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Pegmatito Sapucaia da Província Pegmatítica Ocidental Brasileira, Minas Gerais
Galiléia -
MG , Lat.:
-18.900411606 Long.:
-41.483978271
Última alteração: 17/12/2021 11:49:43
Última alteração: 17/12/2021 11:49:43
Status: Consistido
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
325
Valor Educativo:
260 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
200 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
285 (Risco Médio)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Pegmatito Sapucaia da Província Pegmatítica Ocidental Brasileira, Minas Gerais |
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Título Representativo: | Fonte de dez novos minerais reconhecidos pela IMA |
Classificação temática principal: | Mineralogia |
Classificação temática secundária: | |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -18.900411606 |
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Longitude: | -41.483978271 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | MG |
Município: | Galiléia |
Distrito: | |
Local: | Sapucaia do Norte |
Ponto de apoio mais próximo: | Linópolis |
Ponto de referência rodoviária: | Linópolis |
Acesso: | Partindo de Belo Horizonte em direção a Governador Valadares, toma-se a Avenida Cristiano Machado em direção ao Aeroporto Internacional, pegue a rampa que dá acesso a Sabará/Caeté/Vale do Aço/Vitória pela BR-381 e segue-se até Governador Valadares, totalizando 314 km. Continuando pela BR-381 por mais 63 km chega-se a Linópolis. A partir de Linópolis, toma-se a estrada de chão, para sul, por mais 10 km. O pegmatito se encontra nas coordenadas: -41,484135º; -18,900420º. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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No pegmatito de Sapucaia foram descobertos dez (10) novos minerais reconhecidos pela IMA (International Mineralogical Association): Frondelita, Faheyita, Moraesita, Barbosalita, Tavorita, Lipscombita, Ruifrancoita, Arrojadita-PbFe, Jahnsita-MnMnMg e Jahnsita-NaMnMg. O pegmatito se localiza no campo pegmatítico Galileia-Mendes Pimentel da Província Pegmatítica Oriental Brasileira, porção leste de Minas Gerais, no Orógeno Araçuaí (630 – 480 Ma) onde se insere o Arco Magmático do Rio Doce. O pegmatito Sapucaía é do tipo LCT e produziu minerais para o uso industrial, tais como, feldspatos, quartzo, berilo, ambligonita, cassiterita e espodumênio. Foi descoberto na década de 1920 nas proximidades do vilarejo de Sapucaia do Norte. Possui forma elíptica com 80 metros de comprimento, 40 metros de espessura e 50 metros de profundidade. |
Abstract |
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Ten (10) new minerals recognized by the IMA (International Mineralogical Association) were discovered in the Sapucaia pegmatite: Frondelite, Faheyite, Moraesite, Barbosalite, Tavorite, Lipscombite, Ruifrancoite, Arrojadite-PbFe, Jahnsite-MnMnMg and Jahnsite-NaMnMg. The pegmatite is located in the Galileia-Mendes Pimentel pegmatite field of the Brazilian Oriental Pegmatite Province, eastern Minas Gerais, in the Araçuaí Orogen (630 - 480 Ma) where the Rio Doce Magmatic Arc is inserted. The Sapucaía pegmatite is of LCT type and yielded minerals for industrial use, such as feldspars, quartz, beryl, ambligonite, cassiterite and spodumene. It was discovered in the 1920s near the village of Sapucaia do Norte. It is elliptical in shape, 80 meters long, 40 meters thick and 50 meters deep. |
Autores e coautores |
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José Adilson Dias Cavalcanti - Serviço Geológico do Brasil (Sureg-BH) Daniel Atencio - Universidade de São Paulo - USP |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Neoproterozoico |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litodêmica |
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Nome: | Supersuíte magmáticas G2, Formação São Tomé |
Outros: | Silimanita-estaurolita-granada-mica xisto |
Rocha Predominante: | Pegmatito |
Rocha Subordinada: | Sillimanita-granada xisto |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
O pegmatito Sapucaia possui reconhecimento internacional por ser o local onde foram descobertos dez (10) novos minerais que foram devidamente registrados na IMA (International Mineralogy Association) e com fórmulas químicas aprovadas pela CNMCN (Commission of New Minerals, Classification and Nomenclature). O pegmatito que se localiza a 14 km da cidade Galileia, foi descoberto na década de 1920 nas proximidades do vilarejo de Sapucaia do Norte. Possui forma elíptica com 80 metros de comprimento, 40 metros de espessura e 50 metros de profundidade. Seu período de maior atividade foi na década de 1940, durante a 2ª Guerra Mundial, quando produziu berilo e mica para os Estados Unidos, e nas décadas de 1980-90 produziu principalmente feldspato industrial (Chaves & Dias 2019) e, secundariamente, quartzo, berilo, ambligonita, cassiterita e espodumênio (Carneiro 2003). O pegmatito é um corpo intrusivo nos planos da foliação subvertical do silimanita-estaurolita-granada-mica xistos da Formação São Tomé e foi relacionado à Supersuite G2, com idade em torno de 580 Ma (Nalini 1997). A sua mineralogia foi descrita em detalhe por Baijot et al. (2012) que dividiram o pegmatito possui cinco zonas mineralógicas: i) zona da borda (BZ), composta pela intercalação de camadas escuras (shorlita+quartzo) e claras (quartzo+albita+apatita), ii) zona da parede externa (EWZ), formada por quarto+feldspato+biotita+muscovita; iii) zona da parede interna (IWZ), possui feldspato com textura gráfica associada com biotita+muscovita+shorlita+berilo; iv) zona interna (IZ), com espodumênio de até 2 metros de comprimento envolvidos por mica amarela em uma matriz de quartzo+berilo; v) e o núcleo de quartzo (Q). Nos locais onde há concentrações de minerais de fosfato há duas diferentes assembleias de minerais e, em ambas, a trifilita é o único mineral primário e os outros são produtos da alteração hidrotermal. Na assembleia I foram observados três estágios de alteração: i) oxidação da trifilita acompanhada da lixiviação do Li, levando a cristalização de ferrisicklerita e heterosita; ii) um estágio de hidratação que transformou trifilita em hureaulita, barbosalita e tavorita; iii) e um estágio final de alteração meteórica que deu origem aos fosfatos hidratados e óxidos. Na assembleia II, a ferrisicklerita é substituída por minerais como a jahnsita e frondelita, durante o estágio de hidratação. Em ambas as assembleias foram observadas uma segunda geração de Mn-trifilita (Trifilita II) e o trend geoquímico nos fosfatos e silicatos indicaram se tratar de um pegmatito com elevados teores de Li, Cs e Ta, ou seja, do tipo LCT (Baijot et al. 2012). Esse tipo de pegmatito é geralmente relacionado com suítes orogênicas em ambientes compressionais (Martin & De Vito, 2005). Durante a descrição da mineralogia do pegmatito Sapucaia, realizada por Baijot et al. (2012), foram identificados 40 minerais, sendo 28 fosfatos, 8 silicatos, 2 óxidos, 1 sulfeto e 1 carbonato. Material Tipo dos Minerais do Pegmatito Sapucaia 1) Frondelita - Museu das Minas e do Metal, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil; Universidade de Harvard, Cambridge, Massachusetts, 100808; Museu Nacional de História Natural, Washington D.C., Estados Unidos, 105946. 2) Faheyita: Museu Nacional de História Natural, Washington D.C., Estados Unidos, 112653. 3) Moraesita: Museu Nacional do Rio de Janeiro, Brasil; Museu das Minas e do Metal, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil; Escola Nacional de Minas de Paris, França; Museu Nacional de História Natural, Washington D.C., Estados Unidos, 106577. 4) Barbosalita: Museu Nacional do Rio de Janeiro, Brasil; Museu das Minas e do Metal, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil; Museu de História Natural de Londres, Inglaterra, 1965, 209. Museu Nacional de História Natural, Washington D.C., Estados Unidos, 106842. 5) Tavorita: Museu Nacional do Rio de Janeiro, Brasil; Museu de Minas e do Metal, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil; Museu de História Natural de Londres, Inglaterra, 1965,209. Museu Nacional de História Natural, Washington D.C., Estados Unidos, 106842. 6) Lipscombita: n.d. 7) Ruifrancoita: Museu das Minas e do Metal, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. 8) Arrojadita-(PbFe): Museu de Mineralogia da Escola de Minas de Paris, amostra 32088. 9) Jahnsita-NaMnMg: Museu de História Natural de Los Angeles, exposição Boulevard, Los Angeles, Califórnia 90007, Estados Unidos 66701. 10) Jahnsita-MnMnMg: Museu de História Natural de Los Angeles, exposição Boulevard, Los Angeles, Califórnia 90007, Estados Unidos 66701. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Plutônica - Stock |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Granulito |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil / Rúptil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
Não foram selecionadas feições de relevo. |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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INTRODUÇÃO Os minerais frondelita (Lindberg 1949), faheyita (Lindberg & Murata 1952), moraesita (Lindberg et al. 1953), barbosalita e tavorita (Lindberg & Pecora 1954), lipscombita (Lindberg 1962), ruifrancoita (Atencio et al. 2007), Arrojadita-PbFe (Chopin et al. 2006), Jahnsite-NaMnMg (Kampf et al. 2018), Jahnsite-MnMnMg (Vignola et al. 2019) foram descobertos no Pegmatito Sapucaí, (Campo Pegmatito Galileia – Campos Pimentel), na Província Pegmatítica Oriental Brasileira, localizada na porção leste de Minas Gerais, onde também estão localizadas as cidades Governador Valadares e Teófilo Otoni que representam um importante polo de produção e comercialização de gemas do Brasil. A região foi mapeada pelo Serviço Geológico Brasileiro, na escala 1:100.000, no Projeto Borda Leste realizado através do Convênio CPRM-SEME-COMIG, como parte do Programa de Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. A Província Pegmatítica Oriental Brasileira contem minerais industriais, ornamentais, preciosos, metálicos e radioativos. Os pegmatitos são a principal fonte dos recursos minerais economicamente explotados na região. Seus principais produtos são: berilo gema (água-marinha/heliodoro/morganita), turmalinas (monocromáticas e multicolores), kunzita, hiddenita, crisoberilo (alexandrita); os minerais de aproveitamento industrial como feldspato (albita/ microclina/ortoclásio), quartzo (róseo, hialino e biterminado), mica, caulim e minerais de nióbio, tântalo, estanho e lítio (espodumênio, lepidolita) (Netto et al. 2000). Além de polo produtor de gemas e pedras preciosas, as atividades econômicas da região também são voltadas para a lapidação e comercialização de pedras. Nas cidades de Governador Valadares e Teófilo Otoni, de acordo com um levantamento realizado pelo MCT/CT, existem cerca de 300 microempresas nas áreas de lapidação e comercialização, além de 2.700 de lapidações informais, 1.500 corretores e um número desconhecido de garimpeiros (Medina 2017). CONTEXTO GEOLÓGICO A Província Pegmatítica Oriental Brasileira foi delimitada por Paiva (1940), e posteriormente, foi redesenhada por Putzer (1976) ocupando uma faixa de 800 km de extensão por 100 km a 150 km de largura, na porção oriental do Estado de Minas Gerais, se estendendo desde o sul da Bahia até o norte do Rio de Janeiro (Paiva 1946, Putzer 1976; in Correia Neves et al. 1986) (Fig. 1) . A província pegmatítica está inteiramente inserida no Orógeno Araçuaí e o pegmatito Sapucaia localiza-se na porção central da província, onde afloram rochas do Grupo Rio Doce (uma bacia sin-orogência) e das supersuítes magmáticas relacionadas ao arco magmático continental que se instalou na Província Mantiqueira. Nesse contexto Pedrosa-Soares et al. (2011) identificaram cinco supersuítes de rochas granitoides que compõem o arco magmático no Orógeno Araçuaí (Fig. 1). Na Província foram reconhecidos dez distritos pegmatíticos e o pegmatito Sapucaia está inserido no Campo Galileia – Mendes Pimentel, que pertence ao Distrito Conselheiro Pena (Netto et al. 2000, Pedrosa-Soares et al. 2011). De acordo com esses autores os pegmatitos desse campo estão encaixados, em sua maioria, nos xistos da Formação São Tomé do Grupo Rio Doce e, em menor escala, nos tonalitos da Suíte Galileia (Fig. 2). O Grupo Rio Doce foi definido na região do Médio Rio Doce, próximo a Galileia, por Barbosa et al. (1966), que o subdividiu em duas formações: i) São Tomé, composta por quartzo-biotita xisto muscovítico e granatífero; e ii) Figueira, composta por gnaisses claros bandados. No mapa geológico da folha Conselheiro Pena, Oliveira (2001) identificou as formações São Tomé, Tumiritinga e João Pinto. Já, Vieira (2007) apresentou uma nova divisão para o grupo, dessa vez composto pelas formações, da base para o topo: João Pinto (quartzito), Palmital do Sul (micaxisto e gnaisse), São Tomé (metagrauvaca, micaxisto e metadacito) e Tumiritinga (micaxisto, gnaisse e rocha vulcanoclástica). No campo pegmatítico Galileia – Mendes Pimental afloram rochas pertencentes às formações São Tomé e Tumiritinga. Os estágios da evolução do arco magmático do Orógeno Araçuaí foram caracterizados através da definição das cinco supersuítes G1, G2, G3, G4 e G5, por Pedrosa-Soares et al. (2011). A supersuíte G1 é formada por stocks e batólitos de composição tonalítica a granodiorítica, regionalmente deformados pela orogenia Brasiliana, mas com feições magmáticas preservadas localmente. São rochas cálcio-alcalinas de médio a alto-K, metaluminosas, pré-colisionais, interpretadas como rochas de um arco magmático em um ambiente de margem continental ativa entre 630 Ma – 585 Ma (Pedrosa-Soares et al. 2011). Os principais corpos representativos dessa suíte são: Brasilândia, Galileia, Divino, Manhuaçú e Valentim. A supersuíte G2 é composta por corpos de granitos tipo “S” formados durante o estágio sin-colisional entre 585 Ma e 560 Ma. Nesse contexto também foram descritos melts do tipo “I”, gerados pela migmatização das rochas do embasamento, durante esse estágio. Os principais corpos de granitos representantes dessa supersuíte são: Ataleia, Carlos Chagas, Montanha, Nanuque, Pescador, Urucum e Wolf. Na supersuíte G3 predominam leucogranitos tipo “S”, formados a partir da refusão dos granitos da supersuíte G2, durante os estágios tardi- a pós-colisional do arco magmático entre 545 Ma e 525 Ma. São granitos subalcalinos ricos em k-feldspatos, peraluminosos, tardi-orogênicos, do tipo “S”. É a supersuíte menos volumosa e encontra-se quase sempre relacionada com os granitos da supersuíte G2. As rochas típicas dessa supersuíte são leucogranitos com granada, silimanita e cordierita. Os principais representantes são: Água Branca, Água Boa, Almenara, Barro Branco, Itaobim e Poranga. A supersuíte G4 é composta por plutons de biotita granito que gradam para leucogranitos a duas micas e muscovita-granada, com cúpulas de pegmatito e comumente exibem xenólitos e roof-pendant das rochas encaixantes. São granitos peraluminosos, mas as fácies ricas em biotita podem ser metaluminosas, pós-colisionais relacionados com o colapso gravitacional do orógeno Araçuaí, entre 530 Ma e 500 Ma. Os principais plutons e batólitos dessa supersuíte são: Campestre, Caraí, Córrego do Fogo, Itaporé, Laje Velha, Mangabeiras, Piauí, Quati, Santa Rosa e Teixeirinha. A supersuíte G5 inclui suítes, batólitos, plutons complexos zonados, sills e diques. As composições dos corpos variam de gabro-norito a granito, e muitos contêm fácies de enderbito e charnokito, indicando cristalização sobre alta pressão de fluidos ricos em CO2. Essas fusões pós-colisionais originaram das porções inferiores da crosta continental com importante contribuição do manto. As rochas dessa supersuíte são metaluminosas a levemente peraluminosas, cálcio-alcalinas a alcalinas, são granitos pós-colisionais tipo “A” e tipo “I”, formados entre 520 Ma e 480 Ma. Os principais representantes dessa supersuíte são: Aimorés, Caladão, Cotaxé, Guaratinga, Lagoa Preta, Lajinha, Medina, Padre Paraíso, Pedra Azul, Pedra do Elefante, Rubim, Santa Angélica, Salomão, Santo Antônio do Jacinto e Várzea Alegre. CAMPO PEGMATÍTICO GALILEIA – MENDES PIMENTEL No Projeto Borda Leste foram cadastrados nesse campo 84 pegmatitos localizados nos municípios Divino das Laranjeiras e Galileia (Fig. 2). Os corpos de pegmatito estão encaixados principalmente nas rochas da Formação São Tomé do Grupo Rio Doce, mas também ocorrem nos Tonalitos Galileia. Os pegmatitos hospedados nos biotita xistos da Formação São Tomé são corpos concordantes com a foliação principal e, próximo aos contatos com as rochas hospedeiras, exibem alteração hidrotermal (turmalinização, feldspatização e muscovitização). Já nas rochas graníticas, os pegmatitos ocorrem preenchendo fraturas com espessuras decimétricas a poucos metros. Os principais minerais encontrados nesses pegmatitos são: espodumênio, (kunzita), berilo, (rubelita), morganita, turmalina, quartzo (cristal-de-rocha), columbita/tantalita e cassiterita (Netto et al. 2000). Na região de Linópolis ocorrem os fosfatos secundários como beraunita, brasilianita, childrenita, dufrenita, fluorapatita, frondelita, jahnsita, roscherita, sabugalita, scorzalita, souzalita, strunzita, tapiolita e wylleita (Cassedane, 1983; in Netto et al. 2000). |
Bibliografia |
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Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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A mina onde se encontra o pegmatito Sapucaia, atualmente encontra-se desativada. O pegmatito foi descoberto no início do século XX e durante a 2ª Guerra Mundial foi seu período áureo produzindo berilo e muscovita. Permaneceu desativado por um longo período, voltando a atividade somente nas décadas de 1980-90, produzindo feldspato industrial. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Privado |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Razoável |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido como holostratótipo ou unidade litodêmica nos léxicos estratigráficos do Brasil e da Amazônia Legal ou documentos similares, ou é a fonte de um holótipo, neótipo ou lectótipo registrado em publicações científicas, de acordo com o código (ICZN, ICBN ou ICN) vigente na época da descrição e cadastrado na Base de Dados Paleo da CPRM ou bases similares ou é um sítio de referência da IMA; | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | O local de interesse tem problemas de preservação e os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão alterados ou modificados | 1 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes | 2 |
Valor Científico | 325 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 100 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 4 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal, mas com controle de acesso | 3 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 285 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração de elementos geológicos secundários por atividade antrópica | 3 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas só depois de ultrapassar certas limitações (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 2 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 50 km do local de interesse | 3 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | Existem obstáculos que tornam difícil a observação de alguns elementos geológicos | 3 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Não se aplica. | 0 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 260 | |||
Valor Turístico | 200 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
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Valor Científico: | 325 |
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Valor Educativo: | 260 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 200 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 285 (Risco Médio) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a curto prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | Não se aplica - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -18.898602759373627 e Longitude: -41.48659248395998 |
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Ponto 2: | Latitude: -18.898491104062312 e Longitude: -41.481648873144984 |
Ponto 3: | Latitude: -18.902321853969188 e Longitude: -41.48161241306747 |
Ponto 4: | Latitude: -18.902311703714997 e Longitude: -41.4871243782712 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |