Visualizando
Falha da Cata Branca: uma falha transcorrente brasiliana que controla um depósito de ouro no quartzito Paleoproterozoico da Formação Moeda, Quadrilátero Ferrífero-MG
Itabirito -
MG , Lat.:
-20.217947006 Long.:
-43.844314575
Última alteração: 30/11/2020 22:45:07
Última alteração: 30/11/2020 22:45:07
Status: Consistido
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
340
Valor Educativo:
315 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
275 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
165 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Falha da Cata Branca: uma falha transcorrente brasiliana que controla um depósito de ouro no quartzito Paleoproterozoico da Formação Moeda, Quadrilátero Ferrífero-MG |
---|---|
Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Tectônica |
Classificação temática secundária: | |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Quadrilátero Ferrífero - MG) |
Localização
Latitude: | -20.217947006 |
---|---|
Longitude: | -43.844314575 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | MG |
Município: | Itabirito |
Distrito: | |
Local: | Aredes |
Ponto de apoio mais próximo: | Itabirito |
Ponto de referência rodoviária: | Serra da Santa e entrada para Itabirito, após a Serra. |
Acesso: | A Falha de Cata Branca localiza-se no município de Itabirito-MG a 50 km de Belo Horizonte. O acesso é feito partindo-se de Belo Horizonte pela BR-40, em direção ao Rio de Janeiro, por cerca de 30 km, depois segue pela BR-356 (Rodovia dos Inconfidentes) em direção a Ouro Preto, por mais 20 km. Chegando a Serra da Santa, logo no início da descida tem uma pequena área de acostamento que dá acesso a uma trilha que leva até a falha. Neste local tem placa do IPHAM indicando área de proteção. É o local onde se encontra também a entrada principal da Mina de Cata Branca. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
---|
A falha de Cata Branca, localizada na porção centro-oeste do Quadrilátero Ferrífero, secciona transversalmente o Sinclinal Moeda, passa pelas rochas do Grupo Nova Lima e segue até atingir as rochas do Complexo Bação. Quando atravessa a Formação Moeda, remobiliza o ouro existente nos conglomerados ricos em Au-U e concentra em veios de quartzo-sulfeto. Durante as atividades da Mina da Cata Branca, os minérios lavrados eram veios auríferos encaixados nos planos de cisalhamento da falha. |
Abstract |
---|
The Cata Branca fault, located in the central-western portion of the Quadrilátero Ferrífero, cuts across the Sinclinal Moeda, passes through the rocks of the Nova Lima Group and continues until it reaches the rocks of the Bação Complex. When it crosses the Moeda Formation, it remobilizes the gold from the Au-U-rich conglomerates and concentrates in quartz-sulfide veins. During the activities of the Cata Branca Mine, the ores mined were gold-bearing veins associated with the fault in the shear planes. |
Autores e coautores |
---|
Dr. José Adilson Dias Cavalcanti - Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Sureg-BH Msc. Frederico Moreira de Freitas - Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Sureg-BH Msc. Flávio Afonso Ferreira Filho - Pesquisador Independente Dr. Hernani Mota Lima - Departamento de Mineração da Escola de Minas de Ouro Preto, UFOP |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
---|
|
Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
---|
Ambiente Dominante: |
---|
|
Tipo de Unidade: | |
---|---|
Nome: | |
Outros: | |
Rocha Predominante: | |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
Paleontológico
Local de ocorrência |
---|
|
Ramos da Paleontologia: |
---|
|
Taxons conhecidos: |
---|
|
Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
---|
|
Ambientes: |
---|
Tipos de Ambientes: |
---|
|
Descontinuidades Estratigráficas: |
---|
Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
---|
Aspectos Texturais: |
---|
|
Estruturas: |
---|
|
Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Xisto verde |
Texturas: |
---|
|
Estruturas: |
---|
|
Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Rúptil / Dúctil |
---|
Regime Tectônico: | Compressional |
---|
Estruturas Lineares: |
---|
|
Estruturas Planas: |
---|
|
Feições de Relevo
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
---|
|
Interesse associado |
---|
|
Pela sua possível utilização |
---|
|
Observações
Observações Gerais |
---|
As primeiras descobertas de ouro na região de itabirito foram no Córrego Seco e Cata Branca do Aredes (Wallce 1965). As atividades de lavra de ouro no período colonial na região Itabirito-MG, mais especificamente no entorno do povoado Aredes, se concentrou na zona de falha onde funcionou a Mina de Cata Branca. Essa área guarda importantes vestígios das atividades relacionadas à lavra e beneficiamento de minério de ouro. Entre os vestígios destacam-se catas a céu aberto, áreas escavadas e com cortes, galerias, tanques ou açudes, canais para conduzir de água, estrutura para encabeWallace, R.M. 1965. Geology and Mineral Resources of the Pico de Itabirito District Minas Gerais, Brazil. Geology and Mineral Resources of parts of Minas Gerais, Brazil. Geological Survey Professional Paper 341-F. 73p.çamento de bicame, mundéus, montes de rejeito e abrigos em rocha. Na área ainda é possível ver ruínas de edificações, de currais, de uma capela, de uma possível senzala, e de uma estrada carroçável. Essa região também possuía uma posição geográfica estratégica entre os limites das comarcas de Vila Rica, Rio das Velhas e Rio das Mortes (Guimarães et al. 2010). Assim como ocorreu em outras regiões de Minas Gerais, a mineração do ouro em Aredes teve início com a lavra nos aluviões, seguida pela lavra em grupiaras localizadas nas encostas dos morros. Esse estilo de minerar em aluviões era muito rudimentar e utilizava ferramentas simples e logo se esgotavam. Já, a lavra nas encostas dos morros exigia a construção de canais para a circulação de água utilizada no desmonte e na apuração do ouro. Em Aredes, foi descrita uma rede de canais que possivelmente distribuía água em diferentes locais de lavra que envolvia o abandono onde o ouro se esgotava e a construção de novos à medida que se iniciava novas lavra (Guimarães et al. 2010). Na região também foram identificadas várias galerias que remetem ao início da atividade de lavra subterrânea em decorrência do esgotamento das lavras a meia encosta em talho aberto. São galerias horizontais, pouco profundas, escavadas em busca de veios auríferos. A mina subterrânea de Cata Branca operou entre 1833 e 1844, como propriedade da empresa Brazilian Company Ltda produzindo, cerca de, 1,18 toneladas de ouro (Souza 2004). As operações mineiras terminaram quando ocorreu um grande desmoronamento da galeria principal que matou dezenas de trabalhadores. Após esse acidente a mina foi fechada e vendida para St. John d’El Rey Mining Company, que retirou todos os seus equipamentos e escravos e os enviou para a Mina de Morro Velho, em Nova Lima. CONTEXTO GEOLÓGICO A Falha de Cata Branca está localizada na região central do Quadrilátero Ferrífero, próximo ao Pico de Itabirito e a Mina do Pico (de minério de ferro). Nessa região afloram rochas pertencentes aos supergrupos Minas e Rio das Velhas, e também do Complexo Bação. A falha de Cata Branca intercepta essas três unidades (Fig. 1). O Complexo Bação é um complexo granito-gnáissicos do Arqueano (TTG´s) que compõe a arquitetura de “domos e quilhas” do Quadrilátero Ferrífero. É composto por migmatitos, gnaisses e granitos (ricos em potássio). Noc omplexo encontra-se ainda fragmentos de rochas máficas-ultramáficas acamadadas e diques máficos. Exibem deformação e metamorfismo que são correlacionados aos episódios de acressão crustal que ocorreram em torno de 3,21-3,10 Ga, 2,93-2.90 Ga e 2,80-2,77 Ga (Lana et al. 2013). O Supergrupo Rio das Velhas é uma sequência vulcanossedimentar arqueana que hospeda os principais depósitos de ouro de classe mundial do Quadrilátero Ferrífero (por exemplo, Morro Velho e Cuiabá). O supergrupo foi dividido em três grandes unidades, da base para o topo, os grupos Quebra Osso, Nova Lima e Maquiné. O Grupo Nova Lima é a unidade que possui maior representatividade na região em termos de área e de potencial mineral. Já, as rochas pertencentes ao Supergrupo Minas foram interpretadas como uma sequência metassedimentar depositada em um ambiente de rifte que evoluiu para margem passiva (Dopico et al. 2017). Seus litotipos englobam espessas camadas de quartzitos, xistos, filitos, dolomitos, formações ferríferas, grauvacas e rochas metavulcânicas. Na base desta sucessão, o Grupo Caraça é composto por metaconglomerados e metarenitos aluviais e metapelitos marinhos, agrupados nas formações Moeda e Batatal, respectivamente. Estudos isotópicos nos metaconglomerados e quartzitos auríferos da Formação Moeda (U-Pb em zircão e xenotima) indicaram idade máxima de deposição em 2,62Ga (Koglin et al. 2014). O Grupo Itabira é uma sequência composta por formações ferríferas Lago Superior, xistos carbonáticos, mármores ferruginosos e raras intercalações de rochas vulcânicas intermediárias a máficas (Formação Cauê) e uma sequência essencialmente carbonática (Formação Gandarela) de idade 2,42Ga (Babinsky et al. 1995). Separado por uma discordância erosiva, o Grupo Piracicaba é composto por metaconglomerados e quartzitos ferruginosos, que gradam para metapelitos e xistos carbonosos, sendo representando as formações Cercadinho, Fecho do Funil, Taboões e Barreiro. O Grupo Sabará é composto por filitos, quartzitos, metagrauvacas e rochas metavulcânicas. Esses litotipos foram interpretados como pertencentes a uma sequência de turbiditos, tufos, rochas vulcanoclásticas, conglomerados e diamictitos, sin-orogênenicos (tipo flysch), com idade máxima de sedimentação em 2125 + 4 Ma (U-Pb em zircão, Machado et al. 1992). E, o Grupo Itacolomi é composto por quartzitos, metaconglomerados polimíticos, os quais contêm clastos de BIF´s, provavelmente derivados da formação Cauê. Datações realizadas em zircões detríticos apontam idade mínima de sedimentação em 2059 Ma (Pb/Pb em zircão, LA-ICPMS; Machado et al. 1996) e 2058Ma (Alkmim et al. 2014). A principal estrutura que ocorre na região é o Sinclinal Moeda, uma megaestrutura com orientação N-S, com mais de 40 km extensão, conectada ao homoclinal da Serra do Curral na sua terminação norte, e com o Sinclinal Dom Bosco a sul (Chemale Jr. et al. 1994). A envoltória da estrutura é composta por rochas do supergrupo Minas que está em contato com as rochas do Supergrupo Rio das Velhas a leste e com as rochas do Complexo Bonfim a oeste. O flanco leste é invertido e está cortado por falhas transcorrentes, aproximadamente E-W, o que promove o contato entre essas duas grandes unidades. A estrutura foi nucleada durante o evento paleoproterozoico que gerou a estrutura do tipo Dome and Keel, que é característica do Quadrilátero Ferrífero (Marshak et al. 1997). Posteriormente, o flanco leste foi invertido pela tectônica brasiliana que também gerou diversas falhas de transcorrentes, alinhadas aproximadamente E-W, com deslocamento de centenas de metros, entre as quais está a falha da Cata Branca (Braga 2006). Em termos de controle e gênese da mineralização aurífera a estrutura mais importante na região é a falha de Cata Branca. |
Bibliografia |
---|
Alkmim, F. F; Marshak, S. 1998. Transamazonian orogeny in the Southern Sao Francisco craton region, Minas Gerais, Brazil: evidence for Paleoproterozoic collision and collapse in the Quadrilátero Ferrıfero. Precambrian Research, 90(1): 29-58. Alkmim, FF.; Lana, C.; Duque, T.R.F. 2014. Zircões detríticos do Grupo Itacolomi e o registro do soerguimento do cinturão Mineiro. 47° Congresso Brasileiro de Geologia. Salvador, Brasil. Anais CD-ROM, p. 1802. Babinsky, M; Chemale, F.; van Schumus, W.R. 1995. The Pb/Pb age of the Minas Supergroup carbonate rocks, Quadrilátero Ferrífero, Brazil. Precambrian Research 72, 235–245. Baltazar, O.F.; Baars F.J.; Lobato, L.M.; Reis, L.B.; Achtschin, A.B.; Berni, G.V.; Silveira, V.D. 2005. Mapa Geológico Itabirito na Escala 1:50.000. In: Projeto Geologia do Quadrilátero Ferrífero - Integração e Correção Cartográfica em SIG com nota explicativa. Lobato et al. (2005). CODEMIG. Belo Horizonte. Disponível em: http://www.portalgeologia.com.br/. Braga, S.C.M. 2006. Modelagem estrutural e geofísica da porção centro-norte do Sinclinal Moeda, Quadrilátero ferrífero, MG. Dissertação de Mestrado No 30. Departamento de Geologia – UFOP. 113p. Burton, R. 1869. Viagem do Rio de Janeiro a Morro Velho. Coleção o Brasil Visto por Estrangeiros. Tradução de David Jardim Júnior, 2001. Editora do Senado Federal. 504p. Chemale Jr., F.; Rosière, C.A.; Endo, I. 1994. The tectonic evolution of the Quadrilfitero Ferrifero, Minas Gerais, Brazil. Precambrian Research, 65: 25-54. Dopico, C.I.M.; Lana, C.; Moreira, H.S.; Cassino, L.F.; Alkmim, F.F. 2017. U-Pb ages anf Hf-isotope data of detrital zircons from the late Neoarchean-Paleoproterozoic Minas Basin, SE Brazil.Precambrian Research, 291: 143-161. Freitas e Souza, R. 2009. Trabalho e cotidiano na mineração aurífera Inglesa em Minas Gerais: a Mina da Passagem de Mariana (1863-1927). Tese de Doutorado, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. 476p. Freitas e Souza, R. 2015. A efêmera e fatal Mina de Cata Branca: mineração e trabalho numa companhia aurífera inglesa em Minas Gerais (1832-1844). Revista Mundos do Trabalho. 7(14): 37-52. Freitas, F.M.; Dias, P.H.A.; Signorelli, N., Tuller, M.P., Ribeiro, J.H. 2020. Carta Geológica e de Recursos Minerais da Folha Itabirito – SF.23-X-A-III-1-SE. Serviço Geológico do Brasil – CPRM. Disponível em: http://rigeo.cprm.gov.br/. Guimarães, C.M.; Assis, A.P.A.; Veloso, G.P.; Campos, L.C.M.; Moreira, M.G. 2010. Pesquisa Histórico-Arqueológica sobre Aredes – Município de Itabirito/MG. Relatório Final. Cooperativa dos Empreendedores em Ações Culturais – Cooperativa Cultural e Laboratório de Arqueologia da Fafich/UFMG. 166p. Koglin, N.; Zeh, A.; Cabral, A.R.; Gomes, A.A.S.; Neto, A.V.C.; Brunetto, W.J.; Galbiatti, H. 2014. Depositional age and sediment source of the auriferous Moeda Formation, Quadrilátero Ferrífero of Minas Gerais, Brazil: new constraints from U-Pb-Hf isotopes in zircon and xenotime. Precambrian Res. 255, 96-108. Lana, C; Alkmim, F.F; Armstrong, R; Scholz, R; Romano, R; Nalini, H.A. 2013. The ancestry and magmatic evolution of Archaean TTG´s rocks of the Quadrilátero Ferrífero province, southeast Brazil. Precambrian Res. 231, 157-173. Machado, N.; Noce, C.M.; Ladeira, E.A.; Belo de Oliveira, O. 1992. U–Pb geochronology of Archean magmatism and Proterozoic metamorphism in the Quadrilátero Ferrífero, southern São Francisco Craton, Brazil. Geological Society American Bulletin, 104: 1221–1227. Machado, N.; Schrank, A.; Noce, C.M.; Gauthier, G. 1996. Ages of detrital zircon from Archean–Paleoproterozoic sequences: implications for greenstone belt setting and evolution of a Transamazonian foreland basin in Quadrilátero Ferrífero, southeast Brazil. Earth and Planetary Science Letters, 141: 259–276. Marshak, S.; Tinkham, D.; Alkmim, F.F.; Brueckner, H. K.; Bornhorst, T. 1997. Dome-and-keel provinces formed during Paleoproterozoic orogenic colapse - core complexes, diapirs, or neither?: Examples from the Quadrilátero Ferrífero and the Penokean orogen. Geology; 25 (5): 415-418. Oliveira, M.J.C. 2018. Análise geofísica da Falha de Cata Branca, região centro-norte do Sinclinal Moeda, Quadrilátero Ferrífero, MG. Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia No 279. Departamento de Geologia – UFOP. 121p. Oliveira, M.J.C.; Barbosa, M.S.C.; Assis, V.S.R.; Abreu,J.S.; Fernandes,T.G.; Soares, A.L.F.; Oliveira, L.R.; Caixeta, J.M.P. 2018. Geophysical analysis of Cata Branca fault, Central-North Moeda Syncline, Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais. 16th International Congress of the Brazilian Geophysical Society, Rio de Janeiro, Brazil, p.1-6. Souza, T.M.F. 2004. Onde o Sol Nunca Brilha: investimentos britânicos e mudança tecnológica nas minas de Gongo Soco, Passagem e Morro Velho. Anais do XI Seminário sobre a Economia Mineira, in: João Antônio de Paula et al. (Ed.), Cedeplar, Universidade Federal de Minas Gerais. 27p. Wallace, R.M. 1965. Geology and Mineral Resources of the Pico de Itabirito District Minas Gerais, Brazil. Geology and Mineral Resources of parts of Minas Gerais, Brazil. Geological Survey Professional Paper 341-F. 73p. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Figura 04 – a) Vale onde está encaixada a zona da Falha de Cata Branca; b) detalhe do contato tectônico entre os... |
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
---|---|---|---|
Área de Proteção Ambiental Estadual Sul RMBH (Privado) | UC de Uso Sustentável | Área de Proteção Ambiental |
|
RPPN Aredes (Privado) | UC de Uso Sustentável | Reserva Particular do Patrimônio Natural |
|
Proteção Indireta
APP (Área de Proteção Permanente): | Área de Proteção Ambiental Estadual Sul RMBH |
---|
Relatar: | |
---|---|
A falha de Cata Branca é uma estrutura de grande extensão, mas á área onde se encontra a Mina de Cata Branca e o povoado Aredes localiza-se em propriedade da Vale, nas vizinhanças da Rodovia dos Inconfidentes, no interior da Área de Proteção Ambiental Estadual Sul RMBH, inserida assim em uma Área de Proteção Permanente (Oliveira 2018). |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
---|---|---|---|---|
Público / |
Area Rural |
---|
|
Area Urbana |
---|
|
Fragilidade |
---|
Elevada |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
---|
A empresa mineradora Vale está desenvolvendo um projeto com o objetivo é resgatar o conhecimento histórico e arqueológico da localidade por meio de estudos específicos para proteger o local e viabilizar visitações sem causar danos ao patrimônio, conforme é exigido por lei. O projeto prevê a criação de uma unidade de conservação, a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), destinada a preservar essas ruínas, além de um projeto de educação patrimonial para os empregados e moradores da região. |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
---|---|---|---|
A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido, na área de trabalho, como local-tipo secundário, sendo a fonte de um parastratótipo, unidade litodêmica ou de um parátipo | 2 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Existem artigos sobre o local de interesse em revistas científicas nacionais, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | Não existem limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) para realizar amostragem ou trabalho de campo | 4 |
Valor Científico | 340 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
---|---|---|---|
B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Existem reduzidas possibilidades de deterioração dos elementos geológicos secundários | 1 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área com proteção legal, mas sem controle de acesso | 2 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 165 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
---|---|---|---|---|
C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração de elementos geológicos secundários por atividade antrópica | 3 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos | 4 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas | 4 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 50 km do local de interesse | 3 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 20 km do local de interesse | 3 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse habitualmente usado em campanhas turísticas locais, mostrando aspectos geológicos | 2 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros na região | 2 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH superior ao que se verifica no estado | 3 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 20 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 1 |
Valor Educativo | 315 | |||
Valor Turístico | 275 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
---|
Valor Científico: | 340 |
---|---|
Valor Educativo: | 315 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 275 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 165 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a longo prazo |
---|---|
Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a longo prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
---|---|
Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |