoio mais próximo: | Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto |
Ponto de referência rodoviária: | Mina BEMIL |
Acesso: | A vila de Rodrigo Silva se localiza a sudoeste de Ouro Preto, a cerca de 80 km de Belo Horizonte. O acesso é feito partindo-se de Belo Horizonte pela BR-40, em direção ao Rio de Janeiro, por cerca de 30 km, depois segue pela BR-356 (Rodovia dos Inconfidentes) em direção a Ouro Preto, por mais 40 km. Depois de passar pelo Viaduto do Funil e pela entrada da Mina BEMIL, vê-se logo à frente a entrada a direita que da o acesso a Rodrigo Silva. Os garimpos estão espalhados por toda região. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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O geossítio Rodrigo Silva é a área tipo do Euclásio. O mineral foi descoberto ainda no século XVIII, na região de Ouro Preto, Minas Gerais, nas lavras de topázio imperial, nas proximidades da Vila de Rodrigo Silva. O Euclásio é um silicato hidratado raro com fórmula BeAlSiO4(OH) de uso gemológico, seus cristais são comumente prismáticos estriados com terminações complexas e menos comumente achatados, possuem brilho vítreo, são transparentes a translúcidos e podem ser incolor, branco, verde pálido, verde-amarelado, azul-esverdeado, azul-pálido e azul profundo. Importantes amostras desse mineral compõe o acervo do Museu de História Natural de Paris, na França, Häuy 3303; do Museu de Mineralogia da Escola de Minas em Ouro Preto; do Museu das Minas e do Metal, em Belo Horizonte; do Museu de Ciências da Terra, no Rio de janeiro; e do Museu de Geociências da Universidade de São Paulo. |
Abstract |
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Rodrigo Silva is the type area of Euclase. The mineral was discovered in the eighteenth century in the region of Ouro Preto, Minas Gerais, in the imperial topaz mines near the village of Rodrigo Silva. Euclase is a rare hydrated silicate with the formula BeAlSiO4(OH) that is used gemologically. Its crystals are usually striated prismatic with complex ends and less commonly flattened, with vitreous luster, are transparent to translucent, and can be colorless, white, pale green, yellowish green, blue-green, pale blue, and deep blue. Important samples of this mineral are part of the collection of the Museum of Natural History of Paris, in France, Häuy 3303; the Museum of Mineralogy of the School of Mines in Ouro Preto; the Museum of Mines and Metal, in Belo Horizonte; the Museum of Earth Sciences, in Rio de Janeiro; and the Museum of Geosciences of the University of São Paulo. |
Autores e coautores |
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José Adilson Dias Cavalcanti - Serviço Geológico do Brasil Daniel Atencio - Instituto de Geociências da USP |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Paleoproterozoico |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Grupo Sabará |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Xisto |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
O geossítio Rodrigo Silva é o local onde se concentram os garimpos e as minas de topázio imperial, no município de Ouro Preto, mais especificamente a Mina Capão do Lana. O euclásio é um silicato hidratado raro com fórmula BeAlSiO4(OH). Desde o século XVIII, o Brasil destaca-se como o principal produtor mundial de euclásio gemológico. Em Minas Gerais as jazidas clássicas deste mineral estão associadas às jazidas de topázio imperial na região de Ouro Preto. A partir da década de 1970, três novos depósitos foram descobertos: i) um no vilarejo de Olhos d´Água, município de Bocaiúva, no norte de Minas Gerais, onde os garimpeiros conseguiram lavrar cerca de 10 kg de gemas e amostras de coleção; ii) outro a 25 km a NNW da cidade de Itacambira, onde foram extraídos 3 kg sendo a maioria amostras para coleção; iii) e por último, em Gouveia, onde as amostras foram descritas em concentrados de minerais pesados na prospecção aluvionar de diamante (Chaves & Karfunkel 1994). De acordo com esses autores, as ocorrências clássicas e melhor conhecidas do Brasil e do mundo são aquelas localizadas em uma faixa linear de aproximadamente 10 km a oeste da cidade de Ouro Preto (MG), no distrito de Rodrigo Silva (Figs. 1 e 2). Nesta região o euclásio é recuperado como subproduto da garimpagem de topázio imperial em pelo menos sete lavras: Boa Vista, Trino, Arranchador, Capão do Lana, Fundão, Morro do Gabriel e Caxambu (Fig. 3). O Museu de Geociências do Instituto de Geociências, antigo Museu de Mineralogia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, possui um belo de 27 mm de alongamento segundo o eixo “z”, além de outras amostras menores provenientes da coleção de Araujo Ferraz, adquirida em 1936, todos da mesma localidade de D. Bosco, no município de Ouro Preto (Saldanha 1939). Características Mineralógicas do Euclásio Aparência e propriedades físicas. Os cristais são comumente prismáticos e estriados paralelos a [100], com {021}, {011}, {001}, e {010} dominante; terminações complexas com dominante {111}, {131} {120}, e {120}. Menos comumente achatados em {010}. Vítreo, às vezes perolado em planos de clivagem; transparente a translúcido: incolor, branco, verde pálido, verde-amarelado, azul-esverdeado, azul-pálido, azul profundo, com uma faixa branca. Luminescência não relatada. Geminação: Não relatado. Dureza Mohs 7½; frágil. Clivagem: {010} perfeita; {110} e {001} imperfeito; fratura conchoidal. Densidade: 3,065 g/cm3 (medida), 3,11 g/cm3 (calc.) (Atencio, 2019). Propriedades ópticas. Biaxial (+), 1.651, 1.657, 1.675; 2V 60 (medição), 60.5 (calc.). Dispersão: r > v, distinta. Pleocroísmo: distinto em tons de azul profundo. Orientação: Z c = 41. Dados químicos: Análise de microssonda eletrônica de um espécime da Fazenda Santana do Encoberto, São Sebastião do Maranhão, Minas Gerais, com a determinação do pirofosfato e H2O determinado gravimetricamente por perda de peso, dado: Na2O 0,13, K2O 0,04, BeO 16,95, FeO 0,28, Al2O3 34,76, SiO2 41,60, H2O 5,95, total 99,71 wt.% (Graziani & Guidi 1980). Fórmula empírica: (Be0.99Na0.01Fe0.01)1.01Al1.00Si1.01O4.04(OH)0.96. A fórmula ideal requer: BeO 17.24, Al2O3 35,14, SiO2 41,41, H2O 6,21, total 100,00 wt.%. Estrutura dos cristais. Be(O,OH)4 e SiO4 tetraedro formam anéis com 3 membros paralelos a [100]; estas correntes são ligadas por correntes em ziguezague de AlO6 octahedros de compartilhamento de bordas (Mrose & Appleman 1962, Demartin et al. 1992). Amostras de euclásio. Estão depositadas no Museu de História Natural de Paris, na França, Häuy 3303; no Museu de Geociências na USP, em São Paulo, no Brasil; no Museu de Ciências da Terra do Serviço Geológico do Brasil, no Rio de Janeiro; no Museu de Mineralogia da Escola de Minas em Ouro Preto; no Museu de Minas e do Metal em Belo Horizonte. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Xisto verde |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil / Rúptil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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O Euclásio foi descoberto por volta de 1760 nas cercanias de Ouro Preto, Minas Gerais. É provável que os primeiros exemplares de euclásio tenham sido levados para a Europa por Dombey, em 1785, tenham sido extraídos da região de Ouro Preto, Minas Gerais, e não do Peru, onde não existe a sua ocorrência (Leonardos 1970). Segundo Dana (1892), o nome foi dado por Haüy que declarou que seu nome, euclásio, foi publicado por Daubenton na primeira edição de seus Tableaux méthodiques des Minéraux (Atencio 1999, Atencio 2015). Mas foi Eschwege (1822) quem localizou a proveniência do mineral ao identificá-lo em um lote de topázio oriundo daquela área. O euclásio era recuperado como subproduto dos garimpos do topázio imperial na forma de cristais isolados, transparentes e levemente azulados ou esverdeados e quase sempre com comprimento inferior a 1cm. Foi encontrado em pelo menos sete lavras na região de Rodrigo Silva, distrito de Ouro Preto (Chaves & Karfunkel 1994). A zona mineralizada é caracterizada por um intenso intemperismo, com profundidades que atingem até 50m, mas o horizonte mineralizado, geralmente tem de 1 a 6 metros de espessura é composto por um material amarelado a marrom escuro de argiloso rico em talco, cortado por veios descontínuos de caolinita (Cassedane 1989). O topázio é encontrado dentro desse material caolinítico com quartzo, mica e hematita especular, e mais raramente associado com rutilo e euclásio (verde e azul). CONTEXTO GEOLÓGICO O distrito de Rodrigo Silva está situado na região sudeste do Quadrilátero Ferrífero, no domínio do Sinclinal Dom Bosco, a oeste da sede municipal de Ouro Preto. Na região predominam rochas dos grupos Piracicaba, Sabará e Itacolomi No novo mapa do Quadrilátero Ferrífero apresentado por Endo et al. (2020) foi proposto a criação do Supergrupo Estrada Real, que é uma sequência do tipo flysch e molassa sin-orogênicos, composta pelas rochas dos grupos Sabará e Itacolomi, respectivamente. A idade das rochas desse supergrupo é baseada em análises de zircão detrítico do Grupo Sabará (2125 Ma) e do Grupo Itacolomi (2100 Ma). Esse supergrupo ocorre amplamente no Quadrilátero Ferrífero e ocupa a maior parte do Sinclinal Dom Bosco e do Anticlinal de Mariana, e em menor proporção no homoclinal da Serra do Curral e sinclinais Moeda e Gandarela. A MINERALIZAÇÃO DE TOPAZIO E EUCLÁSIO Pires et al. (1983) fizeram uma síntese sobre as ideias dos vários cientistas e naturalistas que estudaram a gênese dos topázios e, consequentemente, do euclásio, na região. A gênese enigmática dessas gemas, que possuem um alto valor comercial, sempre atraiu a atenção dos pesquisadores. Segundo Eschwege (1833) o topázio ocorria nos talco xistos. Mawe (1812) e Spix & Martius (1831) referiram-se as jazidas como veios alterados a partir da mica. Gorceix (1881) demonstrou que a rocha matriz do topázio é composta por uma mistura de muscovita, quartzo e caolinita, sendo originalmente um depósito do tipo pegmatítico, mas transformado em "mica xisto fibroso", descrito pelos garimpeiros como “piçarra”. Para Derby (1901), a zona mineralizada era constituída do filito sericítico rico em óxidos de ferro, resultante de segregações ácidas a partir de uma rocha vulcânica intermediária, onde o topázio teria se depositado em drusas. Olsen (1971) sugeriu que o topázio e demais minerais associados foram depositados onde as falhas e fraturas de tensão cortam filitos sericíticos da grupo Sabará, através de soluções hidrotermais que alteraram as rochas encaixantes da mineralização ao longo das fraturas e leitos permeáveis. O nível mineralizado, designado de "Brown Terrena" (terreno mineralizado) era considerado resultado da ação de fluidos mineralizantes, que percolaram através das fraturas de tensão e nos horizontes caolínicos favoráveis do grupo Sabará, e que foram alterados para um horizonte mineralizado que estão encaixados em um sericita filito de cor marrom (Pires et al. 1983). D'Elboux & Ferreira (1975) consideraram que as ocorrências de topázio estão tectonicamente controladas por falhas de empurrão ("em concha") com sentido de transporte para noroeste (mapeadas anteriormente por Barbosa 1969), e que na jazida de Saramenha (Vermelhão) ocorrem rochas instrusivas ácidas, talvez contemporâneas à tectônica e tenham sido a causa da mineralização. De acordo com Pires et al. (1983), o horizonte mineralizado, um nível estratigráfico controlado, corresponde a um nível argiloso castanho escuro a negro com textura e estrutura homogenia, podendo ocorrer bandado ou laminado, com aspecto untuoso ao tato. A cor escura do horizonte mineralizado teria se origininado da mistura de óxidos hidratados de Mn e Fe. Belos cristais centimétricos azuis e hialinos de euclásio são encontrados esporadicamente na Mina Boa Vista e no Morro do Gabriel. |
Bibliografia |
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Atencio, D. 1999. Memória da Mineralogia Brasileira. Tese de Livre Docência, Instituto de Geociências da USP, São Paulo. 231p. Atencio, D. 2015. The discovery of new mineral species and type minerals from Brazil. Brazilian Journal of Geology, 45(1): 143-158. Atencio, D. 2020. Type Mineralogy of Brazil: a book in progress. Instituto de Geociências da USP, São Paulo, 663p. Barbosa, A.L.M. (1969) Mapa geológico das folhas Ouro Preto eSanta Rita de Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil. Programa de cooperação técnica Estados Unidos – Brasil Technical, USGS-DNPM. Cassedane, J.P. 1989. Famous minerals localities: the Ouro Preto topaz mines. The Mineralogical Record, 20(3): 221-233. Cavalcanti, J.A.D; Araújo, J.C.; Ferreira, R.; Freitas, F.M.; Silva, M.A. 2016. Mapa Geológico do Quadrilátero Ferrífero, escala 1:100.000. Serviço Geológico do Brasil, Belo Horizonte-MG, formato Digital, Disponível em: http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/19404. Chaves, M.L.S.C.; Karfunkel, J. 1994. Novas ocorrências de euclásio em Minas Gerais. Boletin do Instituto de Geociências, Série Científica, 25: 53-60. Dana, E.S. 1892. Dana's system of mineralogy, 6th edition, p.508-509. Delamétherie, J.C. 1792, De l´euclase. Observations sur la Physique, sur l’Histoire Naturelle et sur les Arts, 41, 155-156. D'Elboux, C.V.; Ferreira, C.M. 1975. Topázio na região de Ouro Preto. Revista da Escola de Minas de Ouro Preto, 32: 73-79. Demartin, F.; Gramaccioli, C.M.; Pilati, T. 1992. A first occurrence of euclase in the Swiss Alps: Discovery and refinement of the crystal structure. Schweizerische Mineralogische und Petrographische Mitteilungen, 72, 159-165. Derby, O.A. 1901. On the mode of occurrence of topaz near Ouro Preto, Brazil. American Journal of science, 11 (4): 25-34. Endo, I., Machado, R., Galbiatti, H.F., Rossi, D.Q., Zapparoli, A.C., Delgado, C.E.R., Paulo de Castro, T.A., Oliveira, M.M.F. (2020) Estratigrafia e evolução estrutural do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais. In: Castro et al. (Eds.), Quadrilátero Ferrífero: avanços do conhecimento nos últimos 50 anos. UFOP, Ouro Preto-MG, 70-113. Eschwege. W.L. von. 1822. Geognostisches Gemälde von Brasilien und wahrscheinliches Muttergestein der Diamanten. Landes-Industrie-Comptoir, Weimar, 44p. Eschwege. W.L. von. 1833. Pluto Brasiliensis: D. Reimer, Berlim, 457 pp. Gorceix, H. 1881. Estudo geológico das jazidas de Topázio da Província de Minas Gerais, Brasil, Anais da Escola de Minas de Ouro Preto, 1: 15-38. Graziani, G.; Guidi, G. 1980. Euclase from Santa do Encoberto, Minas Gerais, Brazil. American Mineralogist, 65:183-187. IMA, 2020. The New IMA List of Minerals – A Work in Progress. 222p. Kristallographie, 117, 16-36. Leonardos, O.H. 1970. Geociências no Brasil: a Contribuição Britânica. Editora Forum. 343 p. Mawe, J. 1812. Travels in the Interior of Brazil: London, 236 p. Mrose, M.E.; Appleman, D.E. 1962. The crystal structures and crystal chemistry of väyrynenite, (Mn,Fe)Be(PO4)(OH), and euclase, AlBe(SiO4)·(OH). Olsen, D.R. 1971. Origin of topaz deposits near Cltro P1eto, Minas Gerais, Brazil: Economic Geology, 66: 626-631. Pinto, C.P.; Silva, M.A. 2014. Mapa Geológico do Estado de Minas Gerais. Programa Geologia do Brasil, Serviço Geológico do Brasil / CODEMIG. Disponível em: https://www.portalgeologia.com.br/index.php/mapa. Pires, F.R.M.; Freitas, C.O.; Palermo, N.; Sarciá, M.N.G. 1983. Geologia e gênese dos depósitos de topázio do distrito de Ouro Preto, Minas Gerais. Anais do II Simpósio de Geologia de Minas Gerais, Belo Horizonte. P. 283-296. Ruchkys, U.A.; Machado, M.M.M.; Castro, P.T.A.; Renger, F.E.; Trevisol, A.; Beato, A.C. 2007. Geoparque Quadrilátero Ferrífero – Proposta. In: Schobbenhaus & Silva, 2012. Geoparques do Brasil – Propostas. Volume 1, CPRM, p.183-220. Saldanha, R. 1939. Sobre o Euclásio de Dom Bosco, município de Ouro Preto. Boletim da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, 3: 29-41. Sauer, D.A.; Keller, A.S.; McClure, S.F. 1996. Na imperial topaz from the Capão Mine, Minas Gerais, Brazil. Gems and Gemology, p.232-241. Spix, J.B. von; Martius, C.F.P. von. 1831. Reise in Brasilien, Munich. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Figura 3 – Mapa tectônico da região do Quadrilátero Ferrífero com a localização da área de Rodrigo Silva (Pinto... |
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Elevada |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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A região onde ocorre o euclácio em Rodrigo Silva existe diversos garimpos de topázio imperial em atividade. Então não existe proteção dessas áreas, pelo contrário, estão sendo destruídas e abandonadas. |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido como holostratótipo ou unidade litodêmica nos léxicos estratigráficos do Brasil e da Amazônia Legal ou documentos similares, ou é a fonte de um holótipo, neótipo ou lectótipo registrado em publicações científicas, de acordo com o código (ICZN, ICBN ou ICN) vigente na época da descrição e cadastrado na Base de Dados Paleo da CPRM ou bases similares ou é um sítio de referência da IMA; | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | O local de interesse não está muito bem preservado, mas os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) ainda estão preservados | 2 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 2 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | A realização de amostragem ou de trabalho de campo é muito difícil de ser conseguida devido à existência de limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) | 1 |
Valor Científico | 300 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 100 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 4 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal, mas com controle de acesso | 3 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 285 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos por atividade antrópica | 2 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O acesso por estudantes e turistas é muito difícil devido a limitações existentes (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 1 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 50 km do local de interesse | 3 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 20 km do local de interesse | 3 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | Existem obstáculos que tornam difícil a observação dos principais elementos geológicos | 2 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados no ensino superior | 1 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 2 tipos de elementos da geodiversidade | 2 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Os elementos geológicos que ocorrem no sítio apenas são evidentes e perceptíveis para quem possui graduação em geociências | 1 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH superior ao que se verifica no estado | 3 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 15 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 2 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 180 | |||
Valor Turístico | 185 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Nacional |
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Valor Científico: | 300 |
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Valor Educativo: | 180 (Relevância Regional/Local) |
Valor Turístico: | 185 (Relevância Regional/Local) |
Risco de Degradação: | 285 (Risco Médio) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a curto prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Uso Sustentável - Reserva Extrativista |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -20.42221890703358 e Longitude: -43.64869668954554 |
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Ponto 2: | Latitude: -20.422339560911798 e Longitude: -43.626691723401514 |
Ponto 3: | Latitude: -20.43728382251715 e Longitude: -43.62672136708244 |
Ponto 4: | Latitude: -20.437315993558865 e Longitude: -43.64868527881478 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |