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Cidade de Pedra
Pirenópolis -
GO , Lat.:
-15.000000000 Long.:
-48.000000000
Última alteração: 10/12/2021 11:20:09
Última alteração: 10/12/2021 11:20:09
Status: Consistido
Geossitio de Relevância Nacional
Valor Científico:
285
Valor Educativo:
230 (Relevância Nacional)
Valor Turístico:
200 (Relevância Nacional)
Risco de Degradação:
230 (Risco Médio)
Identificação
Designação
Nome do Sítio: | Cidade de Pedra |
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Título Representativo: | Formações Ruiniformes da Serra de São Gonçalo |
Classificação temática principal: | Geomorfologia |
Classificação temática secundária: | Estratigrafia |
Registro SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) com o Nº : | Não |
Sítio pertence a um geoparque ou proposta de geoparque: | Sim (Pireneus - GO) |
Localização
Latitude: | -15.000000000 |
---|---|
Longitude: | -48.000000000 |
Datum: | SIRGAS2000 |
Cota: | 1216 metros m |
Estado: | GO |
Município: | Pirenópolis |
Distrito: | |
Local: | Serra de São Gonçalo |
Ponto de apoio mais próximo: | |
Ponto de referência rodoviária: | Cidade de Pirenópolis |
Acesso: | A norte da BR - 070, por estradas não asfaltadas, trilhas e caminhada em meio ao cerrado |
Imagem de identificação
Resumo
Resumo |
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A Serra da Água Limpa, capeada por espesso pacote de quartzito, tem um comprimento de aproximadamente 14 km, alinhada na direção E-W, com um espigão de largura média de 3 km. As cotas médias do espigão variam de 1100 m, na parte Oeste, a 1240 m na parte Leste, que tem o nome de Serra de São Gonçalo, onde se situam as formas de erosão ruiniformes de interessante aspecto, denominada Cidade de Pedra cuja área tem aproximadamente 600 hectares. O ponto mais alto na Cidade de Pedra tem 1305 m. O desnível ao Sul, representado pela cabeceira do ribeirão Dois Irmãos é de aproximadamente 280 m. Ao Norte o ribeirão dos Castelhanos é contornado pela curva de 880 m. Portanto, pode-se considerar a altura da serra na parte Norte sendo em média de 360 m. Se considerarmos um raio de 4 km, com centro no ponto mais alto da serra, o desnível maior é em relação ao ribeirão dos Castelhanos, com 465 m. Embora existam escarpas verticais, a declividade média nas encostas varia entre 22% e 60%. A porção superior da elevação é formada quase que exclusivamente por quartzitos e quartzitos micáceos (moscovita quartzito). Na encosta há intercalações de quartzo moscovita xisto e moscovita quartzito e na base predominam granada-clorita-moscovita xisto. Complexos movimentos tectônicos afetaram essas rochas, em mais de um evento, resultando em dobras muito apertadas que tornaram as foliações na maioria paralelas e, aqui nessa serra, ficaram horizontais ou mergulhando em baixo ângulo (dobras do tipo bainha, apertadas, com os planos axiais horizontais). Algumas estruturas que parecem ser estratificação cruzada estão preservadas. Além dos belos exemplares, geológicos e geomorfológicos, na área ocorre uma rica vegetação de cerrado de altitude com florações das mais variadas. Os processos de dissecação do relevo, atuando sobre esses quartzitos, formaram feições interessantes, que lembram ruínas. A desagregação preferencial ao longo das fraturas verticais cortando planos micáceos de desenvolvimento metamórfico, predominantemente horizontais, conferiu o freqüente aspecto de muralhas e colunas aos blocos de quartzito, que lembram ruínas de construções. |
Abstract |
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Autores e coautores |
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Jamilo José Thomé Filho (CPRM - Aposentado) Juliana Maceira Moraes (CPRM) Thiago Luiz Feijó de Paula (CPRM) |
Contexto
Geológico
Enquadramento Geológico Geral: |
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Unidade do Tempo Geológico (Eon, Era ou Período): |
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Neoproterozóico |
Ambiente Dominante: |
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Tipo de Unidade: | Unidade Litoestratigráfica |
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Nome: | Grupo Araxá |
Outros: | |
Rocha Predominante: | Quartzito |
Rocha Subordinada: | Quartzito micáceo |
Tipo e dimensões do afloramento, contato, espessura, outras informações descritivas do sítio. : | Grandes feições ruiniformes em formatos curiosos, esculpidas pela erosão em quartzitos e quartzitos micáceos. Essas formações e pináculos se estendem por uma grande área da Serra de São Gonçalo e é possível observar, além das interessantes feições erosivas, as feições deposicionais, como estratificações cruzadas, ainda preservadas na rocha, apesar do metamorfismo e deformação que as afetou. |
Paleontológico
Local de ocorrência |
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Ramos da Paleontologia: |
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Taxons conhecidos: |
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Caracterização Geológica
Rochas Sedimentares
Ambientes Sedimentares: |
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Ambientes: | Antigos |
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Tipos de Ambientes: |
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Descontinuidades Estratigráficas: |
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Rochas Ígneas
Categoria: | Não se aplica - Não se aplica |
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Aspectos Texturais: |
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Estruturas: |
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Rochas Metamórficas
Metamorfismo: Regional (dinamotermal) |
Facie Metamorfismo: Xisto verde |
Texturas: |
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Estruturas: |
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Deformação das Rochas
Tipo de Deformação: | Dúctil / Rúptil |
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Regime Tectônico: | Compressional |
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Estruturas Lineares: |
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Estruturas Planas: |
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Feições de Relevo
FR10c - Mesas, mesetas e morros-testemunho | |
FR11d - Serra | |
FR11f - Crista |
Ilustração
Interesse
Dados
Pelo Conteúdo |
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Interesse associado |
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Pela sua possível utilização |
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Observações
Observações Gerais |
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Bibliografia |
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ALMEIDA, Fernando Flavio Marques de. Origem e evolução da Plataforma Continental Brasileira. Boletim da Divisão de Geologia e Mineralogia - DNPM, Rio de Janeiro, n. 241, 36 p, 1967. BARBOSA, Octávio. Quadro provisório das superfícies de erosão e aplainamento no Brasil (inferências paleoclimáticas e econômicas). Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, v. 27, n.4, p. 641-642, 1965. BERTRAN, Pascal. A Cidade Perdida dos Pirineus. Goiânia:[s.n.], 2005. BIZZI, Luiz Augusto; SCHOBBENHAUS, Carlos; VIDOTTI, Roberta Mary; GONÇALVES, João Henrique (Coords.). Geologia, tectônica e recursos minerais do Brasil: texto, mapas & SIG. Brasília: CPRM, 2003. 692 p. CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. Projeto Chapada Diamantina - Parque Nacional da Chapada Diamantina – BA - informações básicas para a gestão territorial: diagnostico do meio físico e da vegetação. Salvador: CPRM, 1994. 75 p., Il., 9 mapas anexos. Convênio CPRM – IBAMA. EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Disponível em: JUSTO, Lorenzo Jorge Eduardo Cuadros. Jaraguá, folha SD.22-Z-D-IV: Estado de Goiás - escala 1:100.000. Brasília: CPRM. 1994. 116 p., il. MOREIRA, Maria Luiza Osório et. al. Geologia do Estado de Goiás e do Distrito Federal: texto explicativo do mapa geológico do Estado de Goiás e Distrito Federal – escala 1:500.000. Goiânia: CPRM/SIC-FUNMINERAL, 2008. 141 p., il. Anexo 1 mapa. PIMENTEL, Márcio Martins; JOST, Hardy; FUCK, Reinhardt Adolfo. O embasamento da faixa Brasília e o arco magmático de Goiás. In: MANTESSO-NETO, Virgínio (Org.) et al., Geologia do continente sul americano. São Paulo: Beca, 2004. p. 356-369. RIBEIRO, Jorge Ferigolo; WALTER, Bruno Machado Teles. Tipos de Vegetação do Bioma Cerrado. [S.L.]: EMBRAPA, 2001. Disponível em: < http://www.agencia.cnptia.embrapa. br/Agencia16/AG01/arvore/AG01_23_911200585232.html >. Acesso em: jan. 2010. SCHOBBENHAUS, Carlos; SILVA, Cássio Roberto da (Org.). Geoparques do Brasil: propostas. Rio de Janeiro: CPRM, 2012. 745 p SILVA, Cassio Roberto (Coord.). Zoneamento ecológico-econômico da região integrada de desenvolvimento do Distrito Federal e entorno. Rio de Janeiro: CPRM; EMBRAPA; SCO-MI, 2003. v.1. 10 mapas. THOMÉ FILHO, Jamilo José (Org.). Pirenópolis, folha SD. 22-Z-V: estado de Goiás - texto explicativo – escala 1:100.000. Brasília: CPRM, 1994. 120 p., il. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB. |
Imagens Representativas e Dados Gráficos
Conservação
Unidade de Conservação
Nome da UC | Tipo da UC | Unidade de Conservação | Situação da Uc |
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Proteção Indireta
Relatar: | |
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Uso e Ocupação
Propriedade do Terreno | ||||
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Público / Municipal |
Area Rural |
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Area Urbana |
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Fragilidade |
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Elevada |
Dificuldade de Acesso e aproveitamento do solo: |
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Região com bastante dificuldade de acesso, atualmente sem estradas. Algumas trilhas atendem a um turismo ainda incipiente. |
Quantificação
Valor Científico (indicativo do valor do conteúdo geocientífico do sítio ou do elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
---|---|---|---|
A1 - Representatividade | 30 | O local ou elemento de interesse é o melhor exemplo, atualmente conhecido, na área de trabalho, para ilustrar elementos ou processos, relacionados com a área temática em questão (quando aplicável) | 4 |
A4 - Integridade | 15 | Os principais elementos geológicos (relacionados com a categoria temática em questão, quando aplicável) estão muito bem preservados | 4 |
A5 - Diversidade geológica | 5 | Local de interesse com 1 ou 2 tipos diferentes de aspectos geológicos com relevância científica | 1 |
A6 - Raridade | 15 | O local de interesse é a única ocorrência deste tipo na área de estudo (representando a categoria temática em questão, quando aplicável) | 4 |
A7 - Limitações ao uso | 10 | Não existem limitações (necessidade de autorização, barreiras físicas, etc.) para realizar amostragem ou trabalho de campo | 4 |
A2 - Local-tipo | 20 | Não se aplica. | 0 |
A3 - Reconhecimento científico | 5 | Não se aplica. | 0 |
Valor Científico | 285 |
Risco de Degradação (dos valores geológicos retratados no sítio ou no elemento geológico)
Ítem | Peso | Resposta | Valor |
---|---|---|---|
B1 - Deterioração de elementos geológicos | 35 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos | 3 |
B2 - Proximidade a áreas/atividades com potencial para causar degradação | 20 | Local de interesse situado a mais de 1000 m de área/atividade com potencial para causar degradação | 1 |
B3 - Proteção legal | 20 | Local de interesse situado numa área sem proteção legal nem controle de acesso | 4 |
B4 - Acessibilidade | 15 | Local de interesse sem acesso direto por estrada mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículos | 1 |
B5 - Densidade populacional | 10 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
Risco de Degradação | 230 |
Potencial Valor Educativo e Turístico (indicativo de interesse educativo e turístico associado ao valor científico do sítio, sujeito à análise complementar dos setores competentes)
Ítem | P.E | P.T | Resposta | Valor |
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C1 - Vulnerabilidade | 10 | 10 | Possibilidade de deterioração dos principais elementos geológicos por atividade antrópica | 2 |
C2 - Acesso rodoviário | 10 | 10 | Local de interesse sem acesso direto por estrada, mas situado a menos de 1 km de uma estrada acessível por veículo | 1 |
C3 - Caracterização do acesso ao sítio | 5 | 5 | O local de interesse é acessado por estudantes e turistas, mas só depois de ultrapassar certas limitações (autorizações, barreiras físicas, marés, inundações etc...) | 2 |
C4 - Segurança | 10 | 10 | Local de interesse sem infraestrutura de segurança (vedações, escadas, corrimões, etc.) nem rede de comunicações móveis e situado a mais de 50 km de serviços de socorro | 1 |
C5 - Logística | 5 | 5 | Existem restaurantes e alojamentos para grupos de 50 pessoas a menos de 50 km do local de interesse | 3 |
C6 - Densidade populacional | 5 | 5 | Local de interesse localizado num município com menos de 100 habitantes por km2 | 1 |
C7 - Associação com outros valores | 5 | 5 | Existem diversos valores ecológicos e culturais a menos de 10 km do local de interesse | 4 |
C8 - Beleza cênica | 5 | 15 | Local de interesse ocasionalmente usado em campanhas turísticas locais, mostrando aspectos geológicos | 1 |
C9 - Singularidade | 5 | 10 | Ocorrência de aspectos únicos e raros no estado | 3 |
C10 - Condições de observação | 10 | 5 | Existem obstáculos que tornam difícil a observação dos principais elementos geológicos | 2 |
C11 - Potencial didático | 20 | 0 | Ocorrência de elementos geológicos que são ensinados em todos os níveis de ensino | 4 |
C12 - Diversidade geológica | 10 | 0 | Ocorrem 2 tipos de elementos da geodiversidade | 2 |
C13 - Potencial para divulgação | 0 | 10 | O público necessita de algum conhecimento geológico para entender os elementos geológicos que ocorrem no sítio | 3 |
C14 - Nível econômico | 0 | 5 | Local de interesse localizado num município com IDH inferior ao se verifica no estado | 1 |
C15 - Proximidade a zonas recreativas | 0 | 5 | Local de interesse localizado a menos de 5 km de uma zona recreativa ou com atrações turísticas | 4 |
Valor Educativo | 230 | |||
Valor Turístico | 200 |
Classificação do sítio
Relevância: | Geossítio de relevância Nacional |
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Valor Científico: | 285 |
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Valor Educativo: | 230 (Relevância Nacional) |
Valor Turístico: | 200 (Relevância Nacional) |
Risco de Degradação: | 230 (Risco Médio) |
Recomendação
Urgência à Proteção global: | Necessário a médio prazo |
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Urgência à Proteção devido a atividades didáticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades turísticas: | Necessário a médio prazo |
Urgência à Proteção devido a atividades científicas: | Necessário a médio prazo |
Unidade de Conservação Recomendado: | UC de Proteção Integral - Monumento Natural |
Justificativa: | As raras feições formadas pela erosão sobre os quartzitos podem ser facilmente degradadas pela ação antrópica, caso não haja um plano de manejo adequado e controle de acesso de pessoas. Atualmente o que retém o processo de degradação é o difícil acesso ao local |
Coordenadas do polígono de proteção existente ou sugerido
Responsável
Nome: | Juliana Maceira Moraes |
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Email: | juliana.moraes@cprm.gov.br |
Profissão: | Pesquisadora em Geociências, Geóloga |
Instituição: | CPRM - Serviço Geológico do Brasil |
Currículo Lattes: | http://lattes.cnpq.br/6536866264874113 |