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Conophyton de Cabeludo, Grupo Vazante, MG: construções dolomíticas por cianobactérias no Proterozoico
Vazante -
MG , Lat.:
-17.725833893 Long.:
-46.758888245
Última alteração: 25/11/2020 09:48:48
Última alteração: 25/11/2020 09:48:48
Status: Consistido
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
345
Valor Educativo:
230 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
185 (Relevância Regional/Local)
Risco de Degradação:
180 (Risco Baixo)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Conophyton de Cabeludo, Grupo Vazante, MG: construções dolomíticas por cianobactérias no Proterozoico |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Paleontologia |
Classificação temática secundária: | |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº com o Nº: | 73 |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -17.725833893 |
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Longitude: | -46.758888245 |
Datum: | WGS 84 |
Cota: | m |
Estado: | MG |
Município: | Vazante |
Distrito: | |
Local: | Vila de Cabeludo |
Ponto de apoio mais próximo: | Vazante |
Ponto de referência rodoviária: | Vazamor |
Acesso: | O geossítio de Cabeludo localiza-se a cerca de 1 km da Vila de Cabeludo, a qual pertence ao município de Vazante, que se situa na porção noroeste do Estado de Minas Gerais (Fig. 1). O acesso pode ser feito a partir da cidade de Vazante em direção a Vazamor situado ao norte ou a partir da cidade de Paracatu em direção ao sul, por estradas de terra trafegáveis em qualquer período do ano. As coordenadas geográficas do sítio são: 17,72583333 S; 46,75888889 W. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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O geosssítio paleontológico de Cabeludo, localizado no noroeste de Minas Gerais, apresenta excepcionais afloramentos de estromatólitos colunares com laminações cônicas, classificados como Conophyton Cylindricus Maslov, ocorrendo nos dolomitos do Grupo Vazante, o qual se situa na zona externa da Faixa Brasília. Esses estromatólitos são considerados característicos do Proterozoico Médio a Superior. O ambiente de sedimentação é marinho infralitorâneo, em águas relativamente profundas e calmas, possivelmente influenciado por correntes de marés. (Dardenne 2009) |
Abstract |
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The Paleontological Site of Cabeludo, localized in the northwestern portion of the Minas Gerais State, shows exceptional outcrops of columnar stromatolites with conical laminations, classified as Conophyton cylindricus Maslov, occurring in the dolomites of the Vazante Group, which is situated in the external zone of the Brasília Fold Belt. These stromatolites are considered as characteristic of Middle to Upper Proterozoic. The sedimentary environment is marine subtidal, relatively deep and quiet, possibly influenced by tidal currents. (Dardenne 2009) |
Autores e coautores |
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Marcel Auguste Dardenne (Instituto de Geociências da UnB, in memoriam) Avaliação Quantitativa: José Adilson Dias Cavalcanti (Serviço Geológico do Brasil, CPRM, Sureg-BH) |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Proterozoico |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Grupo Vazante |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Dolomito |
Rocha Subordinada: | Ardósia |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
Na área de Cabeludo, o sítio paleontológico ocorre associado aos dolomitos do Grupo Vazante (Dardenne, 2000, 1979; Campos Neto, 1984), os quais se encontram subhorizontalizados e envolvidos por dois conjuntos de ardósias intensamente microdobradas, pertencentes a Formação Serra do Garrote a leste e a Formação Serra da Lapa a oeste (Figs. 1 e 2). As ardósias da unidade inferior são de cor cinza esverdeado, com alteração para amarelo a laranja. As ardósias da unidade superior são carbonosas, mostrando finas intercalações de dolomitos cinza escuro com frequentes níveis de sílica. Os dolomitos, de cor cinza escuro a cinza claro, localmente silicosos, possuem um aspecto maciço com estratificação incipiente e mostram abundantes estruturas de origem microbiana. Distinguem-se vários tipos de dolomitos: dolomitos laminados com esteiras microbianas, com raras silicificações por calcedônia e ondulações; dolomitos ricos em intraclastos de origem orgânica, bem arredondados, cimentados por esparita finamente cristalina, apresentando vugs preenchidos por dolomita esparítica grosseiramente cristalina; dolomitos cinza escuro a preto apresentando manchas escuras de dolomicrita silicosa; brechas dolomíticas avermelhadas com fragmentos angulosos a ligeiramente arredondados de dolomito micrítico e de chert, apresentando concentrações anormais de hematita e pirita. A descrição do geossítio resume as principais observações realizadas por Moeri (1972), Dardenne et al. (1972), Cloud & Dardenne (1973) e Dardenne (1979). Os estromatólitos colunares com laminações cilindrocônicas afloram de maneira excepcional na forma de pequenos agrupamentos isolados, visíveis em três dimensões, envolvidos por margas dolomíticas alteradas e menos resistentes a erosão, o que permitiu o destaque das ocorrências estromatolíticas (Fig. 3). Os estromatólitos formam colunas de até 3 metros de altura e diâmetro de 30 a 80 cm na base. As colunas são verticais a ligeiramente inclinadas, paralelas entre elas, com as bases se tocando umas as outras (Fig. 4a). Na porção superior, o espaço intercolunar fica mais evidente, sendo preenchido por uma lama de dolomito micrítico. Em seção vertical longitudinal, as intercalações de laminações cônicas de coloração cinza escuro e branco são perfeitamente visíveis, formando um ângulo de 30 a 50° na porção apical e interrompendo-se na borda das colunas, sem mostrar recobrimento muito significativo. Excepcional e localmente, pode-se observar a passagem lateral das laminações cônicas de uma coluna para outra. No centro das colunas, observa-se a individualização de uma zona axial, com espessura média vizinha de 0,8 a 1,0 cm, sobre a qual vêm se apoiar as laminações cônicas. Em corte transversal, as seções das colunas estromatolíticas apresentam, no caso mais frequente, uma geometria elíptica (Fig. 4b) e mais raramente uma feição circular, no centro das quais se destaca a zona axial definida anteriormente. Alguns afloramentos isolados de dimensões menores mostram um desenvolvimento divergente e radial das colunas estromatolíticas a partir de um foco de expansão. Em superfícies polidas e lâminas delgadas, as laminações estromatolíticas mostram um aspecto bandado muito característico com a alternância de laminações cinza escuro e branco (Fig. 5). As laminações cinza escuro, com espessura média compreendida entre 0,1 e 1,0 mm, atingindo até 2,0 mm, são bastante contínuas, às vezes interrompidas ou fragmentadas (Fig. 4c). Mostram frequentemente uma textura peloidal. Ás vezes, essas laminações, que resultam do desenvolvimento de esteiras microbianas, contém sedimentos internos de coloração cinza claro. As laminações claras, com espessuras geralmente maiores que as laminações escuras (Fig. 8), entre 0,2 e 2,5 mm, são compostas por dolomita cristalina. Podem representar o produto da recristalização de uma antiga lama carbonática capturada pelas esteiras microbianas ou, mais provavelmente, fenômenos de dissolução seguidos por preenchimento dos espaços vazios assim criados. Observa-se o desenvolvimento de uma textura fibrosa bem característica, com crescimento dos cristais em direção ao centro e, ás vezes, ocorrência de quartzo autigênico. Essas laminações claras podem conter fragmentos mais ou menos alongados de laminações escuras. Classificação A estrutura estriada das laminações e a razão das espessuras das laminações escuras e claras (Fig. 5) proximas de 0,2 a 1,5 permite classificar essas construções estromatolíticas como do tipo Conophyton cylindricus Maslov (Moeri, 1972; Moeri & Cloud, 1973 ) ou Conophyton metula Kirichenko (Cloud & Dardenne, 1973) segundo a nomenclatura binominal utilizada pelos autores russos (Komar et al., 1965; Raaben, 1964; Cloud & Semikhatov, 1969). Idade Segundo os pesquisadores russos (Komar et al., 1965; Raaben 1964 entre outros), o gênero Conophyton é considerado como fóssil index do Proterozoico Médio a Superior. Tal fato foi reconhecido em outras partes do mundo, como na Austrália (Walter & Preiss, 1972), no Canadá (Hofmann, 1969, 1972), nos Estados Unidos (Cloud & Semikhatov, 1969), e na África (Bertrand-Sarfati, 1972, Trompette, 1969). No Brasil, o gênero Conophyton foi encontrado inicialmente nos dolomitos do Grupo Itaiacoca (Almeida, 1944), posteriormente nos dolomitos do grupo Vazante (Moeri, 1972; Cloud & Dardenne, 1973; Dardenne et al., 1971, 1972; Dardenne & Campos Neto, 1976; Dardenne, 1979), do Grupo Paranoá (Dardenne et al., 1973, 1976; Guimarães & Dardenne, 1994; Laranjeira & Dardenne, 1993; Laranjeira, 1992; Nogueira, 1993; Nogueira & Dardenne, 1992), e do Grupo Macaúbas (Schöll, 1976). Em geral, os autores consideram a idade entre 1650 e 950 Ma para Conophyton cylindricus Maslov, isto é o Rifeano Médio. Atualmente, essa nomenclatura caiu em desuso devido às dificuldades de aplicação objetiva e também por causa da ênfase dada a influência do ambiente de sedimentação sobre as formas e características dos estromatólitos em geral e dos colunares em particular. Entretanto, o gênero Conophyton ainda é considerado como característico do Proterozoico Médio a Superior. No Brasil, a presença deste tipo de estromatólito é utilizada informalmente, em conjunto com outros argumentos, para distinguir as rochas carbonáticas dos grupos Vazante e Paranoá daquelas do Grupo Bambuí. Ambiente de Sedimentação As observações geológicas macroscópicas e microscópicas efetuadas na área do sítio permitem tirar uma série de importantes conclusões relativas ao ambiente de sedimentação anterior á formação das colunas estromatolíticas: i) a dolomitização é considerada penecontemporânea da sedimentação; ii) a altura extraordinária atingida pelas colunas estromatolíticas implica na litificação precoce dessas colunas e elevada taxa de sedimentação; iii) a ausência de intraclastos e de figuras de dessecação significa que o crescimento das colunas estromatolíticas ocorreu num ambiente relativamente profundo infralitorâneo; iv) a orientação preferencial das seções transversais elípticas segundo as direções N20E e N-S permite inferir a existência de correntes de maré relativamente fortes e ativas, as quais induziram a formação de biohermas extremamente densos e isolados uns dos outros. A deposição de lama micrítica, observada localmente no espaço intercolunar principalmente na porção superior, seria propiciada nesse ambiente intrabioherma protegido. Raramente, observa-se a ocorrência de colunas estromatolíticas deitadas e quebradas, cujo acumulo pode ser interpretado como o resultado da erosão de colunas insuficientemente litificadas submetidas a correntes de tempestade; v) em direção ao topo dos afloramentos de Conophytons, a presença de dolomitos com laminações algais onduladas com formas dômicas características e de dolomitos com intraclastos permite inferir a volta a um ambiente mais raso dominado pelas marés com fácies inter e supralitorâneos. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: |
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Regime Tectônico: |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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As extraordinárias exposições de estromatólitos colunares com laminações cônicas foram descobertas por Ernst Moeri em 1971, já a identificação de Conophyton como fóssil index do Proterozoico foi feita no campo por Dardenne (Dardenne et al., 1971, 1972). Tendo em vista a qualidade dos afloramentos e a importância desta ocorrência sob o ponto de vista paleontológico, estratigráfico e paleoambiental, é fundamental a preservação do sítio e sua classificação como referência mundial para o estudo dos estromatólitos do Proterozoico. Estromatólitos são estruturas de origem orgânica relacionadas com atividade de colônias de algas e/ou cianobactérias que fixam partículas sólidas de carbonatos em suspensão e/ou precipitam diretamente os carbonatos contidos em solução na água do mar. No Precambriano, essas estruturas são relacionadas exclusivamente com a atividade de cianobactérias, as quais foram responsáveis pela elevação da taxa de oxigênio na água do mar e, posteriormente, pelo oxigênio presente na atmosfera e, consequentemente, pela formação da camada protetora de ozônio que permitiu o início da vida na superfície da terra a partir do Cambriano. O elemento fundamental da estrutura estromatolítica consiste na alternância de laminações cinza escuro e cinza claro: as laminações cinza escuro correspondem ás colônias bacterianas propriamente ditas, enquanto as laminações cinza claro resultam da deposição de partículas de carbonato trapeadas mecanicamente e/ou precipitadas através da atividade orgânica das colônias de cianobactérias. As principais estruturas estromatolíticas conhecidas são esteiras laminadas plano-paralelas, ondulações e domos, além das espectaculares construções colunares com laminações convexas ou cônicas. Estruturas estromatolíticas atuais e recentes foram reconhecidas nos sedimentos marinhos litorâneos e lagunares de várias regiões do mundo, as mais famosas estão nas Bahamas (no Golfo do México) e nos litorais da Austrália e do Mar Vermelho. A descoberta dos estromatólitos colunares de tipo Conophyton em dolomitos dos grupos Vazante e Paranoá permite correlacionar essas unidades ao Proterozoico Médio a Superior e separa-las informalmente, do Grupo Bambuí no qual somente se conhecem estromatólitos pertencentes ao grupo dos Gymnosolenides correlacionados ao Proterozoico Superior (Marchese, 1975; Dardenne, 1979). |
Bibliografia |
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Almeida, F.F.M. 1944. Collenia Itapevensis - Um fóssil Precambriano no Estado de São Paulo. Fac. Fil. Ciênc. Letras, USP, Boletim 45, Geol., Vol. 1, p. 29-106. Bertrand-Sarfati, J. 1972. Stromatolites columnaires du Précambrien Supérieur, Sahara Nord-occidental: inventaire, morfologie et microstructure des laminations; corrélations stratigraphiques. CNRS, C.R.Z.A., Série Geologie, n°14, 245p. Cloud, P.; Dardenne, M.A. 1973. Proterozoic age of the Bambuí Group in Brazil. Geol. Soc. Am. Bull., 84:1673-1676. Cloud, P.; Moeri, E. 1973. Conophyton in the Bambuí Group: What form and age? Geol., 1(3): 127. Cloud, P.; Semikhatov, M.A. 1969. Proterozoic stromatolitic zonation. Am. Journ. Sci., 267: 1017-1061. CPRM, 2014. Mapa Geológico do Estado de Minas Gerais, Escala 1:1.000.000. Formato Digital. Disponível em: http://www.portalgeologia.com.br/index.php/mapa. Dardenne, M.A. 1979. Les minéralisations de plomb, zinc, fluor du Protérozoïque Supérieur dans le Brésil Central. Thèse de Doctorat d´Etat, Université de Paris 6, 251 p. Dardenne, M.A.; Campos Neto, M. 1976. Geologia da região de Lagamar, Minas Gerais. Cong. Bras. Geol., 29, Ouro Preto, SBG, Resumos, p.17. Dardenne, M.A.; Faria, A.; Andrade, G.F. 1973. Ocorrências de estromatólitos colunares na região de São Gabriel, Goiás. Cong. Bras. Geol., 27, SBG, Aracaju, Bol. Esp. n° 1, p. 139-141. Dardenne, M.A.; Faria, A.; Andrade, G.F. 1976. Occurrence de stromatolithes columnaires dans le Groupe Bambuí (Goiás-Brésil). An. Acad. Brás. Cienc., 48 (3): 555-566. Dardenne, M.A. 2000. The Brasília Fold Belt. In Cordani U.G., Milani E.J., Thomaz Filho A., Campos D.A. (Eds.), Tectonic Evolution of South America, 31 Int. Geol. Congress, Rio de Janeiro, Brazil 2000, p.231-264. Dardenne, M.A.; Mello, S.M.G.; Moeri, E. 1972. Les stromatolithes du Groupe Bambuí, Brésil: classification et conditions du milieu de sedimentation. Cong. Geol. Intern. Canadá, Abstract n° 8. Dardenne, M.A.; Mello, S.M.G.; Moeri, E. 1971. Os estromatólitos do Grupo Bambuí: classificação, importância estratigráfica e metalogênica. Cong. Brás. Geologia, 25, São Paulo, SBG, Bol. Res. Com. Esp., N° 1, p.88. Dardenne, M.A.; Mello, S.M.G.; Moeri, E. 1972. Conophyton: um fóssil index do Precambriano no Grupo Bambuí. Ciênc. Cult., 24 (2): 199-203. Guimarães, E.M.; Dardenne, M.A. 1994. Proterozoic stromatolites from Cabeceiras, Goiás, Brazil. 14 Intern. Sedim. Congress., Recife, Abstracts, p. 38-39. Dardenne, M.A. 2009. Conophyton de Cabeludo, Grupo Vazante, MG: Construções dolomíticas por Cianobactérias no Proterozoico. SIGEP 073. In: In: Winge et al. 2009, Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil, Volume 2. SIGEP- CPRM, p. 303-310. Hofmann, H.J. 1969. Attributes of stromatolites. Geol. Surv. Canadá, Paper 69-39, 43p. Hofmann, H.J. 1972. Stromatolites from the Proterozoic Animikie and Sibley Groups, Ontario. Geol. Surv. Can., Paper 68-69. Komar, V.A.; Raaben, M.E.; Semikhatov, M.A. 1965. Conophytons in the Riphean of the URSS and their stratigraphic importance. Akad. Nauk SSSR Geol. Inst. Trudy, v. 131, 72p. Laranjeira, N.P.F. 1992. Geologia do Grupo Paranoá na região de Unaí: uma plataforma siliciclástica-carbonática no Proterozoico de Minas Gerais. Dissertação de Mestrado, IG/UnB, Brasília, 165p. Laranjeira, N.P.F.; Dardenne, M.A. 1993. Litoestratigrafia do Grupo Paranoá na região de Unaí, MG. Anais 2° Simp. Cráton São Francisco, SBG, Salvador, p. 282-284. Marchese, H.G. 1975. Estromatolites “Gymnosolenidos” en el dado oriental de Minas Gerais, Brasil. Rev. Bras. Geociências, 4 (4): 257-271. Moeri, E. 1972. On a columnar stromatolite in the Precambrian Bambuí Group of Central Brazil. Ecl. Geol. Helv., 65 (1): 185-195. Nogueira, G.M.S. 1993. Enquadramento estratigráfico, sedimentologia e evolução geoquímica do depósito fosfático de Lagamar, MG - Formação Vazante, Proterozoico Médio. Dissertação de Mestrado, IG/UnB, Brasília, 134p. Nogueira, G.M.S.; Dardenne, M.A. 1992. Caracterização dos dolomitos biohermais estromatolíticos da região de Lagamar, MG. Bol. Res. Exp., Cong. Brás. Geol., 37, SBG, São Paulo, 1, p. 70-71. Preiss, W.V. 1972. The systematics of South Australia Precambrian and Cambrian stromatolites. Part. 1. Trans. R. Soc. Aust., 96, part.2, 67-100. Raben, M.E. 1969. Columnar stromatolites and Late Precambrian stratigraphy. Am. J. Sci., 267/1: 1-18. Schöll, W.R. 1976. Estromatólitos (Conophyton) em dolomitos do Grupo Macaúbas. Cong. Bras. Geol., 29, Ouro Preto, SBG, Resumos, p. 363. Trompette, R. 1969. Les stromatolites du Précambrien Supérieur de l´Adrar de Mauritanie (Sahara occidental). Sedimentology 13/1 and 2. Walter, M.R.; Preiss, W.V. 1972. Distribution of stromatolites in the Precambrian and Cambrian of Australia. 24th IGC, Section 1, p. 85-93. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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A preservação deste sítio é de fundamental importância para o estudo dos estromatólitos colunares do tipo Conophyton em escala mundial, para resolver os problemas de correlação ainda pendentes entre os grupos Bambuí e Vazante, e para a conservação do acervo paleontológico brasileiro. Consequentemente, sugere-se a colocação de placa explicativa sublinhando os principais atributos do geossítio de Cabeludo, sua importância para a história geológica do Brasil e o papel fundamental exercido por esses microorganismos na formação da atmosfera terrestre e na evolução da vida no planeta Terra. Sugere-se atribuir a CMM (Companhia Mineira de Metais) a responsabilidade de supervisionar periodicamente a preservação do sítio e instruir os moradores locais da importância de manter os afloramentos intactos. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Elevada |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido como holostratótipo ou unidade litodêmica nos léxicos estratigráficos do Brasil e da Amazônia Legal ou documentos similares, ou é a fonte de um holótipo, neótipo ou lectótipo registrado em publicações científicas, de acordo com o código (ICZN, ICBN ou ICN) vigente na época da descrição e cadastrado na Base de Dados Paleo da CPRM ou bases similares ou é um sítio de referência da IMA; | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 1 ou 2 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 1 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 345 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 1 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada | 3 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Não se aplica. | 0 |
Risco de Degradação | 180 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
---|---|---|---|---|
C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos por atividade antrópica | 2 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse localizado a menos de 500 m de uma estrada asfaltada | 3 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado sem limitações por estudantes e turistas | 4 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos até 25 pessoas a menos de 50 km do local de interesse | 1 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorre apenas 1 tipo de elemento da geodiversidade | 1 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | Ocorrência de elementos geológicos que são evidentes e perceptíveis para todos os tipos de público | 4 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Não se aplica. | 0 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Não se aplica. | 0 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 230 | |||
Valor Turístico | 185 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
---|
Valor Científico: | 345 |
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Valor Educativo: | 230 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 185 (Relevância Regional/Local) |
Risco de Degradação: | 180 (Risco Baixo) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a longo prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a longo prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |