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Pico do Cauê, Quadrilátero Ferrífero-MG
Itabira -
MG , Lat.:
-19.597867966 Long.:
-43.223434448
Última alteração: 12/09/2022 09:18:57
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Status: Em análise
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
325
Valor Educativo:
275 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
230 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
300 (Risco Médio)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Pico do Cauê, Quadrilátero Ferrífero-MG |
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Título Representativo: | Localidade-tipo da Formação Cauê e dos minerais arsenopaladinita, atheneíta, isomertieíta, paladseíta e jacutingaíta |
Classificação temática principal: | Mineralogia |
Classificação temática secundária: | Estratigrafia |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Quadrilátero Ferrífero - MG) |
Localização
Latitude: | -19.597867966 |
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Longitude: | -43.223434448 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | MG |
Município: | Itabira |
Distrito: | |
Local: | Serra do Pico do Cauê |
Ponto de apoio mais próximo: | A cidade de Itabira |
Ponto de referência rodoviária: | Avenida João Soares Silva |
Acesso: | Itabira está distante de 105km de Belo Horizonte. A partir de Belo Horizonte, segue pela BR-381 por 66km até Bom Jesus do Amparo. Toma-se a MG-434 e a MG-129 até Itabira por mais 39km. Chegando a Itabira pela MG-129, siga pela Avenida João Soares Silva, por 3km, e chegará a Mina Cauê. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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O Pico do Cauê, localizado no Sinclinório de Itabira-MG, nordeste do Quadrilátero Ferrífero é a localidade tipo da Formação Cauê, uma sequência composta predominantemente por formações ferríferas bandadas, responsável por toda produção de minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero. É o local onde foram descobertos cinco novos minerais associados com a mineralização de Au-Pd, conhecida como “Jacutinga”. A arsenopaladinita, atheneíta, isomertieíta, paladseíta e jacutingaíta fazem parte da lista da International Mineralogical Association (IMA). É o local onde foi criada a primeira mineração de minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero, a Brazilian Hematite Syndicate, em 1909, e que mais tarde se tornou a Companhia Vale do Rio Doce e atualmente VALE. |
Abstract |
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Pico do Cauê, located in Itabira-MG, northeast of the Quadrilátero Ferrífero is the type locality of the Cauê Formation, a sequence rich in iron formations, responsible for all iron ore production in the Iron Quadrangle. It is the site where five new minerals associated with Au-Pd mineralization, known as "Jacutinga", were discovered. These minerals (arsenopaladinite, atheneite, isomertite, paladseite and jacutingaite) are listed by the IMA (International Mineralogical Association). It is the site where the first iron ore mining operation of the Iron Quadrangle was established, the Brazilian Hematite Syndicate, in 1909, and which later became the Companhia Vale do Rio Doce and currently VALE. |
Autores e coautores |
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José Adilson dias Cavalcanti - Serviço Geológico do Brasil (CPRM) Daniel Atencio - Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP) |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Paleoproterozoico, Neoproterozoico |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Formação Cauê |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Itabirito |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
DESCRIÇÃO DO GEOSSÍTIO Aos pés do Pico do Cauê foi construída a vila que deu origem à cidade de Itabira. No início do século XX, descobriu-se que o local guardava uma das maiores jazidas de minério de ferro do Brasil (IBGE, 2020). O pico é a localidade-tipo da Formação Cauê descrita por Dorr (1958): ... The Cauê Itabirite is largely composed of itabirite, a metamorphose oxide-facies iron formation. The rock is normally composed of alternating laminal of quartz and hematite. Locally it contains bed and lenses of dolomitic itabirite and amphibolitic itabirite (rocks in which dolomite and amphibolite substitute wholly or in part for the quartz) as well as local and subordinate lenses of dolomite. Dolomitic and amphibolitic itabirite commonly contain significant percentages of magnetite and martite, which substitute the hematite. Small and thin lenses of clastic rocks such as phyllite and quartzite, although rare, have been found in the Cauê itabirite. The Cauê Itabirite varies in apparent stratigraphic thickness from a few meters to well over a thousand in the Quadrilátero Ferrífero and from a few meters to over three hundred meters in the type locality. This variation is largely due to plastic flow during deformation; the original sedimentary thickness was probably between 50 and 250 meters. The formation normally overlies underlying Batatal formation (Harder and Chamberlin, 1915) of the Caraça Group with abrupt contact or with a contact may be gradational over greater distances. Although at the locality, the Cauê Itabirite grades over a short distance into the rocks of the conformably overlying Piracicaba Group, is most other localities the caue grades upward into the overlying Gandarela Formation of the Itabira Group over stratigraphic thicknesses measures in meters or tens of meters. In the type locality of the Cauê Formation was not deposited Gandarela Formation... (Pág. 61-62). MINERALOGIA É a localidade-tipo da arsenopaladinita, atheneíta, isomertieíta, paladseíta e jacutingaíta, que ocorrem associados com a mineralização de Au-Pd. Além desses cinco minerais, foram identificados outros minerais raros na paragênese da mineralização de Au-Pd, tais como, paladinita, porpezita, mertieíta II, temaganita, stibiopaladinita, e grupos compostos de Pt-Pd-Au-Cu-Fe-Mn contendo oxigênio, conhecido como ouro preto (Atencio 1999). ARSENOPALADINITA - Pd8(As, Sb)3 Na tese de livre docência, Atencio (1999) descreve como foi identificada a Arsenopaladinita. Segundo o autor, a primeira citação do nome arsenopaladinita apareceu em Hey (1955) como uma comunicação pessoal de Bannister e a menção de um trabalho de Bannister Claringbull e Hey (1955), o qual aparentemente nunca foi publicado. Segundo Hey (1955), uma análise não publicada obtida por ele, estabeleceu a existência de um mineral de composição Pd3As. Posteriormente, em 7 de junho de 1956, um trabalho sobre a arsenopaladinita foi apresentado por Claingbull e Hey no encontro da Mineralogical Society Claringbull e Hey 1957). Segundo eles, pequenos cristais selecionados dos concentrados de lavagem em Itabira, Minas Gerais apresentam composição Pd 79,8 e As 19,27o em peso. Um estudo de um único cristal por difração de raios X resultou em uma cela unitária hexagonal sobreposta por um tipo incomum de superestrutura. Clark et al. (1974) concluíram que na amostra estudada por Claringbull e Hey (1957) considerada monominerálica, existiam na verdade diversos minerais e redefiniram a arsenopaladinita com aprovação pela CNMNM - IMA, como Pd5(AsSb)2, triclínico. Esse era o mineral predominante na amostra. O mineral hexagonal, a partir do qual foram obtidos os dados cristalográficos por Claringbull e Hey (1957) recebeu o nome de atheneíta [(Pd,Hg)3As. Cabri et at. (1977) verificaram que a fórmula correta da arsenopaladinita seria Pd8(As,Sb)3. A arsenopalatinica é um mineral que se cristaliza no sistema triclínico; opaco; de cor branca; com tonalidade creme amarelado em seção polida; brilho metálico; apresenta anisotropia vermelho e marrom dourado a cinza azulado no ar, marrom caqui a cinza azulado e cinza do aço brilhante no óleo. Sua ocorrência é em concentrados de ouro. Possui associação com hematita, ouro paladiado, atheneita, stillwaterita, palladseita, isomertieita, quartzo (Distrito Mineral de Itabira, Brasil); ouro, paládio, palladesita (Mina Cauê, Brasil); stillwaterita, braggita, vysotaskita, sperrylita, hollingworthita (Intrusão Siikakama, Finlandia). A sua nomenclatura foi em alusão a sua composição. O material tipo encontra-se depositado no Museu de História Natural de Londres, Inglaterra, 1934.72, 1977.258; no Royal Museu de Ontario, Toronto, Canada, M34726; e no Museu Nacional de História Natural, Washington D.C., Estados Unidos, 142504 (Anthony et al., 2004 - 2020). ATHENEÍTA - (Pd, Hg)3As De acordo com Atencio (1999) esse mineral também foi identificado nos concentrados residuais dos trabalhos de lavagem do ouro da mina Cauê, em Itabira, Minas Gerais. Estes concentrados são provenientes da jacutinga. Os minerais associados são arsenopaladinita, isonertieíta e paladseíta Apresenta inclusões de grãos arredondados de hematita. Originalmente, pensou-se que estes concentrados possuía apenas arsenopaladinita. O grão utilizado para estudo de estrutura cristalina da arsenopaladinita era em realidade de atheneíta. A atheneíta se cristaliza no sistema hexagonal. É um mineral opaco; a cor: em luz refletida é branco, com matriz azulada em comparação com a arsenopaladinita; possui brilho: metálico; pleocroismo muito fraco em amarela claro a cinza azulado claro. A nomenclatura é em homenagem a Deusa Pallas de Atenas; em alusão ao seu conteúdo de paládio. O Material tipo está depositado no Museu de História Natural de Londres, Inglaterra, 1934,72; 1977,259; e no Museu Nacional de História Natural, Washington D.C., Estados Unidos, 142504 (Anthony et al., 2004 - 2020). ISOMERTIEÍTA - Pd11Sb2As2 De acordo com Atencio (1999) a isomertieíta também foi identificada nos concentrados residuais dos trabalhos de lavagem do ouro da mina Cauê, em Itabira, Minas Gerais. Os minerais associados são arsenopaladinita, atheneíla e paladseíta. Foram descritos grãos intercrescidos com arsenopaladinita onde apenas isomertieíta apresenta inclusões de hematita. A isomertieíta se cristaliza no sistema cúbico; é um mineral opaco; exibe cor amarelo claro em seção polida; a anisotropia é fraca, em tons de marrom opaco; possui dimorfismo com mertieita-I. Possui associação com arsenopalladinita, atheneita, palladseita, hematita, ouro (distrito Mineral de Itabira, Brasil); calcopirita, millerita, kotulskita, arsenopalladinita, hematita (Complexo Lac des Iles, Canadá); hongshiita, cooperita, sperrylita, vysotskita, magnetita, bornita, polydymita, diopsídio, actinolita, epidoto (distrito de Yen, China). A nomenclatura é em alusão a sua estrutura e composição em relação a mertieíta I. O material tipo encontra-se depositado no Museu de História Natural de Londres, Inglaterra, 1934,72; e no Museu Nacional de História Natural, Washington D.C., Estados Unidos, 142504 (Anthony et al., 2004 - 2020). PALADSEÍTA - Pd17Se15 A paladseíta também foi identificada nos concentrados residuais dos trabalhos de lavagem do ouro da mina Cauê, em Itabira Minas Gerais. Os minerais associados são arsenopaladinita, isomertieíta e atheneita. Apresenta inclusões de óxido de paládio contendo cobre, isótropo, não identificado provavelmente não é paladinita, que é tetragonal. A paladseíta se cristaliza no sistema cúbico, como inclusões euédricas e preenchendo fraturas em óxidos de ferro; é um mineral opaco; em luz refletida é branco e no ar e cinza claro no óleo. A nomenclatura foi em alusão a sua composição química. PALLADium and SElenium. O material tipo encontra-se depositado no Museu de História Natural de Londres, Inglaterra, 1977,500 e 1934,72; e no Museu Nacional de História Natural, Washington D.C., Estados Unidos, 142504 (Anthony et al., 2004 - 2020). JACUTINGAÍTA - Pt2HgSe3 A jacutingaíta ocorre nos concentrados de minerais pesados, veios auríferos ricos em hematita que cortam formações ferríferas metamorfisadas da Mina Cauê, no Distrito Mineral de Itabira. De acordo com Atencio (2020), Cabral et al. (2008) citaram preliminarmente este mineral como uma fase sem nome. Com o apoio da documentação sobre o análogo sintético, Vymazalová et al. (2012) descreveram a jacutingaíta como uma nova espécie mineral. O único grão de material natural e o tamanho muito pequeno impediram sua extração e investigação por difração de raios X. Por isso, as investigações cristalográficas e estruturais relevantes foram realizadas em Pt2HgSe3 sintético e os materiais naturais e sintéticos demonstraram ter a mesma estrutura pelos métodos EBSD. A jacutingaíta se cristaliza no sistema hexagonal em agregados de atheneíta-potarita-hematita. É um mineral opaco; de cor cinza, cinza claro em luz refletida [sintético]; possui traço: cinza [sintético]; brilho metálico; clivagem muito boa em {001}. O Padrão sintético em raio x é Pt2HgSe3. A nomenclatura é em alusão ao tipo de mineralização aurífera rica em hematita, conhecida como Jacutinga. O material tipo foi depositado no GeoMuseum, Universidade Técnica de Clausthal, Alemanha (# 26580) (Anthony et al., 2004 - 2020). |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Xisto verde |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil / Rúptil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR8d - Vales estruturais | |
FR11d - Serra | |
FR11f - Crista | |
FR13a - Cangas e crostas lateríticas |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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O Pico do Cauê é a localidade tipo da Formação Cauê (Door II, 1958). Durante o século XVIII as atividades mineradoras em Itabira eram voltadas para a lavra de ouro nas formações ferríferas. A mineralização de Au-Pd era conhecida como Jacutinga. O nome Jacutinga é em alusão a ave que habitava a região, o Jacú, uma ave preta e branca, assim como a aparência do minério. As lavras de minério de Ferro, na área onde se insere o Pico do Cauê, tiveram início em 1909 com a fundação da primeira mineradora a Brazilian Hematite Syndicate que foi sucedida pela Itabira Iron Ore Company. Em 1941, Getúlio Vargas assinou o decreto-lei nº 4.352 que criou a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), uma empresa de economia mista, com sede administrativa em Itabira. A primeira sede administrativa da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) foi em Itabira. Já no início da década de 50, o governo brasileiro assumiu o controle definitivo do sistema operacional da CVRD, tornando-se a maior exportadora de minério de Ferro do Brasil. Em 1997, a empresa foi privatizada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Atualmente é considerada uma das maiores empresas mineradoras do mundo. Com a exaustão da jazida na última década do século XX, a cava da mina passou a ser utilizada para a disposição de estéril e rejeito (Galbiatti, 2006). A atividade de lavra de minério de ferro perdurou ao longo de quase todo o século XX (1909 - 2003). A arsenopaladnita, atheneíta e a isomertieíta foram descritas por A.M. Clark, A.J. Criddle e E.E. Fejer, do Departamento de Mineralogia do Museu de História Natural de Londres e registrados na IMA em 1973. A atheneíta e a isomertieíta foram encontradas intercrescidas com a arsenopaladinita (Clark et al. 1974). A paladiseíta também foi encontrada nos concentrados da lavagem de ouro e foi registrada na IMA em 1975 por R.J. Davis, A.M. Clark e A.J. Criddle. Já, a jacutingaíta foi registrada na IMA em 2010 por Anna Vymazalová et al. (2012) e a sua descrição foi publicada pelos mesmos autores no Canadian Mineralogist. CONTEXTO GEOLÓGICO O Pico do Cauê está situado na região nordeste do Quadrilátero Ferrífero, no domínio do Sinclinório de Itabira, onde afloram principalmente rochas pertencentes aos grupos Itabira (Formação Cauê) e Piracicaba. Os minerais descobertos na região estão todos associados com a mineralização de Au-Pd que ocorre nos itabiritos da Formação Cauê (Galbiatti 2006). As rochas do Supergrupo Minas compõem uma sequência metassedimentar depositada em um ambiente de rifte que evoluiu para margem passiva (Dopico et al. 2017). Seus litotipos englobam espessas camadas de quartzitos, xistos, filitos, formações ferríferas, dolomitos, grauvacas e rochas metavulcânicas. Na base desta sucessão, o Grupo Caraça é composto por metaconglomerados e metarenitos aluviais e metapelitos marinhos, agrupados nas formações Moeda e Batatal, respectivamente. Estudos isotópicos nos metaconglomerados e quartzitos auríferos da Formação Moeda (U-Pb em zircão e xenotima) indicaram idade máxima de deposição em 2,62Ga (Koglin et al. 2014). O Grupo Itabira é uma sequência plataformal composta por formações ferríferas bandadas do tipo Lago Superior, xistos carbonáticos, mármores ferruginosos e raras intercalações de rochas vulcânicas intermediárias a máficas (Formação Cauê) e uma sequência essencialmente carbonática, a Formação Gandarela com idade 2,42Ga (Babinsky et al. 1995). Separado por uma discordância erosiva, o Grupo Piracicaba aflora na porção central do anticlinório de Itabira, composto por metaconglomerados e quartzitos ferruginosos, que gradam para metapelitos e xistos carbonosos. Esse grupo normalmente é dividido nas formações Cercadinho, Fecho do Funil, Taboões e Barreiro. No entanto, no Sinclinório de Itabira ele permanece indiviso. GEOLOGIA LOCAL Na região onde se insere o Pico do Cauê ocorrem quatro grandes unidades litoestratigráficas. As rochas do embasamento que afloram na porção norte são representadas por um complexo gnáissico tipo TTG, correlacionado ao Complexo Guanhães, composto por gnaisses e migmatitos com idades entre 2867 e 2711 Ma e granitos com idade em torno de 2710 Ma (Noce et al. 2007). Esse complexo constitui o embasamento das rochas dos supergrupos rio das Velhas e Minas e na área da mina foram descritos os seguinte litotipos: biotita gnaisses, gnaisses félsicos, biotita gnaisses com porfiroclastos, migmatitos e corpos anfibolíticos (Galbiatti 2006). Já as rochas do Supergrupo Rio das Velhas constituem a envoltória do sinclinório de Itabira e os principais litotipos que ocorrem na área da mina, descritos por Galbiatti (2006) foram: anfibólio xisto, carbonato-clorita-quartzo xisto, clorita xisto, quartzo-clorita xisto, epidoto xisto, metacherts, metacarbonatos, quartzo-muscovita-biotita xisto com granadas e anfibolitos e raras lentes de formação ferrífera. No Sinclinório de Itabira, onde se encontra o Pico do Cauê, afloram as rochas do Supergrupo Minas que é representado pela Formação Cauê (do Grupo Itabira) e pelas rochas do Grupo Piracicaba Indiviso. O Grupo Itabira (Formações Ferríferas Itabira) foi inicialmente designado de Formação Itabira por Harder & Chamberlin (1915) sendo composta pelas formações ferríferas que ocorrem no pico de Itabira, próximo a Itabira do Campo. Já, a Formação Cauê (Itabiritos Cauê) foi descrita por Dorr II (1958) no mesmo pico, como uma formação composta principalmente por itabiritos (uma rocha metamórfica formada a partir da formação ferrífera fácies óxido), composta pela intercalação de finas camadas de quartzo e hematita, localmente aparecem finas camadas e lentes de itabirito dolomítico e anfibolítico, e mais raramente, filito e quartzito. O Grupo Piracicaba Indiviso ocupa a parte central do sinclinório de Itabira, sendo composto por quartzitos ferruginosos, quartzitos sericíticos, quartzitos puros e filitos (Dorr II & Barbosa 1963). Diques de rocha intrusiva cortam os itabiritos e quartzitos, e lascas de anfibolitos e talco xistos estão tectonicamente imbricados com as formações ferríferas (Olivo et al. 1995). Os granitos Borrachudos foram definidos por Dorr II & Barbosa (1963a) na região a noroeste do Sinclinório de Itabira, no Córrego dos Borrachudos (Fig. 2). Grossi Sad et al. (1990) foram os proponentes da denominação Suíte Borrachudos, que ficou consagrada até os tempos atuais na literatura. É composta por granitos foliados, muito fraturados, de cor cinza claro a cinza rosado, de granulação grossa, composto principalmente por quartzo, ortoclásio, microclima, albita, oligoclásio e biotita (Dorr & Barbosa 1963). A suíte possui características tardi- a pós-tectônicas em relação ao evento Transamazônico, com idade U-Pb em titanitas de 1680 + 6Ma e TDM 3,27 Ga, sugerindo um magma derivado de uma crosta inferior arqueana, possivelmente marcando a zona de abertura do rifte Espinhaço (Chemale Jr. et al. 1998, Padilha et al. 2000a). As rochas da suíte foram posteriormente deformadas durante o evento Brasiliano. MINERALIZAÇÃO DE Au-Pd (JACUTINGA) As mineralizações tipo Jacutinga (Au-Pd) ocorrem nos itabiritos da Formação Cauê e estão localizadas nas porções leste e nordeste do Quadrilátero Ferrífero. As principais minas de onde se extraiu ouro da jacutinga são: Cauê, Conceição, Gongo Soco, Pitangui, Cata Preta, Maquiné, Antônio Pereira e Brucutú. Essas minas parecem ser casos únicos de depósitos Au-Pd em facies óxido de formações ferríferas bandadas tipo Lago Superior do Paleoproterozoico no mundo (Olivo et al. 1995). A jacutinga foi descrita por Henwood (1871) e Hussak (1908) nas minas de Gongo Soco e Maquiné. São filões de hematita especular ricos em Au-Pd, contém manganês, talco e caolinita, e trucam as estruturas brasilianas (Galbiatti et al. 2007, Cabral et al. 2015). Na serra de Itabira, onde se encontra o Pico do Cauê, a lavra ocorreu inicialmente nas drenagens que coincidiam com o eixo do Sinclinal do Cauê (Dorr II & Barbosa 1963a). Olivo et al. (1995) consideraram que a gênese da mineralização está relacionada com o evento D1 (Transamazônico em 1,83 Ga), onde os corpos de minério são paralelos a foliação S1 e à lineação de estiramento. Já, Galbiatti et al. (2007), consideraram que os corpos de minério ocorrem em sistemas de fraturas gerados por falhas transcorrentes relacionadas ao evento Brasiliano. Dessa forma, o sistema de fraturas, bem como, as suas interseções seriam os controles estruturais da mineralização e também responsáveis são pelas geometrias dos corpos de minério. Já, Cabral et al. (2015) obtiveram a idade U-Pb de 489,6 + 2,2 Ma em três grãos de monazitas da jacutinga e interpretaram mineralização como sendo tardi-Brasiliana, ou seja, relacionada com o estágio de relaxamento crustal, quando cessaram os esforços da tectônica Brasiliana. Em 1984, a CVRD produziu 8 toneladas de ouro na Mina Cauê e calculou uma reserva de 2,5 toneladas para o depósito, com teor de 30g/ton de Au. Cinco corpos de minérios foram lavrados na Mina Cauê e em todos foram identificados elementos do grupo da platina com os seguintes teores médios: Pd (4,0%), Pt (0,1%), Ag (0,6%) e Cu (0,5%). Vários minerais raros também foram identificados na mineralização: isomertieíta (Clark et al. 1974), arsenopaladinita, paladseíta/paládio nativo (Olivo et al. 1995), hongshiita e tetraauricuprita (Galbiatti et al. 2007). |
Bibliografia |
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Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
---|---|
A área onde se encontra o Pico do Cauê pertence à empresa Vale. A mina Mina do Cauê foi esgotada e está sendo utilizado para disposição de rejeito das Minas Conceição e do Meio. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Privado |
Area Rural |
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|
Area Urbana |
---|
|
Fragilidade |
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Elevada |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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A mina não está em operação desde 2003. |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido como holostratótipo ou unidade litodêmica nos léxicos estratigráficos do Brasil e da Amazônia Legal ou documentos similares, ou é a fonte de um holótipo, neótipo ou lectótipo registrado em publicações científicas, de acordo com o código (ICZN, ICBN ou ICN) vigente na época da descrição e cadastrado na Base de Dados Paleo da CPRM ou bases similares ou é um sítio de referência da IMA; | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | O local de interesse tem problemas de preservação e os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão alterados ou modificados | 1 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 5 ou mais tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 4 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | A realização de amostragem ou de trabalho de campo é muito difícil de ser conseguida devido à existência de limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) | 1 |
Valor Científico | 325 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
---|---|---|---|
B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 100 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 4 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal, mas com controle de acesso | 3 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada | 3 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 300 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
---|---|---|---|---|
C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos por atividade antrópica | 2 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada | 3 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O acesso por estudantes e turistas é muito difícil devido a limitações existentes (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 1 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 20 km do local de interesse | 3 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | Existem obstáculos que tornam difícil a observação de alguns elementos geológicos | 3 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH superior ao que se verifica no estado | 3 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 20 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 1 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 275 | |||
Valor Turístico | 230 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
---|
Valor Científico: | 325 |
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Valor Educativo: | 275 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 230 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 300 (Risco Médio) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a curto prazo |
---|---|
Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a curto prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a curto prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Uso Sustentável - Reserva Particular do Patrimônio Natural |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -19.580709124201967 e Longitude: -43.248195653432056 |
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Ponto 2: | Latitude: -19.580655213596152 e Longitude: -43.20768356323242 |
Ponto 3: | Latitude: -19.607446971970173 e Longitude: -43.20756912929938 |
Ponto 4: | Latitude: -19.607824285489638 e Longitude: -43.24819564819337 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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|
Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |