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Pico do Itacolomi
Mariana -
MG , Lat.:
-20.428129196 Long.:
-43.473651886
Última alteração: 17/12/2021 11:50:05
Última alteração: 17/12/2021 11:50:05
Status: Consistido
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
330
Valor Educativo:
370 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
370 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
185 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Pico do Itacolomi |
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Título Representativo: | Localidade Tipo do Grupo Itacolomi |
Classificação temática principal: | Estratigrafia |
Classificação temática secundária: | Sedimentologia |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Quadrilátero Ferrífero - MG) |
Localização
Latitude: | -20.428129196 |
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Longitude: | -43.473651886 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | MG |
Município: | Mariana |
Distrito: | |
Local: | Parque Estadual do Itacolomi |
Ponto de apoio mais próximo: | Entrada do Parque Estadual do Itacolomi. |
Ponto de referência rodoviária: | Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto, fica próximo a entrada do parque. |
Acesso: | A partir de Belo Horizonte, seguindo pela BR 040 no sentido do Rio de Janeiro, por cerca de 30 km até o trevo de acesso à BR 356, toma-se Rodovia dos Inconfidentes, pela qual deve se seguir até o trevo que dá acesso a Ouro Preto ou Mariana. No trevo, deve-se seguir em direção à Mariana por aproximadamente 7 km até o trevo do hospital Santa Casa Misericórdia, que também dá acesso a portaria do Parque Estadual do Itacolomi. O percurso total é de aproximadamente 110 km. A partir da portaria do parquet até o centro de visitantes são mais 5 km de estrada de terra. Uma alternativa para chegar ao parque é a partir do centro histórico de Ouro Preto, utilizando o transporte público que passa próximo a portaria do parque. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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O grupo Itacolomi na sua localidade tipo é composto predominantemente por quartzitos e seus protólitos são sedimentos arenosos, areno-argilosos e conglomeráticos depositados em um sistema fluvial entrelaçado, associado a leques aluviais. Em termos estratigráficos, o grupo Itacolomi stricto sensu, na Serra do Itacolomi e na região de Lavras Novas, foi dividido em três unidades, sendo a unidade basal constituída de quartzitos grossos, metaconglomerados, quartzitos hematíticos e magnetíticos com espessas camadas de metaconglomerados contendo clastos de itabirito. A unidade intermediária é constituída por quartzitos grossos com camadas de metaconglomerados na porção basal. E, a unidade superior, composta por um pacote de quartzitos finos e grossos com intercalações de camadas de metaconglomerados finos. Em termos geotectônicos, esses sistemas deposicionais faziam parte de um graben intermontano, desenvolvido durante o Paleoproterozoico. O Quartzito Itacolomi aflora na Serra e no Pico homônimo que pode ser visto a partir de diversos pontos da região central de Minas Gerais, e principalmente, a partir do centro histórico de Ouro Preto. A localidade tipo está inserida dentro dos limites do Parque Estadual do Itacolomi. |
Abstract |
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The Itacolomi group in its type locality is predominantly composed of quartzite and its protoliths are sandy, sandy-clay and conglomeratic sediments deposited in an interlaced fluvial system associated with alluvial fans. In terms of stratigraphy, the Itacolomi Group stricto sensu in Serra do Itacolomi and in the Lavras Novas region was divided in three units, being the basal unit constituted of thick quartzite, metaconglomerates, hematitic and magnetitic quartzite with thick layers of metaconglomerates containing itabirite clasts. The intermediate unit is composed of thick quartzite with layers of metaconglomerates in the basal portion. And, the superior unit, composed by a package of thin and thick quartzite with intercalations of thin metaconglomerate layers. In geotectonic terms, these depositional systems were part of an intermontane graben, developed during the Paleoproterozoic. The Itacolomi Quartzite outcrops in the mountain range and in the homonymous peak that can be seen from several points in the central region of Minas Gerais, and mainly, from the historical center of Ouro Preto. The type locality is inserted within the limits of the Itacolomi State Park. |
Autores e coautores |
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José Adilson dias Cavalcanti - Serviço Geológico do Brasil, SUREG-BH, Belo Horizonte-MG |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Paleoproterozoico |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Grupo Itacolomi |
Outros: | filito |
Rocha Predominante: | Quartzito |
Rocha Subordinada: | Conglomerado |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
Estratigrafia A localidade tipo do grupo Itacolomi é a serra homônima, que é também onde se insere a área do Parque Estadual do Itacolomi. Dorr (1969) levando em consideração o mapeamento realizado por Barbosa (1959) considerou que o grupo é composto por duas fácies, sendo uma de quartzito e outra, predominantemente, de rochas ricas em hematita, incluindo quartzitos hematíticos, conglomerados e brechas ricas em clastos de formações ferríferas, denominda de formação Santo Antônio, definida na região que envolve as folhas Casa de Pedra e São Julião. Glöckner (1981) considerou que o grupo Itacolomi stricto sensu, na Serra do Itacolomi e na região de Lavras Novas, pode ser dividido em três unidades, sendo a unidade basal constituída de quartzitos grossos e metaconglomerados e também pelas rochas pertencentes a formação Santo Antônio, composta por quartzitos hematíticos e magnetíticos com espessas camadas de metaconglomerados contendo clastos de itabirito. A unidade intermediária é constituída por quartzitos grossos com camadas de metaconglomerados na porção basal. E, a unidade superior, composta por um pacote de quartzitos finos e grossos com intercalações de camadas de metaconglomerados finos. Nos estudos realizados por Duque (2018) na localidade-tipo, o grupo Itacolomi foi dividido em três unidades: i) unidade basal composta por quartzitos e metaconglomerados, com cerca de 400 metros de espessura, ocupando o sopé e o platô da serra; ii) unidade intermediária composta por filitos e xistos granadíferos que afloram na base do Pico do Itacolomi; iii) e unidade superior composta por quartzitos que constituem o Pico do Itacolomi. Sedimentação No estudo realizado na localidade tipo e, mais especificamente, na porção considerada autóctone do grupo foram identificadas oito litofácies sedimentares, caracterizadas com base na granulação e nas estruturas sedimentares descritas (Duque 2018). De acordo com esse autor, a rocha predominante é um quartzito micáceo com textura inequigranular poligonal, composto por quartzo, muscovita, sericita, plagioclásio, opacos (magnetita e hematita) e zircão. O metaconglomerado é composto por clastos de quartzo de veio, quartzito, quartzito hematítico, formação ferrífera bandada, filito e, mais raramente, turmalinito. Os filitos que ocorrem intercalados nos quartzitos são de coloração esverdeada a esbranquiçada e foliados. No pacote de quartzitos foram identificadas três litofácies. Uma de quartzitos com estratificação cruzada acanalada demarcada pelo acúmulo de minerais pesados, interpretada como resultante de geração e migração de dunas sub-aquáticas (regime de fluxo inferior) em ambientes de relativamente águas rasas. Outra de quartzitos com estratificação cruzada planar de pequeno a médio porte, também evidenciada pelo acúmulo de minerais pesados na base dos sets deposicionais, interpretada como resultado da migração de barras laterais e longitudinais. E, por último, uma litofácies de quartzitos de granulação média a grossa com estratificação plano-paralelas, atribuídos a forma plana do leito em regime de fluxo superior. Nos metaconglomerados foram identificadas quatro litofácies. Uma fácies de metaconglomerado composto por granulos acinzentados, mal selecionados, de granulação fina a grossa, em uma matriz arenosa, com estratificação cruzada acanalada, classificados como microconglomerados e interpretados como dunas subaquáticas em regime de fluxo inferior. Uma fácies de metaconglomerado grosseiro estratificado com gradação normal, suportado principalmente por clastos de quartzo sacaroide, ocorre na forma de camadas intercaladas com os quartzitos, interpretados como depósitos de barras longitudinais ou de fluxos trativos de alta energia de ocorrência episódica. As outras duas litofácies conglomeráticas estão associadas a formação Santo Antônio. A primeira é de um metaconglomerado grosseiro estratificado com gradação normal, suportado por clastos polimíticos em sua maioria de formação ferrífera, interpretado como depositado em barras longitudinais ou relacionados a fluxos trativos episódicos de alta energia. A segunda litofácies é de um metaconglomerado suportado pela matriz, com seixos mal selecionados de quartzito, quartzo e formação ferrífera, suportados por uma matriz arenosa rica em magnetita e hematita, e interpretado como resultado de fluxo de detritos. E, por último, a litofácies metapelítica que ocorre na forma de estreitas camadas ou lentes intercaladas nos quartzitos, que foi interpretada como depósitos de carga em suspensão ou mud drapes. O modelo deposicional proposto por Duque (2018) é de um ambiente composto por um sistema fluvial entrelaçado, associado a leques aluviais e influenciados por depósitos proximais e mediais das áreas fonte. No estudo realizado na Serra de Ouro Branco por Alkmim (1987) foram caracterizadas seis litofácies e o modelo deposicional proposto envolve leques aluviais e um sistema fluvial entrelaçado que se associam a um complexo aluvial com transição para uma planície de maré. Geomorfologia Cárstica A Nappe Itacolomi, no seu aspecto mais geral (em mapa) possui forma de uma língua com direção ESE-WNW, com duas regiões elevadas e uma topograficamente mais baixa. A primeira de cota mais elevada (1762m) onde se encontra o Pico do Itacolorni é formada nos seus arredores, por grandes blocos facetados com um aspecto ruiniforme; a segunda (1640m) forma um platô com drenagens superficiais intermitentes, com predominância de circulação de águas subterrâneas; e a terceira (1350m) é marcada pela presença de platôs que sofrem erosão a montante por drenagens perenes (Ferreira Filho & Lazarin 1993, In: Renó et al. 2009). O carste em quartzito na área do Parque Estadual do Itacolomi possui nítido controle estratigráfico e estrutural, ocorrendo principalmente nos quartzitos superiores do Grupo ltacolomi, pertencentes ao domínio alóctone, ao qual se associam falhas de empurrão e um sistema de fraturas. O processo cárstico envolve erosão, dissolução e abatimento de blocos do quartzito que deu origem as inúmeras dolinas e cavernas inclusive com a precipitação de espeleotemas de sílica na forma de opala e calcedônia, tais como, estalactites, coraloides, microtravertinos e helictites (Lima 1987; Pereira Filho & Cruz 1999). Ferreira Filho & Lazarin (1993, In: Renó et al. 2009) identificaram quatro domínios espeleológicos na área: i) domínio onde predominam encostas íngremes, paredões e dolinas rasas afuniladas; ii) domínio caracterizado por não possuir feições cársticas bem desenvolvidas e por apresentar pontões gerados pela intersecção fraturas e posterior erosão por ação das águas; iii) domínio com dois poljés bem definidos, onde o primeiro é formado pela ação das águas subterrâneas que provocaram o rebaixamento da região e o segundo caracteriza-se pela confluência de águas que provocaram o rebaixamento da porção central do terreno; iv) e o domínio caracterizado pela presença de drenagens superficiais perenes a intermitentes, prevalecendo a drenagem subterrânea que deram origem a diversas cavernas e dolinas. Na área do Parque Estadual do Itacolomi foram levantadas mais de 30 cavernas pela Sociedade Excursionista e Espeológica dos Alunos da Escola de Minas. Algumas foram mapeadas em detalhe e os mapas estão disponíveis na biblioteca da SEE-UFOP. Locais de Interesse Geológico Ostanello et al. (2013) identificaram cinquenta locais de interesse Geológico (LIG´s), distribuídos em cinco trilhas que ilustram parte da história geológica da região e podem ser utilizadas em atividades de turismo, lazer e educação com o objetivo de divulgar as geociências. As trilhas foram assim denominadas: Manso, Calaes, Pico, Sertão e Serrinha. Os autores supracitados classificaram os LIG´s em relação ao uso científico, didático e turístico e também de acordo com as áreas de interesse: estratigrafia, sedimentologia, mineralogia, petrologia, geologia estrutural, geomorfologia e espeleologia. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Xisto verde |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil / Rúptil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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O Quadrilátero Ferrífero é uma importante província mineral do Brasil, localizada na porção sul do Cráton São Francisco. Representa o embasamento do cráton composto principalmente pelos complexos granito-gnaisse-migmatítico (TTG´s), greesntone belt Rio das Velhas (Supergrupo Rio das Velhas), bacia de margem passiva (Supergrupo Minas) e pela bacia intermontana (Supergrupo Estrada Real) (Dorr 1969, Endo et al. 2019). As rochas do grupo Itacolomi ocorrem na serra homônima (localidade-tipo); no Pico do Frazão, a norte de Mariana; na Serra de Ouro Branco; na região de Lavras Novas; próximo à cidade de Congonhas, no Sinclinal de Santo Antônio; e na região central do Sinclinal Moeda. A localidade-tipo do grupo Itacolomi está situada na região sudeste do Quadrilátero Ferrífero, no domínio do Sinclinal Dom Bosco, na forma de uma nappe sinforme sobre as rochas do supergrupo Minas. Endo et al. (2019) propuseram a criação do supergrupo Estrada Real, que é composto por uma sequência do tipo flysch e outra molassa sin-orogênicas, que compõem os grupos Sabará e Itacolomi, respectivamente. A idade das rochas desse supergrupo é baseada em análises de zircão detrítico do Grupo Sabará (2.125 + 4 Ma) e do Grupo Itacolomi (2.100 Ma). Em termos tectônicos, o Grupo Itacolomi representa uma sequência composta por quartzitos, metaconglomerados e metapelitos aluviais com cerca de 2000 metros de espessura, depositados em um ambiente de graben intramontano que se desenvolveu durante a fase de colapso orogênico no Paleoproterozoico, desenvolvido ao longo da margem de um núcleo arqueano (Dorr 1969; Alkmim & Martins-Neto 2012). Em termos geocronológicos foram realizadas datações de zircões detríticos por Machato et al. (1996) que chegaram a idade máxima de sedimentação de 2059+58 Ma e Hartmann et al. (2006) que utilizou seis amostras datadas pelo método U-Pb em SHRIMP e chegaram as idades 2143+16Ma e 2173+8Ma. Duque (2018) concluiu que o Grupo Itacolomi em sua localidade tipo pode ser entendido como um conjunto de quartzitos com intercalações de metaconglomerados e mais raramente de filitos, oriundos da desagregação de granitoides e, subordinadamente rochas sedimentares, o qual foi acumulado por rios entrelaçados em bacia intermontana ao final do Evento Transamazônico e mais tarde deformado durante o Evento Brasiliano. |
Bibliografia |
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Alkmim, F.F. 1987. Modelo deposicional para a sequência de metassedimentos da Serra de Ouro Branco, Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais. Simpósio sobre Sistemas Deposicionais no Pré-cambriano. Anais..., Ouro Preto-MG. P. 47-68. Alkmim, F.F.; Martins-Neto, M.A. 2012. Proterozoic first-order sedimentary sequences of the São Francisco Craton, eastern Brazil. Marine and Petroleum Geology, 33: 127-139. Babinsky, M.; Chemale, F.; Van Schumus, W.R. 1995. The Pb/Pb age of the Minas Supergroup carbonate rocks, Quadrilátero Ferrífero, Brazil. Precambrian Research 72: 235-245. Barbosa, A.L.M. 1969. Geologic Map of the Mariana and Rio das Bandeiras Quadrangles, Minas Gerais, Brazil. Escala 1:25.000. Plate 10. Programa de Cooperação Técnica Brasil – Estados Unidos. Convênio USGS-DNPM. Rio de Janeiro. Barbosa, O. 1959. Contribuição a Geologia do Centro de Minas Gerais: Mineração e Metalurgia, 14 (79): 3-19. Cavalcanti, J.A.D.; Araújo, J.C.; Ferreira, R.; Freitas, F.M.; Silva, M.A. 2016. Mapa Geológico do Quadrilátero Ferrífero, escala 1:100.000. Serviço Geológico do Brasil, Belo Horizonte-MG, Formato digital, disponível em: http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/19404. Dopico, C.I.M.; Lana, C.; Moreira, H.S.; Cassino, L.F.; Alkmim, F.F. 2017. U-Pb ages anf Hf-isotope data of detrital zircons from the late Neoarchean-Paleoproterozoic Minas Basin, SE Brazil. Precambrian Research, 291:143-161. Dorr J. V. N. II. 1969. Physiographic, stratigraphic and structural development of the Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brazil. USGS/DNPM. Professional Paper 641-A. 110p. Duque, T.R.F. 2018. O Grupo Itacolomi em sua área tipo: estratigrafia, estrutura e significado tectônico. Dissertação de Mestrado. Departamento de Geologia da Escola de Minas de Ouro Preto – UFOP. 152p. Echewege, W.L. Von. 1833. Pluto Brasiliensis. Tradução do original alemão por Domício de Figueiredo Murta. 2011, Editora do Senado Federal, volume 140, Brasília-DF. 728p. Endo, I.; Machado, R.; Galbiatti, H.F.; Rossi, D.Q.; Zapparoli, A.C.; Delgado, C.E.R.; Castro, P.T.A.; Oliveira, M.M.F. 2019. Estratigrafia e evolução estrutural do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais. In: Castro et al. (ed), Quadrilátero Ferrífero: avanços do conhecimento nos últimos 50 anos. 3i Editora, Ouro Preto, p.70-113. Ferreira Filho, F.A.; Lazarin, H.A. 1993. Caracterização Litoestrutural e Geomorfológica da Região do Pico do ltacolomi, Ouro Preto. Trabalho Geológico DEGEO/UFOP. (Inédito) Glockner R. H. 1981. Lithostratigraphie, Sedimentologie, Tektonik und Metamorphose der proterozoischen Itacolomi-Serie bei Ouro Preto, Minas Gerais, Brasilien. Clausth. Geowiss. Diss. 221p. Guimarães, D. 1931. Contribuição à geologia do estado de Minas Gerais. Boletim do Serviço Geológico e Mineralógico Brasileiro, Rio de Janeiro, n. 55, 36p. Harder, E.C.; Chamberlin, R.T. 1915a. The geology of Central Minas Geraes, Brazil. J. Geol., Chicago, 23 (4): 341-78; (5): 385-424. Harder, E.C.; Chamberlin, R.T. 1915b. The geology of Central Minas Geraes, Brazil. J. Geol., Chicago, 23 (5): 385-424. Hartmann, L. A.; Endo, I.; Suita, M. T. F.; Santos, J. O. S.; Frantz, J. C.; Carneiro, M. A.; Naughton, N. J.; Barley, M. E. 2006. Provenance and age delimitation of Quadrilátero Ferrífero sandstones based on zircon U–Pb isotopes. Journal of South American Earth Sciences, 20:273-285. Instituto Estadual de Florestas. O Parque Estadual do Itacolomi. IEF. Disponível em: http://www.ief.mg.gov.br. Koglin, N.; Zeh, A.; Cabral, A.R.; Gomes, A.A.S.; Neto, A.V.C.; Brunetto, W.J.; Galbiatti, H. 2014. Depositional age and sediment source of the auriferous Moeda Formation, Quadrilátero Ferrífero of Minas Gerais, Brazil: new constraints from U-Pb-Hf isotopes in zircon and xenotime. Precambrian Research, 255:96-108. Lima, M.T. - 1987 – Considerações preliminares sobre o cárste em quartzitos da Serra do ltacolomi e espeleotemas associados. REM – Revista da Escola de Minas, Ouro Preto-MG, 40(4): 31- 32. Machado, N.; Schrank, A.; Noce, C.M.; Gauthier, G. 1996. Ages of detrital zircon from Archean-Paleoproterozoic sequences: implications for greenstone belt setting and evolution of a transamazonian foreland basin in Quadrilátero Ferrifero, Southeast Brazil. Earth and Planetary Science Letters. 141:259-276. Ostanello, M.C.P.; Danderfer, A.; Castro, P.T.A. 2013. Caracterização de lugares de interesse geológico e trilhas geoturísticas no Parque Estadual do Itacolomi – Ouro Preto e Mariana, Minas Gerais. Revista Geociências da UNESP, 32 (2): 286-297. Pereira Filho, M.; Cruz, L.V. 1999. O carste em quartzitos no Parque Estadual do Itacolomi, Sertão de Cima - Mariana – MG. Revista Espeleologia, Sociedade Excursionista e Espeleológica, Ouro Preto-MG, p.7-13. Pinto, C.; Silva, M.A. 2014. Mapa Geológico do Estado de Minas Gerais. Serviço Geológico do Brasil. Belo Horizonte-MG. Formato Digital. Renó, R.; Duque, T.R.F.; Lucon, T.N.; Levy, M.O.P.; Simões, P.R. 2009. Considerações sobre o cárste em quartzito do Parque Estadual do Itacolomi, Mariana / Ouro Preto – MG. Congresso Brasileiro de Espeleologia, SBE, Anais..., Montes Claros-MG, p.193-196. Ruchkys, U.A.; Machado, M.M.M.; Castro, P.T.A.; Renger, F.E.; Trevisol, A.; Beato, A.C. 2007. Geoparque Quadrilátero Ferrífero – Proposta. In: Schobbenhaus & Silva, 2012. Geoparques do Brasil – Propostas. Volume 1, CPRM, p.183-220. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Parque Estadual do itacolomi (Privado) | UC de Proteção Integral | Parque |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / Estadual |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Baixa |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido como holostratótipo ou unidade litodêmica nos léxicos estratigráficos do Brasil e da Amazônia Legal ou documentos similares, ou é a fonte de um holótipo, neótipo ou lectótipo registrado em publicações científicas, de acordo com o código (ICZN, ICBN ou ICN) vigente na época da descrição e cadastrado na Base de Dados Paleo da CPRM ou bases similares ou é um sítio de referência da IMA; | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 2 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | A realização de amostragem ou de trabalho de campo é muito difícil de ser conseguida devido à existência de limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) | 1 |
Valor Científico | 330 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Existem reduzidas possibilidades de deterioração dos elementos geológicos secundários | 1 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 500 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 3 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal e com controle de acesso | 1 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 185 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Os elementos geológicos do local de interesse não apresentam possibilidade de deterioração por atividades antrópicas | 4 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas | 4 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse com infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.), rede de comunicações móveis e situado a menos de 10 km de serviços de socorro | 4 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas do país, mostrando aspectos geológicos | 4 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no estado | 3 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH superior ao que se verifica no estado | 3 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 4 |
Valor Educativo | 370 | |||
Valor Turístico | 370 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
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Valor Científico: | 330 |
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Valor Educativo: | 370 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 370 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 185 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a curto prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a curto prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - Parque |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |