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Estromatólitos Colunares no Sumidouro do Córrego Carrapato, Lagamar, MG: Registro de Construções Colunares Dolomíticas por Cianobactérias no Proterozoico do Brasil
Lagamar -
MG , Lat.:
-18.166666031 Long.:
-46.833332062
Última alteração: 25/11/2020 09:49:36
Última alteração: 25/11/2020 09:49:36
Status: Consistido
Geossitio de Relevância Nacional
Valor Científico:
230
Valor Educativo:
215 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
155 (Relevância Regional/Local)
Risco de Degradação:
165 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Estromatólitos Colunares no Sumidouro do Córrego Carrapato, Lagamar, MG: Registro de Construções Colunares Dolomíticas por Cianobactérias no Proterozoico do Brasil |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Paleontologia |
Classificação temática secundária: | |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº com o Nº: | 74 |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -18.166666031 |
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Longitude: | -46.833332062 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | MG |
Município: | Lagamar |
Distrito: | |
Local: | Sumidouro |
Ponto de apoio mais próximo: | Lagamar |
Ponto de referência rodoviária: | Lagamar |
Acesso: | Tomando-se a rodovia BR-040 (Belo Horizonte - Brasília) em direção a Paracatu, seguir para Guarda-Mor (89 km) e Vazante (39 km) antes de chegar em Lagamar (29 km). As formações estromatolíticas ocorrem a alguns quilômetros a oeste dessa cidade (Figs. 1 e 2). As melhores exposições aparecem perto das fazendas Silva, Onório, Cacheta, Faria e Oliveira, além do local denominado Sumidouro, objeto do presente trabalho, onde o Córrego Carrapato desaparece em um sumidouro nos dolomitos. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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No geossítio Sumidouro do Córrego Carrapato está localizado no município de Lagamar, noroeste do Estado de Minas Gerais. Excelentes afloramentos de dolomitos mostram estromatólitos colunares com laminações convexas do tipo Baicalia e com laminações cônicas do tipo Conophyton metula Kirichenko intercalados com dolomitos oncolíticos e dolomitos laminados (esteiras microbianas), os quais pertencem ao Grupo Vazante que aflora na zona externa da Faixa Brasília. Esses estromatólitos, que são característicos do Proterozoico Médio a Superior, foram depositados no ambiente marinho litorâneo em condições de águas rasas e agitadas afetadas por fortes correntes de marés. (Dardenne et al. 2009) |
Abstract |
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In the site named Sumidouro of the Carrapato River, localized in the Lagamar district, northwestern portion of the Minas Gerais State, excellent outcrops of dolomites show columnar stromatolites with convexe laminations of the Baicalia type and with conical laminations of the Conophyton metula Kirichenko type intercalated with oncolitic and laminated dolomites, belonging to the Vazante Group in the external zone of the Brasília Fold Belt. These stromatolites, which are characteristic of the Middle to Upper Proterozoic, were deposited in a peritidal marine environment with shallow waters and high energetic tidal currents. (Dardenne et al. 2009) |
Autores e coautores |
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Marcel Auguste Dardenne (Instituto de Geociências da Universidade de Brasília, UnB) José Eloi Guimarães Campos (Instituto de Geociências da Universidade de Brasília - UnB) Mário da Costa Campos Neto (Instituto de Geociências da Universidade da Universidade de São Paulo - Usp) Avaliação Quantitativa: José Adilson Dias Cavalcanti (Serviço Geológico do Brasil, CPRM, Sureg-BH) |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Meso a Neoproterozoico |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Grupo Vazante |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Dolomito |
Rocha Subordinada: | Ardósia |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
As formações estromatolíticas integram a Formação Serra do Garrote, Membro Sumidouro do Grupo Vazante (Dardenne 2000, 1979, Campos Neto 1984), o qual está situado na zona externa da Faixa Brasília (Figs. 1 e 2). O mapa geológico simplificado da área (Fig. 3) mostra uma grande estrutura de direção norte-sul em um sinclinório onde se reconhece as lentes de dolomitos maciços, geralmente cobertos por vegetação muito densa, que se destacam no meio das ardósias ou metapelitos intensamente dobrados evidenciados pela drenagem dendrítica e pela cobertura de gramíneas características. As ardósias, de cor cinza escuro a cinza esverdeado, mostram-se homogêneas ou laminadas, tornando-se carbonáticas nas vizinhanças das lentes dolomíticas. Os dolomitos apresentam as seguintes litofácies (Fig. 3b): i) dolomitos micríticos laminados de cor bege, cinza claro ou rosado, geralmente intercalados com brechas intraformacionais; ii) dolomitos com fragmentos micríticos lamelares, de cor rosado ou cinza claro, com extremidades angulosas ou arredondadas, cimentados por micrita ou microesparita, cuja origem é relacionada a intraclastos de dissecação; iii) dolomitos laminados, formados por esteiras microbianas micríticas, de cor cinza escuro, com formas sinuosas e irregulares, as vezes interrompidas; iv) dolomitos ricos em intraclastos bem arredondados, de cor cinza claro ou cinza escuro, considerados de origem orgânica, cimentados por doloesparita microcristalina; v) dolomitos ricos em oncólitos, de cor róseo claro, mostrando estruturas sedimentares tais estratificações cruzadas (raras) e estruturas gradacionais (frequentes). ; vi) dolomitos róseos contendo estromatólitos colunares; vii) intercalados nos bancos dolomíticos, ocorrem finos níveis de dolossiltitos, de cor marrom, com abundantes laminações cruzadas. DESCRIÇÃO DO GEOSSÍTIO Basicamente, dois tipos de estromatólitos colunares têm sido diferenciados em função da forma das laminações que podem ser convexas ou cônicas. Excelentes exposições de estromatólitos colunares ocorrem em diversos biohermas da região, mas as ocorrências mais excepcionais aparecem no local conhecido como Sumidouro do Córrego Carrapato. Estromatólitos Colunares com Laminações Convexas As colunas estromatolíticas mostram uma típica cor rosa que se sobressai sobre o fundo cinza azulado dos dolomitos encaixantes. Essas colunas, que podem atingir uma altura superior a dois metros, se dispõem verticalmente ou ligeiramente inclinadas em relação ao acamamento. Elas são irregularmente cilíndricas com contrações e expansões abruptas que conferem uma morfologia de bulbo ou de tubérculo para as construções estromatolíticas (Fig. 4). A ramificação das colunas é ativa ou passiva com dois ou mais ramos se desenvolvendo para cada divisão. Essas colunas-filhas frequentemente expandem-se lateralmente antes de crescer para cima na vertical. As laminações são convexas, se recobrindo localmente umas as outras, com cunhas e protuberâncias angulosas se projetando na rocha encaixante. Entretanto, não existe envelope na superfície lateral nem zona marginal. A microestrutura das laminações é formada por filamentos cinza escuro micríticos de origem microbiana alternando com horizontes claros de microesparita. As laminações microbianas são contínuas, sinuosas e raramente interrompidas, com espessuras variando entre 0,08 mm e 0,4mm. Algumas interrupções são aparentemente provocadas por recristalização da rocha encaixante. Alguns pellets e intraclastos de origem orgânica são, às vezes, identificados no interior dessas laminações. As laminações claras, com espessura variando entre 0,04 e 0,4 mm, mostram níveis cristalinos irregulares de microesparita, a qual se apresenta em cristais maiores na base das laminações cinza escuro. A rocha encaixante das colunas é um dolomito micrítico cinza azulado com intraclastos lamelares rosados de origem orgânica, os quais podem atingir vários centímetros de comprimento e são interpretados como produtos da erosão das colunas estromatolíticas pelas correntes. Em corte transversal, as colunas apresentam seções mais ou menos circulares com laminações concêntricas de cor rosada. Algumas cavidades abertas, classificadas como stromatactis, permanecem após a sedimentação e a diagênese. Elas mostram uma base plana e um preenchimento progressivo por esparita e quartzo tardi-diagenético. Outras cavidades são também preservadas abaixo das protuberâncias das laminações microbianas refletindo uma sedimentação interna gradacional caracterizada pela sucessão de pellets, micrita e esparita grosseira, de baixo para cima. Classificação dos estromatólitos colunares com laminações convexas - Esses estromatólitos colunares mostram estreitas afinidades com o Supergrupo dos Tungussides (Raaben 1969) e foram classificados como pertencendo ao Grupo Baicalia, que é caracterizado pela ramificação ativa e pelas contrações e estrangulamentos observados nas colunas. Entretanto, deve ser ressaltado que a morfologia das colunas parece largamente induzida pela presença de fortes correntes erosivas atuando durante o crescimento das construções estromatolíticas. Estromatólitos com Laminações Cilindro-Cônicas Excepcionais construções microbacterianas de cor rosada destacam-se sobre o fundo cinza azulado de dolomito micrítico, formando colunas cônicas de cerca de um metro de altura, extremamente densas e muito próximas umas das outras. Em seção longitudinal, as laminações apresentam uma forma cônica muito característica, interrompendo-se nas bordas de colunas sem mostrar recobrimento marginal . Na parte central, elas se apoiam sobre uma zona axial bem definida, que na sua porção apical apresenta morfologia achatada com ondulações acentuadas. As seções transversais são circulares, subcirculares ou triangulares, com diâmetros compreendidos entre 5 e 15 cm. Essas seções podem mostrar importantes protuberâncias que penetram a rocha encaixante. No seu centro, a zona axial com diâmetro de alguns milímetros é bem definida. Ao microscópio, as laminações microbacterianas mostram uma cor cinza escuro, são contínuas e sinuosas, com espessuras compreendidas entre 0,1 e 0,4 mm, e são de natureza micrítica. Elas alternam com laminações claras, finas, com espessuras variando entre 0,05 e 0,3 mm, sendo constituídas de microesparita. Classificação dos estromatólitos colunares com laminações cilindro-cônicas - A continuidade das laminações, a ausência de zona marginal e a maior espessura relativa das laminações escuras em relação às laminações claras (Fig. 5) permitem classificar os estromatólitos com laminações cônicas como do tipo Conophyton metula Kirichenko descrito por Komar et al. (1965). Ambiente de Sedimentação A interpretação dos ambientes de sedimentação foi feita a partir das características das construções estromatolíticas e das suas relações com as rochas encaixantes: a dolomitização é penecontemporânea à sedimentação; a litificação precoce das colunas estromatolíticas é necessária para a preservação das construções colunares num ambiente de alta energia e provavelmente contemporânea da dolomitização; a coloração rosada das colunas estromatolíticas sugere um ambiente oxidante, que pode ocorrer em ambiente dominado pelas marés e as correntes associadas; um nível de energia elevado é inferido a partir da observação de feições erosivas constatadas sobre certas colunas estromatolíticas com laminações convexas, resultando em produtos como intraclastos e fragmentos de laminações microbacterianas flutuando na matriz micrítica intercolunar; a sedimentação na área das construções estromatolíticas é quase exclusivamente carbonática, o aporte de sedimentos detríticos se limitando a pequenos grãos angulosos de quartzo, de granulação silte, trapeados pelas laminações microbacterianas; as condições de profundidade onde cresceram os estromatólitos colunares são difíceis de ser estimadas, mas é evidente que a maior parte das colunas encontrava-se submersa em função da lama micrítica depositada entre as colunas, as quais foram submetidas a processo de litificação extremamente rápido para resistir à erosão provocada pelas correntes de marés. É provável que as colunas estromatolíticas com laminações convexas crescessem em condições de profundidade mais rasa devido às feições erosivas frequentemente observadas e às contrações e estrangulamentos das colunas atribuídos às correntes de marés. Ao contrário, as colunas estromatolíticas com laminações cônicas de tipo Conophyton parecem ter crescido em condições sublitorâneas de ambiente mais calmo, tendo em vista a ausência de feições erosivas neste tipo de construção e a sedimentação exclusiva de lama micrítica no espaço intercolunar. Essa conclusão é reforçada pela observação que existe geralmente uma segregação dos horizontes de Conophyton em relação aos níveis de colunas com laminações convexas. Em alguns casos, observa-se uma zona de transição entre esses horizontes, onde se constata a convivência entre os dois tipos de colunas. Nessa zona de transição, observa-se frequentemente a presença do tipo Jacutophyton, que se caracteriza pelo desenvolvimento e crescimento de colunas oblíquas com laminações convexas a partir das construções cônicas, traduzindo provavelmente uma mudança progressiva da profundidade e do ambiente de sedimentação. IDADE DAS CONSTRUÇÕES ESTROMATOLÍTICAS Como foi mostrado pelos pesquisadores russos (Komar et al., 1965; Raaben, 1969), o gênero Conophyton é conhecido somente no Precambriano, e mais especificamente no Proterozoico. Esse fato foi reconhecido posteriormente nos Estados Unidos (Cloud & Semikhatov, 1969), no Canadá (Hofmann, 1969, 1972), na Austrália (Walter & Preiss, 1972; Preiss, 1972) e na África (Bertrand-Sarfati, 1972; Cloud & Semikhatov, 1969; Trompette, 1969). No Brasil, os primeiros Çonophytons foram identificados no vale do Ribeira (Almeida, 1944), no Grupo Bambuí/Vazante (Moeri, 1972; Dardenne et al., 1972, 1971; Cloud & Dardenne, 1973; Dardenne & Campos Neto, 1976), no Grupo Macaúbas (Schöll, 1976) e no Grupo Paranoá (Dardenne et al., 1973, 1976; Laranjeira & Dardenne, 1993; Guimarães & Dardenne, 1994). O gênero Conophyton metula Kirichenko, assim como o grupo Baicalia são considerados pelos autores russos (Krylov, 1963) como característicos do Rifeano Médio (1350 - 950Ma). Entretanto, as dificuldades e incertezas observadas na identificação dos diversos tipos de estromatólitos, além da forte influência do ambiente de sedimentação sobre a morfologia das colunas estromatolíticas, conduziram ao abandono dessa nomenclatura e das tentativas de classificação, somente permanecendo o caráter de Conophyton como fóssil index do Proterozoico Médio a Superior. Na Faixa Brasília, a ocorrência de Conophyton é utilizada informalmente para diferenciar o Grupo Bambuí dos Grupos Paranoá e Vazante. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: |
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Regime Tectônico: |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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As ocorrências de estromatólitos colunares aqui descritas foram descobertas em 1973 pelos geólogos da METAMIG (Célio Freitas e Mário Campos Neto) e da UnB (Marcel A. Dardenne) durante os trabalhos de mapeamento e exploração mineral para chumbo e zinco no Estado de Minas Gerais (Dardenne & Campos Neto 1976, Campos Neto 1984, Dardenne 1979). Trabalhos geológicos complementares foram desenvolvidos no âmbito da realização da dissertação de Mestrado de Nogueira (1993) e do artigo de Nogueira & Dardenne (1992) e das pesquisas apoiadas pelo CNPq (Dardenne & Schobbenhaus 2001, Dardenne 2000). Os estromatólitos colunares da região de Lagamar apresentam condições excepcionais de preservação no sítio denominado Sumidouro do Córrego Carrapato, o qual merece ser protegido em função de sua importância do ponto de vista estratigráfico, paleontológico e paleoambiental. A identificação de Conophyton metula Kirichenko pode permitir no futuro o estabelecimento de correlações intrabacinais e talvez de correlações intercontinentais. Esses estromatólitos colunares desenvolveram-se em ambiente marinho infralitorâneo, caracterizado por condições de águas rasas e oxidantes com forte influência de correntes de marés. Os estromatólitos cilindro-cônicos de tipo Conophyton parecem ter crescido em condições de águas ligeiramente mais profundas, enquanto os estromatólitos com laminações convexas foram submetidos à intensa ação das correntes de marés em ambiente litorâneo. |
Bibliografia |
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Almeida, F.F.M. 1944. Collenia Itapevensis - Um fóssil Precambriano no Estado de São Paulo. Fac. Fil. Ciênc. Letras, USP, Boletim 45, Geol., Vol. 1, p. 29-106. Bertrand-Sarfati, J. 1972. Stromatolites columnaires du Précambrien Supérieur, Sahara Nord-occidental: inventaire, morfologie et microstructure des laminations; corrélations stratigraphiques. CNRS, C.R.Z.A., série Geologie, n°14, 245p. Campos Neto, M.C. 1984. Litoestratigrafia, relações estratigráficas e evolução paleogeográfica dos grupos Canastra e Paranoá (Região de Vazante-Lagamar,MG). Rev. Bras. Geociências, 14 (2):81-91. Cloud, P.; Dardenne, M.A. 1973. Proterozoic age of the Bambuí Group in Brazil. Geol. Soc. Am. Bull., 84:1673-1676. Cloud, P.; Semikhatov, M.A. 1969. Proterozoic stromatolitic zonation. Am. Journ. Sci., 267: 1017-1061. CPRM, 2014. Mapa Geológico do Estado de Minas Gerais, Escala 1:1.000.000. Formato Digital. Disponível em: http://www.portalgeologia.com.br/index.php/mapa. Dardenne, M.A. 1979. Les mineralisations de plomb, zinc, fluor du Protérozoïque Supérieur dans le Brésil Central. Thèse de Doctorat d´Etat, Université de Paris 6, 251 p. Dardenne, M.A. 2000. The Brasília Fold Belt. In Cordani U.G., Milani E.J., Thomaz Filho A., Campos D.A. (Eds.), Tectonic Evolution of South America, 31 Int. Geol. Congress, Rio de Janeiro, Brazil 2000,p.231-264. Dardenne, M.A.; Campos Neto, M.C. 1976. Geologia da região de Lagamar, Minas Gerais. Cong. Bras. Geol., 29, Ouro Preto, SBG, Resumos, p.17. Dardenne, M.A.; Campos, J.E.G.; Campos Neto, M.C. 2009. Estromatólitos Colunares no Sumidouro do Córrego Carrapato, Lagamar, MG: Registro de Construções Colunares Dolomíticas por Cianobactérias no Proterozoico do Brasil. SIGEP 074. In: Winge et al. 2009, Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil, Volume 2. SIGEP-CPRM, p. 311-320. Dardenne, M.A.; Faria, A.; Andrade, G.F. 1973. Ocorrências de estromatólitos colunares na região de São Gabriel, Goiás. Cong. Bras. Geol., 27, SBG, Aracaju, Bol. Esp. n° 1, p. 139-141. Dardenne, M.A.; Faria, A.; Andrade, G.F. 1976. Occurrence de stromatolithes columnaires dans le Groupe Bambuí (Goiás-Brésil). Anais Acad. Bras. Cienc., 48 (3): 555-566, Rio de Janeiro. Dardenne, M.A.; Melo, S.M.G.; Moeri, E. 1971. Os estromatólitos do Grupo Bambuí: classificação, importância estratigráfica e metalogênica. Cong. Bras. Geol., 25, São Paulo, Bol. Esp. n°1, Resumos, p.88. Dardenne, M.A.; Melo, S.M.G.; Moeri, E. 1972. Conophyton: um fóssil index do Precambriano no Grupo Bambuí. Ciênc. Cult., 24 (2): 199-203. Dardenne, M.A.; Schobbenhaus, C. 2001. Metalogênese do Brasil. CPRM/UnB, Editora UnB, 392p. Guimarães, E.M.; Dardenne, M.A. 1994. Proterozoic stromatolites from Cabeceiras, Goiás, Brazil. 14 Intern. Sedim. Congress., Recife, Abstracts, p. 38-39. Hofmann, H.J. 1969. Attributes of stromatolites. Geol. Surv. Canadá, rep. pap. 69-39, 43p. Hofmann, H.J. 1972. Stromatolites from the Proterozoic Animikie and Sibley groups,Ontario. Geol. Surv. Can. Paper 68-69. Komar, V.A.; Raaben, M.E.; Semikhatov, M.A. 1965. Conophytons in the Riphean of the URSS and their Krylov, I.N. 1963. Ramifying columnar stromatolites of Riphean of Southern Urals and importance for stratigraphy of late Precambrian. Akad. Nauk SSSR Geol. Inst. Trudy, 69, 133p. Laranjeira, N.P.F.; Dardenne, M.A. 1993. Litoestratigrafia do Grupo Paranoá na região de Unaí, MG. Anais 2° Simp. Cráton São Francisco, SBG, Salvador, p. 282-284. Moeri, E. 1972. On a columnar stromatolite in the Precambrian Bambuí Group of Central Brazil. Ecl. Geol. Helv., 65 (1):185-195. Nogueira, G.M.S. 1993. Enquadramento estratigráfico, sedimentologia e evolução geoquímica do depósito fosfático de Lagamar, MG - Formação Vazante – Proterozoico Médio. Dissertação de Mestrado, IG/UnB, Brasília, 134p. Nogueira, G.M.S.; Dardenne, M.A. 1992. Caracterização dos dolomitos biohermais estromatolíticos da região de Lagamar, MG. Bol. Res. Exp., Cong. Brás. Geol., 37, SBG, São Paulo, 1, p. 70-71. Preiss,W.V. 1972. The systematic of South Australia Precambrian and Cambrian stromatolites. Part. 1. Trans. R. Soc. Aust., 96, part.2, 67-100. Raaben, M.E. 1969. Columnar stromatolites and Late Precambrian stratigraphy. Am. J. Sci., 267/1:1-18. Schöll, W. 1976. Estromatólitos (Conophyton) em dolomitos do Grupo Macaúbas. Cong. Bras. Geol., 29, Ouro Preto, SBG, Resumos, p. 363. stratigraphic importance. Akad. Nauk SSSR Geol. Inst. Trudy, v. 131, 72p. Trompette, R. 1969. Les stromatolites du Précambrien Supérieur de l´Adrar de Mauritanie (Sahara occidental). Sedimentology 13/1 and 2. Walter, M.R.; Preiss, W.V. 1972. Distribution of stromatolites in the Precambrian and Cambrian of Australia. 24th IGC, Section 1, p. 85-93. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Figura 4 – a) Seções transversais de Conophytons rosados se destacando na matriz cinza micrítica intercolunar; b)... |
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Tendo em vista que o sítio encontra-se desprotegido, sugere-se que o Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) não conceda alvarás de pesquisa e lavra na área do Sumidouro e adjacências imediatas, e que seja solicitada a colaboração das companhias de mineração de calcário e dolomito que atuam na região, no sentido de proteger esse sítio e também que sejam confeccionadas placas explicativas e alusivas à importância da preservação daquele local. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é um bom exemplo para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido, na área de trabalho, como local-tipo secundário, sendo a fonte de um parastratótipo, unidade litodêmica ou de um parátipo | 2 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Existem artigos sobre o local de interesse em revistas científicas nacionais, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 1 ou 2 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 1 |
A6 - Raridade | 15 | Existem, na área de estudo, 4-5 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 1 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | Não existem limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) para realizar amostragem ou trabalho de campo | 4 |
Valor Científico | 230 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 1 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Não se aplica. | 0 |
Risco de Degradação | 165 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos por atividade antrópica | 2 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse sem acesso direto por estrada, mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículo | 1 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas | 4 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos até 25 pessoas a menos de 50 km do local de interesse | 1 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no estado | 3 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 2 tipos de elementos da geodiversidade | 2 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Não se aplica. | 0 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Não se aplica. | 0 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 215 | |||
Valor Turístico | 155 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Nacional |
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Valor Científico: | 230 |
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Valor Educativo: | 215 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 155 (Relevância Regional/Local) |
Risco de Degradação: | 165 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a longo prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a longo prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |