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Estratos Calcários da Pedreira Poty
Paulista -
PE , Lat.:
-7.879166603 Long.:
-34.849166870
Última alteração: 26/09/2022 20:41:06
Última alteração: 26/09/2022 20:41:06
Status: Em análise
Geossitio de Relevância Internacional
Valor Científico:
355
Valor Educativo:
260 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
265 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
350 (Risco Alto)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Estratos Calcários da Pedreira Poty |
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Título Representativo: | Evidências de evento catastrófico no primeiro registro do limite K-Pg descrito na América do Sul |
Classificação temática principal: | Estratigrafia |
Classificação temática secundária: | História da geologia |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº com o Nº: | 102 |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Não |
Localização
Latitude: | -7.879166603 |
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Longitude: | -34.849166870 |
Datum: | WGS 84 |
Cota: | m |
Estado: | PE |
Município: | Paulista |
Distrito: | |
Local: | Mina Poty |
Ponto de apoio mais próximo: | Paulista - PE |
Ponto de referência rodoviária: | Recife - PE |
Acesso: | O Geossítio Limite K-Pg está situado na pedreira da Mina Poty, município de Paulista, região metropolitana do Recife. O acesso a partir de Recife é feito pelas rodovias PE-015, PE-022 e PE-001 até estrada de acesso à propriedade, num percurso de 32 quilômetros. |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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A passagem do Período Cretáceo para o Paleógeno é marcada pela extinção de várias espécies animais, dentre elas, estão os dinossauros e os amonites. Essa transição é caracterizada pelo enriquecimento de Irídio (Ir) nas rochas do final do Cretáceo. O Ir é pouco abundante na Terra, ocorrendo em maior abundancia nos meteoros, sendo uma das causas atribuídas a extinção em massa, a queda de um meteorito no México. Na mina Poty da empresa Votorantim, em Paulista/PE, o limite K-Pg está exposto e representado pela transição entre as Formações Gramame (Cretácea) e Maria Farinha (Paleógena). A Formação Gramame (biomicritos margosos) ocorre sotoposta à Formação Maria Farinha (intercalações entre calcários e folhelhos); ambas são caracterizadas por uma deposição em ambiente de rampa carbonática dominada por tempestades (Albertão e Martins Jr, 2009), caracterizando o local como um sítio geológico (estratigráfico). A Pedreira da Mina Poty, inserida na bacia de Pernambuco-Paraíba (PE-PB), foi descrita como a primeira localidade na América do Sul (Albertão, 1993) onde aflora a sequência sedimentar completa através do limite entre os períodos Cretáceo e Paleógeno (K-Pg) (Albertão e Martins Jr, 2009). Nas proximidades do limite K-Pg, uma série de características peculiares marcam evidências de uma conturbada transição entre períodos geológicos. Notável extinção da biota, alterações paleoclimáticas, indicadas por análise micropaleontológica, bem como pelo comportamento de isótopos estáveis de carbono e oxigênio, alteração do padrão geoquímico de diversos elementos químicos, incluindo-se aí conspícuas anomalias de irídio e flúor, presença de possíveis fragmentos de quartzo de impacto, esférulas e de uma camada interpretada como tsunamito, são algumas das mais fortes evidências que apoiam as interpretações de que essa sequência estratigráfica marca o registro sedimentar de um evento catastrófico no limite K-Pg (Albertão e Martins Jr, 2009). Trata-se, possivelmente, de um impacto extraterrestre, conforme relatado em dezenas de outras localidades distribuídas por todo o globo terrestre (Albertão e Martins Jr, 2009). Essas características são únicas dentre áreas aflorantes das bacias sedimentares brasileiras descritas até agora. É também o primeiro e ainda único relato do registro desse possível impacto em baixas latitudes do Hemisfério Sul (Albertão e Martins Jr, 2009). Exposições que registraram este evento cataclísmico que ocorreu durante a transição dos perídos K-Pg são raras, portanto a preservação do Geossítio Limite K-Pg se faz necessária para garantir a integridade do achado geológico e o acesso ao conhecimento geocientífico para as futuras gerações. |
Abstract |
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The passage from the Cretaceous Period to the Paleogene is marked by the extinction of several animal species, among them are the dinosaurs and the ammonites. This transition is characterized by the enrichment of Iridium (Ir) in the rocks of the late Cretaceous. Ir is not very abundant on Earth, being more abundant in meteors, one of the causes attributed to the mass extinction, the fall of a meteorite in Mexico. At the Votorantim company's Poty mine, in Paulista/PE, the K-Pg boundary is exposed and represented by the transition between the Gramame (Cretaceous) and Maria Farinha (Paleogenic) Formations. The Gramame Formation (marly biomicrites) occurs beneath the Maria Farinha Formation (intercalations between limestones and shales); both are characterized by deposition in a carbonate ramp environment dominated by storms (Albertão and Martins Jr, 2009), characterizing the site as a geological (stratigraphic) site. The Pedreira da Mina Poty, located in the Pernambuco-Paraíba basin (PE-PB), was described as the first location in South America (Albertão, 1993) where the complete sedimentary sequence emerges across the boundary between the Cretaceous and Paleogene periods (Albertão, 1993). K-Pg) (Albertão and Martins Jr, 2009). In the vicinity of the K-Pg boundary, a series of peculiar features mark evidence of a troubled transition between geological periods. Remarkable extinction of the biota, paleoclimatic changes, indicated by micropaleontological analysis, as well as by the behavior of stable isotopes of carbon and oxygen, alteration of the geochemical pattern of several chemical elements, including conspicuous anomalies of iridium and fluorine, presence of possible fragments of Impact quartz, spherules and a layer interpreted as a tsunami are some of the strongest evidence supporting the interpretations that this stratigraphic sequence marks the sedimentary record of a catastrophic event at the K-Pg boundary (Albertão and Martins Jr, 2009). It is possibly an extraterrestrial impact, as reported in dozens of other locations throughout the globe (Albertão and Martins Jr, 2009). These features are unique among the outcrop areas of the Brazilian sedimentary basins described so far. It is also the first and still only record of this possible impact at low latitudes in the Southern Hemisphere (Albertão and Martins Jr, 2009). Exhibitions that recorded this cataclysmic event that occurred during the transition from the K-Pg periods are rare, so the preservation of the K-Pg Boundary Geosite is necessary to guarantee the integrity of the geological find and access to geoscientific knowledge for future generations. |
Autores e coautores |
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Gilberto Athayde Albertão - Petrobrás (Autor do Geossítio SIGEP - 102) Paulo Pereira Martins Junior - UFOP (Autor do Geossítio SIGEP - 102) Luís Carlos Bastos Freitas - CPRM/Fortaleza (Autor da quantificação e demais descrições e atualizações do sítio no Geossit) Frank Gurgel Santos - CPRM/Natal (Autor da quantificação e demais descrições e atualizações do sítio no Geossit) |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Limite cretáceo-paleógeno |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Formações Gramame e Maria Farinha |
Outros: | Folhelho |
Rocha Predominante: | Calcário |
Rocha Subordinada: | Biomicrito |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : |
Trata-se de uma pedreira de onde se extrai calcário, que está parcialmente desativada desde o início dos anos 2000. Há diversas bancadas abertas para exploração do calcário, tanto na Formação Gramame, quanto na Formação Maria Farinha, sendo que no topo desta última, nas áreas de contato com a Formação Barreiras, é explorada a argila pozolana, utilizada como refratário na indústria (Albertão e Martins Jr, 2009). |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: |
Facie Metamorfismo: |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: |
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Regime Tectônico: |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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Segundo Albertão e Martins Jr (2009), a Bacia de Pernambuco-Paraíba é estudada desde o final do século XIX, principalmente do ponto de vista de seu conteúdo fossilífero, dada a riqueza em macrofósseis, notadamente moluscos e peixes. Aspectos importantes da exploração mineral dessa bacia estão relacionados à mineração do fosfato (no contacto entre as formações Beberibe e Gramame), ocorrida principalmente nas décadas de 1960 e 1970 e, mais importante, à mineração do calcário (Formações Gramame e Maria Farinha) presente ainda nos dias atuais. Em relação à abordagem da transição K-Pg, com destaque para os afloramentos da pedreira Poty, podem ser citados, dentre outros, os estudos pioneiros de Beurlen (1967), Tinoco (1967), Mabesoone et al. (1968) e Stinnesbeck (1989). Entretanto, somente em Albertão (1993) aparece a descrição dessa seção geológica como um registro quase completo dos eventos do limite K-pg e dos indícios de um impacto extraterrestre. Ainda no mesmo estudo, Albertão e Martins Jr (2009) relatam que as descrições feitas no aparecem mais detalhadas em uma série de trabalhos iniciada por um estudo de tese de mestrado (Albertão, 1993) e continuada no período entre 1996 e 2000 com o suporte de um projeto do IGCP (International Geological Correlation Program – Project 384: Impact and Extraterrestrial Spherules). Uma sucessão de trabalhos foi publicada como resultado dessas pesquisas, podendo ser citados Albertão et al. (1994 a e b), Albertão & Martins Jr. (1996a e b), Marini et al. (2000), Martins et al. (2000), Albertão & Martins Jr. (2002), Albertão et al. (2004). Paralelamente, estudos micropaleontológicos foram extensivamente desenvolvidos, bem como diversos trabalhos, dentre eles algumas teses de mestrado e doutorado, foram também escritos. Podem ser destacados os trabalhos de Koutsoukos (1996), Grassi (2000), Fauth (2002) e Sarkis (2002). |
Bibliografia |
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Albertão, G.A. 1993. Abordagem interdisciplinar e epistemológica sobre as evidências do limite CretáceoTerciário, com base em leituras efetuadas no registro sedimentar das bacias da costa leste brasileira. Escola de Minas de Ouro Preto, MG, Brasil: Tese de Mestrado, 2 volumes, 251 p. Albertão,G.A.; Martins Jr.,P.P. 1996a. A possible tsunami deposit at the Creteceous-Tertiary boundary in Pernambuco, north-eastern Brazil. Sed. Geol., 104: 189-201. Albertão,G.A.; Martins Jr.,P.P. 1996b. Stratigraphic record and geochemistry of the CretaceousTertiary (K-T) boundary in Pernambuco-Paraíba, North-eastern Brazil. In: Jardine,S.; De Klasz,I.; Debenay,J-P (eds.) Géologie de l’Afrique et de l’Atlantique Sud, Elf Aquitaine Édition, Mémoire 16:403-411. Albertão,G.A.; Martins Jr.,P.P., 2002. Petrographic and geochemical studies in the Cretaceous-Tertiary boundary, Pernambuco-Paraíba Basin, Brazil. In Buffetaut,E.; Koeberl,C. (eds.). Geological and biological effects of impact events, Springer-Verlag, pp. 167-196. Albertão,G.A.; Martins Jr.,P.P., 2009. Estratos Calcários da Pedreira Poty, Paulista, PE Evidências de evento catastrófico no primeiro registro do limite K-T descrito na América do Sul. em: Winge,M. (Ed.) et al. 2009. Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. Brasília: CPRM, 2009. v. 2. 515 p. il. color. Albertão,G.A.; Martins Jr.,P.P.; Koutsoukos,E.A.M. 1994a. O limite Cretáceo-Terciário na bacia de Pernambuco-Paraiba: características que definem um marco estratigráfico relacionado a um evento catastrófico de proporções globais. Acta Geol. Leopoldensia, 17(39/1): 203-219. Albertão,G.A.; Koutsoukos,E.A.M.; Regali,M.P.S.; Attrep Jr.,M.; Martins Jr,.P.P. 1994b. The Cretaceous-Tertiary boundary in southern lowlatitude regions: preliminary study in Pernambuco, north-eastern Brazil. Terra Nova, 6: 366-375. Beurlen,K. 1967. Estratigrafia da faixa sedimentar costeira Recife-João Pessoa. Boletim da Sociedade Brasileira de Geologia, 16:43-53. Fauth,G. 2000. The Cretaceous-Tertiary (K-T) boundary ostracodes from the Poty quarry, Pernambuco-Paraíba Basin, northeastern Brazil: systematics, biostratigraphy, palaeocology , and palaeobiogeography. GeologischPaläontologisches Institut der Universität Heidelberg, 158 p. (unpublished Ph.D. thesis). Grassi, A.A. 2000. O limite Cretáceo-Terciário nas Bacias de Pernambuco-Paraíba e Campos: Um estudo multidisciplinar com ênfase na bioestratigrafia de nanofósseis calcários. Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 152 p. (tese de mestrado não publicada). Koutsoukos,E.A.M. 1996. The Cretaceous-Tertiary Boundary at Poty, NE Brazil – Event stratigraphy and palaeoenvironments. In: Jardiné,S.; De Klasz,I.; Debenay,J-P (eds.) Géologie de L’Afrique et de L’Atlantique Sud, Elf Aquitaine Édition, Mémoire 16:413-431. Mabesoone, J.M.; Tinoco,I.M.; Coutinho,P.N. 1968. The Mesozoic-Tertiary boundary in Northeastern Brazil. Palaeogeogr., Palaeoclim., Palaeoecol., 4:161- 185. Marini,F.; Albertão,G.A.; Oliveira,A.D.; Delício,M.P. 2000. Preliminary SEM and EPMA investigations on KTB spherules from Pernambuco area (NE Brazil): diagenetic apatite and fluorite concretions, suspected fluorine anomalies. In: Detre, C.H. (ed.) Proc Annual Meet TECOS, 1998, Budapest, Hungarian Academy of Science, pp 109-117. Martins Jr.,P.P.; Albertão,G.A; Haddad,R. 2000. The Cretaceous-Tertiary boundary in the context of impact geology and sedimentary record – An analytical review of 10 years of researches in Brazil – Brazilian Contributions of the 31st. International Geological Congress - Revista Brasileira de Geociências (Soc. Bras. Geol.), 30(3):460-465. Oliveira, D. S. 2017 - Fósseis e paleoambientes da formação Gramame, Maastrichtiano da Bacia da Paraíba, Pedreira do Roger, João Pessoa – PB – Recife, 2017. 114 f.: il., fig. tab. Sarkis,M.F. 2002. Caracterização palinoestratigráfica e paleoecológica do limite Cretáceo-Terciário na seção Poty, Bacia de Pernambuco/Paraíba, nordeste do Brasil. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 120 p. (tese de doutorado não publicada). Stinnesbeck,W. 1989. Fauna y microflora em el limite Cretacico-Terciario en el Estado de Pernambuco, Nordeste de brasil. Contribuiciones de los Simpósios sobre Cretácico de América Latina. Parte A:215-230. Tinoco,I.M. 1967. Micropaleontologia da faixa sedimentar costeira Recife-João Pessoa. Boletim da Sociedade Brasileira de Geologia, 16:81-85. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Coluna Estratigráfica esquemática da Bacia Pernambuco-Paraíba (Sub-bacia Olinda). Adaptado de Barbosa, 2004. |
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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A área é um geossítio que é mantido em uma parceria da UFPE com a Votorantim Cimentos, empresa proprietária da mina. |
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Privado |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Razoável |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | O local ou elemento de interesse é reconhecido como holostratótipo ou unidade litodêmica nos léxicos estratigráficos do Brasil e da Amazônia Legal ou documentos similares, ou é a fonte de um holótipo, neótipo ou lectótipo registrado em publicações científicas, de acordo com o código (ICZN, ICBN ou ICN) vigente na época da descrição e cadastrado na Base de Dados Paleo da CPRM ou bases similares ou é um sítio de referência da IMA; | 4 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | É um sítio já aprovado pela SIGEP e/ou existem artigos sobre o local de interesse em livro, em revistas científicas internacionais... | 4 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 1 ou 2 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 1 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | A realização de amostragem ou de trabalho de campo é muito difícil de ser conseguida devido à existência de limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) | 1 |
Valor Científico | 355 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
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B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração de todos os elementos geológicos | 4 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a menos de 100 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 4 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal, mas com controle de acesso | 3 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com mais de 1000 habitantes por km2 | 4 |
Risco de Degradação | 350 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração de todos os elementos geológicos por atividade antrópica | 1 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse acessível por veículo em estrada não asfaltada | 2 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas só depois de ultrapassar certas limitações (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 2 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse com infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.), rede de comunicações móveis e situado a menos de 10 km de serviços de socorro | 4 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse | 4 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com mais de 1000 habitantes por km2 | 4 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no país | 4 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | A observação de todos os elementos geológicos é feita em boas condições | 4 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados nas escolas de ensino secundário | 2 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 2 tipos de elementos da geodiversidade | 2 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | O público necessita de algum conhecimento geológico para entender os elementos geológicos que ocorrem no sítio | 3 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH superior ao que se verifica no estado | 3 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Não se aplica. | 0 |
Valor Educativo | 260 | |||
Valor Turístico | 265 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Internacional |
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Valor Científico: | 355 |
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Valor Educativo: | 260 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 265 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 350 (Risco Alto) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a longo prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a longo prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a longo prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - |
Justificativa: | A área pertence à empresa Votorantim; há exploração mineral eventual na área. Outra ameaça são as águas pluviais que já formaram um lago que compreende praticamente toda a área da antiga exposição do limite K-Pg (Albertão e Martins Jr, 2009). Polígono de proteção sugerido pelos autores: Vértices Coordenada S Coordenada W 1 - 7º52’41.91’’ 34º51’07.47’’ 2 - 7º52’49.46’’ 34º51’13.81’’ 3 - 7º53’03.96’’ 34º51’15.52’’ 4 - 7º53’12.72’’ 34º51’11.41’’ 5 - 7º53’17.22’’ 34º51’05.48’’ 6 - 7º53’12.72’’ 34º50’43.39’’ 7 - 7º52’47.17’’ 34º50’44.20’’ |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Ponto 1: | Latitude: -7.878094586854336 e Longitude: -34.85217530178238 |
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Ponto 2: | Latitude: -7.880233567229268 e Longitude: -34.85401090259827 |
Ponto 3: | Latitude: -7.884431556054513 e Longitude: -34.854512858131606 |
Ponto 4: | Latitude: -7.887178466566881 e Longitude: -34.854045688791 |
Ponto 5: | Latitude: -7.888383452222497 e Longitude: -34.851250727771586 |
Ponto 6: | Latitude: -7.886811750089069 e Longitude: -34.84537003735906 |
Ponto 7: | Latitude: -7.879499896516023 e Longitude: -34.846385567510964 |
Justificativas e explicações sobre a delimitação sugerida para o sítio: |
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Responsável
Nome: | Colaboração Frank Gurgel Santos & Luis Carlos B. Freitas |
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Email: | luis.freitas@sgb.com.br |
Profissão: | Pesquisadores em geociências |
Instituição: | CPRM - Serviço Geológico do Brasil |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/0311879501481686 |