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Pérolas Gigantes da Lapa d'Água de Montes Claros, MG
Montes Claros -
MG , Lat.:
-16.707036972 Long.:
-43.920917511
Última alteração: 17/12/2021 11:50:34
Última alteração: 17/12/2021 11:50:34
Status: Consistido
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
345
Valor Educativo:
295 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
280 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
195 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Pérolas Gigantes da Lapa d'Água de Montes Claros, MG |
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Título Representativo: | Espeleotemas pisóides em dimensões extraordinárias |
Classificação temática principal: | Espeleologia |
Classificação temática secundária: | Paleoambiental |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -16.707036972 |
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Longitude: | -43.920917511 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | MG |
Município: | Montes Claros |
Distrito: | |
Local: | Parque Estadual da Lapa Grande (PELG) |
Ponto de apoio mais próximo: | Parque Estadual da lapa Grande |
Ponto de referência rodoviária: | |
Acesso: | A caverna Lapa d'Água (MG 118) situa-se a cerca de 8 km a noroeste do centro de Montes Claros, dentro dos limites do Parque Estadual da Lapa Grande. As coordenadas UTM de sua entrada são: 615043,51 km E e 8152542,09 km N e altitude de 710m. O acesso ao Parque Estadual da Lapa Grande é feito pela Estrada do Alfeirão, Km 5, Zona Rural de Montes Claros (pela rua Manoel de Souza Brasil - Bairro Vila Atlântida). |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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A Lapa d´Água é uma das dezenas de cavernas que integram o Parque Estadual da Lapa Grande, no carste de Montes Claros, região Norte de Minas Gerais. A caverna formou-se nos calcários calcíticos da Formação Lagoa do Jacaré, andar médio da sequência Bambuí, depositados em uma plataforma dominada por tempestades e correntes de maré. Ela possui 1.234 metros de desenvolvimento em projeção horizontal num padrão linear meandrante de direção NW-SE e 20 metros de desnível total. O piso do salão proximal à entrada, nos seus 70 metros iniciais da caverna, é em boa parte ocupado por grandes estruturas pisoides conhecidas como pérolas de caverna. As pérolas encontram-se concrecionadas em antigas represas de travertino, expostas em sulcos de erosão natural e escavações mais recentes. Atingem 27cm de diâmetro, uma dimensão que supera outras ocorrências já descritas em Goiás (20cm, na Gr. Terra Ronca) e na Tailândia (20cm, na caverna Tham Nam Thieng). A gênese dessas pérolas não está totalmente desvendada e no modelo genético proposto elas formaram-se com a precipitação de CaCO3 a partir de soluções saturadas em bicarbonato, em torno de núcleos de geminação disponíveis dentro das bacias de travertino, em condições de fluxo que propiciava à rotação das estruturas durante o processo de formação. |
Abstract |
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Lapa d'Água is one of dozens of caves that make up the Lapa Grande State Park, in the karst of Montes Claros, northern Minas Gerais. The cave formed in limestones of the Lagoa do Jacaré Formation, middle floor of the Bambuí sequence, deposited on a platform dominated by storms and tidal currents. It has 1,234 meters of development in horizontal projection and meandering linear. The floor of the hall near the entrance, in its initial 70 meters of the cave, is largely occupied by large pisoid structures known as cave pearls. The pearls are in old travertine dams, exposed in natural erosion furrows and more recent excavations. They reach 27cm in diameter, a size that surpasses other occurrences already described in Goiás (20cm, in Gr. Terra Ronca) and in Thailand (20cm, in Tham Nam Thieng cave). The genesis of these pearls is not fully unraveled and in the proposed genetic model they formed with the precipitation of CaCO3 from bicarbonate-saturated solutions around twinning cores available within the travertine basins, under flow conditions that were conducive to the rotation of the structures during the formation process. |
Autores e coautores |
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Claudio Maurício Teixeira da Silva – Eng. Geólogo e Membro da SEE Paulo Rodrigo Simões – Espeleólogo e Membro da SEE Milton Pereira Filho - Eng. Geólogo e Membro da SEE Luciana Vetel Cruz – Eng. Geóloga e Membro da SEE Eduardo Gomes de Assis – Espeleólogo Senior e Consultor Ambiental do Espelogrupo Peter Lund, Instituto Grande Sertão - IGS Ronaldo Lucrécio Sarmento - Espeleólogo Senior e Consultor Ambiental do Espelogrupo Peter Lund, Instituto Grande Sertão - IGS José Adilson Dias Cavalcanti - Serviço Geológico do Brasil. |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Ediacarano-Cambriano |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Grupo Bambuí, Formação Lagoa do Jacaré |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Calcário |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
A Lapa d'Água é uma caverna com padrão linear meandrante, com perfil horizontal e seções retangulares, triangulares e irregulares. O seu desenvolvimento horizontal é de 1.234m, com um desnível de cerca de 20m. Com base na interpretação das direções dos condutos que são controlados por fraturas, o padrão de desenvolvimento da caverna é condicionado principalmente pelas fraturas F1 (NNE-SSW), F2 (WNW-ESE) e também pelo acamamento So. A fratura F1 coincide com os eixos das dobras assimétricas que ocorrem na caverna e na região onde se encontra a mesma, sendo perpendicular a direção de máxima compressão em relação a frente de empurrão a leste da área. As fraturas F2 são perpendiculares a F1 e a direção de máxima distensão. As fraturas F3 e F4 são parte de um conjunto de fraturas obliquas de cisalhamento. A interseção das fraturas com os planos do acamamento é o que define o desenvolvimento da caverna. A caverna possui muitos espeleotemas entre os quais foram descritos estalactites, estalagmites, cortinas, cascatas, travertinos e pérolas gigantes (Silva et al. 2003). Uma das entradas da Lapa d’Água é um sumidouro do Córrego São Marcos, que segue subterrâneo por trecho ainda não mapeado devido ao fato de se manter inundado na maior parte do ano. No interior da caverna observam-se trechos de curso d’água perene com sifonamento ao final do segundo nível, compondo um complexo sistema hídrico, ainda não compreendido plenamente (Barbosa et al. 2015). AS PÉROLAS GIGANTES DA LAPA D´ÁGUA As pérolas gigantes da Lapa d'Água encontram-se no salão de entrada, o qual se desenvolve na direção NW-SE e possui cerca de 70m de desenvolvimento horizontal por 20m de largura e altura máxima de 5m. As pérolas recobrem boa parte do piso e muitas foram expostas por escavações de exploração de salitre. Possuem diâmetros centimétricos, foram medidas pérolas com diâmetro de até 27cm e já foram observadas pérolas com até 32cm (José A.B. Scaleante, comunicação verbal). Devido a essas dimensões extraordinárias, foram consideradas “gigantes” por Lino (2001). As pérolas estão associadas às represas de travertinos recobertas por coraloides relacionadas com um fluxo aquoso de norte para sul. As pérolas aumentam de tamanho a partir das laterais das bacias conforme demonstram as medidas feitas em dois perfis realizados no salão. Em uma seção de 13 metros de comprimento no sentido leste-oeste, o diâmetro das pérolas diminuem de 15 cm para até 3cm no centro da bacia, e voltam a aumentar de dimensão atingindo 4,7cm na borda oeste. Em outra seção, com 7 metros de comprimento no sentido leste-oeste, as pérolas começam com um diâmetro de 17,8cm e diminuem continuamente, atingindo 4,3cm em média, até os primeiros 5 metros da seção, e depois chegam a 7,5cm de diâmetro médio na borda oeste da bacia. O diâmetro das pérolas também aumenta da base para o topo ao longo dos perfis. A parede oeste do salão também se encontra recoberta por grandes represas de travertinos com cerca de 10 metros de comprimento por 2,6 metros de altura, denotando um fluxo aquoso de oeste para leste. As Datações U-Th realizadas pelo pesquisador Nikolás Stríkis (comunicação verbal) em amostras das pérolas da Lapa D´Água resultaram na idade de 102 mil anos. Essas pérolas possuem estrutura concêntrica com camadas paralelas a subparalelas, com diferentes tonalidades. Algumas porções das camadas possuem aspecto botrioidal. Entre algumas camadas observam-se poros (buracos), às vezes preenchidos por carbonato de cálcio secundário. As camadas mais claras são translúcidas e mais puras, composta principalmente por carbonato de cálcio. As camadas mais avermelhadas são carbonáticas e ricas em material argiloso, supostamente presente em suspensão durante a deposição dos carbonatos. Essas mudanças na composição das camadas podem estar relacionadas com a sazonalidade da precipitação dos carbonatos na caverna, influenciada pela dinâmica de diferentes fontes hídricas e aportes detríticos em função em função de condições climáticas. Nas estações secas, predomina a água límpida originada da circulação de aquíferos profundos. Já, as camadas avermelhadas, com grande contribuição de argila estariam relacionadas com as estações chuvosas ou a aportes detríticos relacionados com chuvas torrenciais, onde haveria contribuição de águas pluviais carregadas de sedimento e também das aguas de origem profunda. Silva et al. (2003) propuseram a seguinte hipótese para a gênese das pérolas gigantes da Lapa D´Água: Fase1: Formação de uma piscina ou bacia natural no piso do salão com uma lâmina d'água em torno de 1m de profundidade, demonstrado pela altura da represa na extremidade sul do salão e pelos níveis de coraloides na parede leste do salão. Fase 2: Um fluxo aquoso laminar “secundário” movendo-se na direção oeste-leste conforme a configuração de travertinos na parede oeste do salão, começa a turbilhonar fragmentos e pequenos seixos presentes ao fundo da bacia principal (eixo central do salão). Fase 3: com o crescimento das represas de travertinos na parte oeste do salão, o fluxo laminar lateral produz uma pequena corrente ao fundo da bacia principal, alcançando a parede leste do salão produzindo refluxos. Esse fluxo e refluxo de solução saturada de CaCO3 foi o agente de rotação contínua das “núcleos de geminação” e da precipitação de camadas sucessivas concêntricas de CaCO3, gerando as pérolas. Fase 4: A represa da extremidade sul rompe-se e a piscina é esvaziada. O material carbonático lamoso precipita-se sobre e entre as pérolas concrecionando-as parcialmente. O fluxo aquoso passa a ter ação erosiva e um canal central expõe seções de pérolas. Fase 5: O nível freático é rebaixado, o fluxo abandona o canal da caverna e forma o atual sumidouro do Ribeirão São Marcos, 15 metros abaixo do antigo nível e recuado cerca de 50 metros em direção NW. Este fluxo reaparece no nível inferior da caverna, sendo esta a atual configuração da cavidade. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Atuais/Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil / Rúptil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR5b - Canyons | |
FR5c - Vales encaixados | |
FR6a - Superfícies de aplainamento | |
FR7c - Escarpas | |
FR8d - Vales estruturais | |
FR8h - Captura de Drenagem | |
FR11b - Morro | |
FR11d - Serra | |
FR12e - Caverna | |
FR12f - Surgência e ressurgência | |
FR12i - Maciços e paredões lapiezados | |
FR12l - Tufas | |
FR12n - Abrigo sob rocha | |
FR12b - Sumidouro |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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Carste de Montes Claros No norte de Minas Gerais, especificamente na região de Montes Claros e arredores, a paisagem cárstica se descortina onde afloram os calcários da formação Lagoa do Jacaré. O Parque Estadual da Lapa Grande (PELG) é o local que melhor representa a paisagem cárstica na região. Além de paredões, há na área do parque cerca de 70 cavernas, entre as quais, muitas contêm surgências, ressurgências e sumidouros perenes. Os vales cársticos é onde se concentram a maioria das cavernas e também é onde ocorrem os maciços calcários. As planícies cársticas são amplas e geralmente utilizadas como áreas de cultivo ou moradia. Entre os maciços formaram-se os vales e as planícies cársticas e, também é onde se encontram as cavernas que representam a história geológica do carste local, onde estão às evidências que podem explicar como funciona o sistema hidrogeológico cárstico. Os maciços representam o relevo residual, o que sobrou após uma intensa dissecação da superfície ao longo do Neógeno. Na área do PELG, o desnível entre o topo dos maciços e o fundo dos vales atinge 200 m, o que demonstra o quanto as rochas carbonáticas foram dissolvidas para dar origem ao sistema cárstico que é responsável por uma quantidade significativa de água que abastece a cidade de Montes Claros. A Lapa D'Água é um geossítio que faz parte desse conjunto de cavernas que ocorrem no carste de Montes Claros na região norte de Minas Gerais. A região é uma importante área de mananciais que abastece a cidade e também de proteção de mata nativa, conhecida localmente como “Mata Seca”. Nessa área foi criado o Parque Estadual da Lapa Grande (PELG) com objetivo de proteger essa importante área de vegetação natural, cavernas e mananciais. A caverna foi classificada como um geossítio, por ser a única caverna na região que possui pérolas gigantes, podendo se tratar de um caso único no Brasil. Essas pérolas podem conter importantes informações sobre o paleoclima que atuou nessa região do Brasil. O PELG possui uma ampla infraestrutura (centro de visitantes, área de convivência, sede administrativa e portaria) e recebe turistas, excursões de escolas e pesquisadores ao longo de todo o ano. As visitas são guiadas por monitores locais que são treinados nas áreas de segurança, meio ambiente e espeleologia. Os roteiros envolvem caminhadas em trilhas para observação da vida selvagem, um mirante e visita às entradas das cavernas, algumas delas são surgências perenes. Ao longo do riacho principal que permeia a área administrativa do parque, há uma série de travertinos (tufas calcárias) de rara beleza. As grutas mais visitadas no parque são a Lapa Grande, que dá nome ao parque; a Lapa do Boqueirão da Nascente, como o próprio nome indica, trata-se de uma surgência perene de água cristalina; a Lapa Pintada, que possui um grande acervo de pinturas rupestres; e a trilha da Ponte de Pedra. Contexto Geológico A região onde se encontra a caverna está inserida no contexto da Bacia Sedimentar do Bambuí (BSB), uma das coberturas do Cráton São Francisco, próximo ao seu limite leste com a faixa Araçuaí. A rocha hospedeira da caverna é um calcário deformado pertencente a formação Lagoa do Jacaré do Grupo Bambuí com idades entre 550 Ma e 515 Ma (Paula-Santos et al. 2014, Babinsky et al. 2019). A deformação está relacionada com a frente de empurrão do orógeno Araçuaí que ocorre a leste de Montes Claros, representada pelos contrafortes da Serra do Espinhaço. A porção deformada das rochas do grupo Bambuí está inserida no Domínio Leste (deformado) definido por Alkmim et al. (1993). No domínio da faixa Araçuaí, próximo a Montes Claros, afloram as rochas do grupo Macaúbas, com idades entre 750 e 667 Ma (Castro et al. 2020). Segundo Zalán & Romeiro-Silva (2007) as características geométricas da BSB quando observadas nas seções sísmicas, são típicas de uma bacia intracratônica deformada pela tectônica compressional thin-skinned e thick-skinned após a sua deposição. Utilizando o conceito de estratigrafia de sequências, Reis et al. (2017) classificaram a BSB como uma sequência sedimentar de primeira depositada no início do Ediacarano, em uma bacia tipo Foreland, gerada por um evento convergente durante a formação do Supercontinente Gondwana, em resposta à uma sobrecarga litosférica, causada pelo soerguimento dos orógenos Brasília e Araçuaí. A BSB possui registro de três megaciclos sedimentares (Dardenne 2000). O primeiro megaciclo composto por sedimentos peliticos-carbonáticos da formação Sete Lagoas, que é uma sequência do tipo coarsening upward com calcilutito cinza escuro a negro, na base, passando para calcário e dolomito no topo. O segundo megaciclo é composto pelos sedimentos siliciclásticos-carbonáticos: i) da formação Serra de Santa Helena que representa uma sedimentação essencialmente pelítica, indicando uma subsidência repentina da bacia; ii) seguido pela deposição da formação Lagoa do Jacaré, que é composta por calcários cinza-escuro depositados em uma plataforma dominada por tempestades e correntes de maré. O terceiro megaciclo é formado por sedimentos pelíticos-arenosos: i) pertencentes à formação Serra da Saudade, que representam camadas pelíticas depositadas em plataforma inclinada de média profundidade, periodicamente sujeita a tempestades; ii) e arcósios depositados em uma plataforma rasa dominada por correntes de tempestades com fáceis de maré e supramaré da formação Três Marias. Na área do PELG, além dos calcários da formação Lagoa do Jacaré, afloram siltitos, argilitos e arenitos finos pertencentes à formação Serra da Saudade e depósitos elúvio-colúvionares cenozoicos. PÉROLAS DE CAVERNA Dawkins (1874), em seu livro “Cave Hunting: researches on the evidence of caves, respecting the early in habitants of Europe”, utilizou pela primeira vez o termo pérola de caverna. “ In some places, where the drip was continuous, and the calcareous basin which it had built up for itself shallow, small spherical bodies of calcite were so beautifully polished by friction in the agitated water, that they deserve the name of cave-pearls from their lustre.” Em 1925, o Dr. Willis T. Lee, do Serviço Geológico dos Estados Unidos, coletou um número considerável de oólitos na caverna Carlsbad, no Novo México. As amostras incluíam pequenas bolas redondas de tamanho considerável, para os utilizou o nome fantasioso de "pérolas da caverna" (Hess 1925). Essas amostras fazem parte do acervo do Museu Nacional dos Estados Unidos e o seu estudo laçou um luz sobre a formação dos oólitos em geral. A primeira descrição dessas pérolas foi apresentada por Hess (1925): “The oolites collected by Mr. Lee range in diameter from one-sixteenth of an inch (1.5 mm.) to a little more than an inch (25 to 30 mm.). Most of them are round, some are oval, and some irregular in shape. Their surfaces vary as much as their forms. Some are beautifully polished and opaque, and others, particularly the smaller, are smooth and translucent, resembling little balls of artificially polished onyx. Some have the texture of bisque, others are much rougher. Though most are white, others have a slight yellowish tint or may be clouded with yellow.” A pérola de caverna é um tipo de espeleotema que ocorre no piso em pequenas piscinas, desprendidas do substrato, incluindo um amplo espectro de formas e estrutura interna. Geralmente possui diâmetro em torno de milímetros a poucos centímetros. São também conhecidas como pisoides e/ou ooides e têm sido descritas na literatura desde o início do século XX (Hess 1929, Baker & Frostik 1951, Black 1952, Donahui 1969, Jones & MacDonalds 1989, Hill & Forti 1996, Gradziòski 2001, Silva et al. 2003, Nader 2007, Meldim & Spilde 2018). Os pré-requisitos para a sua formação são a presença de um núcleo para o crescimento do grão, uma solução saturada a supersaturada em CaCO3 e água disponível no meio ambiente para o seu desenvolvimento (Gradziòski 2001). Donahue (1969) descreveu dois mecanismos que dão origem as pérolas de caverna. O primeiro é a ocorrência de pequenas piscinas com gotejamento sobre a mesma (splash cup) que produz a agitação de grãos submersos, propiciando tanto a abrasão como a precipitação de CaCO3. No segundo, um ambiente aquoso não agitado associado, por exemplo, a uma represa de travertico com concreções, de modo que a precipitação controla a morfologia dos grãos. Os dois mecanismos geram grãos com estruturas laminadas concêntricas. As pérolas formadas em ambientes agitados pelo gotejamento são caracterizadas por conter laminações distintas e compactas, possuem núcleo, superfícies lisas e polidas, além de baixo conteúdo de resíduos insolúveis, e com crescimento contínuo tendem a se aproximar de uma forma esferoidal. As pérolas em ambientes sem agitação geralmente possuem laminações menos definidas e são porosas, carecem de núcleos e possuem superfícies ásperas (rugosas) não polidas, apresentando também alto teor de resíduos insolúveis, crescendo em formas menos irregulares. Hill & Forti (1996) descreveram as pérolas de caverna como uma concreção com bandamento concêntrico que se formam em piscinas rasas nas cavernas, com formas esféricas, cilíndricas e irregulares. Elas podem ser grosseiramente cristalinas, finamente cristalinas ou monocristalinas; porosas, ásperas e sem brilho; lisas, duras e brilhantes; ou ter uma superfície semelhante aos corais; e em relação a suas dimensões podem variar desde menores do que um grão de areia até 15 cm de diâmetro. Melin & Spilde (2018) descreveram um modelo unificado para a formação das pérolas de caverna. De acordo com esses autores, os elementos necessários para a formação das pérolas são: 1) água saturada em CaCO3 (presente na maioria das cavernas); 2) um detrito ou cristal para atuar como um núcleo; 3) a água deve estar em um piso relativamente plano, ou seja, como gotas do teto ou como água que flui lentamente através do piso; 4) uma piscina rasa, geralmente de 3 a 6 cm de profundidade para permitir a agitação das pérolas; 5) as condições na piscina devem mudar de modo a criar camadas diferenciadas nas pérolas; e 6) produtos químicos ou partículas adicionais podem entrar com as águas subterrâneas para alimentar um micro organismo comunidade e/ou adicionar argila detrítica ou autógena às pérolas das cavernas. A presença de laminas de argila microbiana e autógena em pérolas de caverna é sugerida pelas camadas escura e/ou rica em matéria orgânica e devem ser cuidadosamente avaliadas para avaliar possíveis origens autógenas e/ou microbianas. No processo de formação das pérolas é necessário levar em consideração fatores, tais como, temperatura, pH, concentração de CaCO3 e outros. Esses fatores vão controlar a dissolução e a precipitação do CaCO3. A precipitação do CaCO3 ocorre quando o CO2 é removido da solução, sendo um fenômeno comum de cristalização. A supersaturação é necessária para dar início ao processo de cristalização (precipitação). As taxas de cristalização são controladas por fatores como a concentração de cálcio e a supersaturação, a temperatura e o pH (Aghajanian et al. 2019). O aumento da temperatura ou do pH da solução leva a aceleração do processo de formação de cristais de CaCO3 (Korchef & Touaibi 2019). DISCUSSÃO SOBRE A GÊNESE DAS PÉROLAS GIGANTES Na região do carste de Montes Claros ocorrem fenômenos raros como surgência de águas subterrâneas de circulação profunda, emanações de hidrocarbonetos e hidrogênio (H2) e também abalos sísmicos fracos (IAG, 2012, Reis 2018, Donzé et al. 2020). Essas características locais podem estar relacionadas com a acomodação de falhas e/ou estruturas cársticas profundas. Na área do PELG, ocorrem várias surgências perenes que podem estar relacionadas a essas estruturas profundas. Essas características podem ter influenciado formação dessas pérolas gigantes? As águas de origem profunda podem ter a temperatura mais elevada e ser mais alcalina, favorecendo a precipitação exagerada de CaCO3 naquele local? Estudos detalhados sobre a estrutura, mineralogia, composição isotópica e idade dessas pérolas são necessárias para podermos compreender melhor as suas condições de formação. Pérolas gigantes são casos raros na literatura espeleológica. As pérolas gigantes da Lapa D´Água são inegavelmente especiais, havendo pouquíssimos relatos de ocorrências de pérolas com dimensões similares, no mundo. Além da sua raridade, como resultado de processo genético único, e da sua beleza natural, há também uma relevância científica relacionada ao potencial para reconstrução de parte da história climática dos últimos 100.000 anos do nosso planeta. E lacunas de conhecimento em torno do mecanismo de desenvolvimento de estruturas de grande porte, e de fenômenos hidroclimáticos atuantes na região ao longo do tempo. A caverna foi classificada como um geossítio, por ser a única caverna na região que possui pérolas gigantes, podendo se tratar de um caso raríssimo no Brasil. Essas pérolas podem conter importantes informações sobre o paleoclima que atuou nessa região do Brasil. |
Bibliografia |
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Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Parque Estadual da Lapa Grande (Privado) | UC de Proteção Integral | Parque |
|
Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / Estadual |
Area Rural |
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|
Area Urbana |
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|
Fragilidade |
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Elevada |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido como holostratótipo ou unidade litodêmica nos léxicos estratigráficos do Brasil e da Amazônia Legal ou documentos similares, ou é a fonte de um holótipo, neótipo ou lectótipo registrado em publicações científicas, de acordo com o código (ICZN, ICBN ou ICN) vigente na época da descrição e cadastrado na Base de Dados Paleo da CPRM ou bases similares ou é um sítio de referência da IMA; | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Existem resumos apresentados sobre o local de interesse em anais de eventos científicos, ou em relatórios inéditos, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável) | 1 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | A realização de amostragem ou de trabalho de campo é muito difícil de ser conseguida devido à existência de limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) | 1 |
Valor Científico | 345 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
---|---|---|---|
B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal e com controle de acesso | 1 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com 100-250 habitantes por km2 | 2 |
Risco de Degradação | 195 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos por atividade antrópica | 2 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O acesso por estudantes e turistas é muito difícil devido a limitações existentes (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 1 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com 100-250 habitantes por km2 | 2 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas locais, mostrando aspectos geológicos | 2 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH superior ao que se verifica no estado | 3 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 4 |
Valor Educativo | 295 | |||
Valor Turístico | 280 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
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Valor Científico: | 345 |
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Valor Educativo: | 295 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 280 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 195 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |