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Fósseis Marinhos da Formação Pirabas
São João de Pirabas -
PA , Lat.:
-0.683866024 Long.:
-47.170654297
Última alteração: 27/11/2020 20:10:22
Última alteração: 27/11/2020 20:10:22
Status: Consistido
Sítio da Geodiversidade de Relevância Nacional.
Valor Científico:
155
Valor Educativo:
215 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
180 (Relevância Regional/Local)
Risco de Degradação:
180 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Fósseis Marinhos da Formação Pirabas |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Paleontologia |
Classificação temática secundária: | |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº com o Nº: | não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -0.683866024 |
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Longitude: | -47.170654297 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | 1m m |
Estado: | PA |
Município: | São João de Pirabas |
Distrito: | |
Local: | Praia do Rei Sabá |
Ponto de apoio mais próximo: | São João de Pirabas |
Ponto de referência rodoviária: | SEDE MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DE PIRABAS |
Acesso: | Através das rodovias Pa-124/324 chega-se a área urbana de São João de Pirabas, a partir da qual, acessa-se o geossítio, utilizando embarcação que sai do porto da cidade. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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A ilha de Fortaleza foi a primeira localidade fossilífera da Formação Pirabas registrada na literatura (Ferreira Penna, 1876; Derby, 1877; White, 1887; Katzer, 1933), sendo que a descrição geológica desses calcários foi realizada inicialmente por Kraatz-Koschlau & Huber (1900), que também efetivaram coletas de amostras fossilíferas. A Formação Pirabas representa a fácies carbonática depositada no Mioceno Inferior, com origem entre ambientes marinho transicional e plataformal (ROSSETI; GÓES, 2004 e ROSSETTI, 2006). A Formação Pirabas é constituída por calcários contendo fósseis marinhos de águas rasas e quentes, caracterizando uma das mais expressivas ocorrências do Cenozoico marinho do Brasil. Nesta unidade, existem fósseis guias (principalmente o molusco gastrópode Orthaulax pugnax e o foraminífero planctônico Globigerinoides) que posicionam temporalmente a Formação Pirabas no Mioceno inferior (TÁVORA et al., 2002; 2010 e TÁVORA, 2014 ). O gênero Orthaulax tem sido considerado um representante extinto da família Strombidae, endêmico da província paleobiogeográfica Caribeana, vivente entre o Oligoceno Superior e o Mioceno Inferior. Do ponto de vista paleoambiental teria vivido em ambiente marinho de águas rasas, quentes, límpidas, agitadas e com salinidade normal. Na Formação Pirabas, a espécie Orthaulax pugnax foi reconhecida por Maury (1925), e corroborada em pesquisas subseqüentes. Assim, este gastrópode constitui-se em um elemento importante da Formação Pirabas, por ter sido o primeiro táxon utilizado para datar esta unidade litoestratigráfica como oligo-miocênica, bem como seu decisivo papel para correlação com outras unidades sincrônicas da Província Biogeográfica Caribeana, permitindo delimitar no norte do Brasil, a sua extremidade sul. Um rico conteúdo fossilífero da Formação Pirabas, aflora no nordeste do Pará, na Ilha de Fortaleza (praia do Rei Sabá), em São João de Pirabas, em base de falésia e também como plataforma de abrasão para o qual propõe-se aqui, como um geossítio de temática paleontológica. Ainda não existem decretos que regulem medidas de proteção ambiental da ilha de Fortaleza. Dada a sua importância para a Paleontologia brasileira, torna-se necessário a elaboração de medidas e salvaguardas protetivas. |
Abstract |
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Autores e coautores |
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Sheila Gatinho Teixeira - CPRM/SGB (autora do sítio) Xafi da Silva Jorge João - CPRM/SGB (autor da quantificação) |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Mioceno Inferior |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Formação Pirabas |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Calcário |
Rocha Subordinada: | |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Disconformidade – intervalo de erosão ou não deposição entre camadas sedimentares, com ou sem ravinamento |
Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: |
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Regime Tectônico: |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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Bibliografia |
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DERBY, O. A., 1877. Contribuições para a Geologia da região do Baixo Amazonas. Arquivos do Museu Nacional 2: 77-104. FERREIRA PENNA, D.S. Breves Notícias Sobre os Sambaquis do Pará. Archivos Museu Nacional, v. 1, n. 85 –99, 1876. KATZER, F., 1933. Geologia do Estado do Pará. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi 9: 1-289. KRAATZ-KOSCHLAU, K. & J. HUBER, 1900. Zwischen Ocean und Guamá. Beitrag zur Kenntnis des Staates Pará: 1-34. Museu Paraense de História Natural e Ethnografia (Memórias do Museu Paraense, 2), Belém. MAURY C. J., 1925. Fósseis Terciários do Brasil com descrição de novas formas Cretáceas: 1-665. Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil (Monografia 4), Rio de Janeiro. ROSSETTI, D.F.; GÓES, A. M. In: ROSSETTI, D.F.; GÓES, A. M.; TRUCKENBRODT, W. (Ed.). O Neógeno na Amazônia Oriental. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2004. p.13-52. (Coleção Fiedrich Katzer). ROSSETTI, D.F. Evolução sedimentar miocênica nos Estados do Pará e Maranhão. Geologia USP: Série Científica, v.6, n. 2, p. 7-18, 2006. TÁVORA,V.A.; FERNANDES,A.C.S.; FERREIRA,C.S. 2002. Ilha de Fortaleza, PA - Expressivo registro de fósseis do Cenozóico marinho do Brasil. In: Schobbenhaus, C.; Campos, D.A. ; Queiroz, E.T.; Winge, M.; Berbert-Born, M.L.C. (Edits.) Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. 1. ed. Brasilia: DNPM/CPRM - Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos (SIGEP), 2002. v. 01: 139-144. TÁVORA, V. A.; SANTOS, A. A. R.; ARAÚJO, R. N. 2010. Localidades fossilíferas da Formação Pirabas (Mioceno Inferior). Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais 5 (2): 207-224. TÁVORA,V.A.; SILVA, F. S. F. 2014. Relação entre geologia e os atrativos turísticos do Estado do Pará. In: SIMÕES, M. S. 2014. XVII Encontro Internacional do Imaginário nas Formas Narrativas Orais Populares da Amazônia (IFNOPAP)/ VII Campus Flutuante da Universidade Federal do Pará (UFPA) , Navegando entre rio e a floresta com vistas a Biodiversidade, Cultura e Sustentabilidade. Universidade Federal do Pará, Belém-PA. TEIXEIRA, Sheila Gatinho; BANDEIRA, Iris Celeste Nascimento. Mapa geodiversidade da costa nordeste do Pará. 2019. CPRM/SGB WHITE, C. A., 1887. Contribuição à Paleontologia do Brasil. Archivos do Museu Nacional 7: 1-273. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Biocalcirrudito com abundante conteúdo fossilífero. Ilha de Fortaleza, município de São João de Pirabas. Fonte:... |
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse ilustra razoavelmente elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 1 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido, na área de trabalho, como um dos locais-tipo secundário, sendo a fonte de um ou mais parastratótipo, unidades litodêmicas, parátipo ou sintipo | 1 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Existem artigos sobre o local de interesse em revistas científicas nacionais, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A4 - Integridade | 15 | O local de interesse não está muito bem preservado, mas os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) ainda estão preservados | 2 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 3 ou 4 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 2 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 4-5 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 1 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | Não existem limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) para realizar amostragem ou trabalho de campo | 4 |
Valor Científico | 155 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Existem reduzidas possibilidades de deterioração dos elementos geológicos secundários | 1 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal nem controle de acesso | 4 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse sem acesso direto por estrada mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículos | 1 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com 250-1000 habitantes por km2 | 3 |
Risco de Degradação | 180 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Os elementos geológicos do local de interesse não apresentam possibilidade de deterioração por atividades antrópicas | 4 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse sem acesso direto por estrada, mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículo | 1 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas só depois de ultrapassar certas limitações (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 2 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro | 2 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 50 km do local de interesse | 3 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com 250-1000 habitantes por km2 | 3 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no estado | 3 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados no ensino superior | 1 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Os elementos geológicos que ocorrem no sítio apenas são evidentes e perceptíveis para quem possui graduação em geociências | 1 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 20 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Não se aplica. | 0 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 215 | |||
Valor Turístico | 180 |
Classificação do sítio
Relevância: | Sítio da Geodiversidade Relevância Nacional |
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Valor Científico: | 155 |
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Valor Educativo: | 215 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 180 (Relevância Regional/Local) |
Risco de Degradação: | 180 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a longo prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a longo prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Xafi da Silva Jorge Joao |
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Email: | xafi.joao@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | CPRM - Serviço Geológico do Brasil |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/0245202457200267 |