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Morro Santo Antônio de Passagem de Mariana
Mariana -
MG , Lat.:
-20.384000778 Long.:
-43.442001343
Última alteração: 17/12/2021 11:49:55
Última alteração: 17/12/2021 11:49:55
Status: Consistido
Geossitio de Relevância Nacional
Valor Científico:
235
Valor Educativo:
320 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
335 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
300 (Risco Médio)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Morro Santo Antônio de Passagem de Mariana |
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Título Representativo: | Lavras de ouro do período Colonial na região sudeste do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasil |
Classificação temática principal: | Geomineração |
Classificação temática secundária: | Metalogenia |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Quadrilátero Ferrífero - MG) |
Localização
Latitude: | -20.384000778 |
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Longitude: | -43.442001343 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | MG |
Município: | Mariana |
Distrito: | Passagem de Mariana |
Local: | |
Ponto de apoio mais próximo: | Estação Ferroviária de Passagem de Mariana |
Ponto de referência rodoviária: | Estação Ferroviária de Passagem de Mariana |
Acesso: | O Morro Santo Antônio localiza-se no distrito de Passagem de Mariana (Vila da Passagem), município de Mariana-MG. Partindo-se de Belo Horizonte em direção a Ouro Preto pela BR-40 em direção ao Rio de Janeiro, por cerca de 30 km, depois segue pela BR-356 (Rodovia dos Inconfidentes) em direção a Ouro Preto. Chegando a Ouro Preto segue em direção a Mariana por mais 8 km e chega-se a Vila de Passagem de Mariana. O morro localiza-se na parte mais alta da vila e tem acesso fácil a partir da estação ferroviária de Passagem de Mariana. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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O Morro Santo Antônio é um importante sítio geomineiro, localizado no anticlinal de Mariana, especificamente na Vila da Passagem, região sudeste do Quadrilátero Ferrífero. Nesse sítio é possível conhecer as técnicas utilizadas na lavra do ouro no século XVIII, além do contexto geológico em que se insere a mineralização aurífera e a própria mineralização. Os corpos de minério são veios de quartzo-turmalina-ouro hospedados em uma camada composta por filitos sericíticos e carbonosos da formação Batatal, situada entre os quartzitos da formação Moeda (lapa) e os itabiritos da formação Cauê (capa). Além das estruturas da mineração (represas, poços, canais de condução de água, pilões, canoas e pilhas de rejeito), há na área uma grande quantidade de ruinas da antiga vila mineradora construída ainda no século XVIII. |
Abstract |
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The Morro Santo Antônio is an important geomining heritage located in the Mariana Anticline, specifically in Passagem village, near of Passagem Mine, southeast region of the Quadrilátero Ferrífero. In this geosite it is possible to learn about the techniques used in gold mining in the 18th century, as well as the geological context of auriferous mineralization and gold mineralization in the Paleoproterozoic. The ore bodies are quartz-turmaline-gold veins hosted in a layer composed of sericite and carbonaceous phyllites of the Batatal formation, situated between the quartzites of the Moeda formation and the itabirites of the Cauê formation. Besides the mining structures (dams, wells, water conduction channels, pylons, canoes and tailings piles), there are also a large number of ruins of the old mining village, built in the 18th century. |
Autores e coautores |
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José Adilson Dias Cavalcanti - Serviço Geológico do Brasil, SUREG-BH Profa. Dra. Marilda Santana da Silva - Universidade Federal do Ceará / Universidade Federal de Minas Gerais Prof. Dr. Hernani Mota Lima - Universidade Federal de Ouro Preto, Departamento de Mineração Francisco de Assis Silva - Geólogo Senior, Consultor Independente Claudia de Cássia Pessoa - Universidade Federal de Ouro Preto, Estudante do Curso de Turismo |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Paleoproterozoico |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Formação Batatal, Formação Cauê e Formação Moeda |
Outros: | Quartzito, filito e xisto |
Rocha Predominante: | Laterita |
Rocha Subordinada: | Formação ferrífera bandada |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
Introdução A mineração de ouro na Vila de Passagem de Mariana iniciou-se ainda no início do século XVIII, no leito do rio do Carmo e depois nas encostas do Morro Santo Antônio, através da perfuração de poços que eram escavados até atingir o nível mineralizado. Nesse período passou por vários proprietários, até que no início do século XIX, em 1817, foi lavrado um termo de entrega de todos os bens situados no arraial da Passagem a Sr. Pedro Dias de Carvalho (Souza 2009). Posteriormente, a extração do ouro passou a ser feita principalmente na Mina da Passagem, Mata Cavalo e Rocinha e a área do Morro Santo Antônio foi abandonada. Desde então, essa área tem sido preservada e guarda ruinas da ocupação humana e vestígios da intensa atividade mineradora que ocorreu, principalmente nos fins do século XVIII e início do século XIX. Geologia O Morro Santo Antônio localiza-se próximo a zona de charneira do Anticlinal de Mariana, sudeste do Quadrilátero Ferrífero. Está inteiramente recoberto por canga laterítica, que é uma rocha que resulta da ação do intemperismo sobre as formações ferríferas bandadas pertencentes a formação Cauê. No processo de formação da canga, todo o quartzo é lixiviado. A hematita é mais resistente a dissolução e apenas uma pequena porção é lixiviada e a maior parte permanece no perfil, preenchendo fissuras e cavidades na forma de goetita. Assim, os óxidos originados da dissolução/precipitação dos óxidos primários apagam as texturas e estruturas da rocha primária, gerando uma estrutura maciça, e muitas vezes, com fragmentos preservados da rocha matriz. A canga é muito resistente mecanicamente e, geralmente, ocupam posição de destaque nos topos dos morros e serras (Varajão et al. 2009). Na vertente norte do morro Santo Antônio, que da para um vale profundo onde afloram as rochas do greesntone belt Rio das Velhas, encontram-se algumas galerias que foram escavadas no contato entre os itabiritos, os xisto e os quartzitos, onde o nível mineralizado é visível. Essa sequencia de rochas que representa toda a geologia da área. Na base os quartzitos sericíticos da formação Moeda. Na porção intermediária, os xistos e filitos carbonosos da formação Batatal. E, no topo os itabiritos da formação Cauê. A mineralização de ouro ocorre no nível dos xistos e filitos, sendo composta por veios de quartzo-turmalina-ouro. Métodos de Lavra e Beneficiamento do Minério No Morro Santo Antônio nitidamente há duas formas diferentes de se extrair o ouro. Uma área caracterizada pela lavra a céu aberto, muito semelhante a uma garimpagem, onde uma imensa área foi totalmente desmontada e lavrada no mesmo local utilizando canoas associadas a represas (mundéus) e canais de distribuição de água para as frentes de trabalho. O ouro era inicialmente triturado em pilões rudimentares escavados na própria rocha, posteriormente concentrado nas canoas e apurado em bateias (gamelas). A outra área caracteriza uma lavra subterrânea, realizada a partir de poços (buracos de sarilho) e galerias escavadas a partir do fundo dos poços. Esses poços eram escavados até atingir o nível mineralizado, e o acesso ao minério era realizado através de galerias. Em superfície existia uma estrutura de captação de água em represas, canais de distribuição para as frentes de trabalho, pilões escavados na canga, canoas para lavagem e concentração do minério utilizando os mesmo métodos das áreas de lavra a céu aberto. As represas (mundéus) eram construídas usando fragmentos da própria canga e uma camada central de argila era usada para impermeabiliza-la e assim evitar a perda da água, possuía também uma saída na base da represa para o esgotamento das águas que era direcionada para os canais e canoas que também eram esculpidos na canga. Destinação Turística do Morro Santo Antônio O Morro Santo Antônio é um importante sítio geomineiro e arqueológico do município de Mariana. A prefeitura Municipal de Mariana realizou um levantamento arqueológico com o objetivo de realizar o tombamento paisagístico e arqueológico dos Morros Santana e Santo Antônio, em 2008. A área foi considerada um conjunto muito expressivo do ponto de vista patrimonial, histórico e geomineiro, composto de estruturas, sobretudo em alvenaria de pedra relacionadas à história da ocupação e exploração mineral ao longo dos séculos XVIII e XIX. No entanto, ainda não existem roteiros turísticos formais estabelecidos na área. Mas a UFOP possui projetos de extensão que ocorrem juntamente com as comunidades locais através de suas associações (Associação dos Moradores de Passagem de Mariana), que procuram incentivar e criar consciência em torno do valor da preservação desses sítios. Ocorrem visitas informais nos sítios que são guiadas por moradores locais. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Discordância Angular – quando as camadas superiores foram depositadas em ângulo sobre as camadas inferiores |
Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Anfibolito |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil / Rúptil |
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Regime Tectônico: | Extensional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR10c - Mesas, mesetas e morros-testemunho | |
FR11b - Morro | |
FR11d - Serra | |
FR13a - Cangas e crostas lateríticas |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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A mineração do ouro foi a atividade econômica mais absorvente da Capitania das Minas Gerais durante os primeiros setenta anos do século XVIII. Os registros da atividade mineradora na região de Mariana compreendem escavações superficiais, galerias, poços, canais para condução de água, mundéus, áreas de rejeito e artefatos que foram utilizados no processo da extração do metal (Cavalcanti et al., 1997, Cavalcanti 1999). Através da identificação desses sítios foram caracterizadas diversas áreas de lavra de ouro ao longo de toda a extensão da região conhecida como Anticlinal de Mariana. No município de Mariana, os sítios geo-mineiros e arqueológicos foram descritos por Eschwege (1833) como: lavras do Morro Santo Antônio, do Morro Santana, Rocinha e Maquiné. Os estudos geológicos e metalogenéticos ocorreram principalmente no século XIX e início do século XX. Os primeiros estudos foram realizados por Eschwege (1833), Gorceix (l876), Ferrand (1887,1891) e Derby (1899). Os estudos mais recentes no âmbito do Anticlinal de Mariana, foram realizados nas minas da Passagem, Mata Cavalo, Santana e na região de Antônio Pereira (Fleischer & Routhier 1973; Heineck et ai. 1986; Vial 1987; Chauvet et al. 1994; Schrank & Machado 1996, Oliveira 1998 e Kwitko 1998, Cavalcanti 1999, Cavalcanti 2003, Vial et al. 2007, Trumbull et al. 2019). A extração do ouro na região ocorreu tanto no leito dos rios como nas vertentes das serras e no interior dos maciços (através da abertura de talhos a céu aberto) e mais raramente através de minas subterrâneas (Sobreira 2014). O ouro nos aluviões, paleoaluviões (grupiaras) e nas camadas mais superficiais foram se esgotando com o tempo, provocando a decadência da mineração em Minas Gerais. A falta do emprego de técnicas avançadas de lavra nesse período foi descrita por diversos viajantes europeus que visitaram as minas da região com a principal causa desse declínio. E somente, no Brasil Império com a abertura para empresas estrangeiras explorar o ouro e outros metais é que foram implantadas técnicas mais avançadas de lavra nas minas subterrâneas, criando um novo fôlego para a mineração do ouro em Minas Gerais. A geologia do ouro na região do Anticlinal de Mariana foi descrita por Paul Ferrand em seu livro “L´or à Minas Geraes, Bresil” (1894). Ferrand apontou que o principal nível mineralizado estava localizado na zona de contato entre duas sequências de rochas, atualmente denominadas de supergrupos Minas e Rio das Velhas, ao longo de toda a Serra de Ouro Preto e na região de Passagem de Mariana, por mais de 7km de extensão. Em alguns locais, as camadas de filitos carbonosos e itabiritos foram inteiramente escavados (como no Morro Santo Antônio, em Passagem de Mariana) até atingir as zonas mineralizadas (lavra a talho aberto). Segundo Ferrand (1894), o primeiro nível mineralizado está localizado no contato inferior do Quartzito Moeda com xistos do Grupo Nova Lima, onde as soluções mineralizantes se espalharam nos planos da estratificação das rochas, silicificando e mineralizando os quartzitos, dando origem a camadas mineralizadas com arsenopirita abundante, podendo atingir espessura de poucos centimetros a 5 metros. O segundo nível mineralizado é representado por veios discordantes e concordantes encaixados nos quartzitos, compostos por quartzo, arsenopirita e ouro, com potência variando de 2 a 5 metros e altura de 10 a 30 metros. O terceiro jazimento ocorre no contato do Quartzito Moeda e Filito Batatal, onde a mineralização é um leito de quartzo aurífero com espessura variável de centímetros a decímetros e mais raramente de 1 a 3 metros. Na transição do Filito Batatal para o Itabirito Cauê, é quase constante uma camada de quartzo com pirita alterada e ouro livre, tendo espessuras de decímetros a centímetros, e muitas vezes formando buchos auríferos. Por último, veios irregulares e lentes de quartzo encaixados no Itabirito Cauê. |
Bibliografia |
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Pinto, C.S.; Silva, M.A. 2014. Mapa Geológico do Estado de Minas Gerais, Escala 1:1.000.000. Formato Digital. Disponível em: http://www.portalgeologia.com.br/index.php/mapa. Prefeitura Municipal de Mariana. 2008. Dossiê de tombamento conjunto paisagístico e arqueológico Ruchkys, U.A.; Machado, M.M.M.; Castro, P.T.A.; Renger, F.E.; Trevisol, A.; Beato, A.C. 2007. Geoparque Quadrilátero Ferrífero – Proposta. In: Schobbenhaus & Silva, 2012. Geoparques do Brasil – Propostas. Volume 1, CPRM, p.183-220. Schrank, A.; Machado, N., 1996. Idades U-Pb em monazitas e zircões das minas de Passagem de Mariana e Morro Velho, QF, MG. In: Anais do 39° Congresso Brasileiro de Geologia. SBG, Núcleo Bahia- Sergipe, Salvador, Vol. 6, p.470-472. Sobreira, F. 2014. Mineração do ouro no período colonial: alterações paisagísticas antrópicas na Serra de Ouro Preto, Minas Gerais. Quaternary and Environmental Geosciences, 5(1): 55-65. Souza, R.F.. 2009. 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Imagens Representativas e Dados Gráficos
Figura 7 – Mapa geológico simplificado do quadrilátero Ferrífero com a localização do Morro Santana. Mapa modificado... |
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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A prefeitura Municipal de Mariana através do levantamento arqueológico realizado em 2009 nessa área, busca realizar o tombamento da mesma, para que se torne parte da rota turística do município. Foi feita a delimitação da área de tombamento, mas a mesma ainda não se encontra totalmente protegida. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Privado |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Elevada |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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A área está totalmente exposta e pode ser alvo de ocupação urbana com o crescimento da vila. Também pode estar ocorrendo a retirada de materiais (blocos de canga) para serem utilizados em novas edificações no entorno do morro. A maior dificuldade da preservação desse geossítio advém da área ser propriedade da empresa mineradora da Mina da Passagem. |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 4-5 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 1 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | A realização de amostragem ou de trabalho de campo é muito difícil de ser conseguida devido à existência de limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) | 1 |
A2 - Local-tipo | 20 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 235 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos elementos geológicos secundários | 2 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 100 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 4 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal nem controle de acesso | 4 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 300 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração de elementos geológicos secundários por atividade antrópica | 3 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas | 4 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse ocasionalmente usado em campanhas turísticas do país, mostrando aspectos geológicos | 3 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados nas escolas de ensino básico | 3 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH superior ao que se verifica no estado | 3 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 4 |
Valor Educativo | 320 | |||
Valor Turístico | 335 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Nacional |
---|
Valor Científico: | 235 |
---|---|
Valor Educativo: | 320 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 335 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 300 (Risco Médio) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a curto prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a curto prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a curto prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - Monumento Natural |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -20.37394172702245 e Longitude: -43.44109985179034 |
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Ponto 2: | Latitude: -20.37603370292058 e Longitude: -43.44092827310696 |
Ponto 3: | Latitude: -20.377321058603396 e Longitude: -43.44217221856149 |
Ponto 4: | Latitude: -20.378729091579356 e Longitude: -43.44272984928248 |
Ponto 5: | Latitude: -20.378769320904084 e Longitude: -43.44405958407871 |
Ponto 6: | Latitude: -20.378769320904084 e Longitude: -43.445389318874945 |
Ponto 7: | Latitude: -20.379252071982414 e Longitude: -43.44680484301285 |
Ponto 8: | Latitude: -20.38041871418357 e Longitude: -43.44629010696271 |
Ponto 9: | Latitude: -20.380901460099224 e Longitude: -43.4453464242041 |
Ponto 10: | Latitude: -20.382285323717447 e Longitude: -43.44594694959595 |
Ponto 11: | Latitude: -20.383733539401497 e Longitude: -43.44659036965864 |
Ponto 12: | Latitude: -20.385342651987013 e Longitude: -43.44727668439216 |
Ponto 13: | Latitude: -20.38642879348902 e Longitude: -43.44787720978402 |
Ponto 14: | Latitude: -20.38739424617832 e Longitude: -43.44903536589685 |
Ponto 15: | Latitude: -20.387876970255764 e Longitude: -43.45002194332632 |
Ponto 16: | Latitude: -20.387957424121705 e Longitude: -43.45092273141408 |
Ponto 17: | Latitude: -20.388158559216713 e Longitude: -43.452291308896264 |
Ponto 18: | Latitude: -20.388641280900877 e Longitude: -43.453921306388416 |
Ponto 19: | Latitude: -20.389606719734473 e Longitude: -43.454607621121944 |
Ponto 20: | Latitude: -20.390250342264373 e Longitude: -43.45555130388057 |
Ponto 21: | Latitude: -20.390733057398187 e Longitude: -43.4563234079558 |
Ponto 22: | Latitude: -20.39128013174028 e Longitude: -43.45691893169577 |
Ponto 23: | Latitude: -20.392342096312465 e Longitude: -43.45791704356905 |
Ponto 24: | Latitude: -20.392593506607582 e Longitude: -43.45810726891591 |
Ponto 25: | Latitude: -20.39325924052945 e Longitude: -43.45747619029571 |
Ponto 26: | Latitude: -20.39346237948959 e Longitude: -43.456682462833946 |
Ponto 27: | Latitude: -20.393619258865908 e Longitude: -43.45558223029359 |
Ponto 28: | Latitude: -20.39289721056138 e Longitude: -43.45583684875751 |
Ponto 29: | Latitude: -20.39258345079289 e Longitude: -43.453327313788535 |
Ponto 30: | Latitude: -20.392502999341414 e Longitude: -43.45229784168823 |
Ponto 31: | Latitude: -20.392502999341414 e Longitude: -43.451611526954686 |
Ponto 32: | Latitude: -20.392060515607614 e Longitude: -43.451011001562854 |
Ponto 33: | Latitude: -20.392181193115533 e Longitude: -43.44998152946255 |
Ponto 34: | Latitude: -20.392301870528968 e Longitude: -43.44860889999546 |
Ponto 35: | Latitude: -20.392342096312465 e Longitude: -43.44800837460362 |
Ponto 36: | Latitude: -20.392060515607614 e Longitude: -43.44757942789517 |
Ponto 37: | Latitude: -20.392301870528968 e Longitude: -43.44689311316162 |
Ponto 38: | Latitude: -20.391859386217757 e Longitude: -43.44594943040301 |
Ponto 39: | Latitude: -20.39157780463103 e Longitude: -43.445177326327794 |
Ponto 40: | Latitude: -20.391497352654618 e Longitude: -43.444319432910866 |
Ponto 41: | Latitude: -20.391336448575835 e Longitude: -43.443547328835635 |
Ponto 42: | Latitude: -20.390934187643982 e Longitude: -43.4426894354187 |
Ponto 43: | Latitude: -20.39021011532118 e Longitude: -43.44226048871025 |
Ponto 44: | Latitude: -20.389767625005074 e Longitude: -43.44165996331842 |
Ponto 45: | Latitude: -20.389445813068296 e Longitude: -43.44067338588894 |
Ponto 46: | Latitude: -20.38893895765998 e Longitude: -43.43984122822731 |
Ponto 47: | Latitude: -20.387852833842263 e Longitude: -43.439154913493766 |
Ponto 48: | Latitude: -20.386525338784494 e Longitude: -43.43868307211446 |
Ponto 49: | Latitude: -20.386002383047607 e Longitude: -43.437782284026696 |
Ponto 50: | Latitude: -20.3858012457534 e Longitude: -43.43692439060977 |
Ponto 51: | Latitude: -20.385358742782536 e Longitude: -43.43598070785116 |
Ponto 52: | Latitude: -20.383990998298096 e Longitude: -43.43568044515524 |
Ponto 53: | Latitude: -20.38275197211031 e Longitude: -43.43548312809849 |
Ponto 54: | Latitude: -20.382108318277222 e Longitude: -43.43479681336497 |
Ponto 55: | Latitude: -20.381665804708575 e Longitude: -43.43385313060635 |
Ponto 56: | Latitude: -20.381022146342026 e Longitude: -43.43346707856873 |
Ponto 57: | Latitude: -20.38021756960607 e Longitude: -43.433589725950746 |
Ponto 58: | Latitude: -20.379284254842844 e Longitude: -43.433229410977425 |
Ponto 59: | Latitude: -20.378664724392422 e Longitude: -43.4324413716439 |
Ponto 60: | Latitude: -20.37768312545341 e Longitude: -43.431832268103314 |
Ponto 61: | Latitude: -20.376918761106626 e Longitude: -43.43161779474907 |
Ponto 62: | Latitude: -20.37623485295422 e Longitude: -43.43148911073656 |
Ponto 63: | Latitude: -20.375229100163118 e Longitude: -43.43157490007824 |
Ponto 64: | Latitude: -20.374344032282917 e Longitude: -43.43234700415347 |
Ponto 65: | Latitude: -20.374062418710746 e Longitude: -43.433333581582936 |
Ponto 66: | Latitude: -20.374142879783825 e Longitude: -43.434448843024924 |
Ponto 67: | Latitude: -20.374142879783825 e Longitude: -43.43552120979607 |
Ponto 68: | Latitude: -20.37426357131476 e Longitude: -43.43646489255468 |
Ponto 69: | Latitude: -20.374062418710746 e Longitude: -43.437451469984126 |
Ponto 70: | Latitude: -20.373740573998823 e Longitude: -43.43818067938853 |
Ponto 71: | Latitude: -20.37301642094216 e Longitude: -43.43839515274276 |
Ponto 72: | Latitude: -20.372131340368277 e Longitude: -43.438781204780376 |
Ponto 73: | Latitude: -20.371407179758688 e Longitude: -43.43890988879292 |
Ponto 74: | Latitude: -20.370683015750448 e Longitude: -43.43938173017222 |
Ponto 75: | Latitude: -20.370481858478335 e Longitude: -43.44006804490574 |
Ponto 76: | Latitude: -20.370924404130815 e Longitude: -43.44049699161422 |
Ponto 77: | Latitude: -20.37176926048832 e Longitude: -43.44058278095591 |
Ponto 78: | Latitude: -20.372292264486628 e Longitude: -43.440454096943355 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
---|
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Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |