Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº :
Não
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque:
Sim (Pireneus - GO)
Localização
Latitude:
-15.844579697
Longitude:
-48.933040619
Datum:
WGS 84
Cota:
776 metros m
Estado:
GO
Município:
Pirenópolis
Distrito:
Local:
Museu do Ouro
Ponto de apoio mais próximo:
Museu do Ouro / Pedreira da Prefeitura
Ponto de referência rodoviária:
Cidade de Pirenópolis
Acesso:
A partir da cidade de Pirenópolis, segue-se pela estrada que dá acesso ao Parque Estadual dos Pireneus
Imagem de identificação
Resumo
Resumo
É uma antiga lavra de ouro bem preservada, intitulada turisticamente de Museu do Ouro. O proprietário organizou um roteiro, uma trilha para visitação, de aproximadamente 1200 metros. A área tem aproximadamente 2 ha.
Devido à proximidade com o povoado que originou a cidade de Pirenópolis e a abundância de cascalho aurífero no sopé das encostas do vale do Rio das Almas, deduz-se que esses locais ao longo do rio, foram lavrados, provavelmente, na fase inicial da mineração, entre 1727 e os primeiros anos da década de 1730. Daí a relevância deste local ser classificado como geossítio, pois remonta a história da mineração, que foi essencial para o desenvolvimento da região.
Os clásticos mais finos eram lavados e levados pela água a uma bica ou couro, onde era depositado o ouro em pó. O material grosseiro, para economizar transporte, era organizado no próprio local original sob a forma de pilhas e entre as pilhas corria a água que removia os finos em direção às bicas. A pilha de blocos e matacões possui formato alongado, como uma espessa muralha. Uma depressão longitudinal, na parte central do topo da muralha, sugere que a mesma sustentava um canal de água, o que deve ser confirmado por pesquisa arqueológica.
A área do museu está inserida na APA dos Pireneus, o que garante algum nível de proteção.
Abstract
Autores e coautores
Jamilo José Thomé Filho (CPRM - Aposentado)
Juliana Maceira Moraes (CPRM)
Thiago Luiz Feijó de Paula (CPRM)
Local: Vale anticlinal do rio da Conceição. Mun. de Santa Bárbara - Quadrilátero Ferrífero (MG).
Foto: Ivete de Souza Almeida.
FR1b - Terraços Fluviais:
Superfícies sub-horizontais de depósitos arenosos ou areno-argilosos, bem selecionados e posicionados em cotas mais elevadas que as planícies de inundação. Representam paleo-planícies de inundação, hidrologicamente inativas. O rebaixamento do nível de base local transformou estas antigas formas deposicionais em feições submetidas à erosão e acima da cota máxima das cheias sazonais. Consistem de depósitos aluviais que se encontram nas encostas de um fundo de vale.
FR11b - Morro
Local: Vale do rio Fagundes entre as localidades de Paty dos Alferes e Petrópolis (RJ)
Foto: Marcelo Eduardo Dantas
FR11b - Morro:
Feição topográfica que consiste num monte pouco elevado, com topos convexos e vertentes, cuja declividade varia entre 10 e 30 graus; as amplitudes de relevo variando entre 100 e 200m de altura.
Para desenvolver os sítios de Lavras Coloniais será necessário estudar o processo de mineração usado nessa fase no Brasil, seja através de pesquisa bibliográfica ou documentação antiga, complementada por pesquisa arqueológica local.
Sugere-se levantar e cartografar toda a área de mineração do período colonial ao longo da bacia do Rio das Almas, no trecho próximo à Pirenópolis, bem como na bacia do Rio Corumbá, próximo à Corumbá de Goiás, visando selecionar o que deve ser preservado desses garimpos antigos, que compõem o patrimônio histórico da região.
Bibliografia
MOREIRA, Maria Luiza Osório et. al. Geologia do Estado de Goiás e do Distrito Federal: texto explicativo do mapa geológico do Estado de Goiás e Distrito Federal – escala 1:500.000. Goiânia: CPRM/SIC-FUNMINERAL, 2008. 141 p., il. Anexo 1 mapa.
PIMENTEL, Márcio Martins; JOST, Hardy; FUCK, Reinhardt Adolfo. O embasamento da faixa Brasília e o arco magmático de Goiás. In: MANTESSO-NETO, Virgínio (Org.) et al.,Geologia do continente sul americano. São Paulo: Beca, 2004. p. 356-369.
RIBEIRO, Jorge Ferigolo; WALTER, Bruno Machado Teles. Tipos de Vegetação do Bioma Cerrado. [S.L.]: EMBRAPA, 2001. Disponível em: < http://www.agencia.cnptia.embrapa.
br/Agencia16/AG01/arvore/AG01_23_911200585232.html >. Acesso em: jan. 2010.
SCHOBBENHAUS, Carlos; SILVA, Cássio Roberto da (Org.). Geoparques do Brasil: propostas. Rio de Janeiro: CPRM, 2012. 745 p
THOMÉ FILHO, Jamilo José (Org.). Pirenópolis, folha SD. 22-Z-V: estado de Goiás – texto explicativo – escala 1:100.000. Brasília: CPRM, 1994. 120 p., il. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB.
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Pilha de rejeito e canal de água. utor: Jamilo Thomé (2009)
Muralha larga com canal no topo. utor: Jamilo Thomé (2009)
Propriedade privada com conceito de museu a céu aberto
Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno
Privado
Area Rural
Area Urbana
Fragilidade
Razoável
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo:
A área tem acesso controlado por se tratar de empreendimento privado, com cobrança de ingresso. Porém, a deterioração natural e antrópica é atuante. Já existe um roteiro com explicações verbais apenas. Para o desenvolvimento do sítio é necessária pesquisa bibliográfica a respeito das formas de mineração implantadas no Brasil no período colonial.
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem
Peso
Resposta
Valor
A1 - Representatividade
30
O local ou elemento de interesse é um bom exemplo para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável)
2
A4 - Integridade
15
O local de interesse não está muito bem preservado, mas os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) ainda estão preservados
2
A5 - Diversidade geológica
5
Local de interesse com 1 ou 2 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica
1
A6 - Raridade
15
Existem, na área de estudo, 2-3 exemplos de locais semelhantes (representando a categoria temática em questão, quando aplicável)
2
A7 - Limitações ao uso
10
É possível fazer amostragem ou trabalho de campo depois de ultrapassar as limitações existentes
2
A2 - Local-tipo
20
Não se aplica.
0
A3 - Reconhecimento científico
5
Não se aplica.
0
Valor Científico
145
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem
Peso
Resposta
Valor
B1 - Deterioração de elementos geológicos
35
Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos
3
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação
20
Local de interesse situado a menos de 100 m de área/atividade com potencial para causar degradação
4
B3 - Proteção legal
20
Local de interesse situado numa área com proteção legal e com controle de acesso
1
B4 - Acessibilidade
15
Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos
4
B5 - Densidade populacional
10
Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2
1
Risco de Degradação
275
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem
P.E
P.T
Resposta
Valor
C1 - Vulnerabilidade
10
10
Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos por atividade antrópica
2
C2 - Acesso rodoviário
10
10
Local de interesse localizado a menos de 100 m de uma estrada asfaltada com local para estacionamento de veículos
4
C3 - Caracterização do acesso ao sítio
5
5
O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas só depois de ultrapassar certas limitações (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...)
2
C4 - Segurança
10
10
Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) mas com rede de comunicações móveis e situado a menos de 50 km de serviços de socorro
2
C5 - Logística
5
5
Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 15 km do local de interesse
4
C6 - Densidade populacional
5
5
Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2
1
C7 - Associação com outros valores
5
5
Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 20 km do local de interesse
3
C10 - Condições de observação
10
5
Existem obstáculos que tornam difícil a observação de alguns elementos geológicos
3
C11 - Potencial didático
20
0
Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados nas escolas de ensino secundário
2
C12 - Diversidade geológica
10
0
Ocorre apenas 1 tipo de elemento da geodiversidade
1
C13 - Potencial para divulgação
0
10
O público necessita de algum conhecimento geológico para entender os elementos geológicos que ocorrem no sítio
3
C14 - Nível econômico
0
5
Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado
1
C15 - Proximidade a zonas recreativas
0
5
Local de interesse localizado a menos de 20 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas
1
C8 - Beleza cênica
5
15
Não se aplica.
0
C9 - Singularidade
5
10
Não se aplica.
0
Valor Educativo
210
Valor Turístico
185
Classificação do sítio
Relevância:
Sítio da Geodiversidade Relevância Nacional
Valor Científico:
145
Valor Educativo:
210 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
185 (Relevância Regional/Local)
Risco de Degradação:
275 (Risco Médio)
Recomendação
Urgência à Proteção global:
Necessário a médio prazo
Urgência à Proteção devido a atividades didáticas:
Necessário a médio prazo
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas:
Necessário a médio prazo
Urgência à Proteção devido a atividades científicas:
Necessário a médio prazo
Unidade de Conservação Recomendado:
Não se aplica -
Justificativa:
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido