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Bacia do Fonseca - Vegetais fósseis do Terciário brasileiro
Alvinópolis -
MG , Lat.:
-20.155866623 Long.:
-43.309165955
Última alteração: 07/11/2023 16:09:18
Última alteração: 07/11/2023 16:09:18
Status: Em análise
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
345
Valor Educativo:
160 (Relevância Regional/Local)
Valor Turístico:
155 (Relevância Regional/Local)
Risco de Degradação:
250 (Risco Médio)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Bacia do Fonseca - Vegetais fósseis do Terciário brasileiro |
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Título Representativo: | |
Classificação temática principal: | Paleontologia |
Classificação temática secundária: | Estratigrafia |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº com o Nº: | 86 |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Quadrilátero Ferrífero - MG) |
Localização
Latitude: | -20.155866623 |
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Longitude: | -43.309165955 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | m |
Estado: | MG |
Município: | Alvinópolis |
Distrito: | Vila de Fonseca |
Local: | |
Ponto de apoio mais próximo: | Catas Altas |
Ponto de referência rodoviária: | Santa Bárbara |
Acesso: | O acesso à área pode ser efetuado a partir da cidade de Santa Bárbara, distante 107 km de Belo Horizonte, pela Rodovia MG-326, não pavimentada, rumo a Catas Altas e Santa Rita Durão. A vila de Fonseca localiza-se cerca de 15 km a sudeste de Catas Altas e 12 km a leste de Santa Rita Durão. A circulação na área se faz somente por estradas secundárias, não pavimentadas, sendo as principais aquelas que ligam Catas Altas a Fonseca e Catas Altas a Santa Rita Durão, ambas situadas, respectivamente, nos limites norte e oeste da área. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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A bacia de Fonseca, está localizada na região do Quadrilátero Ferrífero, no estado de Minas Gerais, sudeste do Brasil. Constitui um clássico exemplo de sedimentos terciários. Despertou interesse de vários pesquisadores, desde a segunda metade do século passado, por conter depósitos de “canga”, linhito e sedimentos fossilíferos. A bacia é formada por sedimentos arenosos e argilosos da Formação Fonseca, provavelmente de idade eocênica. Estes depósitos são recobertos pelos conglomerados ferruginosos (“canga”) da Formação Chapada de Canga. O registro fossilífero da Formação Fonseca é caracterizado por uma grande variedade de famílias de Angiospermas, sendo as famílias Melastomataceae e Mimosaceae as mais abundantes. O fóssil mais notável pertence à Família Bombacaea – uma flor, relativamente bem conservada, apresentando a impressão das pétalas e androceu (orgão reprodutor masculino). Esta flor representa o primeiro registro de uma flor fóssil no Cenozoico do Brasil. (Melo et al. 2002) |
Abstract |
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The Fonseca Basin, located at the Quadrilátero Ferrífero region (State of Minas Gerais, Southeastern Brazil), is a classical example of Brazilian Tertiary sediments. It has called the attention of several researchers since the second half of the 19th century for its deposits of “canga”, lignite and fossiliferous sediments. The sandy and clay sediments of the Fonseca Formation, probably dated as Eocene. The ironstone pebble conglomerates (“canga”) of the Chapada de Canga Formation cover them. The Fonseca Formation is a very fossiliferous deposit. A great amount of leaves and branches of Angiospermae, mainly from the families Melastomatacea and Mimosacea, have been recovered. The most spectacular fossil ever recovered in the Fonseca Formation belongs to the Family Bombacacea - an almost complete flower with impressions of the petals and the male reproductive organ. It represents the first record of a flower in the Cenozoic of Brazil. (Melo et al. 2002) |
Autores e coautores |
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Claudio Limeira Mello (Departamento de Geologia – IGEO/CCMN/UFRJ. Cidade Universitária, Ilha do Fundão. Rio de Janeiro/RJ, Brasil. 21949-900). Lílian Paglarelli Bergqvist (Departamento de Geologia – IGEO/CCMN/UFRJ. Cidade Universitária, Ilha do Fundão. Rio de Janeiro/RJ, Brasil) 21949-900. Lucy Gomes Sant’Anna (Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental – IGc/USP. Caixa Postal 11.348. São Paulo/SP, Brasil. 05422-970). Avaliação Quantitativa: José Adilson Dias Cavalcanti (Serviço Geológico do Brasil, SUREG-BH, Avenida Brasil 1781, 30.140-002, Belo Horizonte/MG, Brasil). |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Formação Fonseca |
Outros: | Argilito |
Rocha Predominante: | Arenito síltico-argiloso |
Rocha Subordinada: | Linhito |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
A bacia de Fonseca está assentada sobre rochas arqueanas do Quadrilátero Ferrífero, pertencentes à Associação TTG (Tonalito-Throndjemito-Granodiorito) do Complexo Santa Bárbara (Schorscher, 1992) e ao Supergrupo Rio das Velhas (Schorscher, 1978) - Figura 2. Unidades metassedimentares proterozóicas, quartzito-itabiríticas do Supergrupo Minas e quartzíticas do Supergrupo Espinhaço (Dorr, 1969; Inda et al., 1984), constituem as serranias que delimitam a área (Schorscher, 1980; Luchesi, 1991; Davies, 1993). Os litotipos mais importantes do ponto de vista do reconhecimento desta bacia como sítio geológico e paleontológico brasileiro referem-se à Formação Fonseca, conforme recentemente redefinida por Sant’Anna & Schorscher (1997), correspondendo a sedimentos arenosos, argilo-arenosos, por vezes fossilíferos e papiráceos, e argilosos. A seção colunar mais representativa da Formação Fonseca é apresentada na Figura 3. Estes depósitos documentam um sistema fluvial meandrante, de idade terciária, desenvolvido sobre o embasamento regional pré-cambriano, durante um intervalo de relativa quietude tectônica, provavelmente sob clima úmido (Sant’Anna & Schorscher, 1997). Neste ambiente de sedimentação, depositaram-se os sedimentos arenosos, argilo-arenosos e argilosos, tendo caráter geral granodecrescente ascendente. Os sedimentos argilo-arenosos são, por vezes, fossilíferos e papiráceos, tendo se formado em meandros abandonados, onde a baixa taxa de sedimentação permitiu a preservação de macrofósseis. Argilitos laminados, ricos em matéria orgânica, e arenitos com abundantes detritos orgânicos fósseis (fragmentos de caules e folhas) são típicos dos depósitos da Formação Fonseca. A atuação da diagênese na Formação Fonseca permitiu a compactação dos sedimentos, especialmente dos folhelhos papiráceos, e a geração de caulinitas neoformadas com textura de “livro” (face-to-face texture). O intemperismo atual, além de erodir os depósitos da Formação Fonseca e alterar os minerais preexistentes, tem promovido a formação de caulinitas com textura vermiforme (wormlike texture). Os sedimentos da Formação Fonseca e as rochas do embasamento pré-cambriano encontram-se recobertos por depósitos conglomeráticos ferruginosos, originalmente denominados de “canga” por Gorceix (1876). Sant’Anna & Schorscher (1997) definiram estes depósitos como Formação Chapada de Canga, dissociando-os da evolução geológica da bacia de Fonseca. Maxwell (1972) havia posicionado tais depósitos no topo da seção-tipo da Formação Fonseca, do que Sant’Anna & Schorscher (1997) divergem, considerando as características litológicas distintas, a presença de um importante hiato sedimentar e o caráter de mapeabilidade. Para estes autores, a Formação Chapada de Canga representa um sistema de leques aluviais associados lateralmente a planícies de rios entrelaçados, sob influência tectônica e condições semiáridas, tendo como área-fonte as rochas ferríferas e carbonáticas do Grupo Itabira, Supergrupo Minas. De acordo com Sant’Anna et al. (1997), a idade da Formação Chapada de Canga ainda é incerta, podendo ser terciária ou quaternária. Maxwell (1972) definiu, para esta área, a Formação Fonseca, e descreveu sua seção-tipo próximo à vila homônima. Segundo definição deste autor, esta unidade compreenderia 86 m de espessura de sedimentos argilo-arenosos flúvio-lacustres, recobertos por depósitos rudáceos ferruginos (“canga”), incluídos nesta unidade e interpretados como remanescentes da sedimentação na borda da bacia. O autor apresentou o primeiro mapa geológico da bacia de Fonseca, em escala aproximada 1:100.000, ocupando seus depósitos uma área com cerca de 35 km2. Em revisão estratigráfica da bacia de Fonseca, Sant’Anna (1994) e Sant’Anna & Schorscher (1997) individualizaram duas unidades estratigráficas distintas: a Formação Fonseca e a Formação Chapada de Canga. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: |
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Regime Tectônico: |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR1a - Planícies Aluviais (planícies de inundação) | |
FR1b - Terraços Fluviais | |
FR7c - Escarpas | |
FR13a - Cangas e crostas lateríticas |
Ilustração
Figura 1 – Mapa de ambientes geológicos do Quadrilátero Ferrífero com a localização da área da Bacia do Fonseca... |
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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De acordo com os estudos palinológicos de Lima & Salard-Cheboldaeff (1981), pela presença de Cicatricosisporites dorogensis, Spinizonocolpites, Perisyncolporites e pela ausência de Verrucatosporites usmensis, Jandufouria seamrogiformis, Magnastriates e pólen de compostas, a idade provável dos sedimentos da Formação Fonseca seria eocênica. Ainda segundo estes autores, a ausência completa de dinoflagelados e acritarcas mostra claramente que se tratam de depósitos continentais. A partir destes estudos, os autores propõem que o ambiente deposicional seria lacustre, com regiões pantanosas. Esta interpretação paleoambiental é compatível com o modelo fluvial meandrante proposto por Sant’Anna & Schorscher (1997), onde condições lacustres e pantanosas estariam relacionadas a meandros abandonados (oxbow lakes) e áreas alagadas, em planície de inundação. A grande quantidade de esporos de pteridófitas indicaria um clima mais úmido. |
Bibliografia |
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Azevedo, U.R.; Machado, M.M.M.; Paulo de Tarso Amorim Castro, P.T.A.; Renger, F.E.; Trevisol, A.; Beato, A.C. 2007. Geoparque Quadrilátero Ferrífero – Proposta. In: Schobbenhaus & Silva, 2012. Geoparques do Brasil – Propostas. Volume 1, CPRM, p.183-220. Berry, E. W. 1935. Tertiary plants from Brazil. Proc. Amer. Phil., Soc., 75 (7): 565-590. Costa Lima, A. 1944. Sobre dois fósseis da bacia terciária de Fonseca (Alvinópolis-Minas Gerais). An. Acad. bras. Ciênc., 16(4): 291-292. CPRM, 2014. Mapa Geológico do Estado de Minas Gerais, Escala 1:1.000.000. Formato Digital. Disponível em: http://www.portalgeologia.com.br/index.php/mapa. Curvello, W. S. 1955. Sobre um vegetal do linhito de Fonseca, Minas Gerais. An. Acad. bras. Ciênc., 27 (3): 293-296. Davies, H. P. K. 1993. Petrogênese e evolução crustal precambriana da região de Bateias (Quadrícula 1:25.000 NE da folha topográfica Catas Altas 1:50.000), Quadrilátero Ferrífero - MG. São Paulo, 265p. (Dissertação de mestrado apresentada ao Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo). Dolianite, E. 1949. Contribuição à flora pliocênica de Fonseca, Minas Gerais. An. Acad. bras. Ciênc., 21 (3): 239-244. Dollianiti, E. 1950. Contribuição à flora pliocênica de Fonseca, Minas Gerais II. An. Acad. bras. Ciênc., 22 (3): 303-306. Dorr, J. N. 1969. Physiographic, strtigraphic and structural development of the Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brazil. USGS Prof. Pap., 641-A, 110p. Duarte, L. 1958. Annonaceae fósseis da bacia terciária de Fonseca, Minas Gerais. D.N.P.M., Bol. Div. Geol. Miner., 178: 7-33. Duarte, L. 1974. Sobre uma Flor de Bombacaceae, da Bacia Terciária de Fonseca, MG. An. Acad. Bras. Ciênc., 46(3/4): 407-411. Gorceix, H. 1876. Note sur la roche connue vulgairement au Brésil sous le nom de Canga, et sur le bassin d’eau douce de Fonseca (province de Minas Geraës). Bull. Soc. Geol. France, 3(IV): 321-323. Gorceix, H. 1884. Bacia Terciária d’agua doce nos arredores de Ouro Preto (Gandarela e Fonseca) Minas Geraes - Brasil. Anais da Escola de Minas, 3: 75-92. Inda, H. A. V.; Schorscher, J. H. D.; Dardenne, M. A.; Schobbenhaus, C.; Haralyi, N. C. E.; Branco, P. C. A.; Ramalho, R. 1984. O cráton do São Francisco e a faixa de dobramentos Araçuaí. In: SCHOBBENHAUS, C.; CAMPOS, D.A.; DERZE, G.R.; ASMUS, H.E. (coords.), Geologia do Brasil. DNPM, Div.Geol.Mineral., Brasília, 501p. Lima, R. L. & Salard-Cheboldaeff, M. 1981. Palynologie des Bassins de Gandarela et Fonseca (Eocene de l’etat de Minas Gerais, Bresil). Boletim IG, Instituto de Geociências, USP, v. 12: 33-54. Luchesi, I. 1991. Evolução petrogenética e metalogenética da Serra da Boa Vista, Quadrilátero Ferrífero. São Paulo, 134p. (Dissertação de mestrado apresentada ao Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo). Maxwell, C. H. 1972. Geology and ore deposits of the Alegria District, Minas Gerais, Brasil. USGS Prof. Pap., 341-J, 72p. Mello, C.L.; Bergqvist, L.P.; Sant’Anna, L.G. 2002. Bacia do Fonseca: Vegetais Fósseis do Terciário Brasileiro. SIGEP – 86. In: Schobbenhaus et al. 2002, Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil - SIGEP-DNPM-CPRM, p.73-80. Sant’anna, L. G. 1994. Mineralogia das argilas e evolução geológica da Bacia de Fonseca, Minas Gerais. São Paulo, 151p. (Dissertação de mestrado apresentada ao Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo). Sant’anna, L. G.; Schorsch, H. D.; Riccomini, C. 1997. Cenozoic tectonics of the Fonseca Basin region, Eastern Quadrilátero Ferrífero, MG, Brazil. Journal of South American Earth Sciences, 10(3/4): 275-284. Schorscher, J. H. D. 1978. Komatiitos na estrutura “Greenstone belt”, Série Rio das Velhas, Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 30, Recife, 1978. Resumos... Recife, SBG, p.292-293. Schorscher, J. H. D. 1980. Contribuição à estratigrafia proterozóica do Quadrilátero Ferrífero. An. Acad. bras. Ciênc., 52: 195. Schorscher, J. H. D. 1992. Arcabouço petrográfico e evolução crustal de terrenos précambrianos do sudeste de Minas Gerais: Quadrilátero Ferrífero, Espinhaço Meridional e Domínios Granito-Gnáissicos adjacentes. São Paulo, v.1, 274p., v.2, 394p. (Tese de Livre- Docência apresentada ao Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo). Sommer, F. W. & Lima, C. D. 1967. Contribuição à paleoflora de Fonseca, Minas Gerais. Anais Acad. Bras. Ciênc., 39 (3/4): 537R-538R. Wey, A. S.; Barros, M. A.; Dino, R.; Bergqvist, L. P.; Mello, C. L.; Silva. R. C. B. 1999. Resultados preliminares de novos achados na bacia de Fonseca, MG (Paleógeno): macro e microfósseis vegetais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PALEONTOLOGIA, 16, Crato, 1999. Boletim de Resumos..., Crato, SBP, p. 126-127. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Figura 5 - (a) Exemplar de Oxandra emygdiana, Família Annonaceae, procedente da Formação Fonseca (UFRJ-DG 272 Pb).... |
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Reserva de Biosfera: | Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço |
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Relatar: | |
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Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Razoável |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Área atualmente é utilizada para o plantio de eucalipto. Mas tem potencial para a criação de um parque ecológico e paleontológico municipal ou estadual. |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido como holostratótipo ou unidade litodêmica nos léxicos estratigráficos do Brasil e da Amazônia Legal ou documentos similares, ou é a fonte de um holótipo, neótipo ou lectótipo registrado em publicações científicas, de acordo com o código (ICZN, ICBN ou ICN) vigente na época da descrição e cadastrado na Base de Dados Paleo da CPRM ou bases similares ou é um sítio de referência da IMA; | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Existem artigos sobre o local de interesse em revistas científicas nacionais, diretamente relacionados com a categoria temática em questão (quando aplicável) | 2 |
A4 - Integridade | 15 | O local de interesse não está muito bem preservado, mas os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) ainda estão preservados | 2 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 1 ou 2 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 1 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | Não existem limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) para realizar amostragem ou trabalho de campo | 4 |
Valor Científico | 345 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 2 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal nem controle de acesso | 4 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse sem acesso direto por estrada mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículos | 1 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 250 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos por atividade antrópica | 2 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse sem acesso direto por estrada, mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículo | 1 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O acesso por estudantes e turistas é muito difícil devido a limitações existentes (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 1 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) nem rede de comunicações móveis e situado a mais de 50 km de serviços de socorro | 1 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existe um valor ecológico e um cultural a menos de 20 km do local de interesse | 2 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | Existem obstáculos que tornam difícil a observação de alguns elementos geológicos | 3 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados no ensino superior | 1 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 3 ou 4 tipos de elementos da geodiversidade | 3 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | O público necessita de algum conhecimento geológico para entender os elementos geológicos que ocorrem no sítio | 3 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 20 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 1 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Não se aplica. | 0 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 160 | |||
Valor Turístico | 155 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
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Valor Científico: | 345 |
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Valor Educativo: | 160 (Relevância Regional/Local) |
Valor Turístico: | 155 (Relevância Regional/Local) |
Risco de Degradação: | 250 (Risco Médio) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a longo prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a longo prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -20.143788718605922 e Longitude: -43.328594117767786 |
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Ponto 2: | Latitude: -20.143788718605922 e Longitude: -43.302857315260184 |
Ponto 3: | Latitude: -20.167638736646428 e Longitude: -43.30268573657679 |
Ponto 4: | Latitude: -20.16779987302084 e Longitude: -43.32825096040103 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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Responsável
Nome: | Jose Adilson Dias Cavalcanti |
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Email: | jose.adilson@cprm.gov.br |
Profissão: | Geólogo |
Instituição: | Serviço Geológico do Brasil - SGB-CPRM |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/5968564202453915 |